Deus é Fiel

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domingo, 13 de setembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Esdras e Neemias Combatem o Casamento Misto

 

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Esdras e Neemias Combatem o Casamento Misto

A verdade prática permite compreender que O lar instituído por Deus para ser uma bênção, desde que seja observada a orientação divina na sua formação. O que corresponde à orientação divina na formação do lar teologicamente se define em ser o casamento monogâmico e heterossexual.


E sobre estes termos descreve Soares:

A heterossexualidade é o relacionamento conjugal com aprovação divina dentro do casamento. Quando Deus disse: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28), estava se referindo ao casal “macho e fêmea” (v.27). Isso diz respeito à procriação, que é possível pelo ato conjugal entre um homem e uma mulher (2017, p.154).

A monogamia é o sistema que estabelece o casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa, estabelecido por Deus na criação: “apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24) (2017, p.155).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Salientar o perigo das uniões ilícitas.

E como objetivos específicos:

Apresentar o combate de Esdras e Neemias com o casamento misto.

Explicar o porquê de um judeu não poder se casar com uma pagã.

Destacar a sobrevivência do povo judeu.

Aconselhar a respeito do casamento de crentes.

Incentivar a esperar em Deus.

I – ESDRAS E NEEMIAS COMBATEM O PERIGO DO CASAMENTO MISTO

A situação em que se encontravam os judeus por desobedecerem a Deus casando com mulheres pagãs provocaram em Esdras tristeza. Porém, em meio à tristeza Esdras teve uma atitude de imediato que conduziu o povo ao arrependimento.

 Sendo que arrependimento significa retornar e se dedicar a Deus, isto é, corresponde com o abandono do pecado. O pecado é tudo aquilo que separa o ser humano de Deus. O autêntico arrependimento proporciona a ocorrência de dois elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a tristeza por causa do pecado (2 Co 7.10).

O arrependimento é o primeiro aspecto da experiência inicial da salvação experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada conversão. A conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da regeneração. A regeneração é a obra de Deus no íntimo e a conversão é a exteriorização da salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da fé. O arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado em seus muitos aspectos e formas, especialmente ao pecado da incredulidade (BANCROFT, 2006, p. 235).

O arrependimento outorga liberdade das prisões manifestadas pela ação dominadora do pecado. Pois, o pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria outorgada por Deus. O arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de Deus, para que por meio da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as transformações necessárias no interior do cristão.

Percebe-se também que o arrependimento positivo permite que o sentimento de culpa o acompanhe, assim também como a tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.467).

II – POR QUE UM JUDEU NÃO DEVIA CASAR COM UMA PAGÃ

A resposta ao motivo em que um judeu não podia casar-se com uma pessoa de outra nacionalidade se detalha na seguinte descrição: esta era a vontade de Deus. Porém, a justificativa se caracteriza em que Deus não queria que os judeus palmilhassem por caminhos tortuosos, isto é, se desviasse da presença do Senhor, cultuando outros deuses, fato que era comum e diário nos atos práticos das civilizações adjacentes aos judeus.

III – A SOBREVIVÊNCIA DO POVO JUDEU

A existência do povo judeu se dá por meio da obediência ao mandamento do Senhor em não se misturar com outros povos.

Moisés assim escreveu a Palavra do Senhor:

Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria (Dt 7.3,4).

O texto citado declara que, ao se envolverem com estrangeiros, os israelitas correriam o risco de sofrer as consequências de sua escolha, pois a “ira do Senhor viria sobre eles” (RENOVATO, 2020, p. 144).

IV – UMA PALAVRA FINAL SOBRE O CASAMENTO DOS CRENTES

A maior bênção que Deus dá ao ser humano é o casamento. Casamento é comunhão, união de interesses comuns, parceria e cumplicidade (RENOVATO, 2020, p. 148).

O indivíduo poderá casar-se com quem quiser, porém Paulo aconselha que o cristão deva casar-se no Senhor. Fato que permite compreender que o casamento do cristão com o não crente corresponde a um jugo desigual (2 Co 6.14).

O uso que Paulo faz do termo jugo é retirado de Deuteronômio 22.10, onde os israelitas são instruídos a não colocar bois e jumentos juntos no arado. O boi era considerado um animal puro, mas o jumento não (Dt 14.1-8). Além disso, a partir de um ponto de vista prático, os dois animais tinham tamanho, natureza e estilo de trabalho diferentes (RADMACHER; ALLEN; HOUSE,  2013, p.465).

V – ESPERA EM DEUS

O jovem deverá esperar no Senhor. O que corresponde a não se precipitar, casando de qual qualquer jeito e com qualquer pessoa, pois o casamento, conforme Hebreus 13.4 é imaculado, e imaculado deverá se manter, pois Deus tratará com julgamento para com os que se entregarem à prostituição e ao adultério.

Referência:

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RENOVATO. Elinaldo. Livro de Neemias: Integridade e Coragem em Tempos de Crise. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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