Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A Doutrina de Deus


Texto: E disse Deus a Moisés: Eu Sou o que Sou. Disse mais: assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós.
E Deus disse mais a Moisés: assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração (Êxodo 3.14,15).
Deus é conhecido pelos homens principalmente pelos nomes que pelos quais Deus se revelou, pelas obras, pelos decretos e pelos atributos.
Portanto, a primeira coisa que se deve levar em consideração no estudo sistemático da pessoa de Deus é a doutrina da trindade. Pois, a doutrina da trindade ensina que existe um único Deus existente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Gn 1.26; Mt 28.18).
EU SOU O QUE SOU. Nome que possibilita a compreensão dos decretos de Deus. EU SOU O QUE SOU indica que Ele criou todas as coisas, prover todas as coisas, restaura aqueles que se aproximam dEle e consumará todas as coisas. EU SOU O QUE SOU indica que tudo acontece segundo a vontade de Deus, para glória de Deus e Deus está no controle de todas as coisas.
Os nomes de Deus
1- Os nomes genéricos são: Deus de Israel, Deus e Altíssimo. O nome Deus quando usado e citado indica poder. Logo, o nome Deus indica que Ele (Deus) é Todo Poderoso e tem poder absoluto. Já o nome Senhor quando citado outorga ênfase ao amor de Deus.
Elohim é o nome mais usado no Velho Testamento e, expressa o conceito de divindade. Associa com o nome do Criador de todas as coisas. Segundo a tradução semítica o termo El é Deus que para os especialistas El deriva-se de uma raiz que significa ser forte ou ser poderoso. El sigular e Elohim no plural.
Já o termo Elyon corresponde com o Altíssimo e indica poderes sobre outros, pois para as nações antigas o termo era usado para referenciar os monarcas, logo Deus está acima dos poderes dos monarcas, porque Ele é o Altíssimo.
2- Os nomes específicos são: Shaday, Adonay e YHWH. El Shaday significa Deus todo Poderoso. Para alguns o sentido do nome significa Deus da montanha.
Adonay significa Senhor.
YHWH tetragrama que tem como transliteração Yahweh, ou seja, Javé. O nome Javé é o nome especial de Deus. Significado mais próximo seria “aquele que trouxe a existência o que existe”.
Conhecendo a Deus pelas obras por Ele realizadas
O termo utilizado em hebraico para criar é bará, que significa uma ação divina que produz um resultado novo e imprevisível.
E em seis dias tudo foi criado, observe a tabela sobre a criação.
Dias
Obras criadas
Ordem da criação
Luz – dia e noite
Deus põe em ordem a criação
Firmamento
Terra seca
Sol, lua e as estrelas
Pássaros e peixes
Deus dá vida à criação
Animais e o ser humano
O descanso
Deus termina a criação e a declara boa

