Deus é Fiel

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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Subsídio – EBD – O MINISTÉRIO DA IGREJA

Subsídio – EBD – O MINISTÉRIO DA IGREJA

Conforme a Verdade Prática:

Os dons ministeriais foram dados com o objetivo de edificar a Igreja e promover a maturidade de seus membros.

Com base na descrição acima, conclui-se que:

Ø    Os dons ministeriais são outorgados por Deus à Igreja.

Ø    Um objetivo dos dons ministeriais é edificar a Igreja.

Ø    O segundo objetivo dos dons espirituais é promover a maturidade dos membros do corpo de Cristo.

Dons espirituais não são outorgados para que os servos sejam engrandecidos, mas são outorgados à Igreja para que haja edificação e crescimento do corpo de Cristo.

A presente lição tem como objetivos:

Apresentar a doutrina bíblica do ministério sacerdotal observada na Antiga Aliança e praticada pelos crentes na Nova Aliança;

Elencar os cargos ministeriais instituídos na Igreja Primitiva;

E, Explicar as qualificações de natureza moral e social exigidas para o exercício ministerial.

I – O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE TODO CRENTE

O sacerdote era um dos oficiais de Deus no Antigo Testamento. A missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte, Ele Jesus foi o próprio sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos que crêem.

No Antigo Testamento o homem deveria aproximar se de Deus através de um sacrifício e manter-se junto de Deus por meio da intercessão. O sacerdote era responsável pelo sacrifico e também pela intercessão. Logo, o sacerdote era o elo entre o homem e Deus. Ao contrário do profeta que era o elo entre Deus e o homem.

A principal função que vem a mente do sacerdote é o sacrifício. Pois, o sacerdote tinha como principal função a de sacrificar, ou seja, oferecer vítimas a Deus. Porém, o sacrifício era incompleto, pois o sacerdote se apresentava constantemente perante Deus com sacrifícios.

No dia dez do sétimo mês, no contexto histórico da nação israelita no Antigo Testamento o sumo sacerdote tinha a oportunidade de entrar no Santo dos Santos para interceder por meio do sacrifício o perdão para com o povo (Êx 30.10, Hb 9.7, Lv 16).

Se a principal função de um sacerdote era o sacrifício. A ideia fundamental do sacerdote era a de um mediador entre o homem e Deus. Isto é, o sacerdote levava a Deus as necessidades dos homens e por meio de orações colocava o indivíduo diante de Deus. O homem chegava-se a Deus por meio de um sacrifício e se mantinham diante de Deus por meio da oração. Tanto o sacrifício e a intercessão cabiam ao sacerdote e por meio de tais ações o indivíduo aproximava-se de Deus.

Por meio do sacrifício Deus perdoava o indivíduo e pela intercessão Deus santificava o indivíduo. Seria hoje a conversão que é a saída do homem do mundo e também seria a santificação que é a saída do mundo de dentro do cristão.Logo, o perdão do pecado do povo era realizado por meio do sacrifício e por meio da intercessão.

II – A ESTRUTURA MINISTERIAL DO NOVO TESTAMENTO

O dom ministerial de apóstolo corresponde com aquele que é enviado pelo Senhor Jesus. É alguém que diretamente é pelo Senhor Jesus chamado para expandir a mensagem da salvação.

Apóstolo é aquele que é chamado diretamente por Jesus e enviado pelo Senhor para propagar a mensagem, logo o apóstolo também é chamado de mensageiro das boas novas. O Novo Testamento permite definir que apóstolo é enviado, assim, como Jesus foi enviado pelo Pai, tendo como missão do ofício: salvar o pecador com autoridade, pregar o evangelho com poder, exercer o ofício com graça e amor. Por fim, assim como Jesus desenvolveu seu ministério com autoridade, poder, graça e amor. Nos dias atuas assim deverá ser o ministério do apóstolo.

 

No Antigo Testamento havia a escola dos profetas. Jesus ao iniciar o seu ministério chamou para si doze homens e fez deles pescadores de almas. Eles foram discipulados e preparados por um pouco mais de três anos com o objetivo darem continuidade a obra do Reino de Deus.

Estes homens em comum possuíam: convocação direta por parte de Jesus, palmilharam ao lado do mestre e foram dotados de poder para pregarem o Evangelho.

A autoridade delegada aos apóstolos foi tão grande, que eles tinham poder para perdoar pecados ou retê-los. Jesus os enviou, do mesmo modo como Ele fora enviado pelo Pai (Jo 20.21-23) (RENOVATO, 2021, p. 74).

