Subsídio
para a aula da Escola Bíblica Dominical: O Livro de Jó
A verdade prática permite compreender que O livro de Jó não é apenas uma preciosidade da literatura
universal, mas, sobretudo, uma poderosa resposta de Deus para as grandes
questões da vida.
Com base na
descrição da verdade prática, conclui-se que:
O livro de
Jó é uma preciosidade da literatura universal.
O livro de
Jó é uma poderosa resposta de Deus para grandes questões da vida.
A respeito do Texto Áureo pode compreender que:
[...] Quando trata de Jó,
Tiago destaca o fim que Deus deu a ele, e como foi misericordioso e piedoso.
Mas ele destaca também a paciência de Jó ante a suas tribulações. Como sabemos,
Jó era um homem rico, e perdeu todos os seus bens. Tinha uma grande família, e
perdeu todos os seus filhos. Tinha uma boa saúde, e ficou doente de tal forma
que sua aparência assustava. Mesmo sendo um homem íntegro, foi acusado de ter
pecado contra Deus. Passou o tempo de sua tribulação sem respostas sobre o
motivo pelo qual passava por aquilo, e teve de aturar amigos que interpretaram
errado os acontecimentos de sua vida. Passar por tudo isso exige paciência, e
muita. Não há registros de que ele tenha pecado contra Deus em todas essas coisas.
Mesmo na pior das situações, envergou Satanás e seus propósitos malignos de
demonstrar que o homem só pode ser fiel quando tem dinheiro ou quando tem boa
saúde. Jó venceu, e Deus também (COELHO & DANIEL, 2014, p. 150).
Lembrando que a presente lição tem como
objetivo geral: Mostrar que o Livro de Jó é uma poesia
inspirada que retrata o dilema vivido por uma pessoa histórica.
E como objetivos específicos:
Mostrar que, a partir das
evidências internas do livro, é possível conhecer o contexto no qual Jó viveu.
Especificar o gênero
literário e de que forma esse conhecimento ajuda na compreensão do Livro de Jó.
Identificar o propósito e
a mensagem do Livro de Jó.
I – AUTORIA, LOCAL E DATA DO
LIVRO DE JÓ
Segundo a maioria dos estudiosos
da literatura do Antigo Testamento o escritor do Livro de Jó pode ser: Moisés,
ou Eliú, ou Salomão, ou Ezequias, ou Isaías, ou até mesmo Esdras. Portanto, não
tem como certo quem escreveu o livro, porém o que se pode afirmar é que a obra
é inspirada por Deus.
Obra que foi escrita no
período dos patriarcas que segundo Silva “Os
acontecimentos que vai da chamada de Abraão até a morte de José no Egito fazem
parte do período dos patriarcas. Período dos pais de Israel, pois tal época
corresponde à época de Israel” (ANO 9, EDIÇÃO 28, p. 13).
Em suma, conclui-se que o
escritor do livro foi um israelita e que a data mesmo que desconhecida pode abranger
os séculos VII e II a.C., embora a história tenha ocorrido no período dos
patriarcas de Gênesis.
II –
ESTRUTURA LITERÁRIA DO LIVRO DE JÓ
A obra apresenta de forma
poética e em prosa o drama em que vivenciou o patriarca Jó.
A diferença entre a prosa e
a poesia se dá no que corresponde à forma natural da comunicação, ou seja, a prosa;
e, na forma emocional e sentimental em que ocorre a comunicação, isto é, a poesia.
Percebe-se também no livro a
presença de figuras de linguagens, por exemplo: a ironia (Jó 12.2) “Na verdade, vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria”; e, o uso de termos
simbólicos, cinza, tendo como significado tristeza e arrependimento; e o termo
pó, tendo como significado fragilidade (LUND, 2001).
III –
NATUREZA E MENSAGEM DO LIVRO DE JÓ
Três perguntas merecem
destaque e permite compreender que a obra em si apresenta poderosas respostas
de Deus no contexto prático, isto é, no que se refere às indagações humanas.
No que corresponde ao motivo
do sofrimento do justo, teologicamente compreende-se que o sofrimento está diretamente
associado ao pecado original. O pecado consumado por Adão resultou na
transmissão das consequências do pecado para com todos os homens.
Em vida o patriarca Jó
provou na prática que o servir a Deus não pode está associado a desejos materiais,
mas sim, na intimidade incondicional proporcionada pelos benefícios da comunhão
com o Senhor.
Por fim, compreende-se que o
homem pode desfrutar de uma vida íntima com Deus, pois Jó
demonstra que o experimentar Deus é muito mais profundo do que o falar sobre
Ele (GONÇALVES, 2020, p. 26).
Referência
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras, ensinos de Tiago para uma vida
cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração
de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
LUND. E. Hermenêutica.
São Paulo: Editora Vida, 2001.
SILVA, Andreson Côrte Ferreira da. Cronologia Bíblica. Revista Manancial.
Ano 9, edição 28.
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