Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 30 de junho de 2019

Tabernáculo: De símbolo ao real valor para a vida cristã


Tabernáculo: De símbolo ao real valor para a vida cristã
Tabernáculo significa tenda, sendo esta portátil, que correspondia com a presença de Deus no meio do povo de Israel. Para os israelitas o tabernáculo teria como descrições: ser um santuário (Êx 25.8), ser o lugar de testemunho (Êx 38.21), e como descrição final um lugar de perdão.
1- Dividido em três partes
O tabernáculo possuía 45,72m de comprimento e 22,86m de largura, e era dividido em três partes: átrio (livre acesso para os israelitas, porém para adentar era necessário que dois sacerdotes acompanhassem os visitantes ao átrio), lugar Santo (livre acesso aos sacerdotes em seus serviços diário) e lugar Santíssimo (acesso apenas ao sumo sacerdote e uma única vez ao ano). Porém, a parte interna que abrangia o lugar Santo e o lugar Santíssimo possuía 13,71m de comprimento e 4,57m de largura.
a) O átrio. O acesso para o átrio era conhecido pelos os judeus por caminho. Este era o lugar de sacrifício onde havia dois objetos: o altar do holocausto e a pia.
No altar do holocausto três elementos eram presenciados constantemente: o fogo, a fumaça e o sangue. Fogo e fumaça correspondem com a ira de Deus manifestada pela corrupção humana. Enquanto, o sangue significava vida santificada.
Quando o sacerdote era consagrado lavava o corpo e depois os pés e as mãos, isto é, santificado para andar com Deus (os pés) e santificado para servir a Deus (as mãos).
b) Lugar Santo. A porta de acesso ao Santo era conhecida por verdade e era sustentada por cinco colunas conhecidas como os cincos dedos de Deus. Nesta repartição havia três objetos: o candelabro de ouro, a mesa dos pães e o altar do incenso.
c) Lugar Santíssimo. O véu que separava o lugar santo do santíssimo era chamado de vida. Havia nesta repartição apenas uma peça, a arca da aliança. Lugar que significava a presença de Deus. Sendo que dentro da arca havia três objetos: o maná, a vara de Arão e as tábuas da aliança. 
O maná era o alimento outorgado por Deus (Jeová Jiré, Deus da providência), a vara indicava a soberania de Deus e as tábuas salientavam a justiça de Deus.
Entretanto, o átrio é o lugar que representa a reconciliação, o Santo é o lugar em que desenvolve a santificação, e o Santíssimo é o lugar que representa a manifestação da glorificação com e em Cristo.
2- Construído com três substâncias
Os utensílios do tabernáculo foram feitos com matérias de origem vegetal, animal e mineral.
Os de origem vegetal eram provenientes do linho (planta herbácea da família das lináceas da qual era extraída fibras para a fabricação de tecidos), e da acácia (madeira durável e resistente ao desgaste do tempo e das ações dos insetos).
Já os de origem animal eram provenientes de texugos (que pode descrever em ser de origem de golfinhos ou focas), cabras e carneiros (Êx 35.23; 36.14-18; 26,14).
Por fim, os de origem mineral eram provenientes do ouro, prata e bronze. O ouro fala da divindade, a prata da redenção e o bronze do juízo de Deus. Segundo dados estatísticos foram necessários 1.000 quilos de ouro, 3.000 quilos de prata e 2.500 quilos de bronze para a produção do tabernáculo.
3- Foi palco de três ministérios
Os serviços no tabernáculo eram executados por três ministros diferentes: os levitas, os sacerdotes e o sumo sacerdotes. Os levitas conduziam o tabernáculo e seus utensílios na peregrinação. Os sacerdotes ministravam diariamente no átrio e no lugar Santo. Já o sumo sacerdote ministrava no Santo do Santo.
Compreende que todo sacerdote era levita, porém nem todo levita era sacerdote.
4- O tabernáculo sinaliza os três tempos
Para o povo de Israel, na Antiga Aliança, o tabernáculo transmite o tempo pretérito. Período em que os sacrifícios de animais eram necessários para aproximar a criatura do Criador.