Ao outorgar poder aos discípulos Jesus queria que eles proporcionassem alegria para milhares de pessoas. Portanto, o que não pode se esquecer é que milagre proporciona: vitória para o necessitado, evangelização aos sedentos e glorificação a Deus.

O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm 2.27-36) e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético.

Sendo o profeta o elo entre Deus e o homem. A função do profeta era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o profeta ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função do profeta se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir.

Lembrando que:

O profeta no Antigo Testamento era um homem que, além de transmitir a mensagem de Deus, tinha outras atribuições de ordem nacional. Na unção dos reis, eram os profetas que tinham a incumbência de derramar o azeite santo da unção sobre a cabeça dos governantes (1 Sm 16.1; 1 Rs 19.16) (RENOVATO, 2021, p. 83).

O termo evangelista tem como significado o proclamador de boas novas. O vocábulo é encontrado três vezes no Novo Testamento (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5). A vida do evangelista se baseia em três palavras: um homem (At 21.8), um dom (Ef 4.11) e um trabalho (2 Tm 4.5).

Um homem, por que não pode esquecer que o evangelista é um homem chamado, capacitado e enviado por Deus. Um dom, o dom em ação é a definição de ministério, logo, evangelista é um ser capacitado por Deus para realizar a proclamação das boas novas. E por fim, o evangelista tem como missão um trabalho glorioso que é almejado pelos anjos: o de proclamar o evangelho (1 Pe 1.12).

Nos dias atuais, ser pastor não é absolutamente tarefa fácil, para quem deseja exercer o ministério com fidelidade e sacrifício. As oposições externas e internas, muitas vezes, perturbam as atividades do pastor. Dessa forma, o dom ministerial de pastor precisa muito da graça e da unção de Deus para que seus detentores não fracassem espiritual, emocional ou fisicamente. Necessitam muito das orações, da compreensão, do apoio e do amor dos crentes em Jesus. Vamos refletir sobre a função pastoral, com base no que a Palavra de Deus nos revela sobre essa importante missão (RENOVATO, 2021, p. 106).

O ministério de ensino (doutor) requer dedicação, disciplina e esforço. Dedicação ao estudo sistemático das Escrituras Sagradas; disciplina no desenrolar a atividade ministerial; e, esforço intelectual no que corresponde à aprendizagem a todos os fatores que o rodeia, por exemplo: conhecimento antropológico, conhecimento teológico, biológico e até filosófico.

III –      AS QUALIFICAÇÕES PARA O MINISTÉRIO

Três são as características básicas na vida de um obreiro eficaz (At 6.3). São elas; boa reputação, cheio do Espírito Santo e cheio de sabedoria. Boa reputação relaciona se ao posicionamento ético e moral do obreiro, isto de fato corresponde à pessoa de quem se fala somente coisas boas, pois é um indivíduo que dá testemunho por meio de conduta que engrandece a Deus (Tt 1.6,7). Ou seja, que este tenha boa fama na sociedade. Cheios do Espírito Santo, atitude que se relaciona com o recebimento do batismo e também indica um ministério profético sob a inspiração do Espírito Santo e que leva a presença do Espírito Santo em sua vida diária, espírito, alma e corpo santificados ao Senhor (1 Ts 5.23). Em suma o obreiro deve ser sábio. A sabedoria indica a capacidade de julgar corretamente e agir prudentemente. Sendo que tal ação seja em compadecer pelas almas perdidas sem salvação em Cristo Jesus (Tg 1.5).

Qualificações morais do diácono. Paulo em sua Carta pastoral a Timóteo cita algumas qualificações morais correspondentes ao ministério do diácono (1 Tm 3.8-13).

a) Honestos (v.8): palavra que indica respeito adquirido por conduta.

b) Não de língua dobre (v.8): isto é, de uma só palavra. Pessoa sincera e honesta para com os outros.

c) Não dado a muito vinho (v.8): o diácono não poderá ser inclinado ao vinho.

d) Não cobiçoso de torpe ganância (v.8): o diácono não poderá ser escravo do dinheiro e nem das riquezas. Assim como todo cristão o diácono deverá buscar primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça (Mt 6.33).

e) Marido de uma só mulher (v. 12): tal qualificação não corresponde à afirmação da monogamia, mas sim se trata da importância do diácono ser fiel em seu relacionamento conjugal. Marido de uma só mulher indica que o diácono deverá ser sempre fiel a sua esposa.

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

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