O Sistema de Sacrifícios
A verdade prática da
presente lição nos permite compreender que Jesus Cristo exerceu,
na cruz, o sacrifício perfeito, obtendo, por meio de seu sangue, e de uma vez
por todas, a redenção eterna para todos os que creem nEle. Sendo
que o ponto central do estudo bíblico do próximo domingo outorga como saber que
o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento é a
representação perfeita do sacrifício de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Entretanto, apresentar as
diferentes ordens cerimoniais que constituem o sistema de sacrifícios
estabelecidos em Israel é o objetivo geral da presente lição, que
tem como objetivos específicos:
Explicar o que era oferta voluntária do
Holocausto.
Ressaltar o que representa a oferta de
manjares.
Conceituar a oferta pacífica, a oferta
pelo pecado e o Dia da Expiação.
O texto áureo permite
compreender a respeito da justificação que é o elo da salvação que retira a
penalidade do pecado.
A justificação pode
ser entendida em ser: “salvação dos
pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do pecado.
Um ato da graça. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo”.
Entretanto, sem a
ressurreição de Jesus não haveria a justificação. A ressurreição foi à confirmação
das palavras, das obras e da vida de Jesus.
I – A
OFERTA VOLUNTÁRIA: O HOLOCAUSTO (Lv 1.1-3)
Holocausto elemento
presente na adoração dos israelitas, sendo observável tal atitude no decorrer
da descendência de Sem, filho de Noé. O holocausto abria as solenidades, como
oferta oferecida a Deus, respeitando assim a liturgia do culto levítico
redigida pelo o Senhor aos filhos de Israel.
Os objetivos do
holocausto eram: tornar o homem propício a Deus e aprofundar a
comunhão de Israel com o Senhor (Lv 1.9).
Já como tipologia
concretizada no modelo do cumprimento das profecias no Antigo Testamento na
vida de Jesus, percebe-se que a oferta foi única, realizada por um único
ofertante e apenas uma única vez, sem ser necessária a repetição das oblações
pelos pecados. Verdade presente de maneira rica nos seguintes versículos:
Na
qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo,
feita uma vez [...] Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício
pelos pecados, está assentado à destra de Deus (Hb 10.10,12).
Santificados
pela oblação do corpo de Jesus, feita uma vez em um único sacrifício. Logo,
conclui-se que o sacrifício de Jesus Cristo foi definitivo, isto é, não é
necessário que outro sacrifício seja desenvolvido, e também foi eficaz, pois
outorga a santificação definitiva, proporcionando a regeneração. Pelo
sacrifício definitivo de Cristo, os crentes foram afastados de seus pecados e
separados para Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 656).
Conforme João 1.14, o
Verbo se fez carne, verdade que se trata da encarnação do Verbo, ou seja, Jesus
se fez carne. A necessidade da encarnação do Verbo, tendo como foco a morte de
Jesus na cruz, pode ser definida em:
1- A
Santidade de Deus tornou-a necessária (Hc 1.13).
2- O
amor de Deus tornou-a necessária (1 Jo 4.10).
3- O
pecado do homem tornou-a necessária ( 1 Pe 2.25).
4- O
cumprimento das Escrituras tornou-a necessária (Lc 24.25-27).
5- O
propósito de Deus tornou-a necessária (At 2.23). (BANCROF,
2006, p. 143-145).
II –
A OFERTA DE MANJARES (Lv 2.1-3)
A oferta pacífica era
oferecida a Deus no sentido do ofertante ter comunhão com Deus, enquanto a oferta
de manjares subentendia que toda a ação humana devia ser feita como para Deus.
Logo, a oferta de manjares demonstrava gratidão dos israelitas a Deus. Assim como
também descrevia o trabalho e o suor dos homens na atividade primária da
agricultura.
A oferta de manjares
permite ao cristão na prática compreender que é dependente de Deus, ensina também
ao cristão a ser grato ao Senhor por toda benevolência recebida.
Por fim, a oferta de
manjares direciona o olhar dos cristãos para o alimento espiritual. A oferta de
manjares não poderia conter mel e nem fermento (Lv 2.11), fato que simboliza a
ausência de pecado, revelando assim a impecabilidade de Jesus.
Portanto,
esta oferta aponta tipologicamente para vida perfeita de Cristo Jesus, que veio
do céu para alimentar a alma do pecador arrependido com o alimento espiritual
da verdade (Jo 6.33-35) (CABRAL, 2019,
p.124).
III –
A OFERTA PACÍFICA, O SACRIFÍCIO PELO PECADO E O DIA DA EXPIAÇÃO (Lv
3.1,2;7.1,2)
As ofertas pacíficas
eram apresentadas ao Senhor com louvor e declarava publicamente a bondade de
Deus com ações benevolentes para com os israelitas. Em outras palavras a oferta
pacífica era o reconhecimento de que Deus era o outorgador de todas as bênçãos
transformadas em benefícios para com o povo.
Portanto, as ofertas
pacíficas eram divididas em: ofertas de agradecimento (Lv 7.12), oferta de voto
(Lv 7.16), e oferta movida ou voluntária (Lv 7.16).
Portanto,
as ofertas pacíficas tinham como objetivos: [...] aprofundar a comunhão entre
Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto temos vem do
Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1) (ANDRADE, 2018, p.116).
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja
em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
CABRAL, Elienai. O
Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD,
2019.
RANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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