Deus é Fiel

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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

O CORPO COMO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CORPO COMO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

Conforme a Verdade Prática da lição:

Ter consciência de que nosso corpo é habitação do Espírito Santo faz toda a diferença na maneira como possuímos.

Da verdade prática compreende-se que:

O corpo do cristão é habitação do Espírito Santo.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Levar os alunos a compreenderem que seus corpos pertencem a Deus e são habitação do Espírito Santo;

Ensinar que o corpo humano, à semelhança do tabernáculo no Antigo Testamento é portador da presença de Deus;

E, Conscientizar os alunos sobra a responsabilidade de manter o corpo em santidade, por meio da fuga do pecado, da praticadas disciplinas espirituais e do cuidado físico.

Templo é a palavra-chave da presente lição.

I – CORPO: PROPRIEDADE E HABITAÇÃO DIVINA

O homem foi comprado pelo precioso sangue do Senhor Jesus e tornou-se morada do Espírito Santo. A salvação corresponde em uma ação direta do Senhor em prol de todos aqueles que creem em sua mensagem. O Pai envia, o Filho consolida a obra salvífica no Calvário e o Espírito Santo efetua, regenerando o indivíduo, fazendo morada nesse.

Ter o selo indica que o cristão foi comprado pelo sangue do Senhor Jesus e atualmente tem a marca que o autentica como propriedade e habitação do Espírito Santo.

O apóstolo Paulo gostava de utilizar de perguntas retóricas para despertar nos cristãos o entendimento e a responsabilidade para a manutenção de uma vida santa. A santidade torna-se uma atitude mediada conforme o propósito divino em que cada indivíduo reconhece como responsável de suas atitudes perante o Senhor. Válido ressaltar que o olhar para o corpo como morada do Espírito Santo estimula o cristão a cuidar das atitudes físicas e espirituais, controlando as ações conforme o controle das emoções, das vontades e até mesmo dos interesses intelectuais.

II – O CORPO COMO TABERNÁCULO

O comparativo presente no tópico entre o ser humano e o tabernáculo é importante para compreender a tricotomia: corpo, alma e espírito.

O pátio compara-se com o corpo – parte externa e visível.

O lugar Santo compara-se com a alma – parte interna, invisível e que está diretamente associada com o espírito.

O lugar Santíssimo compara-se com o espírito – parte interna e invisível.

Compreende que Tabernáculo (gr. Σκηνης) cabana ou tenda. Tenda portátil onde os hebreus, durante a peregrinação pelo deserto, prestavam culto a Deus. Era o símbolo da presença de Deus entre o povo (Andrade, 1997, p. 231).

Silva corrobora em apresentar o significado espiritual do tabernáculo.

O tabernáculo possuía 45,72m de comprimento e 22,86m de largura, e era dividido em três partes: átrio, lugar santo e lugar santíssimo. Porém, a parte interna que abrangia o lugar santo e lugar santíssimo possuía 13,71m de comprimento e 4,57m de largura.

a) O átrio. O acesso para o átrio era conhecido pelos os judeus por caminho. Este era o lugar de sacrifício onde havia dois objetos: o altar do holocausto e a pia.

No altar do holocausto três elementos eram presenciados constantemente: o fogo, a fumaça e o sangue. Fogo e fumaça correspondem com a ira de Deus manifestada pela corrupção humana. Enquanto, o sangue significava vida santificada.

Quando o sacerdote era consagrado lavava o corpo e depois os pés e as mãos, isto é, santificado para andar com Deus (os pés) e santificado para servir a Deus (as mãos).

b) Lugar Santo. A porta de acesso ao Santo era conhecida por verdade e era sustentada por cinco colunas conhecidas como os cincos dedos de Deus. Nesta repartição havia três objetos: o candelabro de ouro, a mesa dos pães e o altar do incenso.

c) Lugar Santíssimo. O véu que separava o lugar santo do santíssimo era chamado de vida. Havia nesta repartição apenas uma peça, a arca da aliança. Lugar que significava a presença de Deus. Sendo que dentro da arca havia três objetos: o maná, a vara de Arão e as tábuas da aliança. 

O maná era o alimento outorgado por Deus (Jeová Jiré, Deus da providência), a vara indicava a soberania de Deus e as tábuas salientavam a justiça de Deus.

Portanto, o átrio é o lugar da reconciliação, o santo é o lugar da santificação, e o santíssimo é o lugar da glorificação com e em Cristo (Ano 15, Edição 52, p. 36, 37).

III – CUIDANDO DO TEMPLO DO ESPÍRITO

Dois meios são trabalhados no presente tópico no que se refere à disciplina do cuidado do corpo: primeiro, fugir da prostituição; e, em segundo, cuidar de forma qualitativa do corpo.

Quando Paulo escreveu a respeito das obras da carne o apóstolo trabalha quatros tipos de pecados que correspondem com atos sexuais e que estão diretamente ligados com a desobediência do sétimo mandamento “não adulterarás” (Êx 20.14). São eles: adultério, fornicação, impureza e lascívia.

1- Adultério. Em algumas versões o termo utilizado é prostituição (pornéia), isto é, imoralidade sexual. Para muitos eruditos a prática do adultério corresponde com a traição entre casais e, de fato adultério tem como significado dormir em cama estranha. Na Escritura Sagrada a infidelidade é apresentada em três níveis. No caso de Davi e Bate-Seba (2 Sm 11), ocorre o encontro de uma única noite. Já no caso de Sansão e Dalila (Jz 16), ocorre o caso confuso. Por fim, os filhos de Eli representam o vício sexual (1 Sm 2.22).

2- Fornicação. A relação sexual entre jovens sem haver a venda do corpo e sem corresponder com a traição de um terceiro se resume em fornicação.

3- Impureza. Correspondem com pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios. Porém, este tipo de pecado é alimentado por pensamentos e desejos da alma (Ef 5.3, Cl 3.5).

4- Lascívia. Corresponde com o pecado da sensualidade. Tal prática conduz as pessoas ao ponto de perderem a vergonha. Por isso, tornou se natural no presente contexto civilizatório a falta de decência e a perca do pudor.

Por fim, a disciplina do corpo deverá ser feita conforme a Palavra do Senhor e em moderação.

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Hebreus. Revista Manancial, Ano 15, Edição 52.

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