A Salvação
pela Graça
Em Romanos 5.18 o
apóstolo Paulo relata a respeito de um dos benefícios de estar em Cristo Jesus,
que é ter a própria vida, fato corroborado na seguinte descrição, todos os
justificados são livres em Cristo e passaram a serem livres da condenação, pois
são justificados em Jesus.
O objetivo geral da
presente lição é saber que a nossa salvação é fruto único e
exclusivo da graça de Cristo; e como objetivos específicos: explicar o propósito da lei e da graça; discutir a respeito
do favor imerecido de Deus; e, salientar para o escândalo da graça.
A existência da Lei
está associada com a existência do pecado, isto porque a Lei cujo significado
indica ensino ou instrução foi dada a fim de demonstrar que o pecado é uma
violação à vontade divina e com isto despertar os seres humanos a entenderem a
misericórdia proveniente da graça manifestada em Jesus Cristo. Porém, o limite
da Lei estava na impossibilidade de outorgar vida espiritual e atitude moral.
I – LEI E GRAÇA
1- O propósito da
Lei.
2- A Lei nos conduziu
a Cristo.
3- A graça revela que
a Lei é imperfeita.
Comentário:
É necessário observar dois pontos básicos a respeito da Lei: primeiro, a
Lei revela a justiça de Deus e segundo, a Lei é responsável pelo ensino até a
manifestação de Cristo.
1- A Lei revela a
justiça de Deus. Logo que a lei revela a justiça divina também demonstra a injustiça por
parte dos homens. “Estávamos sobre a custódia da lei” (Gl 3.23), isto indica que
a lei aprisionava os homens por serem os mesmos injustos. A injustiça humana
era notável até mesmo na vida de personagens que viveram em conformidade com
Deus. Por exemplo: Noé após o dilúvio ao se embriagar (Gn 9.21), Abraão ao
mentir (Gn 12.11-13; 20.2), Davi ao transgredir cinco dos dez mandamentos (2 Sm
11.4,14,24,27), e Uzias ao agir como sacerdote (2 Cr 26.16). Em suma, a lei
indicava que os homens eram injustos em suas obras e incapazes de se salvarem,
sendo que a justiça de Deus se manifesta na pessoa e na obra de Jesus Cristo.
2- A lei é responsável pelo ensino até a manifestação
de Cristo.
Anterior ao ministério de Jesus a lei definia a educação dos judeus o que
Calvino vai considerar com a infância. “De modo semelhante, a lei era o gramático da teologia, o qual, depois
de conduzir seus alunos até certo ponto, os entregava à fé, para que
completassem a graduação. Deste modo, Paulo compara os judeus a crianças e nós,
a jovens em progresso” (CALVINO, 2007,
p.99).
II – O FAVOR IMERECIDO DE DEUS
1- Superabundante
graça.
2- Fé e graça.
3- A graça não é
salvo conduto para pecar.
Comentário:
O presente tópico destaca três versículos e cada um merece ser comentado
de maneira categórica:
Rm 5.20 – Veio,
porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou,
superabundou a graça. A graça é um favor imerecido. Os homens presos em
seus delitos e pecado não mereciam, mas Deus em seu infinito amor enviou o seu
Filho Unigênito para resgatar a todos os que estavam presos no pecado.
Rm 3.28 – Concluímos,
pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei. A lei condenava o
melhor dos homens, enquanto que a graça de Cristo justifica o pior dos homens,
logo ninguém é salvo mediante as obras da lei, mas sim mediante a obra
redentora de Jesus no calvário.
Gl 5.13 – Porque
vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para
dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. O versículo tem
dois destaques: fostes chamados à liberdade e sede, antes, servos uns dos
outros pelo amor. A liberdade é um uso externo e não lida unicamente com Deus,
mas corresponde com as ações dos seres humanos, Deus outorga libertação para
que o cristão a use para servir uns aos outros. Em resumo, se servimos uns aos outros pelo amor, teremos sempre nossa
atenção voltada para a edificação; e desse modo, não cresceremos libertinos,
mas usaremos a graça de Deus para a sua honra e a salvação de nosso próximo (CALVINO, 2007, p. 147).
III – O ESCÂNDALO DA GRAÇA
1- Seria a graça
injusta?
2- A divina graça
incompreendida.
3- Se deixar
presentear pela graça.
Comentário:
Para os homens que vivem na síndrome de João Batista que desejam a
ocorrência da condenação daqueles que não receberam a Cristo, parece que a
graça divina é injusta, porém, a graça revela o amor incondicional de Deus,
fato que torna a graça incompreendida.
A graça divina justifica, já o homem em sua prática pecaminosa se
autocondena.
O amor de Deus é a manifestação direta da graça reconciliadora para com
os homens. Portanto, os homens não possuem capacidade para retribuir a Deus tão
grande salvação, mas em contra partida deve ser grato a Deus por maravilhosa
obra desenvolvida para o bem espiritual da humanidade.
O
crente precisa conhecer três verdades básicas: quão grande é o nosso pecado,
quão grande é a graça de Deus que nos redimiu e quão grande deve ser nossa
gratidão a Deus por sua graça (STAM apud
POMMERENING, 2017, p. 83).
Referência:
CALVINO,
João. Gálatas. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2007.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida.
Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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