Deus é Fiel

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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

A PROMESSA DE SALVAÇÃO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – A PROMESSA DE SALVAÇÃO

Conforme a Verdade Prática:

A promessa da vida eterna é a maior bênção divina para todo aquele que crê em Jesus Cristo.

Da verdade prática compreende-se que:

Vida eterna maior bênção divina para aquele que crê.

Vida eterna é uma promessa.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Explicar biblicamente a promessa da salvação;

Mostrar a natureza da promessa da salvação;

E, Refletir a respeito da importância da promessa da salvação e a perseverança nela.

A palavra-chave para a presente lição é salvação. O plano eterno de Deus para lidar com o pecado humano, plano esse que atinge seu ponto culminante na pessoa e obra de Jesus Cristo. A salvação é a transformação da natureza de uma pessoa e de seu relacionamento com Deus por causa do arrependimento e fé na morte expiatória de Cristo. Toda a humanidade precisa de salvação, e esta só é possível por intermédio da fé no Salvador Jesus Cristo (Cantale et al., 2013, p. 817).

I – A PROMESSA DA SALVAÇÃO

Quem crê em Cristo não será condenado, porém aquele que não crê será condenado, daí um versículo chave para compreender a maravilhosa salvação foi escrito pelo apóstolo Paulo que assim expressa:

Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens (Tt 2.11).

Sendo que do versículo aprende três aspectos da graça, que são:

O primeiro aspecto define a origem da graça, é de Deus, isto indica que a graça pertence a Deus que é Santo, Fiel e Justo. Já o segundo aspecto descreve que, a graça se há manifestado, descrição que corresponde à manifestação de Jesus Cristo o Salvador, que era preparação na antiga aliança, torna-se visível na nova aliança, pois o verbo se fez carne (Jo 1.14) a manifestação do verbo é a manifestação da graça outorgando paz (Jo 16. 33), vida em abundância (Jo 10.10) e principalmente o direito a vida eterna (Jo 17.3). E em terceiro, trazendo salvação a todos os homens, frase que corrobora com a ação transformadora que se tornou possível graça a manifestação do Senhor Jesus.

II – A NATUREZA DA PROMESSA DA SALVAÇÃO

Três elos ligados ao estudo minucioso da salvação são estudados de forma didática no presente tópico, que são: regeneração, justificação e santificação.

Regeneração - O novo nascimento é definido pela palavra regeneração, que significa gerar novamente. Termo grego para regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração, reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada. Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.

O novo nascimento não corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.

Algumas referências Bíblicas descrevem a necessidade do novo nascimento por parte dos homens:

Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12) – todos pecaram, logo é necessário que os que ainda estão no pecado voltem para o Senhor Jesus, pois em Cristo Jesus somos justificados.

Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens (Rm 5.18) – a transgressão resultou na condenação de todos os homens, isto é, o pecado presente na vida do indivíduo efetua na condenação, logo é necessário que os que ainda estão no pecado voltem para o Senhor Jesus, pois a justiça de Cristo resulta na justificação que outorga vida com abundância.

A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça (Rm 5.20) – o pecado tem aumentado e destruído o convívio entre as pessoas, logo é necessário que haja novo nascimento para que na vida destes transborde a graça de Deus.

Justificação - A justificação é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado. A justificação pode ser entendida em ser: Salvação dos pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. Momentânea. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo.

Entretanto, sem a ressurreição de Jesus não haveria a justificação. Pois, a ressurreição foi à confirmação das palavras de Jesus: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último Dia (Jo 6.54).

Assim como a ressurreição de Jesus também foi à confirmação de suas obras: Mas eu tenho maior testemunho do que o de João, porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço testificam de mim, de que o Pai me enviou (Jo 5.36).

E por fim, a ressurreição de Jesus foi à confirmação de sua vida: Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mc 10.45).

Santificação - Primeiramente há uma necessidade da santidade por que, por meio do pecado original todos pecaram e distanciaram de Deus. Quando Deus escolheu Israel, a nação deveria vivenciar uma vida santa em toda a maneira de viver, porém este querer divino não se concretizou. Logo, nos dias atuais o novo Israel de Deus, a Igreja, deverá se santificar e vivenciar a maneira de vida que agrada ao Senhor.

Como segunda necessidade da santidade é necessário santificar para servir ao Senhor. Deus é Santo, logo quem serve ao Senhor tem que se santificar a cada dia.

