Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CORPO COMO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO
Conforme a Verdade Prática da lição:
Ter consciência de que nosso
corpo é habitação do Espírito Santo faz toda a diferença na maneira como possuímos.
Da verdade prática compreende-se que:
O corpo do cristão é
habitação do Espírito Santo.
É válido lembrar que os objetivos da presente
lição são:
Levar os alunos a
compreenderem que seus corpos pertencem a Deus e são habitação do Espírito
Santo;
Ensinar que o corpo
humano, à semelhança do tabernáculo no Antigo Testamento é portador da presença
de Deus;
E, Conscientizar os alunos
sobra a responsabilidade de manter o corpo em santidade, por meio da fuga do
pecado, da praticadas disciplinas espirituais e do cuidado físico.
Templo é a palavra-chave da presente lição.
I – CORPO:
PROPRIEDADE E HABITAÇÃO DIVINA
O homem foi comprado pelo
precioso sangue do Senhor Jesus e tornou-se morada do Espírito Santo. A salvação
corresponde em uma ação direta do Senhor em prol de todos aqueles que creem em
sua mensagem. O Pai envia, o Filho consolida a obra salvífica no Calvário e o
Espírito Santo efetua, regenerando o indivíduo, fazendo morada nesse.
Ter o selo indica que o
cristão foi comprado pelo sangue do Senhor Jesus e atualmente tem a marca que o
autentica como propriedade e habitação do Espírito Santo.
O apóstolo Paulo gostava de
utilizar de perguntas retóricas para despertar nos cristãos o entendimento e a
responsabilidade para a manutenção de uma vida santa. A santidade torna-se uma
atitude mediada conforme o propósito divino em que cada indivíduo reconhece
como responsável de suas atitudes perante o Senhor. Válido ressaltar que o
olhar para o corpo como morada do Espírito Santo estimula o cristão a cuidar
das atitudes físicas e espirituais, controlando as ações conforme o controle
das emoções, das vontades e até mesmo dos interesses intelectuais.
II – O CORPO COMO TABERNÁCULO
O comparativo presente no tópico entre o ser
humano e o tabernáculo é importante para compreender a tricotomia: corpo, alma
e espírito.
O pátio compara-se com o corpo – parte externa
e visível.
O lugar Santo compara-se com a alma – parte interna,
invisível e que está diretamente associada com o espírito.
O lugar Santíssimo compara-se com o espírito –
parte interna e invisível.
Compreende que Tabernáculo (gr. Σκηνης)
cabana ou tenda. Tenda portátil onde os hebreus, durante a
peregrinação pelo deserto, prestavam culto a Deus. Era o símbolo da presença de
Deus entre o povo (Andrade, 1997, p. 231).
Silva corrobora em apresentar o significado
espiritual do tabernáculo.
O tabernáculo possuía 45,72m de comprimento e
22,86m de largura, e era dividido em três partes: átrio, lugar santo e lugar
santíssimo. Porém, a parte interna que abrangia o lugar santo e lugar
santíssimo possuía 13,71m de comprimento e 4,57m de largura.
a) O átrio. O acesso para
o átrio era conhecido pelos os judeus por caminho. Este era o lugar de
sacrifício onde havia dois objetos: o altar do holocausto e a pia.
No altar do holocausto
três elementos eram presenciados constantemente: o fogo, a fumaça e o sangue.
Fogo e fumaça correspondem com a ira de Deus manifestada pela corrupção humana.
Enquanto, o sangue significava vida santificada.
Quando o sacerdote era
consagrado lavava o corpo e depois os pés e as mãos, isto é, santificado para
andar com Deus (os pés) e santificado para servir a Deus (as mãos).
b) Lugar Santo. A porta de
acesso ao Santo era conhecida por verdade e era sustentada por cinco colunas
conhecidas como os cincos dedos de Deus. Nesta repartição havia três objetos: o
candelabro de ouro, a mesa dos pães e o altar do incenso.
c) Lugar Santíssimo. O véu
que separava o lugar santo do santíssimo era chamado de vida. Havia nesta
repartição apenas uma peça, a arca da aliança. Lugar que significava a presença
de Deus. Sendo que dentro da arca havia três objetos: o maná, a vara de Arão e
as tábuas da aliança.
O maná era o alimento
outorgado por Deus (Jeová Jiré, Deus da providência), a vara indicava a
soberania de Deus e as tábuas salientavam a justiça de Deus.
Portanto, o átrio é o
lugar da reconciliação, o santo é o lugar da santificação, e o santíssimo é o
lugar da glorificação com e em Cristo (Ano 15, Edição 52,
p. 36, 37).
III – CUIDANDO DO
TEMPLO DO ESPÍRITO
Dois meios são trabalhados no presente tópico no que se refere à
disciplina do cuidado do corpo: primeiro, fugir da prostituição; e, em segundo,
cuidar de forma qualitativa do corpo.
Quando Paulo escreveu a respeito das obras da carne o apóstolo trabalha quatros
tipos de pecados que correspondem com atos sexuais e que estão diretamente
ligados com a desobediência do sétimo mandamento “não adulterarás” (Êx 20.14).
São eles: adultério, fornicação, impureza e lascívia.
1- Adultério. Em algumas versões o termo utilizado é prostituição
(pornéia), isto é, imoralidade sexual. Para muitos eruditos a prática do
adultério corresponde com a traição entre casais e, de fato adultério tem como
significado dormir em cama estranha. Na Escritura Sagrada a infidelidade é
apresentada em três níveis. No caso de Davi e Bate-Seba (2 Sm 11), ocorre o
encontro de uma única noite. Já no caso de Sansão e Dalila (Jz 16), ocorre o
caso confuso. Por fim, os filhos de Eli representam o vício sexual (1 Sm 2.22).
2- Fornicação. A relação sexual entre jovens sem haver a venda do corpo
e sem corresponder com a traição de um terceiro se resume em fornicação.
3- Impureza. Correspondem com pecados sexuais, atos pecaminosos e
vícios. Porém, este tipo de pecado é alimentado por pensamentos e desejos da
alma (Ef 5.3, Cl 3.5).
4- Lascívia. Corresponde com o pecado da sensualidade. Tal prática
conduz as pessoas ao ponto de perderem a vergonha. Por isso, tornou se natural
no presente contexto civilizatório a falta de decência e a perca do pudor.
Por fim, a disciplina do corpo deverá ser feita conforme a Palavra do
Senhor e em moderação.
Referência
ANDRADE,
Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico,
com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
SILVA,
Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Hebreus.
Revista Manancial, Ano 15, Edição 52.
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