Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 25 de março de 2022

EBD - Subsídio da Lição: A LEITURA DA BÍBLIA E A EDUCAÇÃO CRISTÃ

 A LEITURA DA BÍBLIA E A EDUCAÇÃO CRISTÃ

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A leitura e o estudo da Bíblia fortalecem a fé e a comunhão com Deus.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos:

Frisar que o crente precisa estudar a Bíblia até a volta de Cristo;

Evidenciar que a busca do Espírito Santo é primordial para a compreensão correta das Sagradas Escrituras;

E, Enfatizar a importância da Escola Dominical para todo cristão e explicar que a leitura bíblica deve ser uma disciplina diária na vida do crente.

Portanto, a finalidade da educação cristã é a formação espiritual e a do caráter do cristão. Assim como a Escola Dominical tem como descrição prática ser a agência educadora da Igreja e tem como material didático (prático) a ser ensinada a Bíblia Sagrada.

I – A BÍBLIA É O LIVRO TEXTO DA ESCOLA DOMINICAL

A prática pedagógica e o padrão ético merecem bastante atenção por tratarem diretamente dos efeitos positivos provenientes da Escola Bíblica Dominical, assim como são resultados diretos do currículo bem elaborado que tem como finalidade a primazia do ensino da Palavra de Deus.

A prática pedagógica na tangência do texto sagrado tem como objetivos: ganhar almas para Cristo, instruir os crentes para terem uma vida alicerçada na presença do Senhor Jesus e preparar os cristãos para o serviço ministerial.

No que corresponde preparar os cristãos para terem uma vida alicerçada na presença de Deus, nota-se que a prática do ensino bíblico proporciona aos cristãos buscarem e desenvolverem constantemente uma vida em plena santidade diante do Senhor.

Ser santo corresponde basicamente a ser separado para o uso do Senhor. Assim também como corresponde a ser consagrado para o uso exclusivo de Deus. A santificação em sua atuação pretérita leva o crente a compreender que Deus fez o que para o homem era impossível, Jesus morreu para salvar a humanidade. Porém, na atuação presente da santificação é necessário que cada cristão busque constantemente a consagra-se sendo esta por meio da Bíblia, por meio da oração e por meio da presença na igreja.

II – A EDUCAÇÃO CRISTÃ E A FORMAÇÃO DE LEITORES DA BÍBLIA

A leitura da Bíblia proporciona o crescimento espiritual, assim como, à maturidade social. Inúmeros são os livros que podem ser lidos pelo o ser humano, entretanto, nenhum deles produzirá efeitos transformadores como a Bíblia Sagrada.

A educação cristã:

[...] molda o nosso viver segundo as Escrituras e produz crescimento e amadurecimento espiritual (BAPTISTA, 2021, p. 149).

Percebe-se que o propósito da educação cristã é formar discípulos do Senhor Jesus, isto é, formar pessoas que seguirão os passos assim o testemunho de Jesus.

Além da capacitação intelectual e espiritual, a educação cristã, outorga ao crente o desenvolvimento do caráter, sendo que o caráter corresponde em:

Ter um comprometimento com um conjunto de valores sem comprometer-se [...] Ser dedicado a um conjunto de padrões sem hesitar [...] Esforçar-se continuamente para integrar seus pensamentos, palavras e ações... Fazer sacrifícios para manter os seus princípios [...] Ter autodisciplina para manter seus valores e padrões morais (MUNROE, 2015, p. 204-211).

III – É PRECISO LER A BÍBLIA DIARIAMENTE

A prática da leitura da Bíblia será desenvolvida mediante uma vida disciplinada, isto é, mediante uma vida norteada pela ordem. Compreende-se também que a leitura da Bíblia proporciona uma vida disciplinada em todo o proceder do crente.

[...] Com esse sentido, encontramos três símbolos na Bíblia que exemplificam a vida disciplinada: (a) o Soldado – a disciplina na aflição: “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo” (2 Tm 2.3); (b) o Lavrador – a disciplina da paciência: “porque o que lavra deve lavrar com esperança, e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante” (1 Co 9.10); (c) o Atleta – a disciplina no treinamento: “os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio (1 Co 9.24) (BAPTISTA, 2021, p. 152).

Com a dedicação mediante a leitura bíblica o crente será constantemente fortalecido pela Palavra, fato que fará deste um eterno aprendiz de Cristo, vale ressaltar que ser discípulo é literalmente ser um aprendiz.

