Deus é Fiel

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

A Morte de Jesus

 

A Morte de Jesus

Texto: E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou (Lc 23.46).

Com Bergstén compreende que a morte de Jesus é o principal tema das Escrituras, pois Ele foi aceito pelo Pai como o representante de toda a humanidade, sendo o substituto perfeito, Jesus tomou sobre si os pecados de todos os homens, para livrar a criatura do pecado e reconciliar os homens com Deus (2019).



As frases ditas por Jesus na cruz

Na cruz o Senhor Jesus expressou sete frases:

1ª Frase: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23.34).

2ª Frase: Em verdade te digo, que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43).

3ª Frase: Mulher eis aí teu filho ... eis aí a sua mãe (Jo 19.26,27).

4ª Frase: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste (Mt 27.46).

5ª Frase: tenho sede ( Jo 19.28).

6ª Frase: estás consumado ( Jo 19.30).

7ª Frase: pai nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lc 23.46). Sendo que esta última frase expressa confiança no Pai, pois assim ele expressou: em tuas mãos entrego o meu espírito.

Prisão, acontecimento que antecede a morte de Jesus

A falsa religião é composta por pessoas que querem um reino próprio e visam o bem próprio. Já a verdadeira religião visa o Reino de Deus, o bem do próximo e o guardar da corrupção. Duas missões da igreja de Cristo são nítidas no texto de Tiago 1.27, a assistência social aos desprovidos e a missão evangelizadora, pois apenas por meio da pregação da Palavra de Deus o homem não se corromperá com os manjares deste mundo.

A religiosidade era nítida na pessoa de Judas e na vida dos líderes do judaísmo. Porém, Judas vendeu o Senhor Jesus e os líderes do judaísmo procuraram até que conseguiram a oportunidade para matá-lo.

Por fim, a ambição não poderá conduzir o cristão a ações ambiciosas nem mesmo à negociação das coisas sagradas. O triste é que nos últimos anos líderes tem negociado a chamada ministerial por questões profanas e passageiras. Estes têm como paralelo comparativo a ação desenvolvida por Judas que vendeu o Mestre.

Julgamento e condenação de Jesus

A popularidade de Jesus provocou a inveja e o ciúme por parte dos líderes religiosos. Fato que se transformou em sofrimento. Sofrimento dividido em cinco fases:

1- Primeira fase, Ele entristeceu – Mateus 26.37. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.

2- Segunda fase, Ele foi abandonado – Mateus 26.56. Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.

3- Terceira fase, Ele foi espancado – Mateus 26.67. Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam.

4- Quarta fase, Ele foi julgado – Mateus 26.57, 27.2. E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. E maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos.

5- Quinta fase, Ele foi humilhado – Mateus 27.28-31. E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate; E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus.

A crucificação e a morte de Jesus

Segundo a tradição cristã os malfeitores que foram crucificados com Jesus eram chamados de Dimas e Gestas. E a cruz de Jesus possuía aproximadamente 130 quilos.

1- O tempo de Jesus na cruz. Foi Ele crucificado na hora terceira (Mc 15.25) e morto um pouco mais da hora nona (Mc 15.34-37). Historicamente compreende se que a crucificação era uma morte longa e dolorosa e a vítima podia continuar assim até por 36 horas.

2- As pessoas perto da cruz. Três atitudes são ilustradas pelas pessoas que se aproximaram da cruz de Cristo. A primeira atitude corresponde com os soldados que se posicionaram com indiferença. A segunda atitude refere aos religiosos que posicionaram em oposição. Já a terceira atitude corresponde com os próximos de Jesus que esteve ao lado dEle nos pés da cruz, isto se refere a simpatia.

3- A doutrina da cruz. A morte de Jesus foi uma expiação pelos pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o transgressor. A morte de Jesus também foi à propiciação, isto é, foi o aplacar da ira de Deus. E em terceiro a morte de Jesus foi uma substituição (Rm 5.6). Por fim, a morte de Jesus na cruz foi redenção e reconciliação para todos aqueles que se aproximarem da mensagem do evangelho.

Em suma, a morte de Jesus na cruz provam quatro coisas importantes: o amor de Deus, a sabedoria de Deus, o poder de Deus e a justiça de Deus (BERGSTÉN, 2019, p.154).

