Subsídio
para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Esdras e Neemias Combatem o Casamento Misto
A verdade prática permite compreender que O lar instituído por Deus para ser uma bênção, desde que seja
observada a orientação divina na sua formação. O que corresponde à orientação divina
na formação do lar teologicamente se define em ser o casamento monogâmico e
heterossexual.
E sobre estes termos descreve Soares:
A heterossexualidade é o
relacionamento conjugal com aprovação divina dentro do casamento. Quando Deus
disse: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28), estava se
referindo ao casal “macho e fêmea” (v.27). Isso diz respeito à procriação, que
é possível pelo ato conjugal entre um homem e uma mulher (2017, p.154).
A monogamia é o sistema
que estabelece o casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa,
estabelecido por Deus na criação: “apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24) (2017, p.155).
Lembrando que a presente lição tem como
objetivo geral: Salientar o perigo das uniões ilícitas.
E como objetivos específicos:
Apresentar o combate de
Esdras e Neemias com o casamento misto.
Explicar o porquê de um
judeu não poder se casar com uma pagã.
Destacar a sobrevivência
do povo judeu.
Aconselhar a respeito do casamento
de crentes.
Incentivar a esperar em
Deus.
I – ESDRAS E NEEMIAS
COMBATEM O PERIGO DO CASAMENTO MISTO
A situação em que se
encontravam os judeus por desobedecerem a Deus casando com mulheres pagãs
provocaram em Esdras tristeza. Porém, em meio à tristeza Esdras teve uma
atitude de imediato que conduziu o povo ao arrependimento.
Sendo que arrependimento significa retornar e
se dedicar a Deus, isto é, corresponde com o abandono do pecado. O pecado é
tudo aquilo que separa o ser humano de Deus. O autêntico arrependimento
proporciona a ocorrência de dois elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a
tristeza por causa do pecado (2 Co 7.10).
O arrependimento é o
primeiro aspecto da experiência inicial da salvação experimentada pelo crente,
experiência essa que é chamada conversão. A conversão autêntica é uma parte
essencial e a prova da regeneração. A regeneração é a obra de Deus no íntimo e
a conversão é a exteriorização da salvação, por parte do homem, através do
arrependimento e da fé. O arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado
em seus muitos aspectos e formas, especialmente ao pecado da incredulidade
(BANCROFT, 2006, p. 235).
O arrependimento outorga
liberdade das prisões manifestadas pela ação dominadora do pecado. Pois, o
pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria outorgada por Deus. O
arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de Deus, para que por meio
da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as transformações necessárias
no interior do cristão.
Percebe-se também que o arrependimento
positivo permite que o sentimento de culpa o acompanhe, assim também como a
tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína
tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a
uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo
arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o
arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2).
Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p.467).
II –
POR QUE UM JUDEU NÃO DEVIA CASAR COM UMA PAGÃ
A resposta ao motivo em que
um judeu não podia casar-se com uma pessoa de outra nacionalidade se detalha na
seguinte descrição: esta era a vontade de Deus. Porém, a justificativa se
caracteriza em que Deus não queria que os judeus palmilhassem por caminhos
tortuosos, isto é, se desviasse da presença do Senhor, cultuando outros deuses,
fato que era comum e diário nos atos práticos das civilizações adjacentes aos
judeus.
III
– A SOBREVIVÊNCIA DO POVO JUDEU
A existência do povo judeu
se dá por meio da obediência ao mandamento do Senhor em não se misturar com
outros povos.
Moisés assim escreveu a
Palavra do Senhor:
Nem te aparentarás com elas;
não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus
filhos; Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros
deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria (Dt
7.3,4).
O texto citado declara
que, ao se envolverem com estrangeiros, os israelitas correriam o risco de
sofrer as consequências de sua escolha, pois a “ira do Senhor viria sobre eles” (RENOVATO, 2020, p. 144).
IV –
UMA PALAVRA FINAL SOBRE O CASAMENTO DOS CRENTES
A maior bênção que Deus dá
ao ser humano é o casamento. Casamento é
comunhão, união de interesses comuns, parceria e cumplicidade
(RENOVATO, 2020, p. 148).
O indivíduo poderá casar-se
com quem quiser, porém Paulo aconselha que o cristão deva casar-se no Senhor.
Fato que permite compreender que o casamento do cristão com o não crente
corresponde a um jugo desigual (2 Co 6.14).
O uso que Paulo faz do
termo jugo é retirado de Deuteronômio 22.10, onde os israelitas são instruídos
a não colocar bois e jumentos juntos no arado. O boi era considerado um animal
puro, mas o jumento não (Dt 14.1-8). Além disso, a partir de um ponto de vista
prático, os dois animais tinham tamanho, natureza e estilo de trabalho
diferentes (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, 2013, p.465).
V –
ESPERA EM DEUS
O jovem deverá esperar no
Senhor. O que corresponde a não se precipitar, casando de qual qualquer jeito e
com qualquer pessoa, pois o casamento, conforme Hebreus 13.4 é imaculado, e
imaculado deverá se manter, pois Deus tratará com julgamento para com os que se
entregarem à prostituição e ao adultério.
Referência:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo
B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
RENOVATO.
Elinaldo. Livro de Neemias: Integridade
e Coragem em Tempos de Crise. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017.
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