Por fim, a leitura da Bíblia de maneira devocional proporciona ao cristão entender que os instantes em que o indivíduo passa com o Senhor em leitura da Bíblia, este estará literalmente adorando a Deus.

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

MUNROE, Myles. O poder do caráter na liderança. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2015.

quarta-feira, 23 de março de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – PARA QUE CREIAIS QUE JESUS É O FILHO DE DEUS

 PARA QUE CREIAIS QUE JESUS É O FILHO DE DEUS

Conforme o Resumo da Lição:

Não será por evidência ou argumento filosóficos que as pessoas serão salvas, mas pela pregação do Evangelho no poder do Espírito Santo.

Com base na descrição acima do resumo da lição, conclui-se que:

ü    As evidências ou argumento filosófico não possui poder para salvar ninguém.

ü    Há poder do Espírito Santo manifestado quando o Evangelho é pregado.

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar a incredulidade de Tomé;

Explicar que a incredulidade é um solo fértil para o surgimento de heresias;

E, Saber que a fé no Filho de Deus nos leva a ter a vida eterna.

É válido observar com cautela o versículo do Texto Principal: Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).

Foram escritos, primeiro, para que creia que Jesus é o Cristo, mensagem direcionada aos judeus; já para que creia que Jesus é o Filho de Deus, mensagem direcionada aos gentios.

I – A INCREDULIDADE DE TOMÉ

Tomé apresenta incredulidade quando argumenta aos demais discípulos que necessário seria a apresentação de evidências, por isso, o evangelista João no propósito do Evangelho dá ênfase ao termo sinais, ou seja, sinais que apresentam a divindade da pessoa de Jesus, e fato marcante é que o apóstolo cita no decorrer do livro sete sinais, que são:

Água transformada em vinho.

Cura do filho do oficial.

O paralítico de Betesda.

A multiplicação dos pães.

Jesus anda sobre as águas.

A cura de um cego de nascença.

A ressurreição de Lázaro.

Conforme o propósito da escrita do Evangelho de João percebe-se que o evangelista tinha como objetivos que os leitores cressem que Jesus é o Cristo (frase voltada para os judeus) o Filho de Deus (frase direcionada para os gentios).

O termo Filho de Deus descreve a divindade de Jesus, isto é, Jesus tem a mesma natureza e substância do Pai.

Da seguinte maneira Soares chama atenção para com o termo Filho de Deus:

O conceito de Pai-Filho, na divindade, não deve ser confundido com o processo de reprodução humana nem com o relacionamento pai-filho numa família natural... Jesus é chamado de Filho de Deus no Novo Testamento porque Ele é Deus e veio de Deus (2017, p. 56,57).

II – INCREDULIDADE E HERESIAS

A incredulidade se manifesta quando o sinal é visível, ou seja, da parte de quem viu o sinal não há manifestação de crença, isto é, o sinal não convenceu a testemunha.

O capítulo 20 do Evangelho de João tem como foco mostrar que Tomé manifestou incredulidade mediante o testemunho dos demais discípulos, mas por outro lado quando o discípulo testemunhou a pessoa de Jesus em sua manifestação, Tomé realizou a seguinte manifestação pública de fé: Senhor meu e Deus meu (Jo 20.28).

Já o conceito para heresias é:

Doutrina contrária aos ensinamentos das Sagradas Escrituras. A heresia tanto pode contrariar os ensinos quanto os costumes embasados pela Palavra de Deus (ANDRADE, 1997, p. 144).

E sobre o gnosticismo acrescenta Andrade:

Escola teológica que floresceu nos primórdios do Cristianismo. Contrariando as pregações dos apóstolos, seus adeptos diziam-se os únicos a possuírem um conhecimento perfeito de Deus. Seu arcabouço doutrinário considerava a matéria irremediavelmente má. Por isso, diziam que a humanidade de Cristo era apenas aparente (1997, p. 141).

III – FÉ NO FILHO DE DEUS

Portanto a divindade de Jesus pode ser confirmada por ter Ele os nomes de Deus, os atributos de Deus e faz as obras de Deus.

Jesus é identificado pelos nomes de Deus:

Deus. Mas, acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e: cetro de equidade é o cetro do teu reino (Hb 1.8).

Filho de Deus (Mt 16.16,17), Santo (At 3.14), Senhor (At 9.17).

