ASSUNTOS RELACIONADOS COM O DOMÍNIO PRÓPRIO
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gálatas 5.19-21).
Uma virtude do fruto do Espírito é a temperança. Virtude que corresponde com o domínio próprio. Ato em que o indivíduo possui o controle sobre palavras e ações. A ausência do domínio próprio poderá culminar no homicídio, na bebedice e na glutonaria.
I – HOMICÍDIO
Homicídio é ato de matar
alguém. Não é cabível ao ser humano tirar a vida do outro. Quem dá a vida e tem
o poder de tirá-la é Deus. Porém, nota-se que por causa do pecado o homem por
mínimas coisas retira a vida do outro. O homicídio poderá ser causado deste uma
mínima coisa, exemplo o orgulho, assim como atitude mais extrema, exemplo à
busca pelo o poder de uma nação.
Lembrando que assassinato é:
O tirar a vida de outra pessoa de forma ilegal, ação proibida por Deus que carrega a ameaça de punição severa. (GUIA CRISTÃO DA LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 792)
No contexto bíblico dois
personagens passam a serem bons exemplos de que a ira poderá consumar-se em
assassinato, Caim ao matar o seu irmão Abel (Gn 4.8), como também o desejo por perpetuar
no poder, caso de Saul que procurou matar a Davi (1 Sm 19.11).
Mateus escreve o ensino de Jesus (Mt 5.22) que associa a raiva na percepção divina com a gravidade e seriedade do homicídio, pois o indivíduo passa a ter como vontade o desejo de livrar-se da outra pessoa (GUIA CRISTÃO DA LEITURA DA BÍBLIA, 2013).
II – BEBEDICE
Uso de bebidas que provocam
alterações físicas, emocionais e mentais. Compreende-se que o uso de bebidas ocasiona
vergonha ao usuário, mesmo que este não compreenda a situação no instante em
que esteja embriagado. Para Salomão o vinho é uma bebida forte cheia de
violência (Pv 20.1).
Ao nazireu era definido que
não consumisse vinho, pois o nazireu era consagrado a Deus (Am 2.12), assim
compreende que ao cristão não é cabível o consumo de bebidas em que o escândalo
se manifeste, pois é de responsabilidade da igreja proporcionar a edificação de
todos os que se aproximam de Deus.
Três consequências do uso do
vinho são claramente descritas na Bíblia:
O vinho tira a sabedoria – A
luxúria, e o vinho, e o mosto tiram o coração (Os 4.11).
A deslealdade está associada com o consumo do
vinho - Tanto mais que, por ser dado ao vinho é desleal; homem soberbo que não
permanecerá; que alarga como o inferno a sua alma; e é como a morte que não se
farta, e ajunta a si todas as nações, e congrega a si todos os povos (Hc 2.5).
O uso de bebidas fortes proporciona contenda - E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Ef 5.18).
III - GLUTONARIA
Descontrole no uso de alimentos, sendo que tal pecado está também relacionado com o envolvimento direto com drogas e com o sexo. Sobre bebedice e glutonaria Barclay afirma:
Estas duas palavra, “bebedices” e “orgias”, descrevem o prazer que se tornou em devassidão. Há uma só maneira para o cristão evitar todos os prazeres deste tipo. É simplesmente lembrando-se de que está perpetuamente na presença de Jesus Cristo, e, portanto, procurando, a cada passo, fazer que a vida, nos seus trabalhos e nos seus prazeres, seja digna de ser vista por Jesus Cristo. (BARCLAY, 2010, p. 59)
O apóstolo Paulo termina a citação sobre as obras da carne da seguinte maneira “os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”. Portanto, deixemos toda obra carnal que põe aos frutos do Espírito.
Referência
BARCLAY,
William. As obras da carne e o fruto do
Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
GUIA
CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
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