Na Nova Aliança Cristo se fez a oferta sendo Ele próprio o ofertante para redimir a humanidade, não havendo mais necessidade de um tabernáculo físico, pois os que nascem em Cristo tornam-se uma nova criatura, tornando assim a habitação do Criador.
Porém, no futuro, o tabernáculo é bem descrito nas palavras escritas por João o Evangelista: E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus (Ap 21.3).
Por fim, o tabernáculo era o palco onde ocorria o sacrifício que na Antiga Aliança era anual, fato que se justifica por não ser um sacrifício definitivo, porém o sacrifício executado pelo Senhor Jesus foi de natureza eterna e definitiva. Não sendo mais necessária a ocorrência de outro sacrifício, pois Cristo entrou no tabernáculo celeste.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: O Sacerdócio Celestial


O Sacerdócio Celestial
A verdade prática proporciona o olhar do cristão para a seguinte conformidade teológica: Jesus foi a oferta e o ofertante. Fato que possibilita compreender que Jesus é o Sumo Sacerdote perfeito. Descrição que é ratificada no ponto central da presente lição que expõe a seguinte frase que é incontestável: Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito.
Sendo que o objetivo geral da presente lição é conscientizar de que Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito; e como objetivos específicos:
Expor que o Sacerdote Celestial tem um único Sumo Sacerdote.
Explicar o Sacerdócio Universal da Igreja.
Afirmar o Maior e mais Perfeito Tabernáculo.
I – O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
O presente tópico pode ser sintetizado por três passagens do capítulo 7 da Epístola aos Hebreus, que são os versículos: 11, 12 e 16, que apresentam as seguintes palavras chaves: perfeito, imutável e eterno. Ou seja, o sacerdócio de Cristo é superior por ser um sacerdócio perfeito, imutável e eterno.
A superioridade do sacerdócio de Cristo está também evidenciada pela palavra empenhada por Deus (juramento) de que Ele é para sempre. O sistema levítico não teve tal garantia (GONÇALVES, 2017, p.74).
A imperfeição do sacerdócio da Antiga Aliança era nítida por ser incapaz de resolver o problema da culpa e ao mesmo tempo por não poder perdoar conforme a exigência da santidade divina. Já na Nova Aliança o ministério sacerdotal de Jesus é perfeito, pois retira a culpa, justificando o indivíduo e o santifica, tornando-o consagrado ao Senhor.
Houve mudança de sacerdócio, pois o sacerdócio do Antigo Testamento era mutável, enquanto o sacerdócio do Senhor Jesus Cristo é imutável e também é eterno. Uma mudança de sacerdócio proporciona a manifestação do desequilíbrio do sistema, fato que autenticamente conduzirá na mudança da jurisdição e da maneira em que se desenvolve o sacrifício. O sacrifício da culpa era anual, já na Nova Aliança um único sacrifício foi necessário, logo houve mudança da forma em que a jurisdição era desenvolvida, assim como a alteração na concepção do sacrifício.
A Lei tornou-se antiquada, e sua substituição tornou-se necessária porque jamais pôde chegar ao alvo tencionado por Deus. Em Cristo, esse alvo havia sido alcançado, e essa é a razão de nossa esperança (GONÇALVES, 2017, p.74).
II – O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA
A missão sacerdotal da igreja para ser compreendida pode ser estudada em três tópicos: missão na reconciliação do pecador; missão no sacrifício; e, missão na intercessão.
1- A missão sacerdotal da igreja: na reconciliação do pecador. A função sacerdotal da igreja é diferente da missão sacerdotal de Jesus Cristo. A missão da igreja tem como objetivo reconciliar o homem pecador com Deus que é Santo. No contexto histórico o ser humano tem enveredado por caminhos que não agrada a Deus e por isso, tem pecado e distanciado do Senhor.
Logo, quando a igreja exerce a sua missão evangelizadora a mesma estar exercendo a missão sacerdotal da reconciliação proporcionando que o pecador reconcilie com Deus.
2- A missão sacerdotal da igreja: no sacrifício. Também, é missão da igreja como sacerdócio de Jesus Cristo oferecer os corpos como sacrifício vivo (Rm 12.1). É dever de cada membro da igreja se alistar para exercer com eficiência o serviço cristão.
