Amando e Resgatando
a Pessoa Desgarrada
A presente lição
tratará como ponto central o amor divino como mensagem essencial da parábola da
ovelha e da dracma perdida, e tem como verdade prática a seguinte descrição:
Jesus
é o Bom Pastor que deu a vida para resgatar suas ovelhas, as quais estavam
desgarradas e distantes de Deus.
Despertar
na classe o desejo de alcançar os que se afastaram da presença de Deus.
Lucas no capítulo 15
apresenta três parábolas que possuem o mesmo objetivo:
buscar quem se perdeu e a espera de Deus em receber o pecador de volta (GABY
& GABY, 2018, p. 65).
I – INTERPRETANDO
AS PARÁBOLAS DA OVELHA E DA DRACMA PERDIDAS
O primeiro tópico tem
como objetivo específico: interpretar as
parábolas da ovelha e da dracma perdidas.
Com quatro versículos
o Senhor Jesus conta a parábola da ovelha perdida que possui como destaques: o
pastor de cem ovelhas que perdeu uma, a atitude do pastor em buscar a ovelha
perdida, a ação em conduzir a ovelha encontrada e o júbilo do pastor por
encontrar a ovelha.
O
pastor de cem ovelhas que perdeu uma. Aplicando ao
ministério pastoral percebe-se que o pastor tem como ações: ganhar os perdidos
e manter os que já foram ganhos para Cristo. Para ganhar os perdidos o pastor
utiliza a evangelização, já para não perder, o pastor exerce o ministério de
ensino, pois por meio da educação cristã os crentes são edificados e
fortalecidos no Senhor.
A
atitude do pastor em buscar a ovelha perdida. O
deixar as noventa e nove ovelhas no deserto não corresponde a abandoná-las, ou deixá-las
sem segurança, pois caso assim fosse a perca seria maior, porém o que o texto
salienta corresponde basicamente com a dedicação do pastor em buscar a que se
perdeu, descrição que revela a importância do amor cristão para com o próximo.
Jesus
morreu na cruz pelo resgate de suas ovelhas, tudo fazendo para que nenhuma
delas se perdesse, estando disposto a deixar as noventa e nove ovelhas
descansando no aprisco com segurança, para ir atrás daquela que se afastou do
rebanho. Na Bíblia Sagrada vemos claramente o amor de Deus pelas ovelhas,
desgarradas de seu aprisco (GABY & GABY, 2018, p. 67).
A
ação em conduzir a ovelha encontrada. A ovelha estava machucada? Não tem como definir, porém a altitude do
pastor em por sobre os ombros descreve a alegria pelo o encontro da ovelha
perdida.
O
júbilo pelo encontro da ovelha. O pastor não festejou sozinho, convidou os amigos para
juntamente festejarem.
Já referente a dracma
perdida dois versículos descrevem as seguintes verdades: a mulher perdeu a
dracma dentro de casa e a mulher buscou a dracma com diligência.
A
lição da parábola da dracma perdida é clara ao demonstrar o amor que devemos
ter em relação aos perdidos. Em Lc 19.10 a Bíblia diz: “Porque o Filho do Homem
veio buscar e salvar o que se havia perdido” (GABY & GABY, 2018, p. 68).
II –
PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU
Já o segundo tópico
tem como objetivo específico: concitar a
classe a comprometer-se em buscar aqueles que se desgarraram,
enfatizando que a vontade divina é que todos se salvem e ratifica as
características das ações de Jesus como o bom Pastor.
Conforme o Salmo 23
aprende-se a respeito do cuidado especial de Deus para com todos aqueles que se
aproximam dEle. Sendo que a ação graciosa de Deus é manifestada por meio do
nome Senhor, nome que corresponde ao amor divino e a misericórdia.
Davi tinha
conhecimento da ação do pastor para com o cuidado das ovelhas, por isso, o
mesmo associa o cuidado de Deus para com Israel, pois o Senhor é o pastor da
nação eleita e cuida com zelo daqueles que por Ele foram chamados e eleitos.
Portanto, o Bom
Pastor é o Senhor Jesus. O evangelista João (cap.10) registra em um dos
momentos do ministério público de Jesus, onde o Messias é chamado de Bom Pastor
e como Bom Pastor o Senhor Jesus daria a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.11).
Porém, antes de se
apresentar como Bom Pastor, o Senhor Jesus se apresentou como a porta. A
primeira descrição de Jesus (porta) refere à entrada e saída, o que corresponde
também em ser Jesus a segurança das ovelhas. Nos currais os pastores de ovelhas
passavam a noite na porta do curral, lembrando que só existia uma porta, sendo
que pela mesma as ovelhas entravam e saiam, e os lobos para atacarem as ovelhas
teriam que passar pela porta, porém os mesmos eram impedidos porque ali estaria
o pastor das ovelhas.
Portanto, pelo amor
existente para com suas ovelhas, Deus outorga bênçãos inefáveis, como por
exemplo: a vida, a longevidade, riquezas e honra.
A
vida. Deus é quem dá e tira a vida. Vede agora que eu, eu o
sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu
saro, e ninguém há que escape da minha mão (Dt 32.39).
Longevidade. Umas das promessas de Deus para com aqueles que são
tementes e humildes é a longevidade, isto é, a promessa de dias com maior
espaço de tempo. E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel (Sl
128.6).
Riquezas. O
Espírito Santo outorga habilidades para o ser humano desenvolver atividades
necessárias para que por meio destas conquistem o suprimento necessário para a
manutenção da sua própria vida. Belzalel e Aoliabe foram por Deus agraciados
com sabedoria para trabalharem com ouro, prata, cobre e também foram
habilitados para bordar em pano, fazendo invenções (Êx 35.30-35).
Honra. O reconhecimento é uma atitude requerida por todos e
que seja proveniente da parte dos outros. Para os que temem ao Senhor e são
humildes, Deus outorga honra e proporciona honra da parte dos outros.
III
– HÁ ALEGRIA NO CÉU QUANDO UM PECADOR SE ARREPENDE
Por fim, o terceiro
tópico tem como objetivo específico: demonstrar
biblicamente que há alegria no céu por um pecador que se arrepende e o mesmo
devemos sentir quando pessoas retornam à presença de Cristo.
O arrependimento poderá se manifestar de duas maneiras: negativamente e
positivamente. O arrependimento quando negativo é descrito no reconhecimento do
pecado, porém a pessoa não volta para Deus, enquanto o arrependimento positivo
se manifesta quando a pessoa reconhece que pecou e volta para Deus.
Arrependimento significa retornar e se dedicar a Deus, isto é,
corresponde com o abandono do pecado. O pecado é tudo aquilo que separa o ser
humano de Deus. O autêntico arrependimento proporciona a ocorrência de dois
elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a tristeza por causa do pecado (2 Co
7.10).
O
arrependimento é o primeiro aspecto da experiência inicial da salvação
experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada conversão. A
conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da regeneração. A
regeneração é a obra de Deus no íntimo e a conversão é a exteriorização da
salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da fé. O
arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado em seus muitos aspectos e
formas, especialmente ao pecado da incredulidade (BANCROFT, p. 235).
O arrependimento outorga liberdade das prisões manifestadas pela ação
dominadora do pecado. Pois, o pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria
outorgada por Deus. O arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de
Deus, para que por meio da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as
transformações necessárias no interior do cristão.
Percebe-se também que o arrependimento positivo permite que o sentimento
de culpa o acompanhe, assim também como a tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína tristeza gerada pelo
arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a uma mudança de
mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento
significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em
libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza
que o mundo gera opera a morte (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.467).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e
princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.