Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – RESISTINDO À TENTAÇÃO NO CAMINHO
Conforme a Verdade Prática:
No lugar de ceder à tentação,
é melhor triunfar sobre ela.
A palavra-chave para a presente lição é tentação.
Para Tiago nenhuma tentação é proveniente de Deus (Tg 1.13) e o sofrimento do
justo está associado com a desobediência de Adão no Jardim do Éden, pois todos
pecaram e distanciaram de Deus (Rm 5.12). É válido lembrar que os objetivos da
presente lição são:
Conceituar biblicamente o
que é tentação e os seus aspectos na esfera humana;
Mostrar como nosso Senhor
Jesus lidou com a tentação;
E, Apontar a estratégia
para o crente resistir à tentação.
I – A TENTAÇÃO E
SUA ESFERA HUMANA
Tentação tem como significado (do grego,
peirasmos), prova, provação ou teste. Daniel (2014) afirma que “ser tentado não
é pecado; pecado é ceder à tentação”. Logo, pecado é errar o alvo. O pecado
poderá ser cometido por palavras, por ações ou por pensamentos.
José foi tentado, porém,
não pecou (Gn 39.12).
Jó foi tentado, porém, não
pecou (Jó 3.9).
Um dos objetivos da tentação para o cristão é
o fortalecimento. Pois, ninguém cresce
na fé, sem passar por tentação. Isto porque as provas exercitam a fé do
cristão. Logo, a tentação passa a ser uma disciplina que educa o cristão a ser
forte, porém, quando este não é vencido pela tentação.
Se associar a tentação com a tribulação
perceberá que após tribulação surgirá à paciência, a experiência e a esperança
(Rm 5.3-5). Isto é, a tentação quando vencida proporciona fortalecimento,
aumenta a paciência, desenvolve a experiência e como resultado proporciona a
esperança.
Por fim, a tentação não é motivo para o
isolamento do cristão, mas torna-se motivo de alegria, pois ao vencer a
tentação o prêmio será a coroa da vida (Tg 1.12).
Para a maioria dos cristãos a tentação é
apenas diabólica, porém, é notório que Tiago não enfatiza a origem da tentação
à Satanás, mas expõe com clareza o indivíduo como fonte, isto é, pela própria
concupiscência.
II – O SENHOR
JESUS E A TENTAÇÃO
Após ser batizado Jesus foi conduzido pelo
Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo diabo, isto é, para ser
colocado a prova, ou seja, para ser testado e aprovado. A tentação de Jesus em
sua origem se divide didaticamente em três: humanidade,
divindade e missão.
1-
Tentado a ser saciado. A primeira tentativa de satanás em levar
Jesus a pegar foi por meio da necessidade física, pois Cristo estava em
consagração e em jejum, abrangendo um período de quarenta dias e quarenta
noites, logo o mestre estava com fome.
As necessidades físicas são sempre utilizadas
pelo inimigo para levar pessoas a se corromperem. Portanto, o inimigo em suas
ciladas desperta a ganância no íntimo do ser humano para que este venha a
desejar a posse de bem matérias ao ponto de passar por cima de tudo e de todos.
Em sua humanidade Jesus foi tentado, mas venceu a satanás dizendo: nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai
da boca de Deus (Mt 4.4).
2-
Tentado a ser notado. A segunda ação do inimigo foi em tentar
Jesus a ser notado pelos anjos. Quantos são tentados a serem notados? Quantos
são ativos em suas ações para serem notados? Tudo que o cristão desenvolve na
obra de Deus deverá ser para honra e glória de Deus. Em sua divindade Jesus foi
tentado, mas venceu a satanás dizendo: não
tentarás o Senhor, teu Deus (Mt 4.7).
3-
Tentado a ser celebrado. Por terceiro, satanás tenta a Jesus no
que corresponde ao possuir poder. A busca do poder passou a ser notório nas
repartições públicas e até nas repartições religiosas em que pessoas fazem de
tudo para possuírem o lugar do outro. Em sua missão Jesus foi tentado, mas
venceu a satanás dizendo: ao Senhor, teu Deus,
adorarás e só a ele servirás (Mt
4.10).
III – RESISTINDO À
TENTAÇÃO
A tentação é
abrangente a todos os homens, seja o indivíduo convertido ou não ao Senhor
Jesus Cristo. Logo, para que o cristão vença a tentação o mesmo deverá ser
disciplinado a uma vida de oração, leitura da Bíblia e a constância objetiva na
casa do Senhor, pois assim fazendo o crente será fortalecido pelo o Senhor para
continuar firme e abundante na presença de Deus.
Rejeitar a
tentação é literalmente fugir de toda aparência de mal. Paulo ao jovem Timóteo
escreve “Fuja de tudo que estimule as paixões da juventude” (2 Tm 2.22). Ou seja, tudo o que pode
conduzir o ser humano ao pecado e ao distanciamento de Deus é necessário que essa
pessoa fuja.
Porém, se alguém
caiu em tentação e pecou, é necessário que esse se reconcilie com o Senhor,
pois “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as
confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
Referências:
COELHO,
Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras,
ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD,
2014.
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