O Primeiro
Projeto de Globalismo
A verdade prática permite compreender que o globalismo afronta os propósitos de Deus quanto ao
povoamento e ao governo da Terra. Sendo que a verdade prática
corrobora com o texto áureo, que assim está escrito:
Por isso, se chamou o seu nome
Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra e dali os espalhou
o Senhor sobre a face de toda a terra.
Radmacher, Allen e House assim prescrevem sobre
Gênesis 11.9:
Há um trocadilho com o
nome Babel que nenhuma pessoa que soubesse os idiomas antigos ignoraria. Isso porque
o termo vem de uma raiz primitiva [badal] que significa confundir. Em hebraico,
a palavra badal soa similar ao nome da cidade, babel. A principal cidade do
antigo paganismo (a Babilônia) é meramente um lugar de confusão, porque ali o
Senhor confundiu as línguas. Assim, Babel e Babilônia servem como um símbolo na
Bíblia para atividades direcionadas contra Deus pelas nações do mundo (Ap 17) –
(2010, p.35,36).
A presente lição tem como objetivo geral:
Evidenciar que o
globalismo afronta os propósitos de Deus no mundo.
E como objetivos específicos:
Apresentar a segunda
civilização humana a partir de Noé.
Explicar o globalismo de
Babel.
Expor a intervenção de
Deus em Babel.
I – A
SEGUNDA CIVILIZAÇÃO HUMANA
Deus faz aliança com Noé em não destruir a
Terra por causa do homem e nem mesmo utilizar o dilúvio para reiniciar a civilização
humana (Gn 8.21,22;9.11).
[...] A terrível
devastação da terra causada pelo Dilúvio nunca mais se repetiria. Isto era uma
boa notícia; a má era que Deus sabia que a condição do ser humano não havia
mudado: a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice. Esta foi o
mesmo motivo que no passado levou Deus a enviar o Dilúvio (Gn 6.5). Contudo,
Deus agora promete que este juízo esmagador não se repetiria; não até o julgamento
final (2 Pe 2.5). (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, 2013, p. 30).
Os descendentes de Sete foram induzidos pelos
descendentes de Caim a pecarem contra Deus, assim também ocorreu com os
descendentes de Sem e Jafé que foram influenciados pelos descendentes de Canaã.
Cam por ser irreverente a seu pai
proporcionou sofrimento aos seus descendentes que no contexto histórico Bíblico
tornaram-se inimigos do povo eleito.
O mandamento cultural no que corresponde a
multiplicação foi cumprido, porém, já a parte que se tratava do encher a terra,
não foi atendido pelos descendentes de Noé. Apesar
de sua prodigiosa multiplicação, os filhos de Noé ignoraram a ordem divina
quanto à povoação da Terra (Gn 9.7). Ao invés de se espalharem, aglomeraram-se
perigosa e irresponsavelmente num só lugar (ANDRADE, 2019, p.113).
II – O GLOBALISMO DE BABEL
A ideia de uma sociedade global esta presente
em toda narrativa histórica da humanidade, porém para os estudiosos da história
Bíblica a origem da ideia da globalização não como unidade, mas como unificação
vem desde os dias de Ninrode, neto de Cam, um dos filhos de Noé, que conduziu a
sua geração a desprezar a Deus com o propósito da criação de uma torre.
Sobre Ninrode escreveu Josefo:
Ao mesmo tempo valente e
corajoso, persuadiu-os de que deviam unicamente ao seu próprio valor, e não a
Deus, toda a sua boa fortuna. E, como aspirava ao governo e queria que o
escolhessem como chefe, abandonando a Deus, ofereceu-se para protegê-los contra
Ele (caso Deus ameaçasse a terra com outro dilúvio), construindo uma torre para
esse fim, tão alta que não somente as águas não poderiam chegar-lhe ao cimo
como ainda ele vingaria a morte de seus antepassados (2015, p.84).
III – A INTERVENÇÃO DE DEUS
EM BABEL
Ninrode tinha como objetivo governar de
maneira unificada os homens. Desejo que não era por Deus aprovado, logo, o
Senhor interferiu na construção da torre de Babel com a confusão das línguas. Com
a confusão das línguas, cada grupo passou a se organizar conforme a nova
realidade linguística, fato que diretamente os forçaram a se espalharem pela
terra. Que era o propósito inicial de Deus para com os homens.
Portanto, a intervenção de Deus nos fatos
históricos no que corresponde ao período em apreço se dá também na chamada de
Deus a Abraão, descendente de Sem.
Ora, o Senhor disse a Abrão:
Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que
eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e
engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra (Gn 12.1-3).
De Sem, Abraão, Davi e outros tantos, o
propósito final de Deus era a encarnação do Verbo, cujo objetivo é a salvação
da humanidade.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl
D. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE,
Claudionor Corrêa. A Raça Humana:
Origem, queda e redenção Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
JOSEFO,
Flávio. História dos Hebreus de Abraão à
queda de Jerusalém. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.