Deus é Fiel

Deus é Fiel

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: O Primeiro Projeto de Globalismo


O Primeiro Projeto de Globalismo
A verdade prática permite compreender que o globalismo afronta os propósitos de Deus quanto ao povoamento e ao governo da Terra. Sendo que a verdade prática corrobora com o texto áureo, que assim está escrito:
Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.
Radmacher, Allen e House assim prescrevem sobre Gênesis 11.9:
Há um trocadilho com o nome Babel que nenhuma pessoa que soubesse os idiomas antigos ignoraria. Isso porque o termo vem de uma raiz primitiva [badal] que significa confundir. Em hebraico, a palavra badal soa similar ao nome da cidade, babel. A principal cidade do antigo paganismo (a Babilônia) é meramente um lugar de confusão, porque ali o Senhor confundiu as línguas. Assim, Babel e Babilônia servem como um símbolo na Bíblia para atividades direcionadas contra Deus pelas nações do mundo (Ap 17) – (2010, p.35,36).
A presente lição tem como objetivo geral:
Evidenciar que o globalismo afronta os propósitos de Deus no mundo.
E como objetivos específicos:
Apresentar a segunda civilização humana a partir de Noé.
Explicar o globalismo de Babel.
Expor a intervenção de Deus em Babel.
I – A SEGUNDA CIVILIZAÇÃO HUMANA
Deus faz aliança com Noé em não destruir a Terra por causa do homem e nem mesmo utilizar o dilúvio para reiniciar a civilização humana (Gn 8.21,22;9.11).
[...] A terrível devastação da terra causada pelo Dilúvio nunca mais se repetiria. Isto era uma boa notícia; a má era que Deus sabia que a condição do ser humano não havia mudado: a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice. Esta foi o mesmo motivo que no passado levou Deus a enviar o Dilúvio (Gn 6.5). Contudo, Deus agora promete que este juízo esmagador não se repetiria; não até o julgamento final (2 Pe 2.5). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 30).
Os descendentes de Sete foram induzidos pelos descendentes de Caim a pecarem contra Deus, assim também ocorreu com os descendentes de Sem e Jafé que foram influenciados pelos descendentes de Canaã.
Cam por ser irreverente a seu pai proporcionou sofrimento aos seus descendentes que no contexto histórico Bíblico tornaram-se inimigos do povo eleito.
O mandamento cultural no que corresponde a multiplicação foi cumprido, porém, já a parte que se tratava do encher a terra, não foi atendido pelos descendentes de Noé. Apesar de sua prodigiosa multiplicação, os filhos de Noé ignoraram a ordem divina quanto à povoação da Terra (Gn 9.7). Ao invés de se espalharem, aglomeraram-se perigosa e irresponsavelmente num só lugar (ANDRADE, 2019, p.113).
II – O GLOBALISMO DE BABEL
A ideia de uma sociedade global esta presente em toda narrativa histórica da humanidade, porém para os estudiosos da história Bíblica a origem da ideia da globalização não como unidade, mas como unificação vem desde os dias de Ninrode, neto de Cam, um dos filhos de Noé, que conduziu a sua geração a desprezar a Deus com o propósito da criação de uma torre.
Sobre Ninrode escreveu Josefo:
Ao mesmo tempo valente e corajoso, persuadiu-os de que deviam unicamente ao seu próprio valor, e não a Deus, toda a sua boa fortuna. E, como aspirava ao governo e queria que o escolhessem como chefe, abandonando a Deus, ofereceu-se para protegê-los contra Ele (caso Deus ameaçasse a terra com outro dilúvio), construindo uma torre para esse fim, tão alta que não somente as águas não poderiam chegar-lhe ao cimo como ainda ele vingaria a morte de seus antepassados (2015, p.84).
III – A INTERVENÇÃO DE DEUS EM BABEL
Ninrode tinha como objetivo governar de maneira unificada os homens. Desejo que não era por Deus aprovado, logo, o Senhor interferiu na construção da torre de Babel com a confusão das línguas. Com a confusão das línguas, cada grupo passou a se organizar conforme a nova realidade linguística, fato que diretamente os forçaram a se espalharem pela terra. Que era o propósito inicial de Deus para com os homens.
Portanto, a intervenção de Deus nos fatos históricos no que corresponde ao período em apreço se dá também na chamada de Deus a Abraão, descendente de Sem.
Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gn 12.1-3).
De Sem, Abraão, Davi e outros tantos, o propósito final de Deus era a encarnação do Verbo, cujo objetivo é a salvação da humanidade.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa. A Raça Humana: Origem, queda e redenção Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus de Abraão à queda de Jerusalém. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O nascimento de Jesus


O nascimento de Jesus
Texto: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade (Jo 1.14).
O Verbo se fez carne. O próprio Deus se fez carne e habitou entre nós. O nascimento de Jesus descreve um dos principais ensinos Bíblicos, a encarnação do Verbo. Doutrina que descreve a narrativa da vida terrena inicial da segunda pessoa da trindade, ou seja, o nascimento de Jesus. O nascimento de Jesus proporcionou adoração dos anjos, adoração dos pastores, dádivas dos reis magos e a perseguição por parte de Herodes.
A adoração dos Anjos (Lc 2.9-14)
Os anjos são teologicamente conhecidos como filhos de Deus por criação (Sl 148.5). Conforme o texto Bíblico os anjos se encontram divididos em categorias, são elas: arcanjo, querubins, vigias e serafins.
Anteriormente à aparição de uma multidão dos exércitos celestiais louvando a Deus, um anjo especificamente propagou a seguinte informação: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lc 2.10,11).
Já na efetivação da adoração dos anjos percebem-se dois paralelos: a glória de Deus pelos grandes feitos, e paz na terra pela compaixão de Deus para com os homens. Portanto, a adoração dos anjos no momento do nascimento de Jesus se dá por meio da propagação da Palavra, as Boas Novas; e pelo cântico, que foi entoados com as seguintes palavras: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens (v.14).
Adoração dos pastores (Lc 2.20)
A adoração dos pastores se desenvolveu por tudo que eles ouviram e viram. O que os pastores ouviram da parte do mensageiro eles visualizaram.
Adoração dos cristãos deverá desenvolver-se na mesma ótica dos pastores. Adorar pelo que tem ouvido da parte do Senhor, assim como de tudo que tem contemplado da parte de Deus. Possivelmente os pastores ao voltarem cheios de alegria propagaram tudo o que tinham ouvido e visto.
Sendo assim por meio da pregação os cristãos adoram a Deus e por meio da glorificação e adoração os cristãos tornam-se pregadores das Boas Novas em Cristo Jesus.
Os presentes dos reis magos (Mt 2.1.12)
Eram sacerdotes respeitados na Média e na Pérsia, que se ocupavam com ciências naturais, a medicina, astronomia e o culto divino. Os magos foram guiados pela estrela que conforme as tradições os magos basearam no versículo encontrado em Números 24.17:
 Vê-lo-ei, mas não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel, que ferirá os termos dos moabitas, e destruirá todos os filhos de Sete.
Os magos em sua visita a Jesus outorgaram-lhe: ouro, incenso e mirra (Mt 2.11).
O ouro simboliza a realeza de Jesus Cristo. O incenso simboliza o ministério sacerdotal de Cristo. Enquanto, a mirra, erva amarga utilizada na preparação dos mortos, representa a dolorosa morte que Jesus sofreria para salvar todo aquele que nEle crê. Lembrando que a realeza do Messias é notável por dois motivos: primeiro, era Ele descendente de Davi e segundo Ele é apresentado com os seguintes títulos: Salvador, Cristo e Senhor.
Os três presentes podem também significar: o ouro, a realeza de Jesus; o incenso, a divindade do Messias; e, a mirra a humanidade do Cristo.
Perseguição de Herodes (Mt 2.13-18)
Herodes ficou perturbado por escutar dos magos a seguinte interrogação: Onde que eles encontrariam o rei dos judeus? (Mt 2.2). O nascimento de Jesus perturbou o rei que estava em exercício no período sobre a Judeia.
Não agrando da notificação Herodes tentou executar um plano, pedindo aos magos que ao encontrar o menino retornasse até ele para que assim também o rei fosse e adorasse o novo rei dos judeus.
Ao percebeu que foi enganado, Herodes ordenou que todas as crianças de dois anos para baixo fossem mortas. O que para alguns estudiosos a degolação das crianças no que corresponde ao número, tenha alcançado entre quinze ou vinte crianças.
Por fim, o nascimento de Jesus proporcionou adoração (da parte dos anjos), motivou a propagação das Boas Novas (pelos pastores), despertou a entrega de presentes (dos reis magos) e revelou atos de crueldade da parte daquele que amava o poder e desconhecia o dono do poder (Herodes).

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: O Início da Civilização Humana


O Início da Civilização Humana
A verdade prática permite compreender que uma das missões do ser humano é povoar a Terra, dominar os segredos da criação divina e fundar uma sociedade que venha a glorificar o nome de Deus. A verdade prática é corrobora pelo texto áureo, que assim está escrito:

E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque.
O presente texto Bíblico outorga as seguintes conclusões:
ü  O termo conheceu corresponde que Caim e sua esposa “mantiveram relação sexual,” o mesmo sentido é utilizado em Mateus 1.25, referente a José e Maria.
ü  Uma cidade foi edificada por Caim, fato que evidencia o desenvolvimento das civilizações humana.
Portanto, o objetivo geral da presente lição é:
Esclarecer que Deus intervém na civilização humana.
E os objetivos específicos são:
Conceituar a origem da civilização humana.
Correlacionar civilização e conflito.
Demonstrar o Deus que intervém na civilização.
I – A ORIGEM DA CIVILIZAÇÃO HUMANA
A civilização humana se encontra em estado de impiedade, pois para Andrade a civilização é ímpia, porque o homem sem Deus é essencial e cronicamente ímpio. Isso significa que, se toda a humanidade abandonar a impiedade, poderemos ter uma civilização justa, equânime e piedosa (2019, p.92).
Porém, civilização é a soma das realizações espirituais, morais, sociais, materiais e econômicas, que tornam a vida humana possível num determinado lugar (ANDRADE, 2019, p.98).
O presente tópico destaca dois atos que favorece o desenvolvimento da civilização assim como da manutenção: o casamento e o trabalho.
O casamento estabelecido por Deus na Bíblia Sagrada é monogâmico e heterossexual, pois deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se-á com sua mulher e se tornarão uma única carne. O homem casa-se com uma, monogâmico; uma mulher, heterossexual. O casamento para o ser humano quando bíblico tem base espiritual, moral e emocional.
Já no que se corresponde ao trabalho, percebe-se que o trabalho foi estabelecido anteriormente ao pecado, porém após o pecado o trabalho tornou-se doloroso. Mas, continua sendo o meio para que as civilizações encontrem a subsistência.
II – CIVILIZAÇÃO E CONFLITO
Nos últimos anos a humanidade tem presenciado os maiores avanços na área tecnológica. O capitalismo se notabilizou na sua quarta etapa, assim chamada de capitalismo técnico-científico-informacional. E as atuais gerações estão movidas para e pela geração Z.
A dita geração Z pode ser entendida como a continuação da geração Y, nascidos em plena era da globalização, informação e virtualização, apenas potencializam as características e marcas comportamentais de seus antecessores. A rapidez em suas ações, expectativas e necessidades, acompanham a velocidade em que obtêm as informações na WEB (GIOVELLI, p.301).
Nos séculos XX e XXI percebem-se as seguintes gerações: belle époque (1920-1940), baby boomers (1945-1964), X (1965-1984), Y (1984-2000) e Z (após 2000).
A geração Belle Époque ou tradicional foi marcada com o desenvolvimento industrial e pela urbanização. A geração baby boomers foi marcada pela disciplina, honra, respeito e organização. Já a geração X é marcada pela influência da TV, pois as brincadeiras deixaram de ser o único entretenimento das crianças. A Y é a geração marcada pela grande influência da tecnologia, pois nesta geração vem o advento do videogame e a internet possibilitou que esta geração desenvolvesse todo o potencial.
Conforme o tópico em análise os meios digitais proporcionam para os que são dominados pela mídia, na sua ação mais obscura, a cometerem pecados terríveis. Porém, maior problema está relacionado aos conflitos que são desenvolvidos e propagados por meio da tecnologia.
III – O DEUS QUE INTERVÉM NA CIVILIZAÇÃO
Jesus em seu ministério terreno é a intervenção divina em outorgar esperança e salvação para a humanidade.
O vocábulo esperança é usado de duas maneiras diferentes. No primeiro caso significa grande coragem, aquela que permanece firme a despeito de todas as tentações. No segundo caso, indica a salvação infinita que a esperança obterá; no presente versículo (Rm 8.24) podem estar em foco ambos os aspectos (LUTERO apud CHAMPLIN).
Para Lutero a esperança outorgava coragem para enfrentar as tribulações do dia a dia e proporcionava firmeza mediante toda desordem. Assim também como outorgava a certeza da salvação mediante a continuação sincera diante de Cristo.
O cristão pode se alegrar diante da esperança futura (Rm 5.2), isto é, a glória que o cristão desfrutará ao lado do Criador. Este orgulhar demonstra total segurança, porque Deus depositou no coração de cada cristão o Espírito Santo (Rm 5.5). Quem tem o Espírito Santo tem a salvação.
A esperança não traz confusão, logo os servos de Cristo não serão envergonhados ou humilhados por causa da esperança, pois ela cumprirá (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.373).
Portanto, a esperança é a certeza que em meio às crises o cristão é mais do que vencedor. Logo, se Cristo é a única esperança todo cristão tem a certeza que é vencedor.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa. A Raça Humana: Origem, queda e redenção Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.
Giovelli, Graziellu Rita Marques. Manual de gestão de pessoas e RH. São Paulo: DCL, 2012.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Jesus presente no Antigo Testamento

Jesus presente no Antigo Testamento
Texto: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? (Sl 22.1).
A Bíblia Sagrada possui duas divisões: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo Testamento pode ser resumido com a seguinte palavra: preparação. Preparação para com a manifestação do Messias. As profecias proferidas na Velha Aliança que cumpriram nos dias de Jesus descrevem que há unidade entres os dois Testamentos, assim como ratifica a utilidade da mensagem do Antigo Testamento para com a Igreja de Cristo Jesus.
Porém, de todas as profecias que merecem análise cuidadosa da Igreja nos dias hodiernos, correspondem com as que foram proferidas a respeito do Messias. Estes são vaticínios referentes aos nomes de Cristo, assim como do nascimento, vida, morte e ressurreição.
Profecia referente aos nomes de Cristo
Tomando como referência Isaías 9.6 os nomes do Messias seriam: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.
1- Maravilhoso e Conselheiro. Para alguns estudiosos a descrição se completa em Maravilhoso Conselheiro, tornando assim em um único título que descreve ser o Messias maravilhoso conselheiro divino em Reinar com dons espirituais e com justiça (Is 11.1-5).
2- Deus Forte. Nome que descreve ser o Messias um Guerreiro poderoso. Ele é Deus e é Forte. Associando o Messias em ser guerreiro e forte, permite compreender a obra da cruz em que Jesus triunfou sobre Satanás, a morte, o pecado e a Lei.
3- Pai da Eternidade. Ser Pai corresponde nos atos de proteger e prover. Sendo Jesus o Pai da Eternidade identifica-o como provedor e protetor eterno do seu povo. Teologicamente o termo Pai aqui corresponde com a autenticidade da doutrina da Trindade em ser o Pai e o Filho um (Jo 10.30).
4- Príncipe da Paz. Príncipe corresponde em ser descendente do rei que de fato tem o direito de reinar sobre um reino. Logo, chamar Jesus de Príncipe é teologicamente ratificar a doutrina da Trindade em ser o Pai e o Filho distintos (Jo 1.1).
Profecia referente ao nascimento do Messias
A respeito do nascimento de Cristo duas coisas chamam a atenção: o formato da concepção e o local do nascimento.
