Deus é Fiel

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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Abraão, homem que foi chamado de amigo pelo próprio Deus

Abraão, homem que foi chamado de amigo pelo próprio Deus
Texto: Mas tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi, semente de Abraão, meu amigo (Is 41.8).
Abraão foi chamado de amigo pelo próprio Deus, percebe-se que amigo é aquele que quer bem ao outro (Jó 6.14), que faz parte da vida do outro (Pv 18.24) e que sonha para o bem estar do outro. O presente estudo busca descrever as características do chamado de Abraão, identificar as jornadas percorridas pelo patriarca e compreender os pontos necessários para ser considerado amigo de Deus.
Características do chamado de Abraão
O chamado de Abraão teve características próprias que o notifica no longo da história da humanidade, pois o patriarca teve que pagar alto preço para servir conforme a vontade de Deus, sendo que o patriarca Abraão não recuou, mas prosseguiu firme na promessa do Senhor.
1- O chamado de Abraão foi pela fé (Hb 11.8). Isto indica que o patriarca não andava por vista (2 Co 5.7), mas por ser justo viveu pela fé, pois o justo viverá pela fé (Rm 1.17) e o mesmo sabia que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
2- O chamado de Abraão exigiu a mudança de localidade. A mudança foi de Ur dos caldeus para ir a Canaã (Gn 11.31). A primeira mudança que Deus requer do ser humano ao chamá-lo é que o mesmo mude de atitudes. Atitude é a tendência de uma pessoa de julgar tais objetos como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis.
3- O chamado de Abraão teve um preço a ser pago. A renúncia da terra, da parentela e da casa são demonstrações do preço elevado pago pelo patriarca (Gn 12.1). Abraão renunciou a terra natal, o conforto do lar, os amigos, o tradicional estilo de vida, o direito de habitar entre os teus, o direito de ter uma velhice tranquila e o direito de dirigir a sua própria vida. Portanto, Abraão renunciou, sendo que renunciar é abrir mão de bens pessoais para servir conforme a vontade de Deus.
A vida de Abraão em comparação a uma jornada
Para o pastor Gonçalves (2016) a vida de Abraão foi uma jornada da fé que se divide em oito partes didaticamente bem distribuídas.
1- Uma jornada para conviver com altares, e não com pirâmides (Gn 13.1-4). Jornada em que Abraão se destaca em ser adorador.
2- Uma jornada onde a visão deve ser maior do que a ambição (Gn 13.7,8). As percas de bens matérias não se comparam com as consequências da perca da comunhão fraternal.
3- Uma jornada que não pode ser seduzida por uma imitação do Paraíso nem pelas lembranças do Egito (Gn 13.10). Abraão não foi iludido pela aparência, mas prosseguiu pela fé.
4- Uma jornada que se aproxima de Canaã e se afasta de Sodoma (Gn 13.12,13). O alvo que é a promessa não pode ser invalidado pelo conforto momentâneo.
5- Uma jornada onde a exclusividade determina a intimidade (Gn 13.14). Abraão conhecia a voz de Deus.
6- Uma jornada onde Deus mostra o futuro, mas é o homem quem constrói o presente (Gn 13.14-18). Abraão era um homem de atitudes, ou seja, um homem de ação.
7- Uma jornada onde pessoas são mais importantes do que coisas (Gn 14.12,23). Abraão se importou com Ló, pois as pessoas são mais importantes do que os objetos.
8- Uma jornada onde Abraão aprendeu que era grande, mas não o maior (Gn 14.18,20). Abraão reconheceu o ministério de Melquisedeque.
Sendo amigo de Deus
Ser amigo de Deus conforme Tiago é torna-se inimigo do mundo (Tg 4.4). Pois, o mundo material engloba os prazeres materiais da vida humana. A este tipo de mundo Tiago escreve relatando que aqueles que fazem amizade, tornam-se inimigos de Deus e infiéis. Portanto, Tiago anteriormente tinha citado em sua carta um exemplo de amigo de Deus, e este é Abraão, patriarca que não desacreditou na promessa de Deus para com a sua vida. Sendo Abraão amigo de Deus não duvidou da Palavra do Senhor (Tg 2.23).
Portanto, toda amizade terá como elemento básico afinidade e amor. Afinidade corresponde ao sentimento de afeto o que proporciona igualdade. Já o amor indica aproximação ou inclinação para com a outra pessoa, no que se refere ao amor entre amigos, isto é, inclinação com compaixão para com o outro.
Referência:
GONÇALVES, José. Maravilhosa graça, o evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

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