Portanto, Deus é o criador de todas as coisas e o ato de criar é pertencente somente a pessoa dEle. Porém, no sétimo dia Deus descansou não que Deus tenha descansado no sentido da ociosidade, mas Deus descansou do ato da criação, ou seja, cessou de criar.
Conhecendo a pessoa de Deus pelos decretos por Ele definidos
1- Definição. Decreto (latim decretum), decisão manifestada oficial e publicamente. Deus tem publicamente manifestado suas decisões. Os decretos de Deus estão expostos de maneira nítida no Livro Sagrado, a Bíblia.
2- Verdades sobre os decretos de Deus. Quatro verdades sobre os decretos de Deus merecem total atenção por parte daqueles que se aproximam dEle.
A primeira verdade indica que os decretos são para a glória de Deus. Já a segunda verdade descreve que os decretos são a real expressão da vontade de Deus. A terceira verdade afirma que os decretos de Deus são eternos. E por fim, a quarta verdade sobre os decretos divinos não torna o homem um autônomo e nem viola o livre-arbítrio que Deus outorgou a este.
3- Os tipos de decretos de Deus. Quatro são os decretos de Deus: criação, providência, redenção e consumação.
A criação é o decreto divino que deu início a tudo o que existe (Gn 1.1). A finalidade da criação é para a glória de Deus (Is 43.7), “os que criei para minha glória”. Portanto, o modo da criação indica que Deus criou tudo do nada.
Providência é o decreto divino que expressa o governo de Deus sobre a criação (Sl 24.1). Dois são os aspectos da providência de Deus: sustento e governo. O sustento se revela quando se afirma que Deus mantém a criação. Já o governo na afirmação que Deus rege, administra e gerencia a criação. Deus se revela pelo nome Jeová Jiré, quando o assunto está associado ao decreto da providência (Gn 22.13,14).
Redenção é o decreto de Deus que se concretiza na salvação do pecador.
Consumação é o decreto de Deus que ratifica a vitória final do Senhor em todas as suas obras.
Conhecendo a pessoa de Deus pelos atributos a Ele conferidos
Os atributos de Deus revelam a pessoa dEle para os seres humanos. Os atributos de Deus de forma didática são divididos em dois grupos: atributos naturais e atributos morais.
1- Atributos naturais. Cinco merecem total atenção, são eles: a eternidade de Deus, a imutabilidade de Deus, a onisciência de Deus, a onipotência de Deus e a onipresença de Deus.
O atributo que ensina que Deus não é limitado pelo tempo é o que afirma que Deus é eterno (Sl 90.2).
Já a imutabilidade de Deus indica que Deus não muda (Ml 3.6).
Onisciência indica que Deus não é limitado pelo aspecto intelectual, porque Ele sabe todas as coisas (Hb 4.13).
Onipotência é o atributo que afirma que Deus não é limitado em poder, porque Ele é o Todo-Poderoso. A onipotência de Deus torna-se nítida e se manifesta em quatro domínios: o domínio da natureza (Gn 1.1-3), o domínio da experiência humana (Êx 7.1-5), o domínio celestial (Hb 1.13,14) e o domínio sobre os espíritos malignos (Jó 2.6; Tg 4.7).
Já a onipresença é o atributo que indica não ser Deus limitado pelo espaço.
2- Atributos morais. Santidade e o Amor se definem como atributos morais de Deus, pois são atributos que expressam a majestade da natureza divina.
Deus é santo, e assim como Ele é, cabe a cada cristão o dever de se santificar (Jo 17.17; 1Pe 1.16).
Deus é amor (1 Jo 4.8). O amor como atributo expressa a natureza de Deus. Cinco são os aspectos do atributo do amor de Deus: complacência, compaixão, afeição, benevolência e misericórdia.
O aspecto do amor da complacência ensina que Deus concorda com a oração dos fiéis e usa de benevolência para com os teus (Mt 17.5).
O amor da compaixão ensina que a ação de Deus está associada com a aflição dos que por Ele são amados (Êx 3.9).
O amor da afeição ensina sobre o aspecto da relação íntima entre Deus e o seu povo (Jo 17.23).
Já o aspecto da benevolência se define na ação divina em outorgar e usar de bondade (Lc 6.35).
Por fim, o quinto aspecto do amor divino é a misericórdia. Do substantivo hesed (transliteração do hebraico), corresponde com a benignidade, o amor firme, a graça, e com a palavra misericórdia, fidelidade, bondade e devoção. Já o substantivo – eleos – presume necessidade por parte de quem a recebe, e recursos adequados para satisfazer a necessidade daquele que a mostra. Deus age com misericórdia. As misericórdias do Senhor proporcionam ao cristão a possibilidade de sonhar e de lutar para que o melhor de Deus se concretize.
Portanto, EU SOU O QUE SOU, nome que Deus se apresentou a Moisés, põe em ênfase três verdades: Deus é autossuficiente, Deus é Soberano e Deus é imutável.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
SOARES, Esequias. Os dez mandamentos, valores divinos para uma sociedade em constante mudança. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Subsídio para a E.B.D – Não Adulterarás


