Subsídio – EBD – DISCIPLINA NA IGREJA
Conforme a Verdade Prática:
A disciplina cristã é uma
doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de
Cristo.
Com base na descrição acima, conclui-se que:
Ø A
disciplina é uma doutrina.
Ø A
disciplina é necessária.
Ø A
disciplina proporciona a formação do caráter de Cristo no cristão.
O termo correção na língua portuguesa pode
ser definido por retificação, ou seja, alteração do que não está certo. Porém,
no texto Bíblico (Hb 12.5), a palavra pode ser definida por instrução que
significa ensino desenvolvido por Deus a aqueles que Ele ama. Pois, a palavra
grega presente no texto (παιδευει) e que é citada por treze vezes na Bíblia
significa corrigir a criança. Portanto, compreende-se que Deus sendo Pai
instrui os seus filhos.
A presente lição tem como objetivos:
Mostrar a necessidade de disciplina na igreja;
Destacar que a disciplina tem como propósito preservar a honra
cristã e repelir a prática do pecado;
E, Apresentar as diferentes formas de disciplina elencadas na
Bíblia.
I – A NECESSIDADE
DA DISCIPLINA BÍBLICA
A disciplina torna-se necessária por dois
motivos importantes, que são;
Deus é santo;
E, a igreja é santa.
Portanto, a palavra chave para compreender o
presente tópico corresponde com santidade. Deus é santo, logo é necessário que
os seus servos busquem a santificação. Santificar corresponde em ser separado para
o uso de Deus. Separado e consagrado para o uso do Senhor. Logo, “Quando não há prática da disciplina, o testemunho
cristão da igreja é enfraquecido. É preciso, portanto, buscar o caminho bíblico
para que a disciplina não desapareça da vida da igreja. Aqui, disciplina não é
sinônimo de “castração”, mas de “restauração”. A disciplina não visa matar o
faltoso, mas tratá-lo de forma adequada. Tão logo termine o processo de
correção, o crente, agora restaurado, volta à comunhão”
(Gonçalves, 2024, p. 90).
Entretanto, a existência da ação em corrigir
alguém está relacionada com o pecado. A correção é dirigida a aqueles que estão
no pecado, sobre o poder do pecado e sobre a condenação do pecado. Se alguém
não aceita a correção este não é considerado filho, mas de fato é um bastardo.
O indivíduo suporta a correção quando o mesmo
reconhece a paternidade divina e quando sente a tristeza segundo Deus.
II – O PROPÓSITO
DA DISCIPLINA BÍBLICA
O propósito da disciplina é preservar a honra
cristã e repelir a prática do pecado. A finalidade da correção é produzir paz e
justiça.
Logo, a aprendizagem que se tem do ato da
correção até a produção da justiça e da paz é que há necessidade de esforço da
parte do cristão para a conquista de resultados.
A correção que Deus impõe
nos dá oportunidades cada vez mais novas para nos exercitarmos espiritualmente,
e desta forma nos aproximarmos mais do objetivo de Deus para nós, de vida
verdadeiramente justa e de paz interior (RICHARDS, 2008, p.
511).
Portanto, todo crente deverá saber que assim
como um pai corrigir o filho que ama, assim também Deus corrigir os seus filhos,
tendo como objetivo a edificação e a frutificação. Filhos ilegítimos não
possuíam direito a herança, portanto se o cristão não receber a disciplina não
terá o direito de filho.
III – AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA
Antônio Gilberto cita as seguintes formas de
aplicabilidade da disciplina bíblica:
Pode ser em forma de
advertência pessoal (Mt 18.15);
Visitação acompanhada (1
Co 4.19-21; Mt 18.15-17);
Advertência pública (1 Tm
5.20);
Comunicação escrita (2 Co
7.8-10);
Exortação pessoal (Gl
6.1);
Suspensão (2 Ts 3.14,15;
Tt 3.1);
E, exclusão do rol de
membros (Mt 18.17) – (apud Gonçalves, 2024, p. 90).
Champlin apresenta duas frases que merecem
destaque sobre a correção divina: o oposto da
injustiça não é a justiça, mas o amor, e o juízo é um dedo da mão amorosa de
Deus (2014, p. 933).
Referência
CHAMPLIN.
R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia. Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2014.
GONÇALVES,
Josué. O Corpo de Cristo: origem,
natureza e vocação da Igreja no mundo. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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