3- A missão sacerdotal da igreja: na intercessão. É da responsabilidade da igreja interceder por todos os homens (1 Tm 2.1,2). Porém, o Espírito Santo conduz a igreja a orar da maneira que convém (Rm 8.26) fazendo com que as orações sejam respondidas.
III – O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
Quatro versículos proporcionam melhor compreensão do presente tópico:
Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação [...] Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo (Hb 9.11,24-26).
O tabernáculo celestial é perfeito por não ser feito por mãos desta criação, tornando assim um protótipo perfeito para o tabernáculo da Antiga Aliança. [...] O santuário terrestre foi feito conforme o modelo que Moisés recebeu no monte; todavia, ele fora confeccionado por mãos humanas. Cristo, ao contrário, entrou no santuário celeste, do qual o terrestre era apenas uma figura. Nesse santuário celeste, Ele oficia como Sumo Sacerdote em favor da Igreja (Rm 8.34) (GONÇALVES, 2017, p. 94).
O sacrifício na Antiga Aliança era anual, fato que se justifica por não ser um sacrifício definitivo, porém o sacrifício executado pelo Senhor Jesus foi de natureza eterna e definitiva. Não sendo mais necessária a ocorrência de outro sacrifício, pois Cristo entrou no santuário celeste.
Referência:
GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

domingo, 16 de junho de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: A Nuvem de Glória


A Nuvem de Glória
O ponto central da presente lição permite compreender que o dever de cada cristão é louvar e adorar a Deus, pois a sua glória enche a Terra e os Céus. Já, o objetivo geral é revelar como a nuvem de glória estava sobre o povo de Deus; e como objetivos específicos:
Apresentar a Coluna de Nuvem.
Explicar a Shekinah que esteve presente nas peregrinações de Israel.
Destacar algumas lições para hoje.
I – A COLUNA DE NUVEM; A GLÓRIA DIVINA SOBRE ISRAEL (Êx 40.34)
A palavra shekinah é utilizada para descrever a manifestação visível da glória de Deus, logo a nuvem que ficava sobre o tabernáculo notabilizava a presença de Deus no meio do povo de Israel, sendo esta para os israelitas o sinal grandioso do agir presente do Deus Todo-Poderoso.
Portanto, é necessário observar o texto base para o presente tópico:
Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo (Êx 40.34).
A glória do Senhor que encheu o tabernáculo revelou Sua presença, Sua importância para os israelitas e Sua maravilhosa inspiração de respeito e reverência. As palavras de João 1.1-18 são bastante apropriadas para se recordar aqui. Na encarnação de Cristo, a glória de Deus foi manifestada, não em uma tenda, mas em Seu Filho Jesus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 199).
Os escritores acima citados fazem uma brilhante comparação entre a manifestação do Senhor em Êxodo 19 e 40, distinguindo os dois capítulos da seguinte maneira: a manifestação no capítulo 19, tem como resultado a atemorização dos israelitas, enquanto que a manifestação no capítulo 40 é a demonstração direta da glória de Deus que resultou no enlevo espiritual dos israelitas.
II – A SHEKINAH QUE ESTEVE PRESENTE NAS PEREGRINAÇÕES DE ISRAEL
Os quarenta anos dos israelitas no deserto foram mediante o plano divino. Sendo que a nuvem de dia tinha como propósito guiar o povo de Israel, Êxodo 40.36,37 assim corrobora com as seguintes palavras:
Quando, pois, a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, então os filhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas. Se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até ao dia em que ela se levantasse.
A glória do Senhor, que agora estava entre Seu povo em forma de nuvem, também guiava os passos dos israelitas (Êx 13.21,22;Nm 9.15-23). A manifestação de Sua glória é às vezes chamada de Shekinah ou glória do Shekinah, termo oriundo do verbo hebraico residir (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 199).
Portanto, na presente aliança quem guia os cristãos é o Espírito Santo de Deus:
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir (Jo 16.13).
III – ALGUMAS LIÇÕES PARA HOJE
A primeira lição que se aprende e se aplica para os dias hodiernos correspondente com a nuvem sobre o tabernáculo é que ela era incomum, isto é, a visibilidade da nuvem descreve verdades espirituais, o cuidado de Deus para com o seu povo.
