LUCAS – ATOS: MODELO PENTECOSTAL PARA HOJE
A lição em apreço apresenta a seguinte
descrição na verdade prática:
A atividade do Espírito Santo
e suas implicações na vida cristã são o padrão bíblico adotado pelo crente
pentecostal.
Sendo que a presente lição tem como objetivos
específicos: Enfatizar a ação do Espírito Santo na vida
e ministério de Jesus em Lucas; Ressaltar que a manifestação do Espírito Santo
no ministério da igreja em Atos é cumprimento da promessa de Deus revelada por
intermédio do profeta Joel; e, Apontar que o Batismo no Espírito Santo é uma
promessa atual e deve ser buscada por todos os crentes como capacitação para o
serviço cristão.
Portanto, três pontos são destacáveis na
presente lição: a compreensão do Evangelho de Lucas na ótica do agir do
Espírito Santo, o compreender a narrativa presente no livro de Atos sobre a
direção do Espírito Santo e o entendimento referente a atualidade do batismo no
Espírito Santo.
I – O
EVANGELHO DE LUCAS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE CRISTO
O Evangelho de Lucas é o terceiro Evangelho e
também um dos sinópticos. O Evangelho de Lucas possui como característica a
veracidade histórica dos fatos e é considerado pelos eruditos como o mais
refinado dos livros do Novo Testamento no que corresponde à língua grega.
O Evangelho de Lucas é um
dos mais belos dos quatro evangelhos do Novo Testamento. De composição quase
poética e recheado de parábolas, é uma obra prima da literatura grega. Isso
indica que seu autor certamente dominava a língua e a arte de escrever (MIRANDA, 2011, p.113).
Lucas é o autor do terceiro Evangelho, porém
a clareza da autoria não foi sempre nítida, pois não há citação no próprio
livro sobre quem de fato é o autor. A obra foi escrita no início dos anos
sessenta. Lucas se destaca pela narrativa histórica, pois os seus relatos
respeita as datas e os eventos da história o que facilita a situação dos fatos
narrados.
No que tange a interação dos escritos de
Lucas no Evangelho referente a ação do Espírito Santo nota-se os seguintes
acontecimento:
A concepção virginal de Maria (Lc 1.35).
A afirmação do poder de Jesus em batizar no
Espírito Santo (Lc 3.16).
O triunfo de Jesus sobre Satanás no momento
da tentação no deserto (Lc 4.1-13).
A operação do Espírito Santo no ministério de
Jesus (Lc 4.18-21).
II – ATOS DOS
APÓSTOLOS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DA IGREJA
Dois pontos são essenciais para compreender a
mensagem de Lucas escrita no livro de Atos que instrui a Igreja referente a
ação do Espírito Santo, são estes pontos: o cumprimento da promessa e a expansão
da Igreja mediante a capacitação do Espírito Santo.
No capítulo dois de Atos é narrado o fenômeno
que se refere com a descida do Espírito Santo, em que o escritor Lucas,
escreve: cumprindo se o dia de pentecoste.
Seria mais um dia festivo para os israelitas, a festa de pentecoste. Porém,
aquele dia de pentecoste seria diferente por alguns fatos. Primeiro aquela
festa era marcada pela antecedência da páscoa com a ressurreição de Cristo.
Segundo, as sete semanas da preparação foram marcadas pela manifestação de
Cristo aos seus discípulos. E em terceiro, Jesus deu uma ordem aos seus
discípulos: e eis que sobre vós envio a promessa de meu
Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder (Lc 24.49).
Para o recebimento do batismo é necessário à
unidade, pois além de estarem todos reunidos em um mesmo lugar, estavam antes
de tudo unidos com um mesmo propósito.
Para que ocorra o batismo, três condições são
fundamentais: um candidato, um ministro e um elemento em que o candidato será
imerso. Portanto, quando o batismo em ênfase é no Espírito Santo, o candidato é
o crente, o ministro do batismo é Jesus Cristo e o meio em que o candidato é
imerso é o Espírito Santo.
III – UM MODELO
PENTECOSTAL PARA A IGREJA DE NOSSOS DIAS
O batismo no Espírito Santo é revestimento e
derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial o falar línguas
estranhas, conforme o consentimento do Espírito Santo.
Porém, o batismo no Espírito Santo não é
salvação, pois para alcançar a salvação o meio de apropriação é a fé em Cristo.
Também é necessário compreender que o batismo no Espírito Santo não é
santificação, pois a santificação ocorre de maneira progressiva.
Soares corrobora com a descrição acima ao
relatar que há dois pontos fundamentais sobre o conceito do pentecostalismo
clássico referente ao batismo no Espírito Santo:
[...] a) trata-se de uma
experiência espiritual do crente com o Espírito de Deus separada da conversão,
na qual ele “entra em uma nova fase em relação ao Espírito”; b) tem o falar em
línguas, glossolalia, como evidência física inicial do batismo (2020,
p. 41).
O Batismo no Espírito Santo tem como
propósitos:
A edificação espiritual do crente, pois
mediante o falar das línguas o cristão é edificado (1 Co 14.4).
A obtenção de maior dinamismo espiritual,
ocasionando maior disposição e maior coragem na prática da vida cristã.
O evangelista Jones corrobora ao relatar que:
A vida do cristão começa
no Calvário, mas o trabalho eficiente no Pentecostes (apud ANDRADE, 1997, p. 49).
Referência
ANDRADE,
Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico.
Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
MIRANDA,
Valtair. Fundamentos da Teologia
Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
SOARES,
Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo:
A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de
Janeiro: CPAD, 2020.
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