Subsídio para a E.B.D – Não Adulterarás

O sétimo mandamento outorga o direito da fidelidade ao consorte. Porém, torna-se fundamental entender que às traições ocorrem mais por dois motivos básicos: concupiscência e carência.
Adultério tem como significado dormir em cama alheia. O adultério é um ato condenado pela Palavra do Senhor, sendo que no Antigo Testamento a pessoa que adulterasse deveria ser apedrejado (Lv 20.10).
O sexo em si não é pecado se o mesmo for realizado no casamento. Porém, antes ou fora do casamento o sexo deixa de ser uma bênção e passa a ser uma maldição.
A concupiscência dos olhos e da carne são fatores decisivos para as traições conjugais. Por isso, cabe a cada um dos cônjuges a vigilância e o dever de não alimentar a mente com pensamentos contrários ao bem estar conjugal e assim também não alimentar a visão daquilo que se transformará em transtorno familiar.
 A sequência fundamental da vida cristã deverá ser: Deus, família e ministério. O primeiro rebanho do pastor é a família. Para com a família devem-se prestar os cuidados fundamentais que são deveres do pastor.
I – O SÉTIMO MANDAMENTO
1- Abrangência.
2- Objetivo.
3- Contexto.
Comentário:
Não adulterarás é um mandamento abrangente, no que corresponde aos pecados sexuais. Tanto a fornicação como a prostituição, são inseridos no foco do sétimo mandamento.
Fornicação corresponde a um deslize do jovem, ou seja, em algum momento o jovem acaba perdendo o controle das próprias emoções e mantem relação sexual. Enquanto, a prostituição corresponde à venda do próprio corpo.
O objetivo do sétimo mandamento é a proteção da vida (quantos filhos são frutos de uma infidelidade e os mesmos pagam pelos erros dos pais. A vida destes ficou desprovida de proteção).
O objetivo do sétimo mandamento é a proteção à família (fidelidade proporciona confiança, alegria e reconhecimento. Mas, quando não há fidelidade, o lar será desconfortante e o reconhecimento não fará parte desta família).
Os infratores do sétimo mandamento deveriam morrer. Tanto o homem como a mulher, pegos em adúltero, deveriam morrer. No relato do evangelista João (8.1-11), uma mulher foi apresentada diante do Senhor Jesus e pela Lei a mesma deveria ser morta por ter sido pega no ato de adultério, porém, da mesma forma o homem que tinha mantido relação sexual com ela deveria ser apresentado diante do Senhor Jesus, isto não aconteceu. Pois, os judeus queriam testar o Mestre, e sendo Ele o Mestre dos mestres deu a resposta merecida.
II – INFIDELIDADE
1- Adultério.
2- Sexo antes do casamento.
3- Fornicação.
Comentário:
Viver bem com o cônjuge é fundamental para viver próximo de Deus. Lar sem traição é de fato um lar vivo e cheio de esperança, isto indica que Deus está presente. Porém, se de repente a infidelidade for consumada as consequências serão gravíssimas não apenas para quem a praticou, mas para toda a família. Ao cristão vitima de traição cabe perdoar se tiver condição, pois Deus outorga força e restauração para aqueles que o busca.
Assim como José cada indivíduo deverá fugir da aparência do mal. Se José ficasse alguns segundos ouvindo as conversas da esposa de Potifar o mesmo não resistiria em manter fiel a Deus. Da mesma forma, se José deixasse que a mulher o acariciasse o mesmo não seria fiel a Deus.
Portanto, fuja de toda tentação e principalmente das virtuais. Honre o seu cônjuge e outorgue lhe o respeito necessário e sempre beba a água da mesma cisterna.
