A Vigilância Conserva Pura a Igreja
A verdade prática permite compreender que Através da vigilância, a Igreja se manterá pura e não se
afastará do modelo traçado por Cristo, rejeitando assim as inovações e o mundanismo
dos nossos dias.
Com base na
descrição acima da verdade prática, conclui-se que:
Através da
vigilância a Igreja se manterá pura.
Através da
vigilância a Igreja não se afastará do modelo traçado por Cristo.
Através da
vigilância a Igreja permanecerá firme.
Pois,
compreende que a vigilância está diretamente relacionada com os cuidados
próprios para com a vida espiritual, assim como para com a vinda do Senhor
Jesus. No que corresponde com a vida espiritual é necessário que o cristão se
dedique ao Senhor a cada instante de sua vida, já no que corresponde à vinda de
Jesus é necessário que os cristãos estejam atentos para com os sinais e que não
percam a esperança.
Lembrando que a presente lição tem como
objetivo geral: Sinalizar a necessidade de o aluno cultivar
uma vida de oração e de vigilância.
E como objetivos específicos:
Apontar o sentido da
expressão “à meia-noite”.
Revelar que “a meia-noite”
é o início de um novo dia.
Expor que “à meia-noite” é
a hora das trevas.
Destacar que “à
meia-noite” marca a vinda do noivo.
Ressaltar o clamor da
“meia-noite” como um brado de alerta.
I – MEIA-NOITE: O DIA QUE JÁ
PASSOU
A meia-noite no presente
tópico permite compreender a respeito do dia que já passou o que corresponde com
um período de tempo que terminou. Logo, a ênfase se dá ao arrebatamento da
Igreja, pois a dispensação da Igreja está para terminar.
Portanto, arrebatamento pode
ser definido em:
Retirada brusca e
sobrenatural da Igreja deste mundo para que se una eternamente ao Senhor Jesus.
Este acontecimento, ao qual dedica o Novo Testamento dois capítulos (1 Co 15 e
1 Ts 4), constituir-se-á num dos maiores milagres de todos os tempos, por
abranger diversos fatos espantosos, inexplicáveis e incompreensíveis à lógica
meramente humana (ANDRADE, 1997, p.
39).
Por fim o crente não poderá
esquecer que:
O arrebatamento é uma
promessa de Jesus Cristo (Jo 14.3).
A primeira fase da segunda
vinda de Jesus será de surpresa (Mt 24.43,44).
O esfriamento do amor é um
dos sinais da segunda vinda de Jesus (Mt 24.12).
II –
MEIA-NOITE: INÍCIO DE UM NOVO DIA
Ao trata-se de um novo dia
percebe-se que o presente tópico outorga olhares profundos para com o que
acontecerá com a Igreja após o arrebatamento. Ao ser arrebatada a Igreja no céu
receberá os galardões no Tribunal de Cristo e participará das Bodas do
Cordeiro.
É necessário entender que no
Tribunal de Cristo os salvos de todos os tempos serão julgados por suas obras
para receberem o galardão e não para serem condenados, pois o Tribunal de
Cristo não tem a finalidade para condenar, mas para galardoar. Pois,
todos os que serão arrebatados prestarão contas perante Deus, por tudo que
fizerem e como fizeram. Deus tem outorgado aos cristãos talentos para que estes
venham desenvolver atividades para a salvação de todos os que ainda não
conhecem o Salvador. Sendo que todas as atividades realizadas pelos cristãos
até mesmo aquelas que são consideradas mínimas no contexto eclesiástico, haverá
galardão.
Já as bodas do Cordeiro, será
um dia especial para todos os que foram e serão fieis até o dia da Vinda de
Jesus.
Essa festa aqui é um tempo
de alegre banquete para ser aproveitado pela Igreja e, principalmente, pelos
vencedores que reinarão com Cristo. A chave para poder participar do banquete
das bodas é a fidelidade a Deus (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, p. 793).