1- A concepção de Jesus. Mateus escreveu que José não conheceu Maria até que ela deu a luz o seu primogênito (Mt 1.25). Logo, como foi então a concepção de Jesus? Obra do Espírito Santo (Mt 1.18). E dois textos do Antigo Testamento permite compreender esta verdade:
Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar (Gn 3.15). Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel (Is 7.14).
Os dois textos segundo estudiosos israelitas descrevem que uma mulher daria a luz a um filho sem a junção sexual com um homem, ou seja, concepção por meio da ação divina.
2- Local do Nascimento. Linda é a profecia proferida pelo profeta Miqueias que descreveu o local onde nasceria o Messias: mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos (Mq 5.2). Profecia escrita entre os séculos VIII e VII a.C.
Profecia referente com a vida do Messias
A vida de Jesus foi marcada no servir ao Pai, assim como está escrito em Isaias 61.1: O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos.
Jesus foi ungido para executar a obra do Pai. Ser ungido corresponde em ser consagrado para o uso de Deus. E assim foram os dias de Jesus aqui na Terra proclamar as boas novas aos mansos e cativos, restaurar os contritos e libertar os cativos das prisões, exclusivamente os cativos do pecado.
Profecia referente com a morte do Messias
Davi e Isaias são os dois personagens do Antigo Testamento que claramente descrevem por meio de profecias a respeito da morte do Messias.
1- Davi e o Salmo 22. O Salmo 22 foi escrito 600 anos antes da invenção do modelo de extermínio por meio da crucificação. Sendo que Davi escreveu o Salmo cerca de mil anos antes o nascimento do Messias. O Salmo 22 apresenta vinte e três detalhes proféticos, dentre eles se destacam cinco:
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Sl 22.1; Mt 27.46).
Todos os que me veem zombam de mim (Sl 22.7; Mt 27.41-43).
Transpassaram-me as mãos e os pés (Sl 22.16; Jo 20.25).
Poderia contar todos os meus ossos (Sl 22.17).
Repartem entre si as minhas vestes e lançaram sortes sobre a minha túnica (Sl 22.18; Jo 19.23,24).
2- Isaías 53. O capítulo em si descreve e destaca importantes pontos da vida de Jesus, principalmente na reta final em que Ele é apresentado como cordeiro, e como um cordeiro não abriu a sua boca e foi levado ao matadouro (v.7), assim como foi cortado da terra dos viventes (v.8).
Por fim, a ressurreição de Jesus também foi proferida: Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão (Is 53.10), depois da expiação o Messias veria a sua posteridade e teria os dias prolongados, termos que deixa intrinsicamente clara a mensagem da ressurreição do Messias.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A Queda do Ser Humano

A Queda do Ser Humano
A verdade prática permite compreender que ao pecar contra Deus, o homem perdeu o completo domínio sobre a criação e tornou-se vulnerável à morte; em Cristo, porém temos o Reino e a vida eterna. Verdade prática que corrobora com o texto áureo, que assim está escrito:
Pelo que como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.
O presente texto Bíblico permite compreender as seguintes verdades:
ü  Por causa da desobediência de Adão o pecado entrou no mundo.
ü  O pecado original teve como uma das consequências à morte.
ü  O fim da vida com a consumação da morte ensina que o pecado original tornou todos os homens pecadores.
Portanto, o objetivo geral da presente lição é:
Conscientizar acerca da gravidade da queda do ser humano.
E os objetivos específicos são:
Relacionar o livre-arbítrio com a soberania divina.
Apresentar a Queda como um evento histórico e literal.
Pontuar as consequências da queda de Adão.
I – O LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO
Para Andrade o livre-arbítrio corresponde com o instituto que nos faculta escolher entre o bem e o mal. Do uso que fazemos deste instrumento, prestaremos contas ao Supremo Juiz no último dia. Sem o livre-arbítrio, o homem jamais poderia firmar-se como criatura racional e moralmente livre (1997, p.174).
 Logo, sem o livre-arbítrio o ser humano não seria autônomo e nem consciente da sua própria existência. Entretanto, o livre-arbítrio do homem não elimina a soberania divina, pois, Deus está no controle de todas as coisas. Logo, as decisões de cada indivíduo são definidas pelo Senhor. Por isso, Salomão escreve: do homem são as preparações do coração, mas do Senhor, a resposta da boca (Pv 16.1).
Deus governa a humanidade e a cada ser que na Terra habita, sendo assim, todas as coisas acontecem mediante os decretos de Deus.
A vida do ser humano está nas mãos de Deus. O que poderá ocorre dentre alguns minutos só Ele sabe, porém a certeza que todo cristão deverá ter é a de que Deus não é limitado pelo tempo, pois Ele é eterno, e sendo eterno Ele outorga a todos os que aceitarem a Ele como Salvador, o direito da vida eterna, isto é, a possibilidade de viver eternamente ao lado do Senhor.
II – A QUEDA, UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL
Adão representava perante Deus toda a humanidade. A aliança de Deus com Adão tinha uma promessa (vida eterna), uma condição (obediência) e uma pena (a morte). Para a obtenção da promessa de viver eternamente, Adão não poderia desobedecer a Palavra divina de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Adão desobedeceu, logo sofreu como pena a morte.
A desobediência de Adão descreve a queda da humanidade. Queda que teve como iniciação a tentação que foi motivada pela concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida.
A concupiscência dos olhos é descrita pelo ato de olhar para o objeto proibido, enquanto a concupiscência da carne é descrita pelo desejo de possuir, isto é, tomar posse, e por fim, a soberba da vida se resume no sentimento do indivíduo de ser igual a Deus, tendo o conhecimento do bem e do mal.
III – AS CONSEQUENCIAS DA QUEDA DE ADÃO
Uma análise De Gênesis 3 permite compreender que as consequências do pecado foram:
A primeira consequência foi de ordem espiritual, pois Adão juntamente com Eva ao ouvirem a voz de Deus esconderam da presença do Senhor (Gn 3.8).
Já a segunda de ordem física foi direcionada a serpente que se tornou maldita mais do que todos os animais do campo, andaria sobre o ventre e do pó da terra sobreviveria (Gn 3.14).
A terceira, também de ordem física, a mulher passaria a sofre dores no parto e sofreria a partir de então o domínio do marido (Gn 3.16).
A quarta consequência está direcionada com a maldição da terra, com o surgimento de espinhos e cardos (Gn 3.17,18).
A quinta de ordem também física, a dor para conseguir o pão (Gn 3.19).
E a última é definida como a pena que se consuma com o fim da vida na terra, a morte (Gn 3.19). [...] Se Adão e Eva não tivessem pecado, estariam eles conosco até hoje. A morte é a mais triste consequência do pecado (Rm 6.23). Todavia, a pior morte que alguém pode experimentar é a separação eterna de Deus; a segunda morte (Ap 2.11;20.6). Quando a nós, os que já recebemos Jesus Cristo como o nosso Senhor e Salvador, a morte não terá efeito sobre nós, porque Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25) – (ANDRADE, 2019, p.91).
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. A Raça Humana: Origem, queda e redenção Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Põe em ordem a tua casa para que vivas

Põe em ordem a tua casa para que vivas
Texto: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás (Is 38.1b).
O texto em apreço descreve a situação: de um monarca, de um reino e de um trono. E tem como personagens, o profeta Isaías e o rei Ezequias. O profeta foi enviado por Deus ao rei para entregar a seguinte mensagem: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás. A enfermidade de Ezequias era mortal e a casa do rei deveria encontrar a ordem necessária, pois ele (o rei) iria morrer.
Aplicando o texto para com a realidade das famílias na modernidade pode compreender que se não há ordem à morte reina nos lares. Sendo esta morte a ausência da paz, de harmonia e até mesmo a ausência da moralidade. Porém, quando há ordem a vida se notabiliza nas famílias, pois a alegria torna-se real, a unidade e principalmente os princípios éticos. Em suma, é necessário compreende que a desordem proporciona a morte, enquanto a ordem produz vida.
Lar em desordem produz a morte
Em Gênesis torna-se notório o exemplo de duas famílias em que a desordem proporciona a morte. A família de Caim e a família de Ló.
