A
Morte de Jesus
Texto: E, clamando Jesus com grande voz, disse:
Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou (Lc
23.46).
Com Bergstén compreende que a morte de Jesus
é o principal tema das Escrituras, pois Ele foi aceito pelo Pai como o
representante de toda a humanidade, sendo o substituto perfeito, Jesus tomou
sobre si os pecados de todos os homens, para livrar a criatura do pecado e
reconciliar os homens com Deus (2019).
As frases ditas por Jesus na
cruz
Na cruz o Senhor Jesus expressou sete frases:
1ª Frase: Pai
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23.34).
2ª Frase: Em
verdade te digo, que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43).
3ª Frase: Mulher
eis aí teu filho ... eis aí a sua mãe (Jo 19.26,27).
4ª Frase: Deus
meu, Deus meu, porque me desamparaste (Mt 27.46).
5ª Frase: tenho
sede ( Jo 19.28).
6ª Frase: estás
consumado ( Jo 19.30).
7ª Frase: pai
nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lc 23.46). Sendo que esta última
frase expressa confiança no Pai, pois assim ele expressou: em tuas mãos entrego
o meu espírito.
Prisão, acontecimento que
antecede a morte de Jesus
A falsa religião é composta por pessoas que
querem um reino próprio e visam o bem próprio. Já a verdadeira religião visa o
Reino de Deus, o bem do próximo e o guardar da corrupção. Duas missões da
igreja de Cristo são nítidas no texto de Tiago 1.27, a assistência social aos
desprovidos e a missão evangelizadora, pois apenas por meio da pregação da
Palavra de Deus o homem não se corromperá com os manjares deste mundo.
A religiosidade era nítida na pessoa de Judas
e na vida dos líderes do judaísmo. Porém, Judas vendeu o Senhor Jesus e os
líderes do judaísmo procuraram até que conseguiram a oportunidade para matá-lo.
Por fim, a ambição não poderá conduzir o
cristão a ações ambiciosas nem mesmo à negociação das coisas sagradas. O triste
é que nos últimos anos líderes tem negociado a chamada ministerial por questões
profanas e passageiras. Estes têm como paralelo comparativo a ação desenvolvida
por Judas que vendeu o Mestre.
Julgamento e condenação de Jesus
A popularidade de Jesus provocou a inveja e o
ciúme por parte dos líderes religiosos. Fato que se transformou em sofrimento.
Sofrimento dividido em cinco fases:
1- Primeira
fase, Ele entristeceu – Mateus 26.37. E,
levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a
angustiar-se muito.
2- Segunda
fase, Ele foi abandonado – Mateus 26.56. Mas
tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então,
todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
3- Terceira
fase, Ele foi espancado – Mateus 26.67. Então
cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam.
4- Quarta
fase, Ele foi julgado – Mateus 26.57, 27.2. E
os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os
escribas e os anciãos estavam reunidos. E maniatando-o, o levaram e entregaram
ao presidente Pôncio Pilatos.
5- Quinta
fase, Ele foi humilhado – Mateus 27.28-31. E,
despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate; E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua
mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve,
Rei dos judeus.
A crucificação e a morte de Jesus
Segundo a tradição cristã os malfeitores que
foram crucificados com Jesus eram chamados de Dimas e Gestas. E a cruz de Jesus
possuía aproximadamente 130 quilos.
1- O
tempo de Jesus na cruz. Foi Ele crucificado na hora terceira
(Mc 15.25) e morto um pouco mais da hora nona (Mc 15.34-37). Historicamente
compreende se que a crucificação era uma morte longa e dolorosa e a vítima
podia continuar assim até por 36 horas.
2- As
pessoas perto da cruz. Três atitudes são ilustradas pelas
pessoas que se aproximaram da cruz de Cristo. A primeira atitude corresponde
com os soldados que se posicionaram com indiferença. A segunda atitude refere
aos religiosos que posicionaram em oposição. Já a terceira atitude corresponde
com os próximos de Jesus que esteve ao lado dEle nos pés da cruz, isto se
refere a simpatia.
3- A
doutrina da cruz. A morte de Jesus foi uma expiação pelos
pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o
transgressor. A morte de Jesus também foi à propiciação, isto é, foi o aplacar
da ira de Deus. E em terceiro a morte de Jesus foi uma substituição (Rm 5.6). Por
fim, a morte de Jesus na cruz foi redenção e reconciliação para todos aqueles
que se aproximarem da mensagem do evangelho.
Em suma, a morte de Jesus na cruz provam
quatro coisas importantes: o amor de Deus, a sabedoria de Deus, o poder de Deus
e a justiça de Deus (BERGSTÉN, 2019, p.154).
Referência
BERGSTÉN,
Eurico. Teologia Sistemática. Rio de
Janeiro: CPAD, 2019.