Jesus possui os atributos divinos:

Eterno. No princípio era o Verbo (Jo 1.1).

Onipotência (Mt 28.18), onipresença (Mt 18.20), onisciência (Jo 1.47,48).

Jesus é identificado como agente das obras desenvolvidas por Deus:

Criador. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3).

Preservador de tudo (Hb 1.3), perdoador de pecados (Mc 2.5,10,11), doador da vida (Fp 3.21). Ofícios e funções que pertencem distintamente a Deus, são atribuídos a Jesus Cristo (BANCROF, 2006, p. 123).

Referência:

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

sábado, 19 de março de 2022

EVANGELHO DE JOÃO

EVANGELHO DE JOÃO

É o quarto livro do Novo Testamento. O evangelho é de estilo literário reflexivo e cheio de imagens e figuras de linguagem. A autoria é direcionada para o evangelista João, o discípulo amado. E ao escrever o livro o evangelista João tinha como propósito: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome” João 20.31. O alcance do livro é universal, pois a relação direta para a abrangência da mensagem é tanto para judeus, assim também como para gentios, portanto a escrita deste livro é endereçada a igreja no geral, ou seja, ao conjunto de todos os salvos em Cristo.

O livro é divido em quatro partes: primeira, a introdução (Jo 1.1-18); segunda, ministério público de Jesus (Jo 1.19-12.50); terceira, ministério particular de Jesus (Jo 13.1-17.26) e a quarta, acontecimentos finais (João capítulos 18,19,20 e 21).

Na introdução Jesus é apresentado como o Verbo de Deus. Dois pontos são fundamentais para conhecer o verbo. Primeiro, a identidade do verbo. É necessário conhecer de fato quem é o verbo. E como resposta a tais perguntas o evangelista João no primeiro versículo do livro escreve: “No princípio era o verbo (o verbo é eterno), e o verbo estava com Deus (o verbo é distinto de Deus não em essência, mas em pessoa) e o verbo era Deus” (o verbo é Deus). Segundo, na introdução o evangelista cita as obras do verbo, que são: criar (todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. v.3), iluminar (ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo. v. 9), regenerar (os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas da vontade de Deus. v.13) e revelar (Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer. v. 18).

A partir do versículo dezenove do capítulo um ao capítulo doze, Jesus atende as necessidades dos homens. Duas são as divisões do ministério público apresentado no livro em análise. No início do ministério de Jesus em atender as necessidades dos homens, teremos os testemunhos, da parte dos homens a respeito de Jesus (Jo 1.19-54), o testemunho do sinal (Jo 2.1-12) e o testemunho da morte e da ressurreição prevista (Jo 2.13-25). Em continuação o evangelista cita os acontecimentos que compõem o evangelho anunciado (Capítulos 3 e 4). Já na segunda divisão teremos a partir do capítulo cinco a manifestação de fé e incredulidade. A partir daí os acontecimentos serão fundamentais, assim como os nomes de Jesus que serão apresentados, também como o assunto do capítulo e por fim, a manifestação de fé ou incredulidade.

Nos capítulos, 13 ao 17, Jesus atende as necessidades dos discípulos.   Jesus e seu exemplo (capitulo 13). Jesus e seu Pai (capítulo 14). Jesus e seus discípulos (capítulo 15). Jesus e o Espírito Santo (capítulo 16). E Jesus e sua oração (capítulo 17).

Já nos capítulos finais teremos o julgamento de Jesus, sacrifício de Jesus, a ressurreição de Jesus e o epílogo. Estes dados históricos compreendem os acontecimentos finais do ministério de Jesus.

E sobre a autoria do evangelho pertencer ao apóstolo João, esta é ratificada por provas históricas e provas do próprio livro. As provas históricas correspondem aos primeiros teólogos (Tertuliano, Irineu, Clemente de Alexandria e Justino), ao primeiro historiador (Eusébio) e a prova das testemunhas vivas (Policarpo e Papias). Já as provas do próprio livro são indiretas, porém são provas autênticas e por exegese bíblica o discípulo amado é o apostolo João o escritor do quarto evangelho.

Referência:

SILVA, Andreson Corte Ferreira da Silva. Introdução ao Novo Testamento. In: SILVA, Roberto Santos da. Seteblir - Seminário Teológico Batista Livre Renovado Formando obreiros visionários. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015.

