Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Subsídio para aulas da EBD: A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL

A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL

A presente lição tem como verdade prática:

Para além da responsabilidade individual, a Palavra de Deus se posiciona contra o fatalismo, isto é, contra a ideia de que tudo está determinado por um rígido destino.

O determinismo resume que tudo o que há de acontecer já está determinado, tanto no que corresponde aos fatos, assim como com as pessoas que estarão envolvidas. Porém, Deus desde a criação outorgou ao ser humano o livre arbítrio, ou seja, o ser humano tem liberdade de agir conforme seus preceitos, lembrando que todo aquele que pecar será responsabilizado por seus atos.

A lição em apreço tem como objetivos específicos: Explicar a máxima usada em Israel; Expor a respeito da abrangência da salvação; e, Pontuar a reação de Israel.

I – SOBRE A MÁXIMA USADA EM ISRAEL

Um dos erros da sociedade moderna é buscar transferir a culpa de seus erros para outras pessoas. Adão lançou a responsabilidade para Eva, que, por sua vez lançou a responsabilidade para a serpente. Direcionar a outros a culpa dos próprios erros é omitir a própria responsabilidade diante do Senhor.

Os pecados do povo foram acumulados geração após geração, mas o castigo do cativeiro era responsabilidade daquela geração. Tanto os exilados na Babilônia como os que estavam em Judá e em Jerusalém acreditavam ou se justificavam numa ideia falsa de que estavam pagando pelos pecados dos pais, mesmo depois da destruição de Jerusalém (Lm 5.7). Javé, entanto, proibiu enfaticamente o povo de pronunciar essa máxima: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, vocês nunca mais repetirão esse provérbio em Israel (18.3). Na profecia de Jeremias, essa proibição é escatológica, depois a restauração de Israel (Jr 31.29). (SOARES; SOARES, 2022, p. 87)

Por isso, a palavra chave para o estudo em foco é responsabilidade. Quem de fato se representa diante do Senhor é o próprio indivíduo, o que retira a obrigação do outro sobre si. Logo, a responsabilidade está associada com o reconhecimento. Cada seguidor do Senhor deverá compreender que há liberdade e responsabilidade para prosseguir diante do Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.

II – SOBRE A SALVAÇÃO PARA TODOS OS SERES HUMANOS

Expor a respeito da abrangência da salvação é o objetivo do presente tópico que tem como descrição afirmar o livre arbítrio. Dois versículos categoricamente ratificam para a verdade da predestinação universal e não para com a predestinação individual.

E não quereis vir a mim para terdes vida (Jo 5.40).

O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (2Pe 3.9).

Ambos os textos foram escritos por discípulos do Senhor Jesus, sendo que os dois textos ratificam para a liberdade de o indivíduo chegar-se até a presença do Senhor. No primeiro escrito por João está bem nítido que não quereis vir, enquanto que Pedro demonstra que o desejo (antropomorfismo) do Senhor Jesus é que ninguém se perca.

O pastor Claudionor Andrade sintetiza a doutrina da predestinação conforme João 3.16 da seguinte maneira:

a) A predestinação é universal. Ou seja, Deus, em seu profundo e inigualável amor, predestinou todos os seres humanos à vida eterna. Ninguém foi predestinado ao lago de fogo que, conforme bem o acentuou Jesus, fora preparado para o diabo e aos seus anjos.

b) Mas o fato de o homem ser predestinado à vida eterna não lhe garante a bem-aventurança ao lado de Deus, é necessário, pois, que creia no Evangelho. E, assim, será havido por eleito.

Por conseguinte, a predestinação é universal; e a eleição é particular (1997, p. 207).

A ideia de uma vez salvo, salvo para sempre é anulada pelas seguintes palavras escritas por Ezequiel:

Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá (Ez 18.24).

O desviar da justiça faz com o justo torne-se injusto e perca o legado espiritual amplamente construído diante de outras testemunhas, pois o ser humano morrerá no pecado que pecou.

III – SOBRE A REAÇÃO DE ISRAEL

Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos torcidos? (Ez 18.25).

O versículo no seu corpo transmite duas perguntas que são na hermenêutica conhecidas como perguntas retóricas, isto é, perguntas que tem o sentido de afirmar e não interrogar algo. Portanto, o versículo afirma que o caminho do Senhor é direito, e que os caminhos trilhados pelo o homem são torcidos.

Lembrando que Deus é justo e santo. Logo, Deus é justo e misericordioso. Por ser misericordioso Deus outorga oportunidade para que o ser humano se arrependa de seus pecados.

O arrependimento é descrito no desenvolvimento prático por reconhecer que pecou e por deixar o pecado e passar a servir ao Senhor.

Referencias:        

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A justiça divina: a preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

Nenhum comentário:

Postar um comentário