A palavra Infidelidade corresponde ao ato de ser infiel, desleal, ou seja, aquele que trai a um compromisso afirmado diante de testemunhas.
Deus abomina a infidelidade conjugal. Pois, tal prática produz consequência a toda à família que impedem o desenvolvimento intelectual, emocional e até mesmo espiritual dos filhos e de outros tantos.
III – OUTROS PECADOS SEXUAIS
1- Estupro.
2- Incesto.
3- Bestialidade.
Comentário:
Uma psicóloga afirmou: “é muito comum ver no meu consultório mulheres que se submetem ao desejo do outro sem ter vontade só por medo de perdê-lo. Isso faz com que ela passe a temer o sexo”.
 Se a cama não for uma bênção será uma maldição. Se no relacionamento existe momento em que a relação sexual passa a ser um peso para um, imagine quando a relação sexual é produzida a força, ou seja, alguém abusa sexualmente de outra, isto é um crime à Lei da família.
A relação sexual para ser uma bênção deve ser desenvolvida no casamento, nunca antes e nem fora o casamento.
A relação sexual para ser uma bênção não deve ser desenvolvida a força.
A relação sexual para ser uma bênção não deve ser desenvolvida com parentes, como por exemplo, a relação sexual não poderá ocorrer com: o pai, a mãe, o padrasto, a madrasta, a irmã, o irmão, o neto, a tia, a cunhada (Lv 18.6-18).
A relação sexual para ser uma bênção não deve ser desenvolvida entre pessoas do mesmo sexo.
IV – O ENSINO DE JESUS
1- O sétimo mandamento nos Evangelhos.
2- O problema dos escribas e fariseus.
3- A concupiscência.
Comentário:
A palavra Divórcio corresponde à dissolução do vínculo matrimonial.
O divórcio é uma resposta amarga que implica na dissolução de um relacionamento que possuía como vínculos uma vida conjugal unida até que a morte os separe.
De fato o divórcio é a demonstração direta do insucesso no relacionamento. Portanto, para que um lar tenha triunfo sobre as adversidades ao amor familiar é necessário:
Ø    Amor mútuo.
Ø    Amor incondicional.
Ø    Respeito.
Ø    Compreensão.
Ø    Fidelidade.
O casamento é um pacto afirmado entre um homem e uma mulher perante testemunhas, em que um compromisso de fidelidade é afirmado em momentos paradoxais da vida, como por exemplo: na saúde e na doença.
O divórcio no Antigo Testamento só poderia ser efetuado sobre o pedido do marido. E de fato nos dias de Moisés o divórcio tinha tornado um fenômeno social natural. Sendo assim coube a Moisés definir normas para que o povo no deserto vivesse bem a vida a dois sem tantas decepções.
Provavelmente um dos vilões no relacionamento dos israelitas no deserto era a infelicidade (Dt 24.5). Por isso, o soldado recém-casado tinha o privilégio de passar um ano inteiro em casa com a esposa para fazê-la feliz.
Para debate: O que tem causado infelicidade à vida a dois na modernidade?
Desentendimentos são normais para um casal normal, ou seja, no dia a dia muitas são as discórdias presentes em um relacionamento, pois são duas pessoas totalmente diferentes, que foram criadas em culturas e em grupos sociais totalmente diferentes, porém, os desentendimentos não poderão de maneira alguma separar os cônjuges, pois o que Deus uniu não separe o homem.
Ensino de Paulo a respeito do Divórcio
Casais crentes
Não poderá ocorrer a separação sem que haja algum motivo prescrito na Palavra do Senhor.
Quando um dos cônjuges é descrente
O divórcio não poderá surgir da iniciativa do crente, a não ser por motivo inserido nas Escrituras Sagradas.
Leia 1 Coríntios 7.10-16.


