Deus é Fiel

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domingo, 30 de junho de 2019

Tabernáculo: De símbolo ao real valor para a vida cristã


Tabernáculo: De símbolo ao real valor para a vida cristã
Tabernáculo significa tenda, sendo esta portátil, que correspondia com a presença de Deus no meio do povo de Israel. Para os israelitas o tabernáculo teria como descrições: ser um santuário (Êx 25.8), ser o lugar de testemunho (Êx 38.21), e como descrição final um lugar de perdão.
1- Dividido em três partes
O tabernáculo possuía 45,72m de comprimento e 22,86m de largura, e era dividido em três partes: átrio (livre acesso para os israelitas, porém para adentar era necessário que dois sacerdotes acompanhassem os visitantes ao átrio), lugar Santo (livre acesso aos sacerdotes em seus serviços diário) e lugar Santíssimo (acesso apenas ao sumo sacerdote e uma única vez ao ano). Porém, a parte interna que abrangia o lugar Santo e o lugar Santíssimo possuía 13,71m de comprimento e 4,57m de largura.
a) O átrio. O acesso para o átrio era conhecido pelos os judeus por caminho. Este era o lugar de sacrifício onde havia dois objetos: o altar do holocausto e a pia.
No altar do holocausto três elementos eram presenciados constantemente: o fogo, a fumaça e o sangue. Fogo e fumaça correspondem com a ira de Deus manifestada pela corrupção humana. Enquanto, o sangue significava vida santificada.
Quando o sacerdote era consagrado lavava o corpo e depois os pés e as mãos, isto é, santificado para andar com Deus (os pés) e santificado para servir a Deus (as mãos).
b) Lugar Santo. A porta de acesso ao Santo era conhecida por verdade e era sustentada por cinco colunas conhecidas como os cincos dedos de Deus. Nesta repartição havia três objetos: o candelabro de ouro, a mesa dos pães e o altar do incenso.
c) Lugar Santíssimo. O véu que separava o lugar santo do santíssimo era chamado de vida. Havia nesta repartição apenas uma peça, a arca da aliança. Lugar que significava a presença de Deus. Sendo que dentro da arca havia três objetos: o maná, a vara de Arão e as tábuas da aliança. 
O maná era o alimento outorgado por Deus (Jeová Jiré, Deus da providência), a vara indicava a soberania de Deus e as tábuas salientavam a justiça de Deus.
Entretanto, o átrio é o lugar que representa a reconciliação, o Santo é o lugar em que desenvolve a santificação, e o Santíssimo é o lugar que representa a manifestação da glorificação com e em Cristo.
2- Construído com três substâncias
Os utensílios do tabernáculo foram feitos com matérias de origem vegetal, animal e mineral.
Os de origem vegetal eram provenientes do linho (planta herbácea da família das lináceas da qual era extraída fibras para a fabricação de tecidos), e da acácia (madeira durável e resistente ao desgaste do tempo e das ações dos insetos).
Já os de origem animal eram provenientes de texugos (que pode descrever em ser de origem de golfinhos ou focas), cabras e carneiros (Êx 35.23; 36.14-18; 26,14).
Por fim, os de origem mineral eram provenientes do ouro, prata e bronze. O ouro fala da divindade, a prata da redenção e o bronze do juízo de Deus. Segundo dados estatísticos foram necessários 1.000 quilos de ouro, 3.000 quilos de prata e 2.500 quilos de bronze para a produção do tabernáculo.
3- Foi palco de três ministérios
Os serviços no tabernáculo eram executados por três ministros diferentes: os levitas, os sacerdotes e o sumo sacerdotes. Os levitas conduziam o tabernáculo e seus utensílios na peregrinação. Os sacerdotes ministravam diariamente no átrio e no lugar Santo. Já o sumo sacerdote ministrava no Santo do Santo.
Compreende que todo sacerdote era levita, porém nem todo levita era sacerdote.
4- O tabernáculo sinaliza os três tempos
Para o povo de Israel, na Antiga Aliança, o tabernáculo transmite o tempo pretérito. Período em que os sacrifícios de animais eram necessários para aproximar a criatura do Criador.
Na Nova Aliança Cristo se fez a oferta sendo Ele próprio o ofertante para redimir a humanidade, não havendo mais necessidade de um tabernáculo físico, pois os que nascem em Cristo tornam-se uma nova criatura, tornando assim a habitação do Criador.
Porém, no futuro, o tabernáculo é bem descrito nas palavras escritas por João o Evangelista: E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus (Ap 21.3).
Por fim, o tabernáculo era o palco onde ocorria o sacrifício que na Antiga Aliança era anual, fato que se justifica por não ser um sacrifício definitivo, porém o sacrifício executado pelo Senhor Jesus foi de natureza eterna e definitiva. Não sendo mais necessária a ocorrência de outro sacrifício, pois Cristo entrou no tabernáculo celeste.

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