Já a segunda lição se trata da permanência da presença de Deus, pois a nuvem permaneceu sobre o tabernáculo.
E por fim, a nuvem não é estática, mas se caracteriza em dinamismo. Fato que descreve o agir de Deus que não se torna inerte, mas que ao contrário proporciona provimentos e estes em abundância.
Referência:
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Culto de Doutrina: Apocalipse capítulo: 21 – Novo céu, nova terra e nova Jerusalém


Apocalipse capítulo: 21 – Novo céu, nova terra e nova Jerusalém
Conforme Ap 21.2, do céu descerá a nova Jerusalém. A primeira palavra, nova, corresponde a uma das características desta cidade que será uma cidade “Santa” (Ap 21.10), isto é, nova, corresponde a cidade desconhecida, guardada para os salvos de todas as épocas (Jo 14. 1-3).  Já a segunda palavra, Jerusalém, tem por significado, habitação de paz, sendo que a cidade de Jerusalém também é conhecida como: Jebus (Jz 19.10), Sião (Sl 87.2), Ariel (Is 29.1), Cidade de Justiça (Is 1.26), Santa Cidade (Is 48.2), a cidade do grande Rei (Mt 5.35), a cidade de Davi (2 Sm 5.7).
Definindo a nova Jerusalém
As descrições, novo céu, nova terra e nova Jerusalém, se associam a três dimensões: a dimensão celestial, novo céu; a dimensão terrestre, nova terra; e, a dimensão urbana, nova cidade.
Já no que corresponde à nova Jerusalém, três são os indicadores que define a nova Jerusalém ao patamar de uma cidade sublime:
Primeiro, a grande cidade (Ap 21.10), logo a grandeza da cidade corresponde ao suprimento da necessidade dos seus habitantes.
 Em segundo, a santa cidade (Ap 21.10),   isto é, a cidade é perfeita e livre de todo mal.
Por fim, em terceiro a cidade descerá do céu, por isso, haverá nela a glória de Deus (Ap 21.10).
[...] Tudo sugere uma cidade literal: ouro, ruas, dimensões, pedras. Ela desce do céu, pois é impossível construir uma cidade santa aqui (SILVA, 1997, p.268).
Há muitas moradas
A frase “na casa de meu Pai há muitas moradas” transmite dois ensinamentos básicos: primeiro ensino, a casa pertence ao Criador e segundo nesta casa há muitas moradas. Na tradução NVI a expressão muitas moradas corresponde a uma casa pequena com muitos cômodos envolta de um pátio que é o pondo de encontro para o lazer dos filhos que mora envolta do seu pai. Na Nova Jerusalém os filhos de Deus estarão envoltos do Pai celestial.
As características da nova Jerusalém
Os detalhes inseridos no texto sagrado da nova Jerusalém indica que ela é uma cidade real. Cidade cujo construtor também é real (Hb 11.10). Se o mundo atual afetado pelo pecado possui as suas maravilhas o que será dito da nova cidade em que nela não haverá maldição (Ap 22.3), não haverá necessidade dos governos naturais que governam os dias e as noites - sol, lua e estrelas – (Ap 22.5), não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap 21.4).
[...] A luz de Cristo atravessa em todas as direções, por tratar-se de ouro transparente, e nada pode impedir a difusão dos raios luminosos de Cristo. Assim fica demonstrado que, a cidade terrestre (na era milenial) haverá necessidade de luz, como podemos ver em Is 30.26, pois haverá noite e haverá dia: fatores da vida física... Agora na presente era, os remidos andam por fé, vêem as coisas celestes “...refletindo como um espelho” (2Co 3.18); mas ali tudo será alterado (SILVA, 1997, p.275).
Perfeição e eternidade da nova Jerusalém
Para um mundo perfeito é necessário que exista uma composição com elementos essenciais como a de um governo capaz somada com habitantes conscientes, que desfrute de conhecimentos, comunhão e vivam em amor. Por muitos anos esta tem sido à busca de homens para uma sociedade melhor, porém, estas teorias ao serem executadas pelo o homem eliminou o essencial que é a presença de Deus. Ou seja, não haverá uma sociedade justa com a ausência de Deus. Na nova Jerusalém a perfeição será real porque o próprio Deus a governará com isto os habitantes serão os salvos de todas as épocas que possuirão conhecimento perfeito e desfrutarão da perfeita comunhão e do perfeito amor.
