QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR
A verdade prática apresenta
o seguinte enunciado:
A exalação da
criatura acima do Criador é a usurpação da glória divina pela mentira e vaidade
humana.
A vaidade humana, assim como
o orgulho, são vícios que prejudicam a relação entre a criatura e o Criador. O
orgulho é um dos vícios que conduz o ser humano a distanciar do Senhor. O achar
que é superior e mais importante do que os outros proporciona para o indivíduo
(criatura) a queda, fato que ocorreu com Lúcifer, que no seu íntimo achava-se
superior a Deus.
Lembrando que os objetivos
da presente lição são os seguintes:
Identificar as
consequências da irreligiosidade e culto à criatura;
Compreender a
origem histórica do humanismo e seus desdobramentos em nossa cultura;
E, Conhecer os
tipos de autoidolatria e as orientações bíblicas para escapar desses males.
I – O
DESPREZO À VERDADE
O desprezo à verdade
inicialmente caracteriza no indivíduo dois problemas básicos no que tange a
relação com o Senhor. O primeiro resultado corresponde com a impiedade que se associa
com irreligiosidade, em outras palavras a vida é direcionada como se Deus não
existisse. Segundo resultado trata-se da injustiça humana, ou seja, o viver sem
retidão.
Na carta aos Romanos o
apóstolo Paulo disserta a respeito da ação presente da ira de Deus que se a
manifestado sobre toda impiedade e injustiça dos homens.
Logo, Deus os entregou às
concupiscências do seu coração (Rm 1.24), isto é, Deus os deixou a mercê de
seus pecados.
Também no que corresponde
aos atos sexuais antinaturais Deus os abandonou (Rm 1.26), ou seja, Deus por
outorgar o livre arbítrio aos homens não usa da força para que os indivíduos abandonem
os atos vergonhosos. Porém, isto não define ser um abandono final de Deus para
com humanidade, porque Deus sempre dá oportunidade aos seres humanos para que
estes venham a enxergar toda maldade do pecado (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.
363).
E pela terceira vez o
apóstolo Paulo fala do abandono de Deus ao homem perverso, agora no que
corresponde ao entregar aos sentimentos perversos (Rm 1.28), que anteriormente
o apóstolo chama de loucura (Rm 1.22). Sentimento perverso indica uma mente
totalmente destruída de sensibilidade moral.
II –
A REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO
Três momentos históricos que
houve de certa maneira uma mudança drástica no formato do viver em sociedade.
O renascimento que
proporcionou ao homem a mudança de um formato de vida arcaico do feudalismo
para com a modernização que a humanidade presenciaria por parte do capitalismo,
porém no aspecto religioso houve a Reforma Protestante, mas o estilo de vida
caracterizado pelo o renascimento fez com que o indivíduo visualizasse o desenrolar
das coisas por lente antropológica e não pelo o olhar divino.
Já o humanismo enfatizou que
a ética e a moral dependem do homem, por isso, a Bíblia passou a ser
visualizada como o livro a ser desconstruído.
Por fim, o iluminismo na
busca pela razão menosprezava o saber bíblico e a igreja como instituição era
sem importância. Os ideais iluministas se propagam para com os dias atuais no
que corresponde à formação de uma sociedade pós-moderna em que os valores
morais são considerados relativos.
III
– TIPOS DE AUTOIDOLATRIA
A idolatria à autoimagem se
sintetiza no narcisismo que revela o egoísmo humano e hedonista.
Já idolatria no coração está
associada com emoções que volta para com os desejos que enaltece a
personalidade. É também descrita com o priorizar a reputação pessoal e busca
incessante pelo o prazer.
Enquanto que a idolatria sexual
trata-se da falha no controle dos impulsos sexuais e se define em sensualidade,
imoralidade e libertinagem.
Portanto, o apóstolo Paulo
apresenta três divisões na explicação ao aumento do pecado.
A primeira explicação vem
após a seguinte frase: Deus os entregou às
concupiscências do coração, e o pecado a ser citado é a
idolatria. Que conforme a passagem é a tentativa da mudança da verdade de Deus
em mentira e, o honrar e servir mais a criatura do que o Criador (Rm 1.24,25).
Já a segunda, vem após a
frase: Deus os abandonou às paixões infames,
e o pecado a ser citado é a prática homossexual. Portanto,
nem o AT, nem o NT, reconhecem a homossexualidade como estilo de vida
alternativo (RICHARDS, 2008, p.
291).
Por fim, Deus os entregou a
um sentimento perverso (Rm 1.29-32), estes tais são
dignos de morte, pois conhecem a justiça de Deus, mas praticam o
que desagrada a Deus.
Em suma, o juízo de Deus
sobrevirá no presente século e no século futuro para aqueles que rejeitam e
rejeitaram o conhecimento de Deus, portanto cabe aos cristãos conhecer e
prosseguir em conhecer o Senhor (Os 6.3).
Referências
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo
B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora
Central Gospel, 2013.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário