Deus é Fiel

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quarta-feira, 24 de julho de 2024

O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ

Subsídio – EBD – O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ

Conforme a Verdade Prática:

O verdadeiro e puro modelo de bondade é servir uns aos outros de coração, confiando na fidelidade e justiça de Deus.

Com base na descrição acima, conclui-se que:

Ø    Bondade se manifesta no serviço desenvolvido em prol do próximo.

Ø    Servir ao próximo é a mais pura demonstração de confiança na fidelidade e justiça de Deus.


A presente lição tem como objetivos:

Aprender a proposta de Noemi;

Abordar a convicção amorosa de Rute em relação a sua sogra;

E, Refletir a respeito da lei da semeadura na colheita de Rute.

I – BOAZ, O REMIDOR

Boaz é apresentado na Bíblia como homem próspero diante do Senhor. Além da prosperidade é notável a característica de um homem temente e generoso. O nome possivelmente tem como significado rapidez ou força.

No presente tópico há duas descrições que devem ser observadas com cautela: casamento levirato e goel.

Casamento do levirato correspondia com o casamento do cunhado (levir) com a viúva, e o objetivo era suscitar descendência ao falecido. Goel corresponde com o resgatador, isto é, o parente mais próximo. Possivelmente Boaz era sobrinho de Elimeleque o que o tornava o goel, isto é, o resgatador da terra do falecido.

Já Rute representa a voluntariedade:

[...] O seu voluntarismo fica evidente (Rt 2.2). A atitude de Rute mostra-nos a sua prontidão, própria de uma mulher virtuosa, que não come o pão da preguiça [...] Uma mulher assim não precisa ser mandada para cumprir o seu dever, antes, prontifica-se a fazer além dele, pois foi o que Rute fez (Queiroz, 2024, p. 49).

II – O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE

De maneira gentil, terna e respeitosa Boaz agiu com Rute, logo, Boaz foi puro e gentil. Uma vida santa não retira a gentiliza das pessoas, de fato, a santidade outorga respeito para com todos, principalmente para com os que desconhecem a Deus.

[...] não é preciso ser rude para ser santo (Queiroz, 2024, p. 51).

Através de Boaz percebe-se a ação de Deus em prover na vida de Rute e de Noemi. Boaz o goel da família. Boas um tipo de Cristo. Como goel Boaz foi o resgatador de Noemi, no caso, de Rute. Como tipo Boaz mostra para Cristo, o verdadeiro libertador da humanidade.

Por fim, percebe-se que Boaz era íntegro, o que corresponde que ele mantinha uma vida espiritualmente que agradava ao Senhor.

III – A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA

Existe na prática a concretização da lei da semeadura, popularmente conhecida como: o que se planta, colhe. Rute escolheu cuidar de sua sogra. Rute poderia ter definido a trajetória como Orfa, porém, a escolha de Rute foi diferente, foi a de acompanhar e cuidar de Noemi. Deus assim cuidou de Rute, estabelecendo paz, prosperidade e posteridade.

Rute decidiu servir ao Deus de Israel em vez de Quemos, o deus dos moabitas, cuja adoração incluía o sacrifício de crianças (Nm 21. 29; 1 Rs 11.7; 2 Rs 3.26,27). Agora, ela começava a experimentar a mão invisível de Jeová Jireh, agindo graciosamente em seu favor. A lei da semeadura funciona inexoravelmente (2 Co 9.6; Gl 6.7) (Queiroz, 2024, p. 53).

Referência

QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o mundo e cuida da família. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

domingo, 21 de julho de 2024

O Agir de Deus na vida de Daniel, Hananias, Misael e Azarias

O Agir de Deus na vida de Daniel, Hananias, Misael e Azarias

Texto: Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará (Dn 6.16).

A vida de Daniel e de seus três amigos servem para os cristãos dos dias atuais compreenderem a grandeza de Deus e a importância do crente permanecer íntegro ao Senhor em meio a qualquer circunstância.


A principal compreensão a respeito do histórico desses quatro jovens encontra-se na narrativa do livro escrito por Daniel que é dividido em duas partes: a narrativa e a apocalíptica. Na primeira parte, a narrativa (Daniel 1-6), encontram-se os relatos da obra correspondem com a vida de Daniel e com relatos de pessoas próximas do profeta, isto é, Hananias, Misael e Azarias. Já na segunda parte, a apocalíptica (Daniel 7-12), trata-se de temas como, por exemplo: setenta semanas, o anticristo e o prenúncio do tempo do fim.

Contexto histórico

A trajetória da vida de Daniel perpassa por um período de cativeiro Babilônico e pós-cativeiro, governo persa. Sobre a condução do povo Judeu para a Babilônia há rês acontecimentos importantes: o motivo do cativeiro, as etapas do cativeiro e a duração do cativeiro.

1- O motivo do cativeiro. Perca do temor ao Senhor e o abandono da palavra de Deus levou o povo à destruição.

2- Etapas do cativeiro. Em 606 a.C, Nabucodonosor invadiu o território dos judeus. Iniciando nesta data o cativeiro de Judá. Para melhor compreensão histórica nota-se que o cativeiro dos judeus ocorreu em três etapas.

a) a primeira etapa; no ano de 606 a.C., período em que os tesouros do templo foram levados (2 Cr 36.7) e também a elite de Judá: o rei Joaquim, os oficiais da corte e entre eles Daniel e seus três amigos (Dn 1.1-7).

b) segunda etapa; no ano de 597 a.C, Jerusalém foi pela segunda vez invadida pelos babilônicos e desta vez foram conduzidos 10.000 homens para Babilônia entre eles Ezequiel (2 Re 24.14).

c) terceira etapa; no ano 586 a.C, pela terceira vez Jerusalém é invadida e desta vez o templo e a cidade são destruídos ficando na cidade apenas os pobres (2 Re 25.12) (Revista Manancial, Ano 9, Edição 28, p. 41).

3- Duração do cativeiro. A duração do cativeiro babilônico foi de 70 anos, conforme profetizou Jeremias (Jr 25.12).

A ação de Deus na vida de Hananias, Misael e Azaria

Por decreto do rei Nabucodonosor todos deveriam adorar e prostrar diante da estátua de ouro. Em meio ao povo os três amigos de Daniel não prostraram diante da imagem e por isso, tiveram como castigo, foram lançados no forno de fogo ardente. Atados (Dn 3.21) os três jovens foram lançados no forno fervente, os homens responsáveis por lança-los morreram no momento em que lançaram os jovens, porém, Hananias, Misael e Azarias estavam andando e passeando dentro do fogo (Dn 3.25), e aqui surge o que mais intriga o rei, três foram lançados no forno, porém agora havia quatro homens (Dn 3.25).

Por ocasião do feito, o rei Nabucodonosor falou aos jovens para saírem do forno, pois os mesmos eram servos do Deus Altíssimo, assim novo decreto foi estabelecido que ninguém expressasse blasfêmia contra o Deus de Hananias, Misael e Azarias (Dn 3.29).

Portanto com Hananias aprende que Deus é gracioso, Deus outorgou graça em meio ao caos. Com Misael entende-se que quem é como Deus, o poder e a glória de Nabucodonosor não poderia e nem pode comparar com o poder de Deus. E por fim, com Azarias Deus ajuda os que confiam nEle, em meio ao fogo a ajuda veio de Deus.

Ação de Deus na vida de Daniel

Já no capítulo seis do livro a história a ser relatada corresponde com o lançamento de Daniel na cova dos leões, o motivo era claro, Daniel distinguia de todos por ter um espírito excelente (v.3). O meio encontrado foi lança-lo na cova por meio de um decreto em que a ninguém durante o prazo de 30 dias poderia ser encaminhada uma petição (v. 7). Por ser fiel a Deus, o profeta continuou em seu propósito particular, por três vezes direcionava a Deus em oração (v. 10).

A condenação veio a Daniel por desobediência, e assim foi ele lançado na cova dos leões, porém com o nome de Daniel compreende que Deus é meu juiz, a última palavra vem do Senhor para condenar ou justificar aquele que nEle confia.

No entanto, Deus muitas das vezes não livra os teus servos da fornalha de fogo e nem da cova dos leões, porém do fogo e dos leões Deus outorga a vitória necessária.

Referência:

SILVA