Observação: Todo texto é uma citação direta conforme encontra-se na obra referenciada.

quarta-feira, 16 de março de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – JESUS VENCE A MORTE

 JESUS VENCE A MORTE

Conforme a Síntese:

João descortina a revelação de Jesus como Deus, e o que isso representa para nossa redenção.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    Jesus é Deus.

ü    E que há uma relação da divindade de Jesus com a redenção da humanidade.

A presente lição tem como objetivos:

Apresentar a conclusão do ministério de Jesus na Terra;

Explicar a prisão e crucificação de Jesus;

E, Saber que Jesus venceu a morte.

I – A CONCLUSÃO DO MINISTÉRIO DE JESUS NA TERRA

O presente tópico transmite três pontos essências que estão presentes no ministério particular de Jesus com os seus discípulos, são eles: a humildade de Jesus em lavar os pés dos discípulos, as últimas palavras de instrução e a ação do Espírito Santo.

No serviço desenvolvido por Cristo em lavar os pés de seus discípulos se aprende que:

A humildade é essencial para a caminhada cristã. Antes, dá maior graça. Portanto, diz Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes (Tg 4.6).

A obediência a Cristo garante que os crentes tenham parte com Ele. Destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo (2Co 10.5).

A ação em lavar os pés um dos outros não se caracteriza em uma humilhação pública, mas se caracteriza em uma unificação pública entre os membros do corpo de Cristo. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Agora, pois há muitos membros, mas um corpo (1Co 12.12,20).

O Evangelho tem que ser pregado e vivenciado. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13.15).

A respeito do Espírito Santo apreende-se com Jesus que o Consolador tem como missão convencer o mundo, guiar os crentes e glorificar a Deus.

Convencer o mundo (v.8). A presente missão identifica a relação do Espírito Santo com os homens não regenerados. A estes indivíduos o Espírito Santo os convencem do pecado, da justiça e do juízo.

O Espírito Santo convence o homem do pecado da incredulidade, da justiça de Cristo que se relaciona com a veracidade das declarações messiânicas e também do juízo, isto é, da garantia da condenação de Satanás.

Nessa tríplice obra, o Espírito Santo glorifica a Cristo. Ele mostra-nos que é pecado não confiar em Cristo, revela-nos a justiça de Cristo e a obra vitoriosa de Cristo em relação a Satanás. Nossa tarefa consiste tão-somente em pregar a palavra da verdade, dependendo do Espírito Santo para produzir convicção (BANCROFT, 2006, p.193,194).

Guiar os crentes (v.13). O Espírito Santo guiará os crentes em toda a verdade, logo o Espírito Santo é o instrutor dos cristãos no que corresponde a tudo.

Glorificar a Cristo (v.14). Ao anunciar o que é pertencente a Jesus o Espírito Santo estará glorificando a Pessoa de Cristo. O Espírito Santo glorifica a Cristo revelando-o ou tornando-o conhecido (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 271).

II – PRISÃO E CRUCIFICAÇÃO DE JESUS

Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício, sendo Ele o verdadeiro e eficaz sacrifício que aplacou a justa ira de Deus contra o pecado que reina nas ações da humanidade (Hb 7.27; 9.23,28). Logo, Jesus foi o sacrifício completo, que não necessitou e nem necessita que outro sacrifício seja realizado, pois por meio desta obra o pecado pode ser coberto (na Antiga Aliança o sangue do cordeiro era posto sobre o propiciatório da Arca, feito que significava o cobrir do pecado), porém, o sacrifício de Jesus de fato perdoa o pecador, lançando ao esquecimento toda ação pecaminosa por parte dos indivíduos, isto ocorre quando há o verdadeiro arrependimento (Is 43.25).

A cruz não era para Jesus, então o Messias é o substituto, por ser o substituto percebe-se que a morte de Cristo na cruz é vicária, isto é, substitutiva.

Ela é vicária, isto é, substitutiva, no sentido de alguém que toma o lugar de outro, como bem afirma Isaías: “[...] mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6 – conforme ainda 2 Co 5.21; 1 Pe 2.24; 3.18), portanto, Cristo morreu pelos nossos pecados; Ele, porém, era sem pecado (POMMERENING, 2017, p. 55).

O termo grego ἱλαστήριον permite compreender que a morte vicária de Jesus foi um sacrifício expiatório, ou seja, uma propiciação pelos pecados da humanidade, tornando assim possível a aproximação dos que creem na pessoa de Deus.

III – ELE VENCEU A MORTE

A ressurreição de Jesus pode ser compreendida como a confirmação de suas palavras, de sua pessoa e da sua morte.

Confirmação das palavras do Messias. No testemunho da morte e ressurreição prevista o mestre expressou as seguintes palavras: “derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jo 2.13-25). Se o Messias não tivesse ressuscitado estas palavras não teriam a confirmação.

Confirmação da pessoa e das obras do Messias. As obras messiânicas são divididas nas seguintes partes: vida do Messias, morte do Messias e a ressurreição do Messias. Porém, quando é citado que as obras de Jesus são confirmadas pela ressurreição, as obras inseridas são: os milagres e os ensinos. Portanto, na ressurreição do Senhor Jesus as suas obras foram confirmadas.

Confirmação da morte. Nenhum efeito teria a morte de Jesus se não houvesse a ressurreição, pois na morte do Messias a lei, o pecado, a enfermidade, satanás e a própria morte seriam vencidos, mas caso Ele não ressuscitasse não haveria vitória. Portanto, com a ressurreição de Jesus sua morte foi confirmada como sacrifício aceitável para salvação de todos aqueles que nEle crerem.

Referência:

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

domingo, 13 de março de 2022

EBD - Subsídio da Lição: AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM OS CRISTÃOS

 AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM OS CRISTÃOS

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

As epístolas apresentam instruções vitais para a compreensão da doutrina cristã, bem como para a formação dos cristãos.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Apresentar a instrução doutrinária de Paulo às igrejas no que diz respeito a pessoa de Jesus Cristo e acerca das últimas coisas; Expor a natureza das epístolas gerais a respeito da fé, santificação, combate aos falsos ensinos e esperança da vida eterna; e, Ressaltar a atualidade das epístolas do Novo Testamento no tocante às doutrinas da justificação, santificação e glorificação do crente.

Portanto, vinte e uma cartas de forma sistemática serão analisadas na presente lição. Sendo que o estudo sistemático das cartas na presente lição apresenta as doutrinas que pelos os apóstolos foram base para a instrução e formação dos cristãos da Igreja primitiva e que para os dias atuais ainda são obras para o fortalecimento espiritual do corpo de Cristo.

I – COMO AS EPÍSTOLAS PAULINAS NOS INSTRUEM

O primeiro tópico tem como objetivo analisar as doutrinas bíblicas presentes nas cartas escritas por Paulo, e as doutrinas que se destacam são: a doutrina da salvação e seus elos, assim como a doutrina de Cristo, também há forte instrução para com a Igreja primitiva a respeito dos assuntos escatológicos, e por fim, instruções referente a vida ministerial e pessoal do cristão.

Tendo como foco a soteriologia o apóstolo Paulo de forma rica apresenta alguns versículos chaves:

O justo viverá pela fé (Rm 1.17). A frase de fé em fé (Rm 1.17), significa fé do começo ao fim. Portanto, através da escrita da carta Paulo queria consolar os cristãos a permanecerem firmes na fé em meio às perseguições contra o Evangelho, sabendo que o cristão autêntico não envergonha do Evangelho porque este é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.

Sabemos que um homem não é justificado pelas obras da lei (Gl 2.16). [...] A condição de ser declarado “não culpado” diante de Deus vem por meio da fé na obra redentora de Cristo. O apóstolo reitera que somente a fé em Cristo nos liberta do jugo da Lei (BAPTISTA, 2021, p. 136).

Mas nós pregamos a Cristo crucificado (1 Co 1.23). [...] Portanto, a mensagem de salvação por meio da cruz de Cristo era escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Não obstante, Paulo lhes assevera que Cristo é o “poder de Deus” e a “sabedoria de Deus” (BAPTISTA, 2021, p. 136).

O ministério da reconciliação (2 Co 5.18). [...] Por causa do pecado, o homem vivia em inimizade com Deus. No entanto, Deus estava disposto a perdoar as ofensas e enviou um Mediador. Assim, Cristo levou os nossos pecados na cruz e nos reconciliou com Deus (BAPTISTA, 2021, p. 136).

No que tange a cristologia o apóstolo Paulo escreve aos Efésios afirmando que Jesus Cristo é a cabeça da Igreja, e a Igreja é o corpo de Cristo. Enquanto que para a Igreja em Filipos o apóstolo relata a respeito de ser Jesus o verdadeiro sentido do viver do cristão (Fp 1.21). E para a Igreja em Colosso a escrita paulina é sintetizada na seguinte prisma: Jesus é a suficiência para todo o cristão.