III –
MEIA-NOITE, A HORA DE TREVAS
Enquanto a Igreja estará na
presença do Senhor participando das Bodas do Cordeiro e recebendo os galardões
na terra haverá trevas, figuradamente, pois este será o período da Grande
Tribulação.
A Grande Tribulação será
dividida em dois momentos: no primeiro momento haverá uma paz aparente com
duração de três anos e meio, já no segundo momento a paz será retirada, logo a
nação escolhida perceberá que o governo é uma armação maligna contra os
israelitas.
Os primeiros três anos e
meio serão marcados por avanços e pela falsa descrição do anticristo, pois o
mesmo aparentará ser bom homem e bom líder, com as características necessárias
para a realidade inicial do período da tribulação. Porém, na metade da semana,
o anticristo fará cessar o sacrifício, ou seja, o mesmo será conhecido, pois
abolirá com a falsa paz (Dn 9.27).
A Grande Tribulação de forma
didática é compreendida em sete verdades:
A primeira verdade é que a
Grande Tribulação será abrangente, pois será de âmbito mundial.
Já a segunda verdade indica
que a Grande Tribulação será o pior tempo de aflição e angústia sobre a Terra.
A terceira verdade é que a
Grande Tribulação tem uma relação direta com Israel.
A quarta verdade é que o
trio da maldade governará sobe a Terra por sete anos.
Já quinta verdade
corresponde com a salvação no período da Grande Tribulação (Ap 7.9-17).
A sexta verdade corresponde
com o sofrimento e perseguição para com os que não aceitarem a marca da besta
(Ap 12.17;13.15).
E a sétima verdade é que no
final dos sete anos Jesus vencerá o anticristo.
IV –
MEIA-NOITE A VINDA DO NOIVO
O presente tópico retorna a
enfatizar a respeito do arrebatamento. Tópico que se associa com a parábola das
dez virgens (Mt 25.1-13). Lembrando que as estações de outono e inverno eram
escolhidas pelos judeus para a realização dos casamentos por estarem associadas
à diminuição das atividades no contexto agrícola, permitindo que maior número
de pessoas participasse das festividades.
O cortejo iniciava na casa
do noivo com os convidados do noivo até a casa da noiva, local onde estariam os
convidados da noiva, ambos os convidados das partes deveriam ter lâmpadas que
eram abastecidas com azeite. Como luz é
símbolo de felicidade, velas e lâmpadas eram equipamentos essenciais para a
festa de casamento (RICHARDS, 2008, p.80).
Quando o noivo chegava à
casa da noiva iniciava-se uma peregrinação de retorno até a casa do noivo,
sendo os noivos iluminados pelos convidados. Porém, era de comum a demora do
noivo, fato associado com que tipo de presente este estaria outorgando aos
parentes da noiva, isto é causado pelas negociações de última
hora sobre os presentes que o noivo deve trazer aos parentes da noiva. Se a
noiva for entregue por um valor pequeno, isto implica que ela não receberá
muita consideração; se o noivo ignorar este processo isto poderá implicar que
ele demonstra pouca consideração pelos parentes (RICHARDS, 2008,
p.80).
Sobre o azeite pode
sintetizar-se da seguinte maneira:
Levar consigo azeite
reforça o conceito de que é preciso estar preparado. A falta de azeite
significa não estar preparado, revestido de fé e de poder espiritual para a
volta de Cristo (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, 2013, p.74).
V –
O CLAMOR DA MEIA-NOITE, UM BRADO DE ALERTA
Dois meios que Deus põe à
disposição dos cristãos para uma vida vigilante são: a Palavra e a oração.
A Palavra – Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho (Sl
119.105).
A oração - Orai sem cessar
(1 Ts 5.17).
Por fim, o cristão não
poderá deixar de ser vigilante, pois os sinais já mostram que está chegando à
meia-noite.
Referência
ANDRADE,
Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico.
Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo
B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora
Central Gospel, 2013.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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