AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM OS CRISTÃOS
A lição em apreço apresenta a seguinte
descrição na verdade prática:
As epístolas apresentam
instruções vitais para a compreensão da doutrina cristã, bem como para a
formação dos cristãos.
Sendo que a presente lição tem como objetivos
específicos: Apresentar a instrução doutrinária de Paulo
às igrejas no que diz respeito a pessoa de Jesus Cristo e acerca das últimas
coisas; Expor a natureza das epístolas gerais a respeito da fé, santificação,
combate aos falsos ensinos e esperança da vida eterna; e, Ressaltar a
atualidade das epístolas do Novo Testamento no tocante às doutrinas da justificação,
santificação e glorificação do crente.
Portanto, vinte e uma cartas de forma
sistemática serão analisadas na presente lição. Sendo que o estudo sistemático
das cartas na presente lição apresenta as doutrinas que pelos os apóstolos
foram base para a instrução e formação dos cristãos da Igreja primitiva e que
para os dias atuais ainda são obras para o fortalecimento espiritual do corpo
de Cristo.
I – COMO AS
EPÍSTOLAS PAULINAS NOS INSTRUEM
O primeiro tópico tem como objetivo analisar
as doutrinas bíblicas presentes nas cartas escritas por Paulo, e as doutrinas que
se destacam são: a doutrina da salvação e seus elos, assim como a doutrina de
Cristo, também há forte instrução para com a Igreja primitiva a respeito dos
assuntos escatológicos, e por fim, instruções referente a vida ministerial e
pessoal do cristão.
Tendo como foco a soteriologia o apóstolo
Paulo de forma rica apresenta alguns versículos chaves:
O justo viverá pela fé (Rm 1.17). A frase de fé em fé (Rm 1.17), significa fé
do começo ao fim. Portanto, através da escrita da carta Paulo queria consolar
os cristãos a permanecerem firmes na fé em meio às perseguições contra o
Evangelho, sabendo que o cristão autêntico não envergonha do Evangelho porque
este é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.
Sabemos que um homem não é justificado pelas obras da lei (Gl
2.16). [...] A
condição de ser declarado “não culpado” diante de Deus vem por meio da fé na
obra redentora de Cristo. O apóstolo reitera que somente a fé em Cristo nos
liberta do jugo da Lei (BAPTISTA, 2021, p. 136).
Mas nós pregamos a Cristo crucificado (1 Co
1.23). [...] Portanto, a mensagem de salvação por
meio da cruz de Cristo era escândalo para os judeus e loucura para os gregos.
Não obstante, Paulo lhes assevera que Cristo é o “poder de Deus” e a “sabedoria
de Deus” (BAPTISTA, 2021, p. 136).
O ministério da reconciliação (2 Co 5.18). [...] Por causa do pecado, o homem vivia em inimizade com
Deus. No entanto, Deus estava disposto a perdoar as ofensas e enviou um
Mediador. Assim, Cristo levou os nossos pecados na cruz e nos reconciliou com Deus
(BAPTISTA, 2021, p. 136).
No que tange a cristologia o apóstolo Paulo
escreve aos Efésios afirmando que Jesus Cristo é a cabeça da Igreja, e a Igreja
é o corpo de Cristo. Enquanto que para a Igreja em Filipos o apóstolo relata a
respeito de ser Jesus o verdadeiro sentido do viver do cristão (Fp 1.21). E
para a Igreja em Colosso a escrita paulina é sintetizada na seguinte prisma:
Jesus é a suficiência para todo o cristão.
Paulo também instrui a respeito da vinda de
Jesus para a Igreja em Tessalônica e tem como versículo chave: Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com
voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro (1 Ts. 4.16). Descreve também a respeito da
grande tribulação ao afirmar que o ministério da injustiça já opera, porém há
um que impede esta operação e este é o Espírito Santo da verdade: Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um
que agora o retém até que do meio seja tirado (2 Ts 2.7).
Por fim, referente a instrução pessoal o
apóstolo é usado por Deus para edificar a Igreja a respeito do perdão.
II – COMO AS
EPÍSTOLAS GERAIS NOS FORMAM
A escrita de Pedro edifica a Igreja na tangência
da santificação e firmeza em meio às perseguições – [...]
os escritos de Pedro estimulam as virtudes do discernimento, santidade e perseverança
(BAPTISTA, 2021, p. 141). O apóstolo João se caracteriza em escrever de forma apologética,
tendo como objetivo defender a fé cristã – [...] somos
exortados a seguir o bom exemplo dos servos que são fiéis a Deus, a sua obra e
a seus líderes (BAPTISTA, 2021, p. 1141). Já Judas instrui os
cristãos a batalhar pela fé – [...] o crente é
instruído a se firmar na fé, orar e a preservar a esperança da vida eterna (BAPTISTA, 2021, p. 142).
Tiago em sua epístola mostra a importância das
obras para a elevação da fé do crente em Cristo. Enquanto que o escritor da
carta aos Hebreus apresenta Jesus e sua superioridade a todos e a tudo.
III – AS EPÍSTOLAS
CONTINUAM A FALAR
O presente tópico apresenta três elos da
santificação que são a justificação, a santificação e a glorificação
(corresponde ao terceiro tempo da santificação, isto é, a santificação futura).
A justificação é o elo da salvação que retira
a penalidade do pecado. A justificação pode ser entendida em ser:
Salvação dos pecados praticados no passado.
Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. Momentânea. E
ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo.
Entretanto, sem a ressurreição de Jesus não
haveria a justificação.
Já a santificação é estudada nos três tempos:
passado, presente e futuro.
No aspecto do tempo, o passado, a
santificação também é chamada de posicional ou pretérita. Corresponde com o
passado ou momento em que o cristão se decidiu a andar debaixo da graça
renovadora de Cristo. Descreve o valor da obra expiadora de Jesus na cruz que
por meio da graça divina é eficaz para salvar o mais indigno dos homens, caso
este se entregue ao Senhor como único e suficiente Salvador. Santificação
pretérita corresponde em vitória sobre a penalidade do pecado.
Já no aspecto do presente a santificação é
também conhecida como progressiva, fato que indica que é desenvolvida dia-a-dia
por meio de escolhas e decisões. Todo cristão que priorize a santificação
deverá consagrar sua vida por meio da leitura da Bíblia Sagrada, da ida à
igreja e de uma vida de oração (Jo 17.17). Santificação progressiva corresponde
com a vitória sobre o poder do pecado.
Sobre a santificação futura percebe-se que
esta só ocorrerá na glorificação dos cristãos. Logo, santificação futura
corresponde com a vitória definitiva sobre o pecado, neste caso sobre a
presença do pecado.
Por fim, a justificação retira a penalidade
do pecado, enquanto a santificação retira o poder do pecado e a glorificação
invalida a presença do pecado.
Referência:
BAPTISTA,
Douglas. A Supremacia das Escrituras:
a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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