Paulo também instrui a respeito da vinda de Jesus para a Igreja em Tessalônica e tem como versículo chave: Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts. 4.16). Descreve também a respeito da grande tribulação ao afirmar que o ministério da injustiça já opera, porém há um que impede esta operação e este é o Espírito Santo da verdade: Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado (2 Ts 2.7).

Por fim, referente a instrução pessoal o apóstolo é usado por Deus para edificar a Igreja a respeito do perdão.

II – COMO AS EPÍSTOLAS GERAIS NOS FORMAM

A escrita de Pedro edifica a Igreja na tangência da santificação e firmeza em meio às perseguições – [...] os escritos de Pedro estimulam as virtudes do discernimento, santidade e perseverança (BAPTISTA, 2021, p. 141). O apóstolo João se caracteriza em escrever de forma apologética, tendo como objetivo defender a fé cristã – [...] somos exortados a seguir o bom exemplo dos servos que são fiéis a Deus, a sua obra e a seus líderes (BAPTISTA, 2021, p. 1141). Já Judas instrui os cristãos a batalhar pela fé – [...] o crente é instruído a se firmar na fé, orar e a preservar a esperança da vida eterna (BAPTISTA, 2021, p. 142).

Tiago em sua epístola mostra a importância das obras para a elevação da fé do crente em Cristo. Enquanto que o escritor da carta aos Hebreus apresenta Jesus e sua superioridade a todos e a tudo.

III – AS EPÍSTOLAS CONTINUAM A FALAR

O presente tópico apresenta três elos da santificação que são a justificação, a santificação e a glorificação (corresponde ao terceiro tempo da santificação, isto é, a santificação futura).

A justificação é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado. A justificação pode ser entendida em ser:

Salvação dos pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. Momentânea. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo.

Entretanto, sem a ressurreição de Jesus não haveria a justificação.

Já a santificação é estudada nos três tempos: passado, presente e futuro.

No aspecto do tempo, o passado, a santificação também é chamada de posicional ou pretérita. Corresponde com o passado ou momento em que o cristão se decidiu a andar debaixo da graça renovadora de Cristo. Descreve o valor da obra expiadora de Jesus na cruz que por meio da graça divina é eficaz para salvar o mais indigno dos homens, caso este se entregue ao Senhor como único e suficiente Salvador. Santificação pretérita corresponde em vitória sobre a penalidade do pecado.

Já no aspecto do presente a santificação é também conhecida como progressiva, fato que indica que é desenvolvida dia-a-dia por meio de escolhas e decisões. Todo cristão que priorize a santificação deverá consagrar sua vida por meio da leitura da Bíblia Sagrada, da ida à igreja e de uma vida de oração (Jo 17.17). Santificação progressiva corresponde com a vitória sobre o poder do pecado.

Sobre a santificação futura percebe-se que esta só ocorrerá na glorificação dos cristãos. Logo, santificação futura corresponde com a vitória definitiva sobre o pecado, neste caso sobre a presença do pecado.

Por fim, a justificação retira a penalidade do pecado, enquanto a santificação retira o poder do pecado e a glorificação invalida a presença do pecado.

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

quinta-feira, 10 de março de 2022

EBD - Subsídio da Lição: LUCAS – ATOS: MODELO PENTECOSTAL PARA HOJE

 LUCAS – ATOS:  MODELO PENTECOSTAL PARA HOJE

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A atividade do Espírito Santo e suas implicações na vida cristã são o padrão bíblico adotado pelo crente pentecostal.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Enfatizar a ação do Espírito Santo na vida e ministério de Jesus em Lucas; Ressaltar que a manifestação do Espírito Santo no ministério da igreja em Atos é cumprimento da promessa de Deus revelada por intermédio do profeta Joel; e, Apontar que o Batismo no Espírito Santo é uma promessa atual e deve ser buscada por todos os crentes como capacitação para o serviço cristão.

Portanto, três pontos são destacáveis na presente lição: a compreensão do Evangelho de Lucas na ótica do agir do Espírito Santo, o compreender a narrativa presente no livro de Atos sobre a direção do Espírito Santo e o entendimento referente a atualidade do batismo no Espírito Santo.

I – O EVANGELHO DE LUCAS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE CRISTO

O Evangelho de Lucas é o terceiro Evangelho e também um dos sinópticos. O Evangelho de Lucas possui como característica a veracidade histórica dos fatos e é considerado pelos eruditos como o mais refinado dos livros do Novo Testamento no que corresponde à língua grega.

O Evangelho de Lucas é um dos mais belos dos quatro evangelhos do Novo Testamento. De composição quase poética e recheado de parábolas, é uma obra prima da literatura grega. Isso indica que seu autor certamente dominava a língua e a arte de escrever (MIRANDA, 2011, p.113).

Lucas é o autor do terceiro Evangelho, porém a clareza da autoria não foi sempre nítida, pois não há citação no próprio livro sobre quem de fato é o autor. A obra foi escrita no início dos anos sessenta. Lucas se destaca pela narrativa histórica, pois os seus relatos respeita as datas e os eventos da história o que facilita a situação dos fatos narrados.

No que tange a interação dos escritos de Lucas no Evangelho referente a ação do Espírito Santo nota-se os seguintes acontecimento:

A concepção virginal de Maria (Lc 1.35).

A afirmação do poder de Jesus em batizar no Espírito Santo (Lc 3.16).

O triunfo de Jesus sobre Satanás no momento da tentação no deserto (Lc 4.1-13).

A operação do Espírito Santo no ministério de Jesus (Lc 4.18-21).

II – ATOS DOS APÓSTOLOS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DA IGREJA

Dois pontos são essenciais para compreender a mensagem de Lucas escrita no livro de Atos que instrui a Igreja referente a ação do Espírito Santo, são estes pontos: o cumprimento da promessa e a expansão da Igreja mediante a capacitação do Espírito Santo.

No capítulo dois de Atos é narrado o fenômeno que se refere com a descida do Espírito Santo, em que o escritor Lucas, escreve: cumprindo se o dia de pentecoste. Seria mais um dia festivo para os israelitas, a festa de pentecoste. Porém, aquele dia de pentecoste seria diferente por alguns fatos. Primeiro aquela festa era marcada pela antecedência da páscoa com a ressurreição de Cristo. Segundo, as sete semanas da preparação foram marcadas pela manifestação de Cristo aos seus discípulos. E em terceiro, Jesus deu uma ordem aos seus discípulos: e eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder (Lc 24.49).

Para o recebimento do batismo é necessário à unidade, pois além de estarem todos reunidos em um mesmo lugar, estavam antes de tudo unidos com um mesmo propósito.

Para que ocorra o batismo, três condições são fundamentais: um candidato, um ministro e um elemento em que o candidato será imerso. Portanto, quando o batismo em ênfase é no Espírito Santo, o candidato é o crente, o ministro do batismo é Jesus Cristo e o meio em que o candidato é imerso é o Espírito Santo.

III – UM MODELO PENTECOSTAL PARA A IGREJA DE NOSSOS DIAS

O batismo no Espírito Santo é revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial o falar línguas estranhas, conforme o consentimento do Espírito Santo.

Porém, o batismo no Espírito Santo não é salvação, pois para alcançar a salvação o meio de apropriação é a fé em Cristo. Também é necessário compreender que o batismo no Espírito Santo não é santificação, pois a santificação ocorre de maneira progressiva.

Soares corrobora com a descrição acima ao relatar que há dois pontos fundamentais sobre o conceito do pentecostalismo clássico referente ao batismo no Espírito Santo:

[...] a) trata-se de uma experiência espiritual do crente com o Espírito de Deus separada da conversão, na qual ele “entra em uma nova fase em relação ao Espírito”; b) tem o falar em línguas, glossolalia, como evidência física inicial do batismo (2020, p. 41).

O Batismo no Espírito Santo tem como propósitos:

A edificação espiritual do crente, pois mediante o falar das línguas o cristão é edificado (1 Co 14.4).

A obtenção de maior dinamismo espiritual, ocasionando maior disposição e maior coragem na prática da vida cristã.

O evangelista Jones corrobora ao relatar que:

A vida do cristão começa no Calvário, mas o trabalho eficiente no Pentecostes (apud ANDRADE, 1997, p. 49).

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

MIRANDA, Valtair. Fundamentos da Teologia Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.