Já por terceira necessidade percebe-se que sem santificação ninguém verá a Deus.

Levando em conta a comparação entre Israel e a Igreja percebe-se que há três bênçãos em comum que podem ser chamados de três privilégios, que são: propriedade peculiar, reino sacerdotal e povo santo. O compromisso de santidade dos israelitas é o mesmo dos cristãos, pois Israel foi resgatado do Egito, da casa da servidão, e nós fomos libertados do poder das trevas. É assim que pertencemos a Cristo e devemos viver em santidade (Soares, 2017, p.117).

Em suma, com Pedro (1.15-19) se aprende três motivos pelos quais os cristãos devem se santificar diariamente: primeiro, Deus é Santo; segundo, Deus conhece e julga de maneira justa; e, terceiro, os cristãos são remidos pelo sangue de Jesus.

III – PROMESSA E PERSEVRANÇA NA SALVAÇÃO

Por fim, o último tópico tem como destaque a palavra perseverança que sobre o presente termo pode-se compreender que: Perseverança na fé é uma das exortações bíblicas mais urgentes nos dias de hoje. A perseverança na oração também é algo de suma importância para o discípulo de Cristo. A oração é a comunicação vital dos discípulos com o Pai soberano nos tempos perigosos até o estabelecimento final do Reino de Deus (Gaby; Gaby, 2018, p. 54). Portanto, perseverança é definida como virtude que permite ao indivíduo a permanência naquilo que acredita ou naquilo que espera.

Referências:

CANTALE, Tony et al. Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – PROMESSA E OBEDIÊNCIA

PROMESSA E OBEDIÊNCIA

Conforme a Verdade Prática:

A obediência a Cristo demanda bênçãos espirituais que influenciam diversas áreas da vida.

Da verdade prática compreende-se que:

Ser obediente é ter a possibilidade de receber bênçãos de Deus.

As bênçãos alcançadas pela obediência influenciam as diversas áreas da vida.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Apresentar os termos do Concerto de Deus com o seu povo no Antigo Testamento;

Mostrar que o princípio da obediência também está presente no Novo Concerto;

Refletir sobre as bênçãos provenientes da obediência a Cristo.

A palavra-chave para a presente lição é obediência. Obediência corresponde em ser:

A disposição de se submeter à autoridade de outra pessoa e de fazer o que lhe pedem ou lhe ordenam fazer; aspecto central do relacionamento entre os seres humanos e Deus (Cantale et al., 2013, p. 810).

I – A OBEDIÊNCIA NO ANTIGO TESTAMENTO

A obediência sempre é perceptível como condição para receber as bênçãos do Senhor, assim como para manter-se diante do Senhor.

 Desde Adão o pacto firmado pelo o Senhor requeria obediência por parta do ser humano. Da mesma forma aconteceu com Israel em que Deus também requeria da nação eleita obediência (Êx 19.5,6).

Na renovação do pacto com Israel, isto é, nos preparativos para entrar na Terra Santa, Deus usou Moisés para relembrar ao povo a importância da obediência, assim como todas as bênçãos possíveis foram citadas pelo líder da nação.

Bênçãos que abrangem a localização (área urbana ou rural), reprodução (humana e até a reprodução dos animais), na casa, no que corresponde ao propósito (entrada e saída), vitória sobre os inimigos, para ser povo santo, financeira e no que corresponde a ter uma liderança.

Deus abençoa aqueles que dizem: “Quando [ouvimos] os mandamentos do Senhor” (11.27). Embora suas bênçãos, com frequência, sejam materiais, não podemos presumir que elas sempre dejam materiais nem que virão de imediato. Até mesmo Jesus, que obedeceu a Deus como ninguém mais, sentiu falta de um abrigo (Mt 8.20). A bênção do Senhor, às vezes, pode até mesmo ser adiada até o céu (Cantale et al., 2013, p. 150).

II – OBEDIÊNCIA NO NOVO TESTAMENTO

A importância da obediência na vida dos cristãos pode ser compreendida em dois textos escritos pelo o evangelista João.

Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (Jo 15.7).

No capítulo é visível a importância em permanecer diante do Senhor. Permanência associa-se com a obediência, logo, se o cristão estiver em Cristo, isto é, estiver na presença do Senhor, e se as palavras de Cristo estiverem no cristão, ou seja, o crente mantiver obediente à palavra, poderá pedir tudo o que quiser e será feito.

E pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.

Se me amais, guardai os meus mandamentos.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre (Jo 14.14-16).

Orações serão respondida ao serem realizadas no nome de Jesus, mas para isso é necessário que o cristão ame a Cristo e que guarde os seus mandamentos, ou seja, a  obediência é uma condição para receber as bênção do Senhor.

III – BÊNÇÃOS PROVENIENTES DA BEDIÊNCIA A CRISTO

As bênçãos serão espirituais, que abrange na manifestação da justiça, da paz e da alegria no Espírito Santo.

O cristão indiferente do que esteja ocorrendo externamente deverá estar bem com Deus, ato que o proporcionará triunfo sobre as aflições, isto é possível mediante a alegria no Espírito. A alegria no servir passa a ser o resultado da comunhão do cristão para com Deus. Servir a Deus não é um martírio e nem um sacrifício, mas ao contrário é uma honra para aqueles que servem a Deus em alegria, pois estes têm comunhão com o Senhor. A alegria deve ser visível também no ato de contribuir. Alguém contribuir com dízimos e ofertas para que o Evangelho alcançasse vidas as quais formam o Corpo de Cristo hoje, logo os cristãos de hoje devem contribuir para que o Evangelho continue sendo pregado para testemunho de todas as pessoas. Por fim, o viver a alegria do Espírito é um presente divino outorgado por meio da comunhão existente entre Deus e o cristão.

Já a paz é um favor divino para com os cristãos, logo é dever de cada crente viver em paz e unidade para com os outros. A paz em Deus é uma realidade mediante a obra de Cristo na cruz. Portanto, para a obtenção da paz: sacrifícios são necessários; renunciar é preciso; e dedicação para com a vida das demais pessoas é indispensável. A existência da paz no interior do indivíduo é possível. A paz é Boas Novas e a missão da Igreja é propagar as Boas Novas em Cristo Jesus. Por fim, a paz é o relacionamento certo em todas as esferas da vida.

Referências:

CANTALE, Tony et al. Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

domingo, 13 de outubro de 2024

AS PROMESSAS DE DEUS PARA IGREJA

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – AS PROMESSAS DE DEUS PARA IGREJA

Conforme a Verdade Prática:

As promessas de Deus para a Igreja são gloriosas: promessas de vida eterna, de poder e glorificação final do nosso corpo.

Da verdade prática compreende-se que:

A promessa de Deus para com a Igreja é gloriosa;

 Promessa de vida;

Promessa de poder;

E, promessa de glorificação final.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Apresentar as promessas de Deus para a Igreja de Cristo;

Pontuar o efeito das promessas divinas para a execução da Grande Comissão, missão da Igreja no mundo;

E, Conscientizar acerca das condições para vivenciar tais promessas.

A palavra-chave para a presente lição é Igreja. O termo Igreja pode ter como significado prático congregação, assembleia ou até mesmo convocação, do último vocábulo descrito percebe-se o grande significado da palavra, Igreja significa os que foram tirados para fora, tirados para fora do mundo para gozarem da presença e do governo de Cristo.

A palavra Igreja deriva se do vocábulo grego ekklesia, que tem por significado assembleia pública. O termo aparece no Novo Testamento, quando Jesus disse que edificaria a sua igreja.

A doutrina que estuda a igreja é conhecida como eclesiologia, sendo, que essa doutrina expõe diferença entre igreja local (visível) e igreja universal (invisível). A igreja invisível se caracteriza por todos que receberam a Jesus como único Salvador, já a visível trata se do grupo local de irmãos que se reúnem para adorarem a pessoa do Senhor Jesus.

I – A NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA

A natureza da promessa de Deus para com a Igreja se caracteriza com a missão real da Igreja, isto é, com a capacidade outorgada a Igreja no nome de Jesus presenciará os milagres do Senhor, mas para que ocorram os sinais é necessário o cumprimento da promessa do revestimento de poder.

A Igreja é a concretização do poder de Deus, assim como escreveu o evangelista João:

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que Deus o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).

Poder transformador, que transforma o mais indigno dos homens em um príncipe que tenha o direito a vida eterna.

Poder direcionador, que orienta o mais imprudente dos condutores a palmilhar mediante a vontade divina.

Poder que capacita, isto é, outorgando meios e instruções para que o homem realize ações conforme o beneplácito do Senhor.

