Agora,
pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos meninos. Assim, os
consolou e falou segundo o coração deles
(Gênesis 50.20,21).
A família extensiva é aquela que se estende em
proporção numérica. Inicia-se com a família nuclear que se torna receptiva para
com outros membros. Os filhos crescem e casam, somando à família o genro e a
nora. Dos filhos vêm os netos, vêm os primos, e assim, a família vai aumentando
proporcionalmente.
No contexto Bíblico um bom exemplo de família
extensiva é a de José. Entraram no Egito 70 pessoas (Gn 46.27; At 7.14) e após
430 anos saíram 600 mil homens (Êx 12.37). A família nuclear de Jacó cresceu
para cumprir a Palavra do Senhor ao patriarca Abraão (Gn 15.5).
Panorama da vida de José
O patriarca José é notável na Bíblia Sagrada
por sua inteligência e sabedoria (Gn 41. 39) e por possuir o Espírito de Deus
(Gn 41.38).
1- José
e a confirmação da Promessa.
Anterior ao nascimento de Isaque Deus tinha falado a Abrão que sua descendência
serviria a um povo em cuja terra seria peregrina por quatrocentos anos (Gn
15.13) e José foi enquadrado no cumprimento desta profecia.
Conforme a última e mais extensa história de
Gênesis, a de José, este personagem é um elo importantíssimo entre a promessa e
o cumprimento.
2- José é
lançado na cova. José foi
lançado na cova (Gn 37. 24), por três motivos.
Primeiro motivo, os irmãos de José o lançaram
na cova por que José tinha sonhos (Gn 37. 5-11), no contexto atual muitos são
jogados na cova por possuírem sonhos.
Segundo motivo, José era amado de seu pai e
isto provocava a seus irmãos (Gn 37. 3).
E como terceiro motivo, José tinha promessa de
Deus. E Deus escolheu a pessoa de José para livrar ao povo de Israel de um
período de crise.
3- Na
obediência Deus outorga conquista.
José foi por Faraó respeitado e admirado e por isso recebeu nome de
Zafenate-Panéia, que provavelmente significa Deus fala e Deus vive (Gn 41.45), logo,
por ser obediente a Deus o patriarca José foi exaltado.
Quem ama a família extensiva
Com base na ação de José para com os seus
irmãos, quatro atitudes se tornam notáveis, e elas são; reconhecimento das
limitações dos membros da família, reconhecimento do plano de Deus para com a família,
ação provedora e a ação consoladora.
1-
Reconhecimento das limitações.
Não há perfeição no ser humano. Não há família perfeita. O que se torna
possível é a existência de famílias que sejam felizes.
Os irmãos de José intentaram o mal, porém o
servo de Deus não deixou com que as ações maléficas de seus irmãos
atrapalhassem as ações de quem de fato ama a sua família. Pois, reconhecer é
perdoar as limitações do outro e somar com atitudes promissoras de bênçãos.
A falta de perdão é maléfica para a alma, logo
a ausência do perdão deve ser evitada. É notável a existência de doenças
psicossomática no seio da sociedade, estas são enfermidades orgânicas com causa
psicológica, como por exemplo:
Pele – irritação, alergias, coceiras,
vermelhidão.
Estômago – má digestão, enjoos, vômitos, azia.
Intestino – diarreia.
Garganta – Irritação, tosse, dificuldade para
respirar, dor e inflamação.
Sistema imunológico - gripe, herpes, etc.
Cabeça - dores, enxaqueca.
Sendo que algumas destas doenças estão
relacionadas com a ausência do perdão.
2- Reconhecimento
do plano Divino. Além do
perdão outorgado aos seus irmãos, percebe-se que José também tinha como
conhecimento, que a ocorrência dos fatos tinham sido conforme a vontade de
Deus.
É necessário que o servo de Deus saiba
reconhecer o plano do Senhor para com a família extensiva, pois quem ama sua
família perdoa.
3- Ação
provedora. O objetivo de Deus em prosperar
os seus servos fiéis é para que haja manutenção do lar, também para que ocorra
a obra evangelizadora, e para que haja auxílio aos necessitados.
Conforme o texto de Gênesis 50.20, percebe-se
que os irmãos de José necessitavam do seu apoio em todos os sentidos. Pois,
quem ama a sua família extensiva sustenta os necessitados.
4- Ação
consoladora. As palavras
de José foram consolo para os seus irmãos. Na socialização familiar é
necessário que haja consolo para aqueles que necessitam. Assim fez José para
com os seus irmãos ao dizer: agora, pois não temais. O consolo se inicia com
uma palavra descritiva e se conclui com uma ação.
Por
amar aos seus irmãos, o patriarca José reconheceu as limitações dos seus
familiares, reconheceu o plano divino, sustentou e consolou os membros da sua
família. Por amar a família extensiva, cabe a cada componente da mesma, amar o
seu próximo. Pois, quem ama a sua família extensiva, ama-se a si mesmo.
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