SOARES, Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

quarta-feira, 2 de março de 2022

EBD - Subsídio da Lição: AS PROFECIAS DESPERTAM E TRAZEM ESPERANÇA

AS PROFECIAS DESPERTAM E TRAZEM ESPERANÇA

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

As profecias são mensagens que expressam a soberana vontade do Senhor. Elas servem para alertar o povo de Deus, produzindo esperança e confiança nas promessas divinas.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Destacar a atuação ministerial de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel; Conhecer o período e a região geográfica de atuação dos profetas Menores; e, Entender o propósito e a mensagem do livro de Apocalipse.

I – OS PROFETAS MAIORES

A função do profeta era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o profeta ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função do profeta se resume em: primeiro em ouvir a voz de Deus; e, em segundo transmitir ao homem.

Os profetas maiores são assim conhecidos por terem um período maior no exercício ministerial, assim como no que tange a quantidade de texto escrito por eles.

[...] A designação serve para diferenciar o tamanho dos livros, e não o grau de importância de seus autores (BAPTISTA, 2022, p. 115).

Os profetas maiores são: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Cada um se destacou em seu período ministerial como instrumentos de Deus. Isaías se notabilizou por ser o profeta messiânico, Jeremias por ser o profetas das lágrimas, Ezequiel o profeta que viu coisas inefáveis e Daniel o profeta levanto no cativeiro para guiar o povo no temor do Senhor.

II – OS PROFETAS MENORES

Deus chama e Deus capacita. No olhar e buscar compreensão diretamente relacionada com a vida dos profetas ficará nítido que estes foram na sua abrangência composto por [...] representantes da nobreza e da pobreza, homens e mulheres, adultos, jovens e crianças, pessoas das mais variadas profissões, gente com estudo e sem estudo (TROTA, 2021, p. 7).

Além da vocação divina para com a execução do ministério profético, percebe-se que estes foram inspirados em propagarem os anúncios pela plena inspiração do Espírito Santo. A inspiração do Espírito Santo ao ministério profético fazia com o desenvolvimento deste fosse dinâmico e corajoso, pois os profetas além aconselharem os monarcas, por inúmeras vezes os reprendeu.

Em suma, os profetas menores foram homens vocacionados e inspirados por Deus, sendo que por divisão histórica os profetas menores são representados da seguinte maneira:

Profetas pré-exílicos – Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque e Sofonias.

Profetas pós-exílicos – Ageu, Zacarias e Malaquias.

Assim sendo os profetas menores ouviam a voz de Deus no que tangia a injustiça dos homens e em seguida anunciava o juízo divino. Porém, seguidamente Deus usava os profetas para consolar e encorajar o seu povo.

III – O LIVRO DE APOCALIPSE

O livro de Apocalipse inicia-se com a palavra revelação (v.1), que determina os propósitos de Deus e a pessoa de Deus. São 404 versículos distribuídos em 22 capítulos, contabilizando 12.000 palavras. Obra escrita no ano 96 d.C pelo evangelista João “o qual testificou da Palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto” (v.2). A palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo são as razões pelas quais João foi exilado na ilha de Patmos (v.9) e, também, o motivo por que os crentes são perseguidos hoje em dia (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 758).

O primeiro parágrafo conclui com a primeira bem aventurança (v.3), das sete citadas em toda a obra (14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14), sendo bem aventurado o que lê e os que ouvem as palavras proféticas e as guardam, isto é, os que obedecem e praticam (SILVA, 1997).

Os versículos 1, 4 e 9 são fundamentais para compreender que o apóstolo João é o autor do livro, sendo estas referências consideradas provas internas referentes à autoria da obra de Apocalipse. Já os pais da Igreja, assim como os primeiros teólogos da era cristã determinaram que o discípulo amado, é o escritor do livro de Apocalipse, fato também ratificado como veracidade por Euzébio, o grande historiador, sendo estas definidas como provas externas da autoria do evangelista João.

Entretanto, com as provas internas e externas pode concluir que João é o escritor humano, enquanto o Senhor Jesus é o Escritor Divino.

Portanto, ao analisar o livro de Apocalipse tendo como referência o versículo 19, percebe-se que a obra por completa se divide em três partes: as coisas que tens visto (É a primeira parte do livro e se refere ao passado, ou seja, o que já aconteceu); e as que são (A segunda parte corresponde com o presente, isto é, as coisas que estavam ocorrendo nos dias do evangelista), e as que depois destas hão de acontecer (Aqui percebe a terceira parte que transcreve as revelações das coisas futuras).

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse, versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.