Deus é Fiel

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

EXERCENDO UM CHAMADO ESTRUTURADO

Texto: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (2 Tm 4.7).
Introdução
É dever daqueles que desejam servir ao Senhor exercer de maneira convicta o seu chamado. Não há pessoa no seio da igreja que não tenha um chamado da parte de Deus. Cada um é útil a Deus da sua maneira. E para vivenciar um chamado estruturado é necessário respondermos duas perguntas: quem somos? E a quem servimos? Quando temos a convicção de que servimos a Jesus Cristo e somos a Igreja de Jesus ninguém mais nos segurará (Rm 8.35-39), pois o nosso desejo será servir ao Senhor da melhor maneira.
I – PAULO BOM EXEMPLO DE MINISTÉRIO BEM SUCEDIDO.
Saulo, o mesmo que Saul, tem como significado o desejado foi em sua prática de fé judaica assolador da igreja primitiva (At 8.3), invadia as casas, arrastava e lançava na prisão os cristãos, porém Deus o chamou para ser propagador do evangelho aos gentios, reis e aos filhos de Israel (At 9.15).
1- O chamado de Paulo. De Saulo a Paulo, enquanto o nome Saulo indica o sentimento de desejo, o nome Paulo passa a indicar o sentido de pequeno, pois em meio ao conhecimento de Paulo o evangelho seria propagado mediante a graça transformadora de Cristo (Fp 3.8, 2 Co 12.9). Como bom judeu o apóstolo no período anterior a sua conversão queria ser útil a Deus, por isso, Paulo tornou-se um perseguidor da fé cristã, pois via na mesma uma ameaça aos princípios do judaísmo. Antes a sua conversão, Paulo já se destacava por sua entrega e veemência a uma missão (At 9.2). Logo após a conversão o apóstolo Paulo não perdeu o desejo de ser útil a Deus, sendo assim dedicou com toda veemência à propagação do evangelho chegando a realizar três viagens missionárias (At 13.2,3).
2- Identificação do apóstolo nas epístolas. O apóstolo Paulo em suas 13 cartas se apresenta de três maneiras: servo, apóstolo e prisioneiro. As cartas antigas começam com o nome e credenciais do remetente e também uma saudação ao destinatário. Com estas três credenciais torna-se notório que o apóstolo Paulo exercia com primazia o ministério no qual tinha sido chamado. Como servo (Rm 1.1,Fp 1.1, Tt 1.1), o apóstolo Paulo foi submisso a Deus e não teve medo de assumir riscos em prol do Evangelho. Por tal atitude Paulo foi um servo sofredor (2 Co 11.23-28). Além de servo, Paulo em algumas das suas cartas se apresenta como apóstolo (Rm 1.1,  1Co 1.1, Cl 1.1), como apóstolo Paulo queria demonstrar para as igrejas a validade de seu chamado. E por fim, como prisioneiro Paulo se apresenta a Filemon tanto para demonstrar a sua situação no momento como prisioneiro e para introduzir o assunto que tinha a expor com Filemon (Fm 1.1).
3- Paulo e o fim da carreira. A prática de um chamado estruturado será confirmada no fim da carreira ministerial. Paulo encerra suas atividades ministeriais se apresentado como soldado (combati o bom combate), como atleta (acabei a carreira) e como mordomo (guardei a fé). Como soldado Paulo foi valoroso e estratégico em sua missão, como atleta o apóstolo foi incansável e submisso e como mordomo Paulo concretiza o valor da paciência e da esperança para ser bem sucedido ministerialmente.
II – CONHECENDO A IDENTIDADE CRISTÃ.
Para um chamado estruturado é necessário que conheçamos a nossa identidade. E além de tudo somos cristãos, que quer dizer seguidores de Cristo (At 11.26) e também somos a igreja de Cristo (Mt 16.18). Logo, surge uma pergunta: quem somos? E para ter um ministério bem sucedido ou para exercer um chamado estruturado não poderemos esquecer que somos a igreja de Jesus Cristo.
1- Cristo firme fundamento da Igreja. O termo igreja corresponde ao grego eclésia, que é descrita em termos humanos (1 Ts 1.1), em termos divinos ( (1 Co 1.2, 1 Ts 2.14) e também  é descrita como igreja de Cristo (Ef 5.23,24). Em 1 Pedro 2.5-8, nós cristãos somos apresentados como pedras vivas e Cristo como a pedra da esquina. Somos uma construção espiritual que se chama igreja.
A igreja possui quais dois milênios de existência (sentido cristianismo) o que permite a existência da mesma em todos estes anos, em meio as perseguições e tribulações é de fato o fundamento da igreja, pois se a igreja estivesse firmada no apóstolo Pedro a mesma não existira mais, porque de fato Jesus Cristo é a pedra da esquina e sobre Ele estamos firmados (Mt 16.18).
Além do tempo da existência, outro indicador de ser Cristo o firme fundamento da igreja são as inúmeras pessoas que foram transformadas pelo poder do evangelho (Rm 1.16).
2- Virtudes essenciais da Igreja. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade (1 Co 13.13). A fé nos faz viver o hoje com o que temos e de fato nos caracteriza no que somos. Já a esperança nos faz viver o hoje acreditando no amanhã. São de fato duas virtudes inseparáveis que se tornam fortes quando ligadas ao amor.
A esperança cristã consiste na ressurreição dentre os mortos (1 Ts 4.13), da glória de Deus (Rm 5.2), de uma nova dispensação (2 Co 3.12), da justiça (Gl 5.5) da salvação (2 Co 1.10), da segunda vinda de Cristo (Tt 2.13) e da esperança da vida eterna (Tt 1.2). Portanto, a esperança tem como fontes: a experiência (Rm 5.4), as Escrituras (Rm 15.4) e a consciência de ter sido chamado por Deus (Ef 1.18).
Entretanto, a igreja é definida como organismo e como organização. Quando relacionamos a igreja a um organismo estamos tratando do sentido real da sua existência, proporcionar paz, vida e salvação a todos os que receberem a Cristo como Salvador (Jo 10.10;16,33). E como organização a igreja é vista como uma instituição perante a lei vigente de cada nação. Como organismo a igreja está a crescer dia a dia (At 2.47).
III – CONHECENDO A QUEM SERVIMOS.
1- As nações e suas divindades. Cananeus, filisteus e demais povos pagãos adoravam a outras divindades e foram povos que tiveram relação direta com os israelitas e em meio a este relacionamento entre nações tais povos não requeriam dos israelitas o abandono de Deus, porém influenciavam os israelitas a práticas politeístas e como consequência a nação eleita deixava de servir a Deus e serviam a Baal e a Astarote, isto no período dos Juízes (Jz 2.13). Dentre tantas divindades está Baal que era o principal deus adorado pelos cananeus, era considerado o deus da fertilidade, da chuva e da vegetação, enquanto Astarote era a deusa da guerra e da fertilidade e mulher de Baal. O culto a Baal envolvia o sacrifício de crianças (2 Re 21.3-6).
Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? (Sl 121.1), tal citação corresponde ao período de idolatria vivenciado pelos israelitas. Havia neste período a distribuição de altares nos montes de Israel. De fato era a prostituição cultural referida por Jeremias e por Oséias, por isso o salmista expressa que o socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra (Sl 121.2).
2- Servimos a Jesus. Que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Jesus é Deus completo e também homem completo. Nada falta a natureza divina de Jesus.
A= Os nomes de Cristo. Os principais nomes de Jesus são: Cristo, que é mais do que um simples nome, e tem por significado Messias, termo reservado ao enviado do Senhor; Jesus, nome humano do Messias, que tem como significado aquele que salva, portanto o nome Jesus indica que Ele salvaria seu povo, ou seja, que Ele seria o Salvador; Filho do Homem, termo que aparece sessenta e sete vezes dita por Jesus para expressar a Si mesmo, tal nome corresponde a Jesus como verdadeiro homem; Filho de Deus, nome que tem dois sentidos, no sentido origem e no sentido trinitário, sentido origem indica que Jesus é Deus e no sentido trinitário indica que Jesus é a segunda pessoa da Trindade; Senhor, nome que corresponde: quem é, e qual a relação de Jesus com a igreja, Jesus é o Senhor da igreja; Servo, nome que indica que Jesus em tudo obedeceu até o pondo de morrer pelos outros.
B= Servimos ao Deus Vivo. Jesus é Deus (Jo 1.1), e morreu pelos nossos pecados (Jo 3.16), porém ressuscitou ao terceiro dia (Lc 24.1-12) e cinco são as provas da ressurreição de Jesus: o sepulcro estava vazio, Jesus apareceu aos seus discípulos, os discípulos tocaram em Jesus, os discípulos ficaram transformados e a Igreja continua firme até o dia de hoje.
CONCLUSÃO
Aquele que por Deus é chamado deverá exercer com excelência o seu ministério e para isto é necessário reter os exemplos de vida de homens que nos antecederam no serviço cristão. E também saber quem somos e a quem servimos.

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