Na Nova Jerusalém o amor de fato será sincero, generoso e longânimo. A perfeição do amor de Deus na nova Jerusalém se manifestará no amor que galardoa os salvos (Tg 1.12).
O primeiro livro da Bíblia é o de Gênesis, o livro do princípio, enquanto o último livro é o de Apocalipse que corresponde a revelações. Todavia, o primeiro como o último livro da Bíblia possui relações diretas no que trata a ordem da história da humanidade, se em Gênesis encontra-se as origens das coisas, em Apocalipse o conhecimento do desfecho de todas as coisas torna-se notável. Mas, os últimos capítulos de Apocalipse são conhecidos como o gênesis do apocalipse, portanto as origens de uma nova época encontram se nos capítulos finais de Apocalipse.
No demais, irmãos, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10) porque a nova cidade está nos céus, donde também se espera o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp 3.20).
Referência:
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse, versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

Culto de Doutrina: Apocalipse capítulo: 20 – A vitória de Cristo sobre a besta


Apocalipse capítulo: 20 – A vitória de Cristo sobre a besta
O capítulo 20 de Apocalipse proporciona grandes informações escatológicas, que são: a prisão de Satanás, o milênio, lições que outorgam compreensão referente à primeira ressurreição, a narrativa da libertação de Satanás por um pequeno espaço de tempo, e por último, descreve de maneira clara a concretização do Juízo Final.
Prisão de Satanás
Três versículos narram a respeito da prisão de Satanás (Ap 20.1-3). Sendo que três pontos são fundamentais para compreender esta prisão.
1- Preso por um anjo. O que se conclui é que o anjo terá em suas mãos a chave do abismo e a autoridade para prender a Satanás. Abismo é equivalente à palavra hades e sheol. Que quer dizer, lugar escondido, e em determinados textos da Escritura Sagrada o termo é traduzido pela palavra tártaro, que do grego significa escuridão.
2- Preso por mil anos. A duração da prisão de Satanás durará mil anos (v.2,3). Haverá um selo na prisão, isto é, Satanás será impedido de agir de forma maléfica. Selo no texto indica sela fechada.
3- Preso para não enganar durante mil anos. A única filiação de Satanás narrada na Bíblia é a mentira (Jo 8.44). Portanto, durante o longo histórico da humanidade Satanás se ocupou em enganar as nações, porém, esta ação não será desenvolvida no período do Milênio.
Portanto, o diabo será lançado no abismo por mil anos (Ap 20.3) e acabando-se os mil anos, satanás será solto (Ap 20.7) e porá a prova a geração da era milenar assim como foi provado Adão. Sendo assim, ocorrerá o Gogue e Magogue, ou seja, a peleja final e o fim será o diabo lançado no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10)
O milênio
1- Será um período em que Cristo governará sobre a Terra. Portanto, este governo de Cristo será realizado com aqueles que fizeram parte da primeira ressurreição. E estes terão autoridade sobre os povos da Terra (Ap 20.6; Mt 19.21).
2- Será o período em que a Terra gozará da autêntica liderança. Pois, neste período haverá paz, segurança, prosperidade e justiça (Is 2.2-4; Is 65.21-23; Zc 9.10).
3- No período do milênio a natureza será restaurada. A natureza voltará a sua forma original com duas características consideradas ímpares: perfeita e bela (Is 65.25).
4- Os dias dos viventes serão multiplicados (Is 65.20). A morte estará presente e atuante no período do milênio, porém, os que morrerem com a idade de cem anos serão considerados a uma vida jovial.
O reino milenar tem como objetivo, aproximar a nação de Israel à pessoa de Deus. Por fim, assim como a igreja primitiva acreditava no arrebatamento, também acreditavam no Reino Milenar de Jesus Cristo. Portanto, a igreja hodierna também acredita que em um período escatológico os seus membros de todos os tempos serão sacerdotes e reis para governarem com Cristo durante mil anos (Ap 1.6).
