O Sacerdócio Celestial
A verdade prática
proporciona o olhar do cristão para a seguinte conformidade teológica: Jesus foi a oferta e o ofertante. Fato que
possibilita compreender que Jesus é o Sumo Sacerdote perfeito. Descrição que é
ratificada no ponto central da presente lição que expõe a seguinte frase que é
incontestável: Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote Perfeito.
Sendo que o objetivo geral da presente lição é conscientizar de que Jesus Cristo é o
Sumo Sacerdote Perfeito; e como
objetivos específicos:
Explicar o Sacerdócio Universal da
Igreja.
Afirmar o Maior e mais Perfeito
Tabernáculo.
I – O
SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
O presente tópico pode
ser sintetizado por três passagens do capítulo 7 da Epístola aos Hebreus, que
são os versículos: 11, 12 e 16, que apresentam as seguintes palavras chaves:
perfeito, imutável e eterno. Ou seja, o sacerdócio de Cristo é superior por ser
um sacerdócio perfeito, imutável e eterno.
A
superioridade do sacerdócio de Cristo está também evidenciada pela palavra
empenhada por Deus (juramento) de que Ele é para sempre. O sistema levítico não
teve tal garantia (GONÇALVES, 2017, p.74).
A imperfeição do
sacerdócio da Antiga Aliança era nítida por ser incapaz de resolver o problema
da culpa e ao mesmo tempo por não poder perdoar conforme a exigência da
santidade divina. Já na Nova Aliança o ministério sacerdotal de Jesus é
perfeito, pois retira a culpa, justificando o indivíduo e o santifica,
tornando-o consagrado ao Senhor.
Houve mudança de
sacerdócio, pois o sacerdócio do Antigo Testamento era mutável, enquanto o
sacerdócio do Senhor Jesus Cristo é imutável e também é eterno. Uma mudança de
sacerdócio proporciona a manifestação do desequilíbrio do sistema, fato que
autenticamente conduzirá na mudança da jurisdição e da maneira em que se
desenvolve o sacrifício. O sacrifício da culpa era anual, já na Nova Aliança um
único sacrifício foi necessário, logo houve mudança da forma em que a
jurisdição era desenvolvida, assim como a alteração na concepção do sacrifício.
A Lei
tornou-se antiquada, e sua substituição tornou-se necessária porque jamais pôde
chegar ao alvo tencionado por Deus. Em Cristo, esse alvo havia sido alcançado,
e essa é a razão de nossa esperança
(GONÇALVES, 2017, p.74).
II –
O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA
A missão sacerdotal
da igreja para ser compreendida pode ser estudada em três tópicos: missão na
reconciliação do pecador; missão no sacrifício; e, missão na intercessão.
1- A missão sacerdotal da igreja: na
reconciliação do pecador. A função sacerdotal da igreja é diferente da missão
sacerdotal de Jesus Cristo. A missão da igreja tem como objetivo reconciliar o
homem pecador com Deus que é Santo. No contexto histórico o ser humano tem enveredado
por caminhos que não agrada a Deus e por isso, tem pecado e distanciado do
Senhor.
Logo, quando a igreja
exerce a sua missão evangelizadora a mesma estar exercendo a missão sacerdotal
da reconciliação proporcionando que o pecador reconcilie com Deus.
2- A missão sacerdotal da igreja: no
sacrifício. Também, é missão da igreja como sacerdócio de Jesus
Cristo oferecer os corpos como sacrifício vivo (Rm 12.1). É dever de cada
membro da igreja se alistar para exercer com eficiência o serviço cristão.
3- A missão sacerdotal da igreja: na
intercessão. É da
responsabilidade da igreja interceder por todos os homens (1 Tm 2.1,2). Porém,
o Espírito Santo conduz a igreja a orar da maneira que convém (Rm 8.26) fazendo
com que as orações sejam respondidas.
III –
O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
Quatro versículos
proporcionam melhor compreensão do presente tópico:
Mas,
vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação [...] Porque Cristo não entrou num santuário
feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer
por nós perante a face de Deus; Nem também para a si mesmo se oferecer muitas
vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; De
outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do
mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para
aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo (Hb
9.11,24-26).
O tabernáculo
celestial é perfeito por não ser feito por mãos desta criação, tornando assim
um protótipo perfeito para o tabernáculo da Antiga Aliança. [...] O santuário terrestre foi feito conforme o modelo que Moisés
recebeu no monte; todavia, ele fora confeccionado por mãos humanas. Cristo, ao
contrário, entrou no santuário celeste, do qual o terrestre era apenas uma
figura. Nesse santuário celeste, Ele oficia como Sumo Sacerdote em favor da
Igreja (Rm 8.34) (GONÇALVES, 2017, p. 94).
O sacrifício na
Antiga Aliança era anual, fato que se justifica por não ser um sacrifício
definitivo, porém o sacrifício executado pelo Senhor Jesus foi de natureza
eterna e definitiva. Não sendo mais necessária a ocorrência de outro sacrifício,
pois Cristo entrou no santuário celeste.
Referência:
GONÇALVES, José. A
supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017.
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