Lameque descendente de Caim é o primeiro polígamo da narrativa histórica, casou-se com Ada e Zilá e dentre os filhos ele teve Naamá que é considerada a primeira prostituta da história. Poligamia, prostituição e violência descreve a desordem presente na descendência de Caim (Gn 4.19-24).
A desobediência e a corrupção são visíveis na família de Ló. Deus ordenou a família do sobrinho de Abraão que ao sair de Sodoma não olhasse para trás. Porém, a esposa de Ló desobedeceu a ordenança Divina e se transformou em uma estátua de sal (Gn 19.26). E para piorar a situação, as duas filhas de Ló, o embriagou e mantiveram relações sexuais com ele (Gn 19.33-38), fato que corrobora com a afirmação: a desordem proporciona a morte moral.
Portanto, a desordem presente nos lares poderá ser notável pelas seguintes ações negativas: desobediência, corrupção, poligamia, prostituição e violência. Ações que revelam e produz a morte espiritual, física e moral.
Lar em ordem tem vida
A presença de Deus na família produz vida. E Deus age onde há ordem. Verdade que é corroborada na criação de todas as coisas e no agir de Deus quanto o profeta Elias desafiou os profetas de Baal.
1- Lições para as famílias no que corresponde à presença da ordem na criação (Gn 1). Deus criou todas as coisas em seis dias e no sétimo dia Ele descansou. Na criação Deus outorga aos lares lições para que a convivência em ordem possibilite vida abundante na presença do Senhor.
No primeiro dia da criação Deus fez a luz. A luz é essencial para a existência da vida. Sendo assim, o lar que anda na luz, tem vida em Cristo Jesus.
No segundo dia Deus fez separação entre as expansões das águas, fazendo assim o firmamento. Logo, o lar em ordem separa das coisas más deste mundo para se aproximar de Deus e desfrutar do agir poderoso do Senhor.
O terceiro dia foi marcado pelo surgimento das ervas e das árvores. Fenômeno da criação em que Deus adorna a criação. Lar adornado descreve e possibilita a ordem.
Já no quarto dia Deus faz os luminares. Lar em que há luz as trevas não opera.
Do primeiro ao quarto dia da criação Deus põe em ordem a criação, já nos dias seguintes Deus outorga vida à criação. Pois, no quinto dia os répteis, aves e demais grupos de animais são criados, e no dia seguinte Deus continua a criação dos seres vivos, porém o sexto dia é marcado com a criação da obra prima, o ser humano. Lar em que a ordem está presente Deus ordena a vida.
Andar na luz, viver separado do mundo, ser adornado pelo Espírito Santo e ser a luz, são algumas das descrições que descrevem a presença de Deus na vida daquele que vive em conformidade com a vontade do Senhor.
2- Deus opera onde há ordem (1 Rs 18.30-38). A nação de Israel estava entregue à idolatria com a adoração ao deus Baal. Porém, Elias desafiou os profetas de Baal a irem para o monte Carmelo e clamarem, sendo que aquele que respondesse seria Deus, se Baal ou o Senhor de Israel. Os profetas de Baal clamaram toda a manhã e nada aconteceu, mas quando chegou o momento de Elias, ele clamou e Deus respondeu, porém a primeira coisa que Elias fez antes de clamar foi reparar o altar.
As famílias precisam reparar o altar, ordenando as ações e atitudes conforme os desígnios de Deus. Altar ordenado nos lares se caracteriza em famílias que desfrutam do melhor de Deus.

Por fim, lares em que não há ordem são identificados pela poligamia, violência, prostituição, desobediência e corrupção. Já os lares em que a ordem é visível a vida torna-se abundante pela presença do Senhor.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A Sexualidade Humana


A Sexualidade Humana
A verdade prática permite compreender que a sexualidade humana tem por objetivo a união do homem e da mulher, no casamento, a reprodução da espécie e a glorificação do Deus Criador.
Sendo que a verdade prática corrobora para com o texto áureo que assim está escrito:
Ele, porém, respondendo, disse-lhe: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?
Texto Bíblico que permite compreender as seguintes verdades:
Deus criou macho e fêmea.