Primeira Ressurreição
Tipo de ressurreição que se divide pela seguinte ordem a ressurreição do Senhor Jesus (1 Co 15.23), os que ressuscitarão no momento do arrebatamento da igreja (1 Co 15.23,24), a ressurreição das duas testemunhas (Ap 11.11,12) e a ressurreição dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4).
Tipo de ressurreição que corresponde com aqueles que ressuscitarão e nunca mais verão a morte, pois os que participaram nos tempos antigos da ressurreição de mortos voltaram a morrer, assim também ocorrerá com os que participarão da ressurreição dos mortos, pois ressuscitarão para serem condenados a segunda morte, ou seja, a morte eterna.
O Juízo Final
Três interrogações proporciona a compreensão a respeito do Juízo Final, são elas:
Que hora será o Juízo Final?
Qual local será o julgamento?
Quais serão as bases para o julgamento?
Sobre a hora ou o tempo do Juízo Final cabe entender a sequência dos fatos registrados no Apocalipse, que indica, o Juízo será após o reino milenar de Cristo e após a última apostasia.
 O julgamento será entre as duas esferas o céu e a terra, pois pela presença de quem julgará fugirá o céu e a terra (Ap 20.11).
E por fim, a base do Juízo Final é a justiça perfeita de Deus. Deus é justo, perfeito e santo.

domingo, 9 de junho de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: O Sacerdócio de Cristo e o Levítico


O Sacerdócio de Cristo e o Levítico
A verdade prática da presente lição nos permite compreender que nosso grande e único Sacerdote é Jesus Cristo. Ele intercede eficazmente em nosso favor diante do Pai. Sendo que o ponto central do estudo bíblico do próximo domingo outorga como saber que o Senhor Jesus é o grande e único sacerdote de seu povo.
Entretanto, mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o levítico é o objetivo geral da presente lição, que tem como objetivos específicos:
Explicar o processo de escolha dos sacerdotes.
Descrever a vestimenta sacerdotal para o serviço.
Expor sobre o sacerdócio de Cristo.
I – A ESCOLHA DOS SACERDOTES (Êx 28.1)
Na historiografia Bíblica percebe-se que no AT existiam divisões concernentes às funções sacerdotais, que eram distribuídas entre, o sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas. Outro fator também determinante para compreender as distribuições das funções dos descentes de Levi é necessário citar os nomes dos filhos deste patriarca: Gérson, Coate e Merari (Êx 6.16).
Os da família de Gérson ficaram com a responsabilidade de cuidarem e trabalharem com os elementos do tabernáculo (Nm 3.22-26). Já os descendentes de Merari com os elementos estruturais como, tábuas, varais, colunas, bases, estacas, cordas, ou seja, com os utensílios do Tabernáculo (Nm 3.38-39). Enquanto, os descendentes de Coate ficaram com as tarefas mais importantes que diretamente estavam associadas com a liderança.
Aos 30 anos de idade os levitas davam início às suas obrigações que eram manuais e as encerravam aos 50 anos (Nm 4.3). Portanto, todos os sacerdotes eram levitas. Porém, nem todos os levitas eram sacerdotes. As obrigações menores, algumas vezes até manuais, como limpeza, arranjo e arrumação no templo, cabiam aos levitas não-sacerdotais (CHAMPLIN, 2014, p.17).
É importante compreender que os sacerdotes eram da tribo de Levi, ou seja, indivíduos de outras tribos não poderiam ser sacerdotes, pois apenas aos descendentes de Levi estava associada à função sacerdotal no meio do povo escolhido.
II – VESTIMENTA SACERDOTAL PARA O SERVIÇO
Enquanto, os sacerdotes eram responsáveis por desenvolverem as seguintes atividades: os sacrifícios (Lv 1-6), e cuidarem das questões concernentes aos alimentos próprios e impróprios (Lv 13-14).
O sumo sacerdote estava encarregado de certos deveres especiais, que só ele podia cumprir, como oficiar no dia da expiação, entrando no Santo dos Santos com esse propósito, e servir de principal oráculo do sacerdócio (CHAMPLIN, 2014, p.18).
A veste oficial do sumo sacerdote era composta (Êx 28.4):
a) Por um peitoral, havia doze pedras gravadas os nomes das doze tribos que tem como significado, o sumo sacerdote era uma liderança vocacionada por Deus para conduzir os israelitas.
b) Por um éfode, peça do vestuário que descia até os joelhos do sumo sacerdote, feita de linho bordada de azul, púrpura, escarlate e figuras douradas.
c) Por um manto azul onde estavam os sinos.
d) Por uma túnica bordada, significado integridade moral e espiritual, isto é, conformidade com Deus.
e) Por um turbante, que significava a vida, o crescimento e o vigor. E na frente havia um diadema em que estava escrito: Santidade ao Senhor.
f) Por um cinto, que simbolizava o serviço.
No NT há destaque para dois grupos de sacerdotes: a aristocracia sacerdotal e os sacerdotes da ordem.
A aristocracia era limitada a várias famílias sacerdotais, que dominavam os ofícios na hierarquia que controlavam as finanças e rituais do templo... Por outro lado, os sacerdotes da ordem moravam fora de Jerusalém, na Judéia, ou na Galileia. Era tarefa deles oficiar nos sacrifícios e nas cerimônias que ocorriam diariamente no templo (RICHARDS, 2008, p. 134).
III – O SACERDÓCIO DE CRISTO (Hb 7.23-28)
Com base nos escritos da Carta aos Hebreus, nota-se a superioridade do sacerdócio de Cristo ao dos levitas, pelos seguintes pontos:
a) Os sacerdotes da Antiga Aliança entravam no tabernáculo terreno, sombra do tabernáculo celestial, enquanto Jesus entrou nos céus, no verdadeiro Santo dos Santos (Hb 4.14).
b) Os sacerdotes da Antiga Aliança ofereciam um sacrifício que se repetia a cada ano, isto é, sacrifício que não era eficaz. Já Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício, sendo este verdadeiro e eficaz (Hb 7.27; 9.23,28).
c) Logo, o sacrifício de Jesus tornou-se o melhor de todos, por finalizar os sacrifícios (Hb 9.13-10.18). Por fim, Jesus torna mediador de um pacto novo e maior que o antigo (Hb 8.6).
Com base na epístola aos Hebreus percebe-se também que Jesus é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6). Ordem que poderá ser entendida pelas seguintes descrições:
Melquisedeque era sacerdote e rei (Gn 14.18).
Na há registro sobre a origem de Melquisedeque.
Portanto, Jesus é sacerdote e rei de Jerusalém (Is 11,5) e não tem origem e nem fim, pois Ele é eterno (Jo 1.1).
Os sacerdotes eram líderes, portanto os líderes na atualidade deverão se espelhar em Jesus como o Sumo Sacerdote, maior líder de todos os tempos, pois o sumo sacerdote concentrava nas pessoas (é constituído em favor dos homens nas coisas concernentes a Deus – Hb 5.1), eram compassivo com os fracos e ignorantes (Hb 5.2), estavam em prontidão para enfrentar o pecado (Hb 5.3), e não autonomeava, mas eram vocacionado por Deus (Hb 5.4). Portanto, sendo Jesus o Sumo Sacerdote é necessário que os cristãos mantenham firme a confissão, porque Jesus pode compadecer das fraquezas dos homens e outorgar satisfação espiritual.
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2014.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: O Sistema de Sacrifícios


O Sistema de Sacrifícios
A verdade prática da presente lição nos permite compreender que Jesus Cristo exerceu, na cruz, o sacrifício perfeito, obtendo, por meio de seu sangue, e de uma vez por todas, a redenção eterna para todos os que creem nEle. Sendo que o ponto central do estudo bíblico do próximo domingo outorga como saber que o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento é a representação perfeita do sacrifício de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Entretanto, apresentar as diferentes ordens cerimoniais que constituem o sistema de sacrifícios estabelecidos em Israel é o objetivo geral da presente lição, que tem como objetivos específicos:
Explicar o que era oferta voluntária do Holocausto.
Ressaltar o que representa a oferta de manjares.
Conceituar a oferta pacífica, a oferta pelo pecado e o Dia da Expiação.
O texto áureo permite compreender a respeito da justificação que é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado.
