3- Senhor, da cova fizeste subir a minha alma;
preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura (Sl 30.2,3)
O Salmo 30 notifica cinco ações, que são:
determinação de louvor (v.1), gratidão pelo livramento (v.2,3) chamado para
participação da adoração (v.4,5) relato da doença mortal (v. 6-10) e o
reconhecimento da ação realizada pelo Senhor (v. 11,12).
A operação da morte
A morte será o último inimigo a ser destruído
(1 Co 15.26). A palavra morte tem como significado separação, porém no sentido
sociológico a morte pode ser definida como perca.
A morte trata-se da separação do espírito para
com o corpo, o espírito volta para Deus e o corpo volta ao pó (Ec 12.7). Já
quando a morte é definida pela palavra perca, isto é, corresponde com a
separação de quem morreu para com as pessoas que com este conviviam.
1- Tipo de morte. Na narrativa bíblica há
quatro tipos de morte a serem observadas. O primeiro tipo de morte é a morte
física, isto é, a separação entre o corpo e espírito. O segundo tipo é a morte
espiritual, isto é, a morte que culmina na separação do indivíduo para com
Deus. Já o terceiro tipo de morte é a morte moral, tipo este em que o indivíduo
se afasta da sociedade e de grupos que o mesmo participava por ações que não foram
louváveis diante das pessoas. E por fim, o quarto tipo morte é a chamada de
segunda morte, isto é, a separação eterna para com Deus, e está associada com a
condenação.
2- A morte é uma herança do pecado original. O primeiro homem tinha uma aliança com Deus e neste pacto existia uma
promessa, uma condição e uma pena. A promessa era a vida eterna, enquanto a
condição era a obediência e a pena era morte. Com a desobediência de Adão a pena
tornou-se real.
3- Jesus pôs fim à invencibilidade da morte. Antes de Cristo a morte até então não tinha sido derrotada. Há
relatos no contexto histórico bíblico que pessoas foram ressuscitadas, porém
estas pessoas voltaram a morrer. No estudo sobre a ressurreição percebe-se que
a ressurreição destes é considerada a ressurreição de mortos, ou seja,
retornaram a vida, porém voltaram a morrer.
A morte venceu grandes homens, como por
exemplo: Abraão, Jacó (por este os israelitas choram setenta dias, Gn 50.3), Moisés
(por este os israelitas choram trinta dias, Dt 34.8), Samuel (por este todos os
filhos de Israel se ajuntaram e prantearam, 1 Sm 25,1) e dentre tantos outros
personagens o rei Davi (que morreu na sua velhice, cheio de dias, riquezas e
glórias, 1 Cr 29.27).
Porém, a morte não conseguiu vencer a Jesus
Cristo, a primícias dos que dormem.
A doutrina da ressurreição de Jesus é provada
por quatro acontecimentos:
Primeiro, o sepulcro vazio (Lc 24.3).
Segundo, Jesus apareceu aos seus discípulos.
Terceiro, os discípulos foram transformados.
Quarto, a existência da igreja.
A ressurreição de Jesus faz parte do que na
Bíblia é chamado da ressurreição dentre os mortos.
Autoridade divina sobre
as enfermidades
1- Origem das doenças. Assim como a
morte as doenças tiveram como origem o pecado. Logo, com o surgimento do pecado
todas as pessoas passaram a serem vítimas e propensas a passarem por
enfermidades.
A doença não escolhe o pobre proporcionando
liberdade ao rico, da mesma forma a doença não privilegia alguns e outorga
liberdade a outros.
A doença poderá culminar na morte, assim
aconteceu com o rei Asa (2 Cr 16.12) e também com o rei Uzias (2 Cr 26.21). Porém,
em casos diversos a doença não conduz a pessoa à morte e isto aconteceu com o
rei Davi (Sl 30.2).
2- Oração e a cura. Davi clamor
e foi por Deus curado. Assim também cabe aquele que está enfermo clamar a Deus pedindo
a cura. Jesus em seu ministério terreno curou pessoas de várias moléstias, como
exemplo: da cegueira, da lepra, do fluxo de sangue e dentre outras doenças a da
paralisia.
Como promessa o mestre Jesus transmite aos discípulos
a seguinte palavra: se vós estiverdes em
mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e
vos será feito (Jo 15.7).
Não é a doença que define o fim na vida do
indivíduo, mas a última palavra é a de Deus. Para isto Deus tem seus
embaixadores na terra para serem ministros das bênçãos divina na vida daqueles
que necessitam de um milagre.
3- O que é oração e o que a oração proporciona. Oração é adoração, porém, existem momentos em que a luta proporciona
enfraquecimento do cristão para o louvor, mas ao mesmo tempo fortalece para a
dedicação à oração. Logo, Tiago enfatiza que se alguém está triste ore, mas se
estar alegre cante.
O termo oração indica diálogo, isto é, conversa
entre o cristão e Deus. A oração proporciona: encorajamento, confiança e
renovo.
3.1- Encorajamento. Há pessoas
limitadas em ações por não ter uma vida de plena consagração a Deus em oração.
A oração em si proporciona encorajamento, pois o ser humano percebe que há
hostes espirituais nos lugares celestiais que fazem de tudo o que é possível
para desencorajar os servos do Senhor (Dn 10.12-14).
Portanto, o cristão é encorajado a tomar
decisões após a oração (At 10.23). É notório que os resultados são provenientes
de escolhas e não há melhor maneira para tomar decisões do que após consultar a
vontade do Senhor. As decisões poderão ser bênção ou maldição para as futuras
gerações.
3.2- Confiança. Ao ter uma vida de
constante oração o cristão revela que possui intimidade com Deus e também
confia na ação miraculosa do Senhor. Nota-se a confiança a Deus presente nas
palavras de Davi: pai de órfãos e juiz de
viúvas é Deus no seu lugar santo. Deus faz que o solitário viva em família;
liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra
seca (Sl 68.5,6), Ainda que eu
andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás
comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Sl 23.4). Portanto, quem ora
confia em Deus.
3.3- Renovo. A oração proporciona renovo físico e
espiritual. O rei Ezequias estava enfermo com uma doença mortal e a palavra do
Senhor através do profeta Isaías para o monarca foi: põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás (Is 38.1).
Porém após a oração feita por Ezequias a palavra do Senhor veio como renovo
físico: ouvi a tua oração e vi as tuas
lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos (Is 38.5).
São inúmeras pessoas que ao curvarem os
joelhos estão desanimadas e desacreditadas. Não possuem forças para orar,
entretanto nesta hora ocorre um dos fatos marcantes do ministério do Espírito
Santo que é a intercessão pelo cristão (Rm 8.26).
Portanto, o choro pode durar uma noite, mas a
alegria vem pela manhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário