LIBERTOS PARA VIVER EM SANTIDADE
Conforme o Resumo da Lição:
O cristão foi resgatado por um
bom preço, o sangue de Cristo, para que viva em santidade até a vinda de Jesus
Cristo.
Com base na descrição acima, conclui-se que:
ü Ser
cristão é afirmar que tem valor.
ü O valor
do cristão foi ratificado pela morte vicária de Jesus na cruz.
ü O
ato de ser salvo em Cristo remete ao cristão o dever em santificar-se
diariamente.
[...] a manutenção da santidade recebida na justificação e
regeneração é exigida, pois para isso o cristão foi salvo, e o preço do resgate
para a sua liberdade somente será eficaz ao cristão que mantiver uma vida de
santidade. (NEVES, 2023, p. 59)
A presente lição tem como objetivos:
Apresentar o contexto da
Primeira Carta de Pedro;
Conscientizar de que a
santidade recebida na justificação precisa ser mantida;
Compreender que o cristão
foi resgatado pelo precioso sangue de Cristo para viver em santidade.
I – O CONTEXTO DA
PRIMEIRA CARTA DE PEDRO
Para Silva a respeito da primeira carta de
Pedro comenta que:
Conforme a saudação torna-se nítido que o autor da carta é o
apóstolo Pedro. E a carta é direcionada aos cristãos que viviam dispersos na
Ásia Menor, que corresponde atualmente com a Turquia.
O objetivo da epístola é encorajar os cristãos a permanecerem
firmes em Cristo até mesmo mediante o sofrimento. Provavelmente foi escrita
entre os 62 a 64 d.C.
[...]
Em primeiro, o apóstolo associa o sofrimento como ferramenta
para moldar o caráter divino nos cristãos (1 Pe 1.6,7).
Em segundo, a retidão independe de uma vida de tranquilidade.
Logo, em todo tempo o cristão deve ser reto, justo e conhecer a Deus, isto é,
ter conformidade com Deus.
Terceiro, os cristão não devem associar o sofrimento com castigo
divino (1 Pe 2.20).
Já em quarto, a submissão é fundamental e necessária para que
haja harmonia no relacionar da comunidade cristã.
E, por fim, em quinto Pedro destaca que o sofrimento de Cristo
na cruz foi para salvar o ser humano da escravidão do pecado (1 Pe 1.2-5; 3.18-22). (SILVA, 2015, p. 144)
II – A
SANTIFICAÇÃO RECEBIDA NA JUSTIFICAÇÃO DEVE SER MANTIDA
Santidade é de fato o ato de separar de tudo
que corrompe para está diante de Deus. O presente tópico permite compreender
que a vida santa diante de Deus proporciona ao cristão o viver com plena
esperança.
Segundo Lutero o
vocábulo esperança é usado de duas maneiras diferentes. No primeiro caso
significa grande coragem, aquela que permanece firme a despeito de todas as
tentações. No segundo caso, indica a salvação infinita que a esperança obterá;
no presente versículo (Rm 8.24) podem estar em foco ambos os aspectos (LUTERO apud CHAMPLIN).
Coragem e salvação infinita corroboram para
que o cristão se alegre na esperança em meio à tribulação e viva em plena
santidade.
Já a respeito da santidade de Deus
compreende-se que se trata de um atributo moral do Senhor. Além da santidade
compreende-se que o amor também é um dos atributos morais do Senhor. Santidade
e o Amor se definem como atributos morais de Deus, pois são atributos que
expressam a majestade da natureza divina. Deus é santo, e assim como Ele é,
cabe a cada cristão o dever de se santificar (Jo 17.17; 1Pe 1.16).
III – A SANTIDADE
QUE LIBERTA
A primeira carta do apóstolo Pedro 1.18,19,20
são os versículos chave para a compreensão do presente tópico, a santidade que
liberta.
Sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de
Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, O qual, na verdade, em
outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado
nestes últimos tempos por amor de vós;
Do presente texto quatro pontos são
essenciais para a compreensão e associação com o tópico:
O resgate não foi por prata e nem por ouro;
Resgate da vã maneira de viver;
O resgate foi pelo o precioso sangue de
Cristo;
Cordeiro conhecido (revelado de forma antropomórfica),
no passado só foi revelado (isto é, manifestado) nos últimos tempos como
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Portanto, a libertação plena apenas quando
ocorrer a glorificação, isto é, a santificação final, momento em que os
cristãos de todos os tempos serão glorificados com Jesus.
Referência:
CHAMPLIN.
R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.
NEVES,
Natalino das. Separados para Deus:
buscando a santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele. Rio de
Janeiro: CPAD, 2023.
SILVA,
Andreson Corte Ferreira da. Introdução ao Novo Testamento. In: SILVA, Roberto
Santos da (Org.). Curso básico de
teologia: Teologia sistemática V, Escatologia Bíblica, Introdução ao Antigo
Testamento e Introdução ao Novo Testamento. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015. P.
97 - 152.
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