A justificação pode ser entendida em ser: “salvação dos pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo”.
Entretanto, sem a ressurreição de Jesus não haveria a justificação. A ressurreição foi à confirmação das palavras, das obras e da vida de Jesus.
I – A OFERTA VOLUNTÁRIA: O HOLOCAUSTO (Lv 1.1-3)
Holocausto elemento presente na adoração dos israelitas, sendo observável tal atitude no decorrer da descendência de Sem, filho de Noé. O holocausto abria as solenidades, como oferta oferecida a Deus, respeitando assim a liturgia do culto levítico redigida pelo o Senhor aos filhos de Israel.
Os objetivos do holocausto eram: tornar o homem propício a Deus e aprofundar a comunhão de Israel com o Senhor (Lv 1.9).
Já como tipologia concretizada no modelo do cumprimento das profecias no Antigo Testamento na vida de Jesus, percebe-se que a oferta foi única, realizada por um único ofertante e apenas uma única vez, sem ser necessária a repetição das oblações pelos pecados. Verdade presente de maneira rica nos seguintes versículos:
Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez [...] Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus (Hb 10.10,12).
Santificados pela oblação do corpo de Jesus, feita uma vez em um único sacrifício. Logo, conclui-se que o sacrifício de Jesus Cristo foi definitivo, isto é, não é necessário que outro sacrifício seja desenvolvido, e também foi eficaz, pois outorga a santificação definitiva, proporcionando a regeneração. Pelo sacrifício definitivo de Cristo, os crentes foram afastados de seus pecados e separados para Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 656).
Conforme João 1.14, o Verbo se fez carne, verdade que se trata da encarnação do Verbo, ou seja, Jesus se fez carne. A necessidade da encarnação do Verbo, tendo como foco a morte de Jesus na cruz, pode ser definida em:
1- A Santidade de Deus tornou-a necessária (Hc 1.13).
2- O amor de Deus tornou-a necessária (1 Jo 4.10).
3- O pecado do homem tornou-a necessária ( 1 Pe 2.25).
4- O cumprimento das Escrituras tornou-a necessária (Lc 24.25-27).
5- O propósito de Deus tornou-a necessária (At 2.23). (BANCROF, 2006, p. 143-145).
II – A OFERTA DE MANJARES (Lv 2.1-3)
A oferta pacífica era oferecida a Deus no sentido do ofertante ter comunhão com Deus, enquanto a oferta de manjares subentendia que toda a ação humana devia ser feita como para Deus. Logo, a oferta de manjares demonstrava gratidão dos israelitas a Deus. Assim como também descrevia o trabalho e o suor dos homens na atividade primária da agricultura.
A oferta de manjares permite ao cristão na prática compreender que é dependente de Deus, ensina também ao cristão a ser grato ao Senhor por toda benevolência recebida.
Por fim, a oferta de manjares direciona o olhar dos cristãos para o alimento espiritual. A oferta de manjares não poderia conter mel e nem fermento (Lv 2.11), fato que simboliza a ausência de pecado, revelando assim a impecabilidade de Jesus.
Portanto, esta oferta aponta tipologicamente para vida perfeita de Cristo Jesus, que veio do céu para alimentar a alma do pecador arrependido com o alimento espiritual da verdade (Jo 6.33-35) (CABRAL, 2019, p.124).
III – A OFERTA PACÍFICA, O SACRIFÍCIO PELO PECADO E O DIA DA EXPIAÇÃO (Lv 3.1,2;7.1,2)
As ofertas pacíficas eram apresentadas ao Senhor com louvor e declarava publicamente a bondade de Deus com ações benevolentes para com os israelitas. Em outras palavras a oferta pacífica era o reconhecimento de que Deus era o outorgador de todas as bênçãos transformadas em benefícios para com o povo.
Portanto, as ofertas pacíficas eram divididas em: ofertas de agradecimento (Lv 7.12), oferta de voto (Lv 7.16), e oferta movida ou voluntária (Lv 7.16).
Portanto, as ofertas pacíficas tinham como objetivos: [...] aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto temos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1) (ANDRADE, 2018, p.116).
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
CABRAL, Elienai. O Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
RANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.