FALSA RELIGIOSIDADE
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gálatas 5.19-21).
Há pecados consumados
que ocorrem no âmbito religioso. Por ser o ambiente religioso, não quer dizer
que Deus esta sendo agrado e adorado. Na lista das obras da carne o apóstolo
Paulo trata-se de dois atos desenvolvidos no contexto sacro. Vale ressaltar que
o termo sacro corresponde de forma abrangente ao ambiente que exprime
religiosidade e não que tenha a aprovação divina.
As duas obras da carne que merecem atenção à gravidade religiosa citada por Paulo aos Gálatas são a idolatria e a feitiçaria.
I – IDOLATRIA
Idolatria (grego,
eidololatreia), tem origem histórica no período posterior à morte de Ninrode.
Anterior a este personagem bíblico o pecado por idolatria não era desenvolvido
pela população mundial. Ninrode foi engrandecido pelos seus compatriotas, logo
após a morte deste a população da época desenvolveram mecanismos idólatras para
não esquecerem a pessoa de Ninrode. Com o passar do tempo às nações
desenvolveram pelo próprio punho imagens de esculturas, que se transformou na
cultura pagã de inúmeras nações, dentre elas em destaque a Egípcia.
Quando Israel saiu do Egito em direção a Terra Prometida, as nações da época eram politeístas, e assim sendo, as nações desenvolviam cultos a deuses que de fato não existem. Portanto, coube a Israel como nação desenvolver o culto sacro ao único Deus. Com tal incumbência os israelitas seriam o modelo para o mundo no que corresponderia ao verdadeiro culto e a adoração ao verdadeiro Deus.
O grande desfio de Israel era vencer a idolatria e manter a fidelidade a Javé, cumprindo o concerto do Sinai. O povo estava saindo de um contexto sociocultural completamente politeísta. Seus ancestrais lhes haviam falado sobre o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, mas eles mesmos precisavam saber o que significava o compromisso de servir e adorar exclusivamente o Deus que os libertara da escravidão do Egito. A adoração a Javé devia ser algo completamente diferente dos rituais idólatras. (SOARES, 2014, p. 42)
Para corroborar e
autenticar a incumbência para com Israel três meses após o Êxodo, Deus outorgou
aos israelitas o decálogo que conforme o segundo mandamento transmite a
seguinte descrição: não farás imagens de esculturas (Êx 20.4).
Deus revela no segundo
mandamento que Ele é soberano e misericordioso, assim como, apenas Ele deverá
ser adorado. O segundo mandamento também revela que imagens não devem ser
feitas, como não deverá o indivíduo prostrar-se diante das esculturas e adorá-las
(Êx 20. 4-6).
II
– FEITIÇARIA
Pecado em praticar o
mal com ou sem o auxílio de demônios. Tal pecado está relacionado com o espiritismo,
com magia negra e com o culto a demônios (Ap 9.20,21; 22.15). Porém, há na
Bíblia um versículo bem interessante a respeito da feitiçaria: Porque a rebelião é como pecado de feitiçaria, e o porfiar é
como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele
também te rejeitou a ti, para que não sejas rei (1 Sm 15.23).
Feitiçaria abrange todo tipo de pecado em que a pessoa apresenta aptidões para com a prática do mal estando os atos deste vinculados com o auxílio de demônios, assim como são descrições atuantes de um ambiente religioso.
Por fim, por ser o
pecado toda prática que desagrada a Deus, percebe-se que a idolatria, assim
como a feitiçaria são tipos de pecados que desagradam ao Senhor. Também é
nítido que a idolatria e a feitiçaria ocorrem no âmbito religioso. O conceito
para religião é que há uma ligação entre o indivíduo limitado e necessitado, e
o Senhor que é soberano, porém nem todo religioso está ligado com Deus, mas é
verdade que todo o que está ligado com Deus é religioso.
SOARES, Esequias. Os dez mandamentos: valores divinos para uma sociedade em constante
mudança. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
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