Em suma, o divórcio causa sérios problemas para os cônjuges, para os filhos, para ambas as famílias, para a igreja e para a sociedade.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Ser Teólogo


Ser Teólogo

 

É saber que há um mundo sedento da Palavra e da presença do Senhor.

É saber ouvir e discernir a voz de Deus.

É conhecer de maneira íntima o Espírito Santo e ser guiado por Ele.

É amar a Deus, acima de todas as coisas.

É ser imitador de Cristo Jesus.

É conhecer os gemidos dos necessitados.

É saber atender e suprir as necessidades dos órfãos e das viúvas nas suas tribulações.

É saber amar a família.

Por fim, ser teólogo é ser servo do Altíssimo.

Com a missão de

Pregar

Discipular

E servir a Deus.

Ser teólogo é conhecer o chamado de Deus e se entregar para a concretização da obra do Senhor no íntimo.

Portanto, conheçamos e prossigamos em conhecer o SENHOR.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Subsídio para a E.B.D – Não Matarás



O sexto mandamento, é claro e objetivo em outorgar o direito à vida às pessoas. O único que determina o início e o fim da vida é Deus.
A vida é um dom de Deus ao ser humano. Quem permite ao homem ser pai de gerações, este alguém é Deus. Portanto, assim, como Ele outorga vida aos seres humanos é Ele que também determina o fim da vida.
O sexto mandamento deixa claro dois pontos cruciais: primeiro, a vida e em segundo a morte.
Deus expressa que os israelitas não deveriam matar.
I – O SEXTO MANDAMENTO
1- Abrangência.
2- Objetivo.
3- Contexto.
Comentário:
O sexto mandamento abrange temas como guerra, pena capital, suicídio, aborto e eutanásia.
Os dois últimos merecem atenção por estarem interligados com projetos de lei de determinados políticos que querem alterar a atitude da sociedade concernente ao aborto e a eutanásia.
A vida do indivíduo, na sua origem, tem provocado várias discursões.  No encontro do gameta masculino com o feminino, há a origem de um novo ser. Então não cabe ao pai, nem a mãe e nem a terceiros a decisão do fim da vida de um novo ser que está no interior do corpo de uma mãe.
Sobre a eutanásia, não cabe a ninguém garantir uma boa morte para aqueles que até mesmo estão vegetando. Deus deu origem, então cabe a Ele tirar a vida das pessoas.
O sexto mandamento também expressa objetivos no campo religioso, assim como no social, pois o sexto mandamento garante a vida e proporciona a paz entre as pessoas.
II – IMPORTÂNCIA
1- Da vida.
2- Não matar.
3- Etimologia.
Comentário:
Em oração o profeta Elias assim expressou: “já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais” (1Rs 19.4). O profeta Elias criou expectativa das melhores para com o retorno da nação de Israel para o Senhor Deus, porém, o que ocorreu foi totalmente ao contrário. Aparentemente não vendo os resultados o profeta após uma grandiosa batalha, mesmo saindo dela vitorioso, demonstrou frágil e desiquilibrado emocionalmente por não ver suas expectativas serem automaticamente concretizadas. Sendo assim pediu em seu ânimo a morte, porém, Deus não concedeu porque a vida pertence a Ele.
Sexto mandamento corresponde com o direito à vida. Por isso, o cristianismo tem assumido um compromisso em favor da vida e é totalmente contra o aborto e a eutanásia.
Para Coelho:
Este mandamento refere-se ao respeito pela vida. Esta é dom de Deus, e não pode ser retirada por outros homens. Infelizmente, a história da humanidade apresenta um número imenso de pessoas que assassinaram outras, quer por motivos fúteis, quer por motivos políticos. Tais pessoas prestarão contas a Deus por seus atos (2013, p.74).
Adolf Hitler é a primeira pessoa que vem na mente dos leitores ao lerem “que assassinaram outras...por motivos fúteis...políticos,” apenas judeus, o líder do nazismo ordenou a morte de seis milhões.
Quantos outros matam por drogas, por dinheiro. Tais pessoas prestarão contas a Deus por seus atos.
III – PROCEDIMENTO JURÍDICO
1- Significado do homicídio.
2- Homicídio doloso.
3- Homicídio culposo.
Comentário:
O homicídio doloso é quando atos são desenvolvidos com o propósito ou intenção de matar. Já o homicídio culposo é quando não há intenção de matar, ou seja, atos que foram desenvolvidos sem o propósito de tirar a vida do outro.
Pela Lei o homicida doloso deveria morrer. Enquanto, o homicida culposo teria duas saídas, ou iria para uma cidade de refúgio, ou agarraria nas pontas do altar.
As cidades de refúgio foram estabelecidas para outorgar abrigo àqueles que mataram sem intenção. A provisão divina das cidades de refúgio impunha limite às ações pessoais de vingança. Também eram cidades distribuídas de forma que facilitasse a chegada à cidade, foram desenvolvidas para que ninguém demorasse mais de um dia para repousar na cidade de refúgio.
IV – PUNIÇÃO
1- O sangue de Abel.
2- O vingador.
3- Expiação pela vida.
Comentário:
O sangue de Abel clama a mim. A frase descreve que uma posterioridade foi interrompida por um erro grave: o homicídio.
 O vingador (hb. go´el), ou vingador de sangue é traduzida como remidor ou resgatador. Na prática significa o que protege os interesses da família, por isso, era honroso alguém vingar a morte de um membro da família, e isto, era função do vingador.
Referência:
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Subsídio para a E.B.D – Honrarás Pai e Mãe


