Subsídio
– EBD – O MINISTÉRIO DA IGREJA
Conforme a Verdade Prática:
Os dons ministeriais foram
dados com o objetivo de edificar a Igreja e promover a maturidade de seus
membros.
Com base na descrição acima, conclui-se que:
Ø Os
dons ministeriais são outorgados por Deus à Igreja.
Ø Um objetivo
dos dons ministeriais é edificar a Igreja.
Ø O segundo
objetivo dos dons espirituais é promover a maturidade dos membros do corpo de
Cristo.
Dons espirituais não são outorgados para que
os servos sejam engrandecidos, mas são outorgados à Igreja para que haja
edificação e crescimento do corpo de Cristo.
A presente lição tem como objetivos:
Apresentar a doutrina bíblica do ministério sacerdotal observada
na Antiga Aliança e praticada pelos crentes na Nova Aliança;
Elencar os cargos ministeriais instituídos na Igreja Primitiva;
E, Explicar as qualificações de natureza moral e social exigidas
para o exercício ministerial.
I – O MINISTÉRIO
SACERDOTAL DE TODO CRENTE
O sacerdote era um dos oficiais de Deus no
Antigo Testamento. A missão principal do sacerdote era possibilitar a relação
entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por
meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi
Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte, Ele Jesus foi o próprio
sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos que crêem.
No Antigo Testamento o homem deveria
aproximar se de Deus através de um sacrifício e manter-se junto de Deus por
meio da intercessão. O sacerdote era responsável pelo sacrifico e também pela
intercessão. Logo, o sacerdote era o elo entre o homem e Deus. Ao contrário do
profeta que era o elo entre Deus e o homem.
A principal função que vem a mente do
sacerdote é o sacrifício. Pois, o sacerdote tinha como principal função a de sacrificar,
ou seja, oferecer vítimas a Deus. Porém, o sacrifício era incompleto, pois o
sacerdote se apresentava constantemente perante Deus com sacrifícios.
No dia dez do sétimo mês, no contexto
histórico da nação israelita no Antigo Testamento o sumo sacerdote tinha a
oportunidade de entrar no Santo dos Santos para interceder por meio do
sacrifício o perdão para com o povo (Êx 30.10, Hb 9.7, Lv 16).
Se a principal função de um sacerdote era o
sacrifício. A ideia fundamental do sacerdote era a de um mediador entre o homem
e Deus. Isto é, o sacerdote levava a Deus as necessidades dos homens e por meio
de orações colocava o indivíduo diante de Deus. O homem chegava-se a Deus por
meio de um sacrifício e se mantinham diante de Deus por meio da oração. Tanto o
sacrifício e a intercessão cabiam ao sacerdote e por meio de tais ações o
indivíduo aproximava-se de Deus.
Por meio do sacrifício Deus perdoava o indivíduo
e pela intercessão Deus santificava o indivíduo. Seria hoje a conversão que é a
saída do homem do mundo e também seria a santificação que é a saída do mundo de
dentro do cristão.Logo, o perdão do pecado do povo era realizado por meio do
sacrifício e por meio da intercessão.
II – A ESTRUTURA
MINISTERIAL DO NOVO TESTAMENTO
O dom ministerial de apóstolo corresponde com
aquele que é enviado pelo Senhor Jesus. É alguém que diretamente é pelo Senhor
Jesus chamado para expandir a mensagem da salvação.
Apóstolo é
aquele que é chamado diretamente por Jesus e enviado pelo Senhor para propagar
a mensagem, logo o apóstolo também é chamado de mensageiro das boas novas. O
Novo Testamento permite definir que apóstolo é enviado, assim, como Jesus foi
enviado pelo Pai, tendo como missão do ofício: salvar o pecador com autoridade,
pregar o evangelho com poder, exercer o ofício com graça e amor. Por fim, assim
como Jesus desenvolveu seu ministério com autoridade, poder, graça e amor. Nos
dias atuas assim deverá ser o ministério do apóstolo.
No Antigo Testamento havia a escola dos
profetas. Jesus ao iniciar o seu ministério chamou para si doze homens e fez
deles pescadores de almas. Eles foram discipulados e preparados por um pouco
mais de três anos com o objetivo darem continuidade a obra do Reino de Deus.
Estes homens em comum possuíam: convocação
direta por parte de Jesus, palmilharam ao lado do mestre e foram dotados de
poder para pregarem o Evangelho.
A autoridade delegada aos
apóstolos foi tão grande, que eles tinham poder para perdoar pecados ou
retê-los. Jesus os enviou, do mesmo modo como Ele fora enviado pelo Pai (Jo
20.21-23) (RENOVATO, 2021, p. 74).
