Deus é Fiel

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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

DISCIPLINA NA IGREJA

Subsídio – EBD – DISCIPLINA NA IGREJA

Conforme a Verdade Prática:

A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de Cristo.

Com base na descrição acima, conclui-se que:

Ø    A disciplina é uma doutrina.

Ø    A disciplina é necessária.

Ø    A disciplina proporciona a formação do caráter de Cristo no cristão.

O termo correção na língua portuguesa pode ser definido por retificação, ou seja, alteração do que não está certo. Porém, no texto Bíblico (Hb 12.5), a palavra pode ser definida por instrução que significa ensino desenvolvido por Deus a aqueles que Ele ama. Pois, a palavra grega presente no texto (παιδευει) e que é citada por treze vezes na Bíblia significa corrigir a criança. Portanto, compreende-se que Deus sendo Pai instrui os seus filhos.

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar a necessidade de disciplina na igreja;

Destacar que a disciplina tem como propósito preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado;

E, Apresentar as diferentes formas de disciplina elencadas na Bíblia.

I – A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA

A disciplina torna-se necessária por dois motivos importantes, que são;

Deus é santo;

E, a igreja é santa.

Portanto, a palavra chave para compreender o presente tópico corresponde com santidade. Deus é santo, logo é necessário que os seus servos busquem a santificação. Santificar corresponde em ser separado para o uso de Deus. Separado e consagrado para o uso do Senhor. Logo, “Quando não há prática da disciplina, o testemunho cristão da igreja é enfraquecido. É preciso, portanto, buscar o caminho bíblico para que a disciplina não desapareça da vida da igreja. Aqui, disciplina não é sinônimo de “castração”, mas de “restauração”. A disciplina não visa matar o faltoso, mas tratá-lo de forma adequada. Tão logo termine o processo de correção, o crente, agora restaurado, volta à comunhão” (Gonçalves, 2024, p. 90).

Entretanto, a existência da ação em corrigir alguém está relacionada com o pecado. A correção é dirigida a aqueles que estão no pecado, sobre o poder do pecado e sobre a condenação do pecado. Se alguém não aceita a correção este não é considerado filho, mas de fato é um bastardo.

O indivíduo suporta a correção quando o mesmo reconhece a paternidade divina e quando sente a tristeza segundo Deus.

II – O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA

O propósito da disciplina é preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado. A finalidade da correção é produzir paz e justiça.

Logo, a aprendizagem que se tem do ato da correção até a produção da justiça e da paz é que há necessidade de esforço da parte do cristão para a conquista de resultados.

A correção que Deus impõe nos dá oportunidades cada vez mais novas para nos exercitarmos espiritualmente, e desta forma nos aproximarmos mais do objetivo de Deus para nós, de vida verdadeiramente justa e de paz interior (RICHARDS, 2008, p. 511).

Portanto, todo crente deverá saber que assim como um pai corrigir o filho que ama, assim também Deus corrigir os seus filhos, tendo como objetivo a edificação e a frutificação. Filhos ilegítimos não possuíam direito a herança, portanto se o cristão não receber a disciplina não terá o direito de filho.

III –      AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA

Antônio Gilberto cita as seguintes formas de aplicabilidade da disciplina bíblica:

Pode ser em forma de advertência pessoal (Mt 18.15);

Visitação acompanhada (1 Co 4.19-21; Mt 18.15-17);

Advertência pública (1 Tm 5.20);

Comunicação escrita (2 Co 7.8-10);

Exortação pessoal (Gl 6.1);

Suspensão (2 Ts 3.14,15; Tt 3.1);

E, exclusão do rol de membros (Mt 18.17) – (apud Gonçalves, 2024, p. 90).

Champlin apresenta duas frases que merecem destaque sobre a correção divina: o oposto da injustiça não é a justiça, mas o amor, e o juízo é um dedo da mão amorosa de Deus (2014, p. 933).

Referência

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2014.

GONÇALVES, Josué. O Corpo de Cristo: origem, natureza e vocação da Igreja no mundo. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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