A AUTENTICIDADE CONTRA UMA FÉ MORTA
Conforme o resume da lição:
A nossa fé em Jesus Cristo
precisa ser revelada mediante as nossas ações.
Do resumo da lição entende-se que à
autenticidade da fé:
Torna-se notável mediante
as ações praticadas pelos servos do Senhor.
Sendo que a presente lição tem como
objetivos:
Compreender os perigos de
uma fé improdutiva;
Explicar as evidências da
fé por intermédio das ações;
E, Destacar o exemplo de
fé de Abraão e Raabe.
I – OS PILARES DE
UMA FÉ IMPRODUTIVA
Para muitos críticos na mensagem bíblica há
contradição entre os apóstolos Paulo e Tiago, quando eles escreveram a respeito da fé de Abraão.
Paulo assim escreveu: Porque,
se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de
Deus. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado
como justiça. Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão
segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê
naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça
(Rm 4.2-5). Para Paulo a fé de Abraão motivou o mesmo a produzir diante de
Deus, ou seja, a fé não garante a salvação, a fé identifica o salvo em Cristo.
Enquanto, Tiago assim escreveu: Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não
somente pela fé (Tg 2.24). Já Tiago não define que as obras é o
ponto inicial da salvação, mas as obras é a demonstração inicial de quem em
Cristo Jesus possui a fé que gera ações e transformações (Leandro, 2024).
Relacionar os dois apóstolos conclui-se que:
[...] A verdadeira fé se
manifesta em obras que refletem o amor e a justiça de Deus, demonstrando que
uma pessoa realmente foi transformada pelo evangelho (Leandro, 2024, p. 67).
Na vida do crente salvo em Cristo, a fé que o
conduziu aos braços do Salvador, será a mesma que conduzirá o novo cristão a se
entregar na mais pura obra da proclamação da salvação.
A fé
em Cristo foi gerada pela obra de Cristo na cruz, logo, as obras do cristão em
semear no campo missionário é a proclamação da mais bela obra de amor
manifestada ao mundo, a do Cordeiro, que entregou a sua vida por amor a toda a
humanidade.
A fé em Cristo foi gerada pela justiça
divina, logo, a justiça presente nas obras desenvolvidas pelos cristãos nada
mais é que a demonstração da justiça presente na vida daquele que é salvo em Jesus.
Portanto, o amor e a justiça são pilares
essenciais na vida daqueles que estão em Cristo Jesus.
II – A EVIDÊNCIA
DA FÉ POR INTERMÉDIO DAS AÇÕES
O presente tópico irá associar três virtudes
correlacionadas com as ações, isto é, as obras estão diretamente ligadas com a
fé, assim como as obras são desenvolvidas por pessoas que amam o próximo e
entende-se ainda que a ação produz no indivíduo o caráter da obediência.
No versículo 17 Tiago associa a fé com as
obras: Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. A fé será conhecida e será notável mediante as boas obras
praticadas pelo o cristão.
Enquanto que nos versículos 15 e 16 Tiago
tinha associado as obras com a prática do amor: E, se o
irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E
algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes
derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Ou
seja, as boas obras são demonstrações do amor do cristão para com o próximo.
O salvo em Cristo terá como demonstração diária
a obediência à Palavra do Senhor.
III – ABRAÃO E
RAABE, EXEMPLOS DE UMA FÉ VIVA
O exemplo de Abraão citado por Tiago permite
entender que o patriarca:
Apresentou Isaque em sacrifício;
A fé de Abraão cooperou com as obras;
A fé do patriarca foi aperfeiçoada;
Abraão foi chamado de amigo de Deus.
Já Raabe é apresenta em:
Mesmo tendo um passado crítico desenvolveu
excelente obra;
A obra desenvolvida por Raabe foi a de
recolher os emissários;
Assim, como direcionou os emissários pelo o
caminho.
Portanto, [...] fé
é caracterizada por um compromisso profundo com os princípios do evangelho,
levando-nos a agir com amor, justiça e misericórdia (Leandro, 2024, p. 71).
Referências:
LEANDRO,
Eduardo. A verdadeira religião: um
convite à autenticidade na Carta de Tiago. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.