Ao outorgar poder aos discípulos Jesus queria
que eles proporcionassem alegria para milhares de pessoas. Portanto, o que não
pode se esquecer é que milagre proporciona: vitória para o necessitado,
evangelização aos sedentos e glorificação a Deus.
O profeta era o elo entre Deus
e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar
a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de
Deus foi direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm
2.27-36) e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético.
Sendo o profeta o elo entre Deus e o homem. A
função do profeta era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o
profeta ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função do
profeta se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir.
Lembrando que:
O profeta no Antigo
Testamento era um homem que, além de transmitir a mensagem de Deus, tinha
outras atribuições de ordem nacional. Na unção dos reis, eram os profetas que
tinham a incumbência de derramar o azeite santo da unção sobre a cabeça dos
governantes (1 Sm 16.1; 1 Rs 19.16) (RENOVATO, 2021, p. 83).
O termo evangelista tem como
significado o proclamador de boas novas. O vocábulo é encontrado três vezes no
Novo Testamento (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5). A vida do evangelista se baseia
em três palavras: um homem (At 21.8), um dom (Ef 4.11) e um trabalho (2 Tm
4.5).
Um homem, por que não pode esquecer que o
evangelista é um homem chamado, capacitado e enviado por Deus. Um dom, o dom em
ação é a definição de ministério, logo, evangelista é um ser capacitado por
Deus para realizar a proclamação das boas novas. E por fim, o evangelista tem
como missão um trabalho glorioso que é almejado pelos anjos: o de proclamar o
evangelho (1 Pe 1.12).
Nos dias atuais, ser pastor
não é absolutamente tarefa fácil, para quem deseja exercer o ministério com
fidelidade e sacrifício. As oposições externas e internas, muitas vezes,
perturbam as atividades do pastor. Dessa forma, o dom ministerial de pastor
precisa muito da graça e da unção de Deus para que seus detentores não
fracassem espiritual, emocional ou fisicamente. Necessitam muito das orações,
da compreensão, do apoio e do amor dos crentes em Jesus. Vamos refletir sobre a
função pastoral, com base no que a Palavra de Deus nos revela sobre essa importante
missão (RENOVATO, 2021, p. 106).
O ministério de ensino (doutor) requer
dedicação, disciplina e esforço. Dedicação ao estudo sistemático das Escrituras
Sagradas; disciplina no desenrolar a atividade ministerial; e, esforço
intelectual no que corresponde à aprendizagem a todos os fatores que o rodeia,
por exemplo: conhecimento antropológico, conhecimento teológico, biológico e
até filosófico.
III – AS QUALIFICAÇÕES PARA O MINISTÉRIO
Três são as características básicas na vida
de um obreiro eficaz (At 6.3). São elas; boa reputação, cheio do Espírito Santo
e cheio de sabedoria. Boa reputação relaciona se ao posicionamento ético e
moral do obreiro, isto de fato corresponde à pessoa de quem se fala somente
coisas boas, pois é um indivíduo que dá testemunho por meio de conduta que
engrandece a Deus (Tt 1.6,7). Ou seja, que este tenha boa fama na sociedade.
Cheios do Espírito Santo, atitude que se relaciona com o recebimento do batismo
e também indica um ministério profético sob a inspiração do Espírito Santo e
que leva a presença do Espírito Santo em sua vida diária, espírito, alma e
corpo santificados ao Senhor (1 Ts 5.23). Em suma o obreiro deve ser sábio. A
sabedoria indica a capacidade de julgar corretamente e agir prudentemente.
Sendo que tal ação seja em compadecer pelas almas perdidas sem salvação em
Cristo Jesus (Tg 1.5).
Qualificações morais do diácono. Paulo em sua
Carta pastoral a Timóteo cita algumas qualificações morais correspondentes ao
ministério do diácono (1 Tm 3.8-13).
a) Honestos (v.8): palavra que indica
respeito adquirido por conduta.
b) Não de língua dobre (v.8): isto é, de uma
só palavra. Pessoa sincera e honesta para com os outros.
c) Não dado a muito vinho (v.8): o diácono não
poderá ser inclinado ao vinho.
d) Não cobiçoso de torpe ganância (v.8): o
diácono não poderá ser escravo do dinheiro e nem das riquezas. Assim como todo
cristão o diácono deverá buscar primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça (Mt
6.33).
e) Marido de uma só mulher (v. 12): tal
qualificação não corresponde à afirmação da monogamia, mas sim se trata da
importância do diácono ser fiel em seu relacionamento conjugal. Marido de uma
só mulher indica que o diácono deverá ser sempre fiel a sua esposa.
Referência
RENOVATO,
Elinaldo. Dons Espirituais e
Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de
Janeiro: CPAD, 2021.