Deus instituiu a família unindo o homem à mulher, tornando assim ambos em uma única carne.
Portanto o objetivo geral da lição é:
Mostrar que o sexo foi criado por Deus para ser desfrutado dentro do matrimônio.
E os objetivos específicos são:
Conceituar a palavra sexo e enfatizar que Deus criou apenas dois sexos.
Elencar os objetivos da sexualidade humana.
Apontar as distorções da sexualidade.
I – DEUS CRIOU APENAS DOIS SEXOS
O termo sexo no que corresponde a definição física tem como significado a particularidade que difere macho de fêmea, e fêmea de macho. Já no que corresponde ao ato sexual compreende-se que o sexo é uma ação reprodutiva em que há a união dos dois sexos.
 [...] Desse modo, a completa satisfação sexual envolve emoções, sentimentos, carícias e prazer para ambos os cônjuges. De acordo com as Escrituras, o romance e o dom da sexualidade devem ser usados para o prazer mútuo dentro do contexto do casamento monogâmico e heterossexual (BAPTISTA, p. 95).
II – OBJETIVO DA SEXUALIDADE HUMANA
O sexo em si não é pecado se o mesmo for realizado no casamento. Porém, antes ou fora do casamento o sexo deixa de ser uma bênção e passa a ser uma maldição. Como bênção o sexo proporciona maior harmonia entre os cônjuges e é o meio pelo qual Deus em sua bondade outorga a possibilidade da vida se perpetuar, ou seja, por meio do sexo há a procriação, porém o sexo tem finalidades além da procriação, como exemplo: o desfrutar da vida matrimonial.
O desfrutar da vida matrimonial por meio do sexo outorga ao homem:
Satisfação física e emocional;
Satisfação do senso de masculinidade;
Proporciona o aumenta do amor para com a esposa.
E proporciona a redução das tenções no lar.
Já para a mulher o desfrutar da vida matrimonial por meio do sexo outorga:
Satisfação física e mental;
Satisfação do senso de feminilidade;
Assegura o amor do esposo;
Proporciona relaxamento para o sistema nervoso.
Por fim, o presente tópico permite a compreensão de que Deus é glorificado quando o sexo é desenvolvido mediante os padrões da Bíblia Sagrada.
III – DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE
O presente tópico apresenta quatro distorções no que se refere à sexualidade conforme a Bíblia Sagrada, que são: o adultério, a fornicação, a homossexualidade e a ideologia de gênero.
Sobre o adultério percebe-se que em algumas versões bíblicas o termo utilizado é prostituição (pornéia), isto é, imoralidade sexual. Para muitos eruditos a prática do adultério corresponde com a traição entre casais e, de fato adultério tem como significado dormir em cama estranha.
Já a relação sexual entre jovens sem haver a venda do corpo e sem está relacionada com a traição de um dos cônjuges é definida pelo termo fornicação.
No que se refere a ideologia de gênero percebe-se que esta corresponde com a propagação das ideias centrais da ausência de sexo, composta por ativistas que justificam seus preceitos dizendo que o indivíduo nasce neutro, pois o ser masculino e feminino são construções culturais impostas pela sociedade no decorrer da história.
A bandeira dos ativistas da ideologia de gênero é justificada pela presença dos problemas sociais, ou seja, instruindo a sociedade sobre as questões de gênero, para eles, a sociedade estará resolvendo problemas históricos, porém os seres humanos poderão e deverão viver sem preconceito, mas não podemos impor a uma criança uma fantasia de sexo “plural” como forma de felicidade, pois estaremos mudando a natureza das coisas, o curso da história, e veremos em um futuro bem próximo o retorno como problemas sociais gerados pelas relações conflitantes que se desenvolveram. O ser humano não é tecnologia, portanto não pode ser tratado com ela, e sim com amor e direitos (LOBO, p.18).
Por fim, percebe-se que a ideologia marxista por meio do seu idealizador e seguidores tem como objetivo por meio da ideologia de gênero destruir o modelo de família monogâmico, patriarcal e heterossexual.
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
LOBO, Marisa. Família em perigo, o que todos devem saber sobre a ideologia de gênero. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.