Deus é Fiel

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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

E fez Deus a família

E fez Deus a família
Texto: E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele [...] Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn 2.18,24).
Família é uma instituição divina, formada antes do pecado para ter comunhão íntima com o Criador. O termo família vem do latim famulus e significa escravo doméstico, isto é, aquele que está preso ao lar. Não no sentido de prisão sem liberdade de amar, mas corresponde aquele que tem um abrigo. Logo, não corresponde com uma prisão, mas com um local de refúgio.
O presente estudo, e fez Deus a família, tem como objetivos: compreender a importância do não; sistematizar Gênesis 2.24; relembrar os propósitos do casamento; e por fim, entender as bases para a sustentação do lar.
Compreendendo a pedagogia do não
A palavra não é compreendida apenas como negatividade e não é vista como meio educacional para que haja efeitos educativos norteadores que objetivam o sucesso. O primeiro não na Bíblia foi dito pelo próprio Deus e corresponde a uma ação em que outorgaria benefícios para Adão.
A pedagogia do não no texto ensina que Deus reconheceu a necessidade de Adão de ter uma auxiliadora que estivesse ao seu lado, não sendo esta inferior e nem superior, mas que fosse idônea e que o completasse.
Já para as gerações hodiernas o não ensina que há limites necessários para o desenvolvimento do progresso individual e coletivo. Não correspondendo a uma negação do que é bom, mas instrui a cada indivíduo a ser obediente e compreensivo a realidade da vida.
Entendo Gênesis 2.24
O texto de Gênesis 2.24, possui valiosos ensinamentos sobre a vida conjugal. Pois, o texto está diretamente associado a sete princípios fundamentais para que o relacionamento conjugal seja bem sucedido.
Primeiro, a palavra homem, este correspondendo ao aspecto que possibilita ao indivíduo um relacionamento frutífero que é a maturidade. Logo, o termo homem corresponde à maturidade e no contexto Sagrado a maturidade deverá abranger três particularidades da vida humana, que são: a moral, a econômica e a espiritual. Quando o homem possui maturidade moral, isto indica que o mesmo é bem aceito e bem visto na sociedade, já a maturidade econômica indica que o indivíduo não é limitado ao serviço, e por fim, a maturidade espiritual corresponde à situação em que a pessoa se encontra com Deus.
Segundo, o versículo apresenta uma palavra de mudança, deixará. A mudança após o casamento deverá ser completa e abrange três esferas: geográfica, financeira e emocional. Sendo que o casamento requer mudança de atitude.
Um terceiro princípio para um relacionamento bem sucedido é a existência de um modelo de família, seu pai e sua mãe. De fato a educação dos pais preparam os filhos para a vida. E o lar paterno passa a ser modelo para a nova família nuclear.
Já como quarto princípio o texto apresenta o surgimento de uma nova família, se unirá. Duas pessoas diferentes, com hábitos, costumes e princípios culturais totalmente diferentes outorgará o surgimento de uma nova cultura de ampla diversidade, logo o lar dos pais só será visto como modelo de família para que uma nova e formidável casa seja moldada e estruturada.
Em quinto a palavra mulher, corresponde a um complemento. Portanto, o homem solteiro é de fato um ser incompleto. A mulher é o complemento para que o homem seja bem-sucedido. Nesta afirmação da Sagrada Escritura está à ênfase da monogamia e da heterossexualidade. Duas verdades que o inimigo da igreja tem implantado de maneira contrária na vida de pessoas cativas ao pecado. O unir se a uma mulher enfoca o ciclo da vida humana, e se não fosse à heterossexualidade promovida por Deus não haveria subsistido a raça humana desde o principio da criação.
Em sexto, as palavras se tornarão, indicam aprendizagem e confiança. Por mais que um relacionamento conjugal tem sobrevivido há algumas décadas é necessário que os cônjuges se conheçam. Pois, o conhecimento proporciona maior harmonia e entendimento das falhas do outro. Ninguém é capaz de mudar o companheiro e por mais que deseja, indivíduo nenhum poderá agir como Deus. E a confiança é um elemento necessário para que haja sucesso em um relacionamento.
E em sétimo, as palavras uma única carne, indicam intimidade profunda.
Definindo os propósitos do casamento
Biblicamente casamento corresponde com a união entre o homem e a mulher, que se une, isto é, que a cimenta, se agrega solidificando, tornando uma única carne. E são propósitos de Deus para a família: comunhão, fraternidade, compartilhamento de sonhos, fidelidade mútua e reciprocidade.
Quando a família formada compreende os propósitos de Deus, cada membro vive para o bem de um para com os outros. Pois, a felicidade do outro contribui para o fortalecimento da unidade familiar. Sendo que casamento é a união indissolúvel entre um homem e uma mulher que proporcionará orientação aos filhos para serem bem-sucedidos em tudo que colocarem a mão para fazerem.
Princípios que são bases para a sustentação do lar
Três são os princípios fundamentais para a construção do lar: desempenho correto dos papéis na composição da família, o bom gerenciamento e a espiritualidade do lar.
1- Desempenho dos papéis. O homem é a cabeça do lar (Ef 5.22-33), isto corresponde com as responsabilidades administrativas, logo, ser cabeça corresponde com maior responsabilidade. Responsabilidade de proteger, de prover, de guiar e de instruir. A mulher é o corpo do lar (Ef 5.22-33), fato que não põe a mulher ao estado de inferioridade ao do homem, mas lhe outorga funções como auxiliadora do homem, no que corresponde a instruir, guiar, proteger e prover. Já os filhos são os frutos da união (Sl 128.3) e devem obediência aos pais, assim também como o dever de honrá-los.
2- O bom gerenciamento. A governabilidade é uma habilidade outorgada por Deus aos seres humanos, porém poucos conseguem gerenciar os bens materiais que possuem. Alguns ao ponto de não contribuírem com a propagação do Reino de Deus, pois são egoístas e não são fiéis ao entregar os dízimos e ofertas a casa do tesouro. O princípio da fidelidade quando obedecido outorga benefícios incalculáveis para com as famílias.
3- A importância da espiritualidade do lar. É necessário buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, sendo que as demais coisas serão acrescentadas (Mt 6.33). A leitura da bíblia, assim como o orar diariamente e o jejuar, são ações fundamentais para o progresso e o fortalecimento das famílias diante a presença do Senhor.
Por fim, a família se desenvolve em formato de um ciclo, o que hoje se aprende se passa para gerações futuras, logo “aos pais, cabe a missão de educá-los para serem bons seres humanos, prepará-los para a vida em sociedade até que adquiram independência pessoal, profissional e financeira” (LOPES, 2017, p.339).
Referencial:

LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral, a ciência do conhecimento humano como aliada ministerial. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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