II – AS PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA

Três promessas são visíveis no presente tópico, são elas:

Os crentes não são eternos, porém Deus outorga a oportunidade de viverem a eternidade com Ele, promessa de vida eterna.

Já em pentecoste cumpriu a promessa de ser revestido de poder.

Por fim, os cristãos tem a promessa de ter o corpo glorificado como do Senhor Jesus.

Silva ratifica que a vida eterna será marcada pela ausência do pecado ao afirmar que:

Se o mundo atual que está afetado pelo pecado possui maravilhas, o que será dito quando o cristão passar a ter o seu corpo glorificado e a viver na nova cidade em que nela não haverá maldição (Ap 22.3), pois, não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap 21.4).

E Deus limpará de seus olhos toda lágrima (Ap 21.4). As lágrimas enxugadas pelo Senhor indicam o fim da dor. Porque já as primeiras coisas são passadas, isto é, toda tristeza será substituída pela alegria eterna. A alegria eterna será identificada pelos seguintes indicadores: a glorificação do crente e a habitação do tabernáculo divino com os vencedores.

A glorificação do crente indica que o cristão será: salvo de um mundo de pecado, liberto da presença do pecado, habilitado a desfrutar da graça que se estenderá por toda a eternidade e, por fim, ocorrerá quando o cristão chegar ao céu (Silva, Ano 15, Edição 49, p. 35 e 36).

III – CONDIÇÕES PARA VIVER AS PROMESSAS DE DEUS

O presente tópico apresenta três condições que são: crer, fidelidade e obediência.

Sobre a fidelidade compreende-se que no grego πιστιϛ (pistis) significa fé, confiança, compromisso, fidelidade, confiabilidade, lealdade e comprometimento.

[...] frequentemente significa a confiança expressa numa vida de fé. Nesse contexto, significa fidelidade. A fidelidade reflete a natureza do nosso Pai celeste. Ele é fidedigno. Sua paciência para conosco nunca se esgota, por mais vezes que o tenhamos decepcionado. Ele tem um compromisso conosco, à altura do seu grande plano de redenção! Devemos refletir diante dos outros as características divinas (Horton, 1996, p. 491).

Portanto, a fidelidade é uma virtude desenvolvida pela ação do Espírito Santo, quando mais o cristão se consagra a Deus, por meio da leitura das Sagradas Escrituras, da presença na Igreja tendo como objetivo adorar a Deus, e por meio da oração e jejum, o cristão desenvolverá as virtudes do Espírito.

Deus é fiel. A fidelidade de Deus corresponde a um atributo moral, que expressa a majestade da natureza divina. A fidelidade de Deus é constatada no cumprimento das promessas.

Fidelidade é uma palavra importante, pois [...] descreve o homem em cujo serviço fiel podemos confiar e cuja palavra podemos aceitar sem reservas. Descreve o homem com a fidelidade inflexível de Jesus Cristo e a total fidedignidade de Deus (Barclay, 2010, p. 105).

Referências:

BARCLAY, W. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

HORTON, S.M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Romanos. Revista Manancial, Ano 15, Edição 49.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

AS PROMESSAS DE DEUS PARA ISRAEL

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – AS PROMESSAS DE DEUS PARA ISRAEL

Conforme a Verdade Prática:

Ainda que queda espiritual tenha ocorrido com Israel, há uma gloriosa promessa ao remanescente fiel.

Da verdade prática compreende-se que:

Israel desobedeceu a Deus, e caiu espiritualmente;

Deus tem uma promessa gloriosa para com o Israel fiel;

Deus sempre conta com o remanescente fiel.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Detalhar a promessa divina a Abrão acerca de tornar a sua descendência uma nação sacerdotal que testemunharia os feitos de Deus entre as nações;

Elencar as promessas de Deus a respeito de Israel para o seu desenvolvimento como nação;

E, Destacar a posição de Israel no tocante à salvação e a promessa quanto ao seu futuro espiritual.

A palavra-chave para a presente lição é descendência.

