O Lugar Santíssimo
A verdade prática da
presente lição nos permite compreender que pelo sangue de Jesus
Cristo, o véu da separação foi rasgado. E, hoje, temos liberdade e confiança
para entrar ao trono da graça de Deus.
Entretanto, explicar que
temos a liberdade de entrar no “Lugar Santíssimo” é o objetivo geral
da presente lição que tem como objetivos específicos:
Destacar o Lugar Santíssimo.
Mostrar o propósito do véu interior.
Salientar como era o Lugar Santíssimo.
Excelente introdução
para a presente lição são as palavras de Cabral:
O
Lugar Santíssimo era, indubitavelmente, o principal lugar de toda a estrutura
do Tabernáculo. Lá estavam a Arca da Aliança com seu propiciatório e os dois
querubins com forma humana e protegendo aquele local. Era o lugar da habitação
de Deus. Figuradamente, estava naquela Arca o Trono de Deus. (CABRAL, 2019, p.97).
I – O
VÉU DO LUGAR SANTÍSSIMO
O véu do Lugar
Santíssimo era uma barreira à presença de Deus, pois o pecado separa o homem da
presença do Senhor. O presente véu separava o pecador do Santo, definindo assim
a separação do imperfeito para com o Perfeito. Porém, o sumo sacerdote entrava uma única vez
no ano no lugar santíssimo, sendo este o dia da expiação.
Portanto, aplicando o
dia da expiação com a obra de Cristo na cruz é necessário saber que a morte de
Jesus foi uma expiação pelos pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo,
apaga-lo e perdoar o transgressor. A morte de Jesus também foi à propiciação,
isto é, foi o aplacar da ira de Deus. E em terceiro a morte de Jesus foi uma
substituição (Rm 5.6). Por fim, a morte de Jesus na cruz foi e é redenção e
reconciliação para todos aqueles que se aproximam da mensagem do evangelho.
O véu do Lugar
Santíssimo possuía um bordado especial com a figura de querubim, sendo que a Escritura do livro de Êxodo deixa claro é que os
querubins são seres angelicais e independentes de qualquer forma física, mas
que podem tomar a forma que quiserem para as manifestações do poder de Deus (CABRAL, 2019, p.100). Lembrando que o termo querubim
do hebraico, qeruvim, tem por significado bendizer, louvar, adorar. Os anjos
que compõe esta categoria estão associados com a santidade de Deus e a adoração
a Deus.
Já a respeito do véu
trançado em dois fios nos permite compreender que se trata [...] da
união da natureza divina com a natureza humana na pessoa de Jesus, indicando a
sua perfeição absoluta como Deus e com Homem (CABRAL, 2019, p.101).
II –
O PROPÓSITO DO VÉU INTERIOR
Três são os
propósitos do véu interior: símbolo da presença de Deus, demarcador entre o
Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, e, indicador do caminho à presença do Senhor.
O ser humano não
teria condição de suportar a presença de Deus, logo o véu era o símbolo da
presença do Senhor, pois a presença do Senhor exibe poder, glória e também exibe
a essência do caráter santo e singular de Deus. Sendo assim, o homem em delito
e pecado não resistiria à presença do Senhor.
O véu também se
destaca por ser o separador entre os dois lugares: o Santo do Santíssimo. Sendo
no primeiro permitido apenas aos sacerdotes que diariamente ofereciam
sacrifícios representando o serviço e a adoração ao Senhor; já o segundo lugar
era permito apenas ao sumo sacerdote, uma vez por ano.
Por fim, o véu
indicava o caminho da presença de Deus. Logo, aqui percebe mais uma vez que
Jesus é o único que possibilita ao homem chegar à presença do Pai, isto por meio
do sacrifício.
III
– COMO ERA O LUGAR SANTÍSSIMO?
O véu que separava o
Lugar Santo do Santíssimo era chamado de vida. Havia nesta repartição apenas
uma peça, a arca da aliança. Lugar que significava a presença de Deus. Sendo
que dentro da arca havia três objetos: o maná, a vara de Arão e as tábuas da
aliança.
O maná era o alimento
outorgado por Deus (Jeová Jiré, Deus da providência), a vara indicava a
soberania de Deus e as tábuas salientavam a justiça de Deus.
Portanto, a arca é o
utensílio que apresenta Jesus como o propiciatório, sendo Ele o próprio Deus.
Por fim, a entrada no Lugar Santíssimo reserva-se ao sumo sacerdote,
o qual, uma vez por ano, no grande dia da Expiação, entrava com vestimentas
especiais em nome de todo o povo de Israel. Agora, na dispensação da plenitude
dos tempos, o véu foi rasgado, e todos temos acesso ao Trono da Graça pelo
sangue de Cristo Jesus (CABRAL, 2019, p. 105).
Referência:
CABRAL, Elienai. O
Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD,
2019.
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