Deus é Fiel

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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Subsídio da E.B.D: Salvação e Livre-Arbítrio

Salvação e Livre-Arbítrio
Há dois ensinamentos que têm gerado inúmeros debates teológicos no protestantismo, e são eles: predestinação e livre-arbítrio. A temática a respeito da predestinação pode-se acrescentar que “segundo Calvino, a predestinação resulta da soberania de Deus que, desde a mais remota eternidade, já havia predestinado os que usufruirão da vida eterna. Infere-se, desde princípio, que o mesmo Deus também predestinou os que serão lançados no lago de fogo” (ANDRADE, p.207). Já o termo livre-arbítrio corresponde com o “instituto que nos faculta escolher entre o bem e o mal. Do uso que fazemos deste instrumento, prestaremos contas ao Supremo Juiz no último dia. Sem o livre-arbítrio, o homem jamais poderia firmar-se como criatura racional e moralmente livre” (ANDRADE, p.174).
O objetivo geral da presente lição é explicar que o projeto primário de Deus foi salvar a humanidade, contudo de acordo com sua soberania, concedeu o livre-arbítrio ao homem; e como objetivos específicos: mostrar que a eleição bíblica é segundo a presciência divina; discutir a tese bíblica de Armínio a respeito do livre-arbítrio; e, conhecer a respeito da eleição divina e do livre-arbítrio.
I – A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA
1- A eleição de Israel.
2- A eleição para a salvação.
3- Presciência divina.
Comentário:
O presente tópico apresenta duas palavras que merecem atenção: eleição e presciência. O termo eleição do grego προγινωσκω significa, já conhecer ou ter conhecido no passado, em outras palavras significa prever ou antever, para Robinson “somente para Deus, conhecer de antemão, talvez com a ideia de aprovação; usado para o perfeito pré-conhceimento de Deus como ligado aos seus eternos desígnios” (p.776).
A eleição didaticamente pode ser divida e entendida da seguinte maneira:
A eleição é preventiva, isto é, Deus utiliza vários meios para impedir a operação do mal na vida daqueles que o teme.
A eleição é permissiva, isto é, Deus outorga liberdade ao homem para que este realize as escolhas conforme o livre-arbítrio que possui.  
A eleição é diretiva, Deus outorga liderança sobre a vontade humana.
A eleição é determinativa, isto é, Deus executa conforme a sua soberania (PEDRO apud POMMERENING, 2017, p. 89).
Já a presciência de Deus pode ser compreendida pela seguinte descrição teológica, os decretos de Deus. Quatro são os decretos de Deus: criação, providência, redenção e consumação.
A criação é o decreto divino que deu início a tudo o que existe (Gn 1.1). A finalidade da criação é para a glória de Deus (Is 43.7). Providência é o decreto divino que expressa o governo de Deus sobre a criação (Sl 24.1). Dois são os aspectos da providência de Deus: sustento e governo. O sustento se revela quando se afirma que Deus mantém a criação. Já o governo na afirmação que Deus rege, administra e gerencia a criação. Redenção é o decreto de Deus que se concretiza na salvação do pecador. Consumação é o decreto de Deus que ratifica a vitória final do Senhor em todas as suas obras.
II – ARMÍNIO E O LIVRE-ARBÍTRIO
1- Breve histórico de Jacó Armínio.
2- O livre-arbítrio.
3- O livre-arbítrio na Bíblia.
Comentário:
As palavras monergismo e sinergismo merecem bastante atenção por parte dos estudantes da Bíblia. Não são palavras presentes nos escritos Sagrados, porém o seu conteúdo sim. O termo monergismo corresponde com a “doutrina que atribui a conversão do ser humano única e exclusivamente ao Espírito Santo” (ANDRADE, p.183). O monergismo tem sido defendido pelos calvinistas. Já o termo sinergismo corresponde com a doutrina em que atribui a conversão do ser humano mediante a ação do Espírito Santo e a fé do indivíduo, isto é, uma cooperação divino-humana.
O arminianismo é sintetizado no seguinte acrônimo FACTS, que foi criado pelos seguidores de Armínio após a morte deste.
Freed by Grace (to Believe) – Livre pela graça (para crer). A salvação é para aqueles que creem, ou seja, para aqueles que se entregarem a Jesus.
Atonement for All – Expiação para Todos. Jesus ao se entregar na cruz se entregou por todos.
Conditional Election – Eleição Condicional. Ou seja, é válida para aqueles que se entregarem a Cristo.
Total Depravity – Depravação Total. Ensina que o homem é incapaz e limitado de si mesmo alcançar a salvação, logo à iniciativa da salvação é divina.
Security in Christ – Segurança em Cristo. O Espírito Santo capacita e assegura por meio da santificação a salvação aos que se mantiverem firmes na fé.
III – ELEIÇÃO DIVINA E LIVRE-ARBÍTRIO
1- A eleição divina.
2- Escolha humana e fatalismo.
3- A possibilidade da escolha humana.
Comentário:
Para Andrade a doutrina da salvação deverá ser compreendida com base em João 3.16 da seguinte maneira: “a predestinação é universal. Ou seja: Deus, em seu profundo e inigualável amor, predestinou todos os seres humanos à vida eterna. Ninguém foi predestinado ao lago de fogo que, conforme bem o acentuou Jesus, fora preparado para o diabo e aos seus anjos. Mas o fato de o homem ser predestinado à vida eterna não lhe garante a bem-aventurança ao lado de Deus. É necessário, pois que ele creia no Evangelho. E, assim, será havido por eleito. Por conseguinte, a predestinação é universal; e a eleição é particular” (ANDRADE, p.207).
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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