I – ISRAEL: A PROMESSA DA CRIAÇÃO DE UMA GRANDE NAÇÃO

O presente Tópico realiza uma análise a respeito de Gênesis 12.2-4, sendo que do texto pode-se compreender que:

[...] Conforme os três primeiros versículos do capítulo doze, a chamada de Abrão (pai da altura) tinha uma ordem sair da terra que lhe pertencia, sair do meio da sua parentela e também sair da casa do seu pai, uma ordem em três dimensões.

a) Sai- te da tua terra. Ao chamar o homem Deus o consagra. A chamada de Abrão não é diferente, pois uma condição é imposta sair. Na primeira dimensão desta ordem Deus ordena Abrão a sair da sua terra o que corresponde a afastar de uma cultura corrupta e cheia de práticas contrárias a vontade do Criador.

b) Sai da tua parentela. Se o sair da terra correspondia a uma cultura corrupta, o sair da parentela correspondia ao afastamento de uma subcultura, ou seja, a parentela de Abrão estava submersa aos princípios culturais da mesopotâmia (Js 24. 2).

c) Sai da casa de seu pai. Em nossa vida o primeiro lugar deverá pertencer a Deus, o segundo a nossa família, todavia nunca os planos da família poderão omitir os planos de Deus para a nossa vida. O sair da casa de seu pai cabia a Abrão demonstrar o seu amor para com Deus.

Portanto, o chamado de Abrão possuía uma promessa com três palavras-chave: abençoar, bênção e benditas. Deus promete abençoar a Abrão e fazer dele uma bênção e por ele tornar bendita as famílias da terra (Gn 12.3).

2- De Abrão ao povo israelita. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Sl 30.5). Para o personagem Abrão a noite não durou apenas uma média de doze horas, mas uma abrangência de 25 anos. Ao sair das terras de sua origem Abrão tinha 75 anos (Gn 12.4), e ao ver o cumprimento da promessa possuía 100 anos de idade (Gn 21.5) isto indica que quem tem promessa de Deus não morrerá sem que elas se cumpram. Assim de Abraão veio Isaque e deste os doze patriarcas que entram no Egito em um número de 75 pessoas (At 7.14).

A escolha de Israel como nação em relação ao chamado de Abrão corresponde a abençoar a todas as famílias da terra. (Silva, Ano 9, Edição 28, p. 13, 14).

II – OUTRAS PROMESSAS A ISRAEL

Para Abraão o Senhor fez a promessa de um filho. Já para Isaque a promessa se confirma. Enquanto a Jacó a promessa é ratificada por meio da renovação.

Porém, o que mais marca é a promessa do Reino do Messias que em todo o Antigo Testamento é visualizada como a preparação para com o estabelecimento do Reino Messiânico.

Associando a promessa estudada no tópico anterior com as promessas presentes no tópico em apreço compreende-se que:

A promessa a Abraão abrange três posteridades: a de Ismael, a de Israel e a da Igreja. A de Ismael é puramente carnal, a de Israel é carnal e espiritual, e a da Igreja é puramente espiritual (Gn 17.20; Rm 4.11; Gl 3.14). Portanto, a aliança de Deus para com Abraão é abrangente e graciosa, tornando-se eficiente e eficaz pela obra redentora de Jesus (Silva, Ano 15, Edição 49, p. 56).

III – A PROMESSA DE SALVAÇÃO PARA ISRAEL

Ao escrever a Igreja em Roma o apóstolo Paulo nos capítulos 9, 10 e 11 trata-se do tema salvação pela fé. No entanto no decorrer da escrita o apóstolo apresenta sua tristeza pela incredulidade dos israelitas.

Sendo que o apóstolo Paulo demonstra sua tristeza pela incredulidade dos seus irmãos na carne, assim como o seu amor, desejando que estes viessem a ter um relacionamento com Cristo. O amor do apóstolo aos israelitas é tão grande ao ponto de desejar separar de Cristo para que os filhos da promessa alcançasse a salvação.

Paulo lista oito grandes privilégios outorgados por Deus ao povo da promessa: adoção de filhos, glória, concerto, lei, o culto, a promessa, os pais e o maior privilégio, Cristo (Silva, Ano 15, Edição 49, p. 54).

Por fim, Paulo apresenta que a rejeição dos judeus para com a promessa tornou-se benéfica, pois:

Da queda de Israel veio à salvação para com os gentios (Rm 11.11).

Na queda de Israel estar à riqueza do mundo (Rm 11.12).

A rejeição de Israel proporcionou a reconciliação do mundo (Rm 11.15).

Por fim, todos os acontecimentos escatológicos tem como propósito básico a salvação de Israel.

Referências:

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Cronologia Bíblica. Revista Manancial, Ano 9, Edição 28.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Romanos. Revista Manancial, Ano 15, Edição 49.