O Lugar Santo
O ponto central da
lição é levar-nos a compreender a necessidade de sermos zelosos
em nossa vida de serviço e adoração a Deus. Sendo que a verdade
prática permite compreender que através de sua morte
expiatória, Jesus nos garantiu o livre acesso ao Santíssimo Deus.
Entretanto, conscientizar
que devemos prestar um verdadeiro serviço e adoração a Deus é o objetivo
geral da presente lição que tem como objetivos específicos:
Conceituar o Lugar Santo.
Elencar as três peças que compunham o
interior do Lugar Santo.
Explicar o véu que demarca o Lugar Santo
e o Lugar Santíssimo.
Excelente introdução
para a presente lição são as palavras de Cabral:
[...]
Os dois compartimentos do Tabernáculo também eram identificados como “Lugar
Santo” e “Lugar Santíssimo”.
No
primeiro compartimento os sacerdotes podiam ter acesso, mas no segundo
compartimento, apenas o Sumo Sacerdote, uma vez por ano, poderia adentrar (Hb
9.1-10). (CABRAL, 2019, p.81).
I – LUGAR
SANTO: UM LOCAL DE SERVIÇO E COMUNHÃO COM DEUS
A porta de acesso ao Lugar
Santo era conhecida por verdade e era sustentada por cinco colunas conhecidas
como os cincos dedos de Deus. Nesta repartição havia três objetos: o candelabro
de ouro, a mesa dos pães e o altar do incenso. Caracterizando assim como o
lugar de adoração e serviço.
De adoração, pois os
sacerdotes ali ofereciam diariamente sacrifício de louvor ao Senhor, sendo esta
prática diária o serviço exercido pelos sacerdotes. Portanto, a adoração e o serviço
estão diretamente associados ao ministério dos sacerdotes.
No Antigo Testamento
o homem deveria aproximar se de Deus através de um sacrifício e manter-se junto
de Deus por meio da intercessão. O sacerdote era a pessoa responsável pelo
sacrifico e também pela intercessão. Logo, o sacerdote era o elo entre o homem
e Deus no ministério descrito e vivenciado no Tabernáculo.
II –
AS TRÊS PEÇAS QUE COMPUNHAM O INTERIOR DO LUGAR SANTO
As peças do Lugar
Santo são: o candelabro, a mesa dos pães e o altar do incenso.
O candelabro. Representa
Jesus como guia e luz que ilumina o homem. Também chamado de candeeiro, lampadário
e castiçal. O candelabro tinha como função básica conscientizar os
israelitas à missão sacerdotal, profética e real. Instrumento feito de ouro,
que possuía em média, 35 a 40 quilos, sendo que o ouro representava a divindade
do Senhor e na emissão da luz o candelabro ratifica as três grandezas da luz:
intensidade, frequência e polaridade (brilho, cor e vibração).
O azeite que mantinha
a luz do candelabro era puro e batido. Azeite batido correspondia à qualidade
do produto, pois o azeite moído identificava-se como possuidor de baixa
qualidade.
Portanto, o
candelabro com suas lâmpadas acesas simbolizava a luz de Deus e identificava-se
com a presença do Senhor no meio do arraial. Compreendendo que as sete lâmpadas
correspondem com a completude do agir de Deus o que outorga olhares para o
livro de Gênesis, os sete dias da criação.
A mesa dos pães. Utensílio
que apresenta Jesus como o sustento. Os pães ficavam em uma mesa de acácia
(duas características definem a importância da acácia: era de cor majestosa e
era resistente a insetos) de 70 cm de altura, 90 cm de comprimento e 45 cm de
largura, sendo toda banhada a ouro. Sobre ela ficavam doze pães em duas
fileiras. Pães produzidos pelos coatitas que eram responsáveis pelo cargo da
arca, da mesa, e do candelabro, ou seja, o cuidado com o ministério da tenda da
congregação (Nm 3.35).
Para os israelitas os
pães simbolizavam a providência divina. Por serem também conhecidos como os
pães da presença percebe-se que os israelitas tinham a presença de Deus
outorgando sustento para a peregrinação em direção a Terra Prometida.
Simbolizando as doze
tribos de Israel os pães correspondiam com o cuidado de Deus para com cada
tribo israelita. E também se notabiliza por significar a comunhão dos
israelitas para com Deus, pois, os sacerdotes os comiam no Lugar Santo (Lv
24.9).
O altar do incenso. Utensílio
que apresenta Jesus como o mediador. Era feito de madeira de acácia revestido
de ouro, tendo como ornatos quatro chifres, bordas, quatro argolas e dois
varais. Compreende também que a composição do incenso era de estoraque, ônica e
gálbano (ÊX 30).
III –
O VÉU QUE DEMARCA O LUGAR SANTO E O LUGAR SANTÍSSIMO
No pátio os
israelitas poderiam entrar com o acompanhamento de dois sacerdotes, porém no Lugar
Santo apenas os sacerdotes deveriam adentrar, logo, o véu que separava o pátio
do Lugar Santo tem como propósito descrever a santidade do lugar.
Já o segundo véu
separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, permitido apenas ao sumo sacerdote o
direito de adentrar, porém sendo esta oportunidade apenas uma vez por ano, e
tinha como propósito revelar a santidade do Senhor e prover a remissão dos
pecados dos israelitas.
Referência:
CABRAL, Elienai. O
Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD,
2019.
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