Subsídio para a E.B.D – Honrarás Pai e Mãe
O quinto mandamento, assim como o quarto, não se iniciam com uma negação. São conhecidos como mandamentos positivos. O quinto mandamento liga os quatro anteriores com os cinco posteriores.
Os quatro primeiros mandamentos são considerados teológicos, pois diretamente estão relacionados com a pessoa de Deus, já do quinto para o décimo o cunho dos mandamentos descrevem sobre o relacionamento do indivíduo com o seu próximo. Sendo o quinto mandamento a ponte entre decálogo.
É importante salientar o que se encontra escrito na Verdade prática: honrar pai e mãe vai além da simples obediência; implica amar e respeitar de forma elevada, demonstrando espírito de consideração.
Três palavras merecem atenção: obediência, amor e consideração.
Obediência fala em desenrolar atividades e possuir atitude conforme a vontade de alguém.
Amar é o ato de se entregar para o bem estar do próximo.
Consideração descreve o ato de se atentar.
I – O QUINTO MANDAMENTO
1- Os pais biológicos.
2- Os pais espirituais.
3- Os pais intelectuais.
Comentário:
O quinto mandamento vai além da ótica familiar. É um mandamento abrangente que outorga aos filhos de Deus respeito e consideração aos membros da família (pai e mãe), às autoridades por Deus constituídas (cenário político administrativo, assim como no seio da igreja, os pais espirituais e mentores ministeriais).
Para Coelho:
As relações familiares não foram esquecidas por Deus, e Ele ordenou que os filhos honrassem seus pais. Isso pode ser feito quando os filhos obedecem a seus pais, ajudam a tomar conta deles na terceira idade e quando ouvem seus pais para a tomada de decisões para a vida (2013, p.74).
O quinto mandamento associa-se com todos os tipos de família que não menospreza os valores e os princípios da Palavra de Deus.
Tipos de Família
Família Nuclear – também conhecida como família elementar é a configuração constituída pelo pai, mãe e filhos.
Família Extensiva – trata-se da família abrangente a nuclear que amplia a sua constituição com a presença do sogro, sogra, avôs, tios, primos...
Família Abrangente – trata - se da família que inclui membros por afinidade, ou seja, por laços afetivos.
Família Monoparental – trata-se, da família que os irmãos possuem uma mesma mãe e não um mesmo pai. Ou seja, mesma mãe e pai diferente ou mesmo pai e mãe diferente.
Família Recomposta – trata-se do desfeito do núcleo marital, ou seja, separação do casal ou a morte de um dos membros deste núcleo e o outro se casa com outra pessoa.
Família Adotiva – trata-se, da adoção. Quando uma criança é adota a mesma passa a ter um lar, uma família.
II – OBEDIENCIA
1- O verbo honrar.
2- Filho adulto.
3- À luz da exegese.
Comentário:
Os filhos possuem sentimentos por seus pais, sentimentos positivos ou negativos. Nos versículos da parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32), alguns sentimentos são bem notórios:
Cobrança (v.12): o filho pródigo pediu ao pai o que era seu por herança, não aquilo que era seu por trabalho. Há filhos que só sabem cobrar de seu pai, esquecendo que o futuro depende também de suas ações. Não cobre do pai aquilo que não produziu.
Reconhecimento (v.17): o filho pródigo reconheceu que tinha pecado. O reconhecimento do pecado possibilita arrependimento por atos não pensados.
Segurança (v18): o filho pródigo entendeu que na casa de seu pai encontraria segurança. A pessoa do pai representa segurança e guarida para seus filhos.
Reconciliação (v. 18): reconhecer e não pedir perdão é plantar e não colher, pois o reconhecimento produz ação e quando há ação haverá reconciliação.
Entre aspas:
“Não importa o estado civil ou o status social, todos devem respeitar e reverenciar de coração os pais. Em nenhum lugar da Bíblia ensina que essa ordem seja somente para crianças e adolescentes”.
III – SUSTENTO
1- Cuidado.
2- Oferta corbã.
3- Ensino de Jesus.
Comentário:
Há um adágio que expressa com exatidão o reconhecimento dos filhos para com os pais no que se trata da responsabilidade paterna: só reconhece o valor e da importância dos pais quando os filhos se tornam pais.
Os filhos têm obrigações para com o bem estar dos pais, pois, honrar pai e mãe é:
Cuidar dos pais em meio às necessidades de mantimentos (Gn 47.12).
Proteger quando os conflitos poderão tirar a vida dos pais (Js 2.13).
E dentre tantos, não fugir da obrigação, ao ponto de fazer a oferta de corbã. Oferta em que os filhos se absorviam da obrigação de cuidarem dos pais, pois os mesmos justificam que tudo estava comprometido diante de Deus.
IV – ENTRE A LEI E A GRAÇA
1- Autoridade dos pais.
2- O sistema mosaico.
3- Adaptado sob a graça.
Comentário:
O quinto mandamento é o único dos dez mandamentos que cita pelo menos uma promessa divina, “para que você viva muito tempo na terra que estou lhe dando” (Êx 20.12), “e tudo corra bem para você na terra” (Dt 5.16), isto é, prosperidade.
Os pais não somente ensinam com palavras, mas também com atitudes e escolhas. Os filhos estão a observar e a vigiar todos os passos e decisões que seus pais tendem a palmilhar e a tomarem. Cada aprendizagem se demonstra na ação da criança. 
Três são as benevolências de Deus que todo ser humano deseja: riqueza, honra e vida (Pv 22.4), porém, tais benevolências são outorgadas a pessoas humildes e tementes a Deus. O temor ao Senhor e a humildade são duas armas fundamentais para que as próximas gerações desenvolvam práticas em conformidade aos padrões da Escritura Sagrada.
Referência:
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.