Referência

BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: O Livro de Jó

 

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: O Livro de Jó

A verdade prática permite compreender que O livro de Jó não é apenas uma preciosidade da literatura universal, mas, sobretudo, uma poderosa resposta de Deus para as grandes questões da vida.

Com base na descrição da verdade prática, conclui-se que:

O livro de Jó é uma preciosidade da literatura universal.

O livro de Jó é uma poderosa resposta de Deus para grandes questões da vida.


A respeito do Texto Áureo pode compreender que:

[...] Quando trata de Jó, Tiago destaca o fim que Deus deu a ele, e como foi misericordioso e piedoso. Mas ele destaca também a paciência de Jó ante a suas tribulações. Como sabemos, Jó era um homem rico, e perdeu todos os seus bens. Tinha uma grande família, e perdeu todos os seus filhos. Tinha uma boa saúde, e ficou doente de tal forma que sua aparência assustava. Mesmo sendo um homem íntegro, foi acusado de ter pecado contra Deus. Passou o tempo de sua tribulação sem respostas sobre o motivo pelo qual passava por aquilo, e teve de aturar amigos que interpretaram errado os acontecimentos de sua vida. Passar por tudo isso exige paciência, e muita. Não há registros de que ele tenha pecado contra Deus em todas essas coisas. Mesmo na pior das situações, envergou Satanás e seus propósitos malignos de demonstrar que o homem só pode ser fiel quando tem dinheiro ou quando tem boa saúde. Jó venceu, e Deus também (COELHO & DANIEL, 2014, p. 150).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Mostrar que o Livro de Jó é uma poesia inspirada que retrata o dilema vivido por uma pessoa histórica.

E como objetivos específicos:

Mostrar que, a partir das evidências internas do livro, é possível conhecer o contexto no qual Jó viveu.

Especificar o gênero literário e de que forma esse conhecimento ajuda na compreensão do Livro de Jó.

Identificar o propósito e a mensagem do Livro de Jó.

I – AUTORIA, LOCAL E DATA DO LIVRO DE JÓ

Segundo a maioria dos estudiosos da literatura do Antigo Testamento o escritor do Livro de Jó pode ser: Moisés, ou Eliú, ou Salomão, ou Ezequias, ou Isaías, ou até mesmo Esdras. Portanto, não tem como certo quem escreveu o livro, porém o que se pode afirmar é que a obra é inspirada por Deus.

Obra que foi escrita no período dos patriarcas que segundo Silva “Os acontecimentos que vai da chamada de Abraão até a morte de José no Egito fazem parte do período dos patriarcas. Período dos pais de Israel, pois tal época corresponde à época de Israel” (ANO 9, EDIÇÃO 28, p. 13).

Em suma, conclui-se que o escritor do livro foi um israelita e que a data mesmo que desconhecida pode abranger os séculos VII e II a.C., embora a história tenha ocorrido no período dos patriarcas de Gênesis.

II – ESTRUTURA LITERÁRIA DO LIVRO DE JÓ

A obra apresenta de forma poética e em prosa o drama em que vivenciou o patriarca Jó.

A diferença entre a prosa e a poesia se dá no que corresponde à forma natural da comunicação, ou seja, a prosa; e, na forma emocional e sentimental em que ocorre a comunicação, isto é, a poesia.

Percebe-se também no livro a presença de figuras de linguagens, por exemplo: a ironia (Jó 12.2) “Na verdade, vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria”; e, o uso de termos simbólicos, cinza, tendo como significado tristeza e arrependimento; e o termo pó, tendo como significado fragilidade (LUND, 2001).

III – NATUREZA E MENSAGEM DO LIVRO DE JÓ

Três perguntas merecem destaque e permite compreender que a obra em si apresenta poderosas respostas de Deus no contexto prático, isto é, no que se refere às indagações humanas.

No que corresponde ao motivo do sofrimento do justo, teologicamente compreende-se que o sofrimento está diretamente associado ao pecado original. O pecado consumado por Adão resultou na transmissão das consequências do pecado para com todos os homens.

Em vida o patriarca Jó provou na prática que o servir a Deus não pode está associado a desejos materiais, mas sim, na intimidade incondicional proporcionada pelos benefícios da comunhão com o Senhor.

Por fim, compreende-se que o homem pode desfrutar de uma vida íntima com Deus, pois Jó demonstra que o experimentar Deus é muito mais profundo do que o falar sobre Ele (GONÇALVES, 2020, p. 26).

Referência

COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras, ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

LUND. E. Hermenêutica. São Paulo: Editora Vida, 2001.

SILVA, Andreson Côrte Ferreira da. Cronologia Bíblica. Revista Manancial. Ano 9, edição 28.

domingo, 20 de setembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: A Vigilância Conserva Pura a Igreja

 

A Vigilância Conserva Pura a Igreja

A verdade prática permite compreender que Através da vigilância, a Igreja se manterá pura e não se afastará do modelo traçado por Cristo, rejeitando assim as inovações e o mundanismo dos nossos dias.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

Através da vigilância a Igreja se manterá pura.

Através da vigilância a Igreja não se afastará do modelo traçado por Cristo.

Através da vigilância a Igreja permanecerá firme.

Pois, compreende que a vigilância está diretamente relacionada com os cuidados próprios para com a vida espiritual, assim como para com a vinda do Senhor Jesus. No que corresponde com a vida espiritual é necessário que o cristão se dedique ao Senhor a cada instante de sua vida, já no que corresponde à vinda de Jesus é necessário que os cristãos estejam atentos para com os sinais e que não percam a esperança.



Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Sinalizar a necessidade de o aluno cultivar uma vida de oração e de vigilância.

E como objetivos específicos:

Apontar o sentido da expressão “à meia-noite”.

Revelar que “a meia-noite” é o início de um novo dia.

Expor que “à meia-noite” é a hora das trevas.

Destacar que “à meia-noite” marca a vinda do noivo.

Ressaltar o clamor da “meia-noite” como um brado de alerta.

I – MEIA-NOITE: O DIA QUE JÁ PASSOU

A meia-noite no presente tópico permite compreender a respeito do dia que já passou o que corresponde com um período de tempo que terminou. Logo, a ênfase se dá ao arrebatamento da Igreja, pois a dispensação da Igreja está para terminar.

Portanto, arrebatamento pode ser definido em:

Retirada brusca e sobrenatural da Igreja deste mundo para que se una eternamente ao Senhor Jesus. Este acontecimento, ao qual dedica o Novo Testamento dois capítulos (1 Co 15 e 1 Ts 4), constituir-se-á num dos maiores milagres de todos os tempos, por abranger diversos fatos espantosos, inexplicáveis e incompreensíveis à lógica meramente humana (ANDRADE, 1997, p. 39).

Por fim o crente não poderá esquecer que:

O arrebatamento é uma promessa de Jesus Cristo (Jo 14.3).

A primeira fase da segunda vinda de Jesus será de surpresa (Mt 24.43,44).

O esfriamento do amor é um dos sinais da segunda vinda de Jesus (Mt 24.12).

II – MEIA-NOITE: INÍCIO DE UM NOVO DIA

Ao trata-se de um novo dia percebe-se que o presente tópico outorga olhares profundos para com o que acontecerá com a Igreja após o arrebatamento. Ao ser arrebatada a Igreja no céu receberá os galardões no Tribunal de Cristo e participará das Bodas do Cordeiro.

É necessário entender que no Tribunal de Cristo os salvos de todos os tempos serão julgados por suas obras para receberem o galardão e não para serem condenados, pois o Tribunal de Cristo não tem a finalidade para condenar, mas para galardoar. Pois, todos os que serão arrebatados prestarão contas perante Deus, por tudo que fizerem e como fizeram. Deus tem outorgado aos cristãos talentos para que estes venham desenvolver atividades para a salvação de todos os que ainda não conhecem o Salvador. Sendo que todas as atividades realizadas pelos cristãos até mesmo aquelas que são consideradas mínimas no contexto eclesiástico, haverá galardão.

Já as bodas do Cordeiro, será um dia especial para todos os que foram e serão fieis até o dia da Vinda de Jesus.

Essa festa aqui é um tempo de alegre banquete para ser aproveitado pela Igreja e, principalmente, pelos vencedores que reinarão com Cristo. A chave para poder participar do banquete das bodas é a fidelidade a Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 793).

III – MEIA-NOITE, A HORA DE TREVAS

Enquanto a Igreja estará na presença do Senhor participando das Bodas do Cordeiro e recebendo os galardões na terra haverá trevas, figuradamente, pois este será o período da Grande Tribulação.

A Grande Tribulação será dividida em dois momentos: no primeiro momento haverá uma paz aparente com duração de três anos e meio, já no segundo momento a paz será retirada, logo a nação escolhida perceberá que o governo é uma armação maligna contra os israelitas.

Os primeiros três anos e meio serão marcados por avanços e pela falsa descrição do anticristo, pois o mesmo aparentará ser bom homem e bom líder, com as características necessárias para a realidade inicial do período da tribulação. Porém, na metade da semana, o anticristo fará cessar o sacrifício, ou seja, o mesmo será conhecido, pois abolirá com a falsa paz (Dn 9.27).

A Grande Tribulação de forma didática é compreendida em sete verdades:

A primeira verdade é que a Grande Tribulação será abrangente, pois será de âmbito mundial.

Já a segunda verdade indica que a Grande Tribulação será o pior tempo de aflição e angústia sobre a Terra.

A terceira verdade é que a Grande Tribulação tem uma relação direta com Israel.

A quarta verdade é que o trio da maldade governará sobe a Terra por sete anos.

Já quinta verdade corresponde com a salvação no período da Grande Tribulação (Ap 7.9-17).

A sexta verdade corresponde com o sofrimento e perseguição para com os que não aceitarem a marca da besta (Ap 12.17;13.15).

E a sétima verdade é que no final dos sete anos Jesus vencerá o anticristo.

IV – MEIA-NOITE A VINDA DO NOIVO

O presente tópico retorna a enfatizar a respeito do arrebatamento. Tópico que se associa com a parábola das dez virgens (Mt 25.1-13). Lembrando que as estações de outono e inverno eram escolhidas pelos judeus para a realização dos casamentos por estarem associadas à diminuição das atividades no contexto agrícola, permitindo que maior número de pessoas participasse das festividades.

O cortejo iniciava na casa do noivo com os convidados do noivo até a casa da noiva, local onde estariam os convidados da noiva, ambos os convidados das partes deveriam ter lâmpadas que eram abastecidas com azeite. Como luz é símbolo de felicidade, velas e lâmpadas eram equipamentos essenciais para a festa de casamento (RICHARDS, 2008, p.80).

Quando o noivo chegava à casa da noiva iniciava-se uma peregrinação de retorno até a casa do noivo, sendo os noivos iluminados pelos convidados. Porém, era de comum a demora do noivo, fato associado com que tipo de presente este estaria outorgando aos parentes da noiva, isto é causado pelas negociações de última hora sobre os presentes que o noivo deve trazer aos parentes da noiva. Se a noiva for entregue por um valor pequeno, isto implica que ela não receberá muita consideração; se o noivo ignorar este processo isto poderá implicar que ele demonstra pouca consideração pelos parentes (RICHARDS, 2008, p.80).

Sobre o azeite pode sintetizar-se da seguinte maneira:

Levar consigo azeite reforça o conceito de que é preciso estar preparado. A falta de azeite significa não estar preparado, revestido de fé e de poder espiritual para a volta de Cristo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.74).

V – O CLAMOR DA MEIA-NOITE, UM BRADO DE ALERTA

Dois meios que Deus põe à disposição dos cristãos para uma vida vigilante são: a Palavra e a oração.

A Palavra – Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho (Sl 119.105).

A oração - Orai sem cessar (1 Ts 5.17).

Por fim, o cristão não poderá deixar de ser vigilante, pois os sinais já mostram que está chegando à meia-noite.

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Ministério Particular de Jesus: Ensinando com o objetivo preparar os Discípulos

Ministério Particular de Jesus: Ensinando com o objetivo preparar os Discípulos

Texto: Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16.33).

A etapa do ensino de Jesus que tem como foco a preparação dos discípulos pode ser de maneira sistemática compreendida nos escritos do evangelista João, seguindo o capítulo 13 ao capítulo 17, pois nesta narrativa se encontra o ministério particular de Jesus, período de ensino do Messias voltado a outorgar a orientação necessária e devida aos discípulos. Sendo que aos discípulos o Senhor Jesus ensinou pelo exemplo e por palavras.

Ensino ministrado pelo exemplo



Em dois momentos do ministério particular de Jesus percebe-se que Ele ensinou pelo próprio exemplo: o primeiro é notável quando Ele lava os pés de seus discípulos e o segundo quando Ele ora por seus discípulos.

1. Jesus lava os pés de seus discípulos (Jo 13. 4-11). É necessário ressaltar que o ato de Jesus lavar os pés de seus discípulos tem como objetivo demonstrar a ação em perdoar os pecados dos pecadores. Portanto, o acontecimento em foco descreve a necessidade dos discípulos aprenderem por meio do exemplo de Jesus, não corresponde que os cristãos deverão reproduzir este ato, mas que deverão em todas as circunstâncias vivenciarem o exemplo do Senhor Jesus, pois sendo Ele Senhor e Mestre tornou-se o autêntico exemplo de humildade.

2. Jesus ora por seus discípulos (Jo 17). Não basta instruir as pessoas a orarem é necessário que as ensine por meio da prática, assim fez o Senhor Jesus, que intercedeu por seus discípulos na presença dos mesmos. E Jesus concluiu Sua oração resumindo vários temas importantes: (1) conhecer o Deus justo (santo); (2) Sua origem divina; (3) a revelação do nome do Pai; (4) a unidade do amor mútuo entre o Pai, o Filho e os cristãos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 274).

Ensino ministrado por palavras

Duas palavras marcam o segundo instante das instruções outorgadas por Jesus: amor e permanência.

1. Sobre o amor. Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo 13. 34,35).

Três pontos merecem atenção nos versículos citados:

1.1 O amor é um mandamento que deve ser obedecido. Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros. Amar não é fácil, principalmente amar alguém que se coloca no lugar de juiz e que já outorgou dissabores, mas para com estes, Jesus ordena a prática do amor.

1.2 Jesus é o modelo do amor outorgado. Como eu vos amei a vós. Jesus amou incondicionalmente os discípulos, logo os discípulos deveriam amar o próximo em obediência ao mandamento e de forma incondicional.

1.3 O mundo reconhece os discípulos pela prática obediente do amor. Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. A prática do amor proporciona o conhecimento necessário dos que não estão em Cristo, a respeito da manifestação de Cristo na vida dos discípulos.

Ainda tendo como foco João 13.35 percebe-se que:

Os ímpios reconheceriam os discípulos de Jesus não pela doutrina diferente, pelos milagres maravilhosos nem pelo amor aos perdidos; eles os reconheceriam pelos seus atos mútuos de amor [...]

A Igreja primitiva tomou posse desse princípio maravilhoso do amor contagiante (At 4.32,37; 1 Ts 1.3) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 265).

2. Sobre a permanência (Jo 15). Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (v.7). Jesus aconselha aos discípulos a permanecerem no amor (v.9), a obediência permitia a permanência da alegria de Cristo nos discípulos (v.11), e lembrando que no obedecer ao ide o fruto permanece (v.16).

Jesus ama os cristãos incondicionalmente (v.9). E enquanto eles obedecerem a Sua Palavra e permanecerem no Seu amor, conhecerão e receberão o amor de Jesus cada vez mais (Ef 3.14-19) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 269).

Assim como Jesus outorgou magníficos ensinos, por meio do exemplo e por meio de palavras aos discípulos, Jesus outorga estes mesmos ensinos aos cristãos do século XXI, requerendo que estes venham a crescerem na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18). Por meio do exemplo Jesus ensina aos cristãos a serem humildes e fervorosos na oração; já por meio das palavras o Mestre ensina os cristãos a se amarem e a permanecerem ligados à Videira Verdadeira.

Referência:

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 13 de setembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Esdras e Neemias Combatem o Casamento Misto

 

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Esdras e Neemias Combatem o Casamento Misto

A verdade prática permite compreender que O lar instituído por Deus para ser uma bênção, desde que seja observada a orientação divina na sua formação. O que corresponde à orientação divina na formação do lar teologicamente se define em ser o casamento monogâmico e heterossexual.


E sobre estes termos descreve Soares:

A heterossexualidade é o relacionamento conjugal com aprovação divina dentro do casamento. Quando Deus disse: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28), estava se referindo ao casal “macho e fêmea” (v.27). Isso diz respeito à procriação, que é possível pelo ato conjugal entre um homem e uma mulher (2017, p.154).

A monogamia é o sistema que estabelece o casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa, estabelecido por Deus na criação: “apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24) (2017, p.155).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Salientar o perigo das uniões ilícitas.

E como objetivos específicos:

Apresentar o combate de Esdras e Neemias com o casamento misto.

Explicar o porquê de um judeu não poder se casar com uma pagã.

Destacar a sobrevivência do povo judeu.

Aconselhar a respeito do casamento de crentes.

Incentivar a esperar em Deus.

I – ESDRAS E NEEMIAS COMBATEM O PERIGO DO CASAMENTO MISTO

A situação em que se encontravam os judeus por desobedecerem a Deus casando com mulheres pagãs provocaram em Esdras tristeza. Porém, em meio à tristeza Esdras teve uma atitude de imediato que conduziu o povo ao arrependimento.

 Sendo que arrependimento significa retornar e se dedicar a Deus, isto é, corresponde com o abandono do pecado. O pecado é tudo aquilo que separa o ser humano de Deus. O autêntico arrependimento proporciona a ocorrência de dois elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a tristeza por causa do pecado (2 Co 7.10).

O arrependimento é o primeiro aspecto da experiência inicial da salvação experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada conversão. A conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da regeneração. A regeneração é a obra de Deus no íntimo e a conversão é a exteriorização da salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da fé. O arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado em seus muitos aspectos e formas, especialmente ao pecado da incredulidade (BANCROFT, 2006, p. 235).

O arrependimento outorga liberdade das prisões manifestadas pela ação dominadora do pecado. Pois, o pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria outorgada por Deus. O arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de Deus, para que por meio da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as transformações necessárias no interior do cristão.

Percebe-se também que o arrependimento positivo permite que o sentimento de culpa o acompanhe, assim também como a tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.467).

II – POR QUE UM JUDEU NÃO DEVIA CASAR COM UMA PAGÃ

A resposta ao motivo em que um judeu não podia casar-se com uma pessoa de outra nacionalidade se detalha na seguinte descrição: esta era a vontade de Deus. Porém, a justificativa se caracteriza em que Deus não queria que os judeus palmilhassem por caminhos tortuosos, isto é, se desviasse da presença do Senhor, cultuando outros deuses, fato que era comum e diário nos atos práticos das civilizações adjacentes aos judeus.

III – A SOBREVIVÊNCIA DO POVO JUDEU

A existência do povo judeu se dá por meio da obediência ao mandamento do Senhor em não se misturar com outros povos.

Moisés assim escreveu a Palavra do Senhor:

Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria (Dt 7.3,4).

O texto citado declara que, ao se envolverem com estrangeiros, os israelitas correriam o risco de sofrer as consequências de sua escolha, pois a “ira do Senhor viria sobre eles” (RENOVATO, 2020, p. 144).

IV – UMA PALAVRA FINAL SOBRE O CASAMENTO DOS CRENTES

A maior bênção que Deus dá ao ser humano é o casamento. Casamento é comunhão, união de interesses comuns, parceria e cumplicidade (RENOVATO, 2020, p. 148).

O indivíduo poderá casar-se com quem quiser, porém Paulo aconselha que o cristão deva casar-se no Senhor. Fato que permite compreender que o casamento do cristão com o não crente corresponde a um jugo desigual (2 Co 6.14).

O uso que Paulo faz do termo jugo é retirado de Deuteronômio 22.10, onde os israelitas são instruídos a não colocar bois e jumentos juntos no arado. O boi era considerado um animal puro, mas o jumento não (Dt 14.1-8). Além disso, a partir de um ponto de vista prático, os dois animais tinham tamanho, natureza e estilo de trabalho diferentes (RADMACHER; ALLEN; HOUSE,  2013, p.465).

V – ESPERA EM DEUS

O jovem deverá esperar no Senhor. O que corresponde a não se precipitar, casando de qual qualquer jeito e com qualquer pessoa, pois o casamento, conforme Hebreus 13.4 é imaculado, e imaculado deverá se manter, pois Deus tratará com julgamento para com os que se entregarem à prostituição e ao adultério.

Referência:

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RENOVATO. Elinaldo. Livro de Neemias: Integridade e Coragem em Tempos de Crise. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Ministério Público de Jesus: ensinando sobre o Reino de Deus

 

Ministério Público de Jesus: ensinando sobre o Reino de Deus

Texto: Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus (Mt 12.28).

O ensino de Jesus concernente ao Reino de Deus nos permite entender que o Reino é abrangente, isto por que o Reino vai além da salvação e além da Igreja. A Igreja faz parte do Reino, porém não é o Reino, pois no Reino Deus se revela com poder, com glória e com prerrogativas contra o domínio de Satanás. Portanto, o Reino dos Céus é a demonstração do poder de Deus em ação. O que corresponde com o domínio espiritual divino no meio de seu povo.


Logo, percebem-se quatro verdades a respeito do Reino de Deus nas Escrituras Sagradas, que são: O Reino de Deus é abrangente na atribuição do poder; O Reino de Deus possui aspectos que abrange o tempo; o Reino de Deus possui mistérios revelados nas parábolas; e, O Reino de Deus tem o amor como padrão ético.

O Reino de Deus é abrangente na atribuição do poder

A primeira verdade aqui descrita a respeito do Reino corresponde com a abrangência do poder de Deus:

1- Abrangência do poder de Deus sobre Satanás. Pois, a chagada do Reino é o início da destruição do domínio do inimigo (Mt 12.28), livramento dos indivíduos da submissão e da escravidão ao diabo.

2- Abrangência do poder de Deus sobre as enfermidades. Milagres operados são demonstrações diretas da abrangência do Reino.

3- Abrangência do poder de Deus em outorga de salvação. Sendo que por meio da salvação o indivíduo santifica a sua vida para aproximar se mais do Senhor.

4- Abrangência do poder de Deus em outorga de dons espirituais conferidos por meio do batismo no Espírito Santo. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós (At 1.8), virtude do grego permite se definir como poder real ou poder em ação.

Poder em Atos 1.8 vai além de força ou capacidade, isto é, o batismo no Espírito Santo outorga o poder pessoal do Espírito Santo ao cristão.

O Reino de Deus possui aspectos que abrange o tempo

Em segundo o Reino dos Céus possui aspectos que corresponde ao presente como também ao futuro. Sendo o Reino uma manifestação do poder de Deus em ação permite entender que nem todos são conduzidos por Deus no presente, pois nem todos se livraram do domínio do pecado, porém no futuro Jesus há de mostrar sua glória e poder no estabelecimento do Reino Eterno, sendo sobre todos os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro. Portanto, o Reino de Deus é eterno, abrange os tempos, não se limita ao tempo presente e nem se isola ao futuro, pois o governo é Eterno.

O Reino de Deus possui mistérios revelados nas parábolas.

Já em terceiro percebe-se que o Reino possui mistérios que são identificados nas parábolas. Parábolas é uma alegoria retirada da experiência diária de pessoas.

1- O Reino de Deus está operando entre os homens. Verdade compreendida com a parábola dos quatro tipos de solos (Lc 8.4-15). Mistério notável, o Reino de Deus não é uma imposição às pessoas.

2- O Reino de Deus é de valor inestimável. Verdade presente na parábola do tesouro e da pérola (Mt 13. 44-46).

3- O Reino de Deus convida a todos. A parábola da rede (Mt 13. 47,48), em que todos os peixes foram conduzidos a rede e depois foram separados, os bons foram retirados e os ruins foram jogados fora.

O Reino de Deus tem o amor como padrão ético

A quarta verdade sobre o Reino se resume na palavra amor. O amor é a base ética para a convivência dos cristãos, assim como de todas as pessoas. Na ética do Reino o amor possui três dimensões: interior, exterior horizontal e exterior vertical.

Amar a si mesmo, frase que indica a dimensão interior, o indivíduo que rejeita a sim mesmo, que não consegue aceitar suas características físicas ou genéticas, necessariamente precisa compreender o que significa o amor. Aqui nasce um princípio fundamental da ética cristã, aceitar a si mesmo, fato que proporciona ações em prol da vida e nunca ações que busque a solução dos problemas no suicídio.

Amar o próximo, frase que indica a dimensão exterior horizontal, amor como fruto do Espírito. Aqui se encontra o seguinte princípio da ética cristã, aceitar o próximo como ele é, nunca rejeitar a pessoa em si, porém nem sempre ser convivente com as ações desenvolvidas pelo indivíduo. Amar as pessoas e não as práticas pecaminosas das pessoas.

Amar a Deus acima de todas as coisas, frase que indica a dimensão exterior vertical, o amor a Deus por parte do homem deve ser exclusivo (Mt 6.24), alicerçado na gratidão (Lc 7.42), obediente (Jo 14.15) e comunicativo. Já o princípio da ética, presente da dimensão exterior vertical corresponde com gratidão e doação para com Deus e para com o Reino de Deus.

A Igreja não é o Reino, mas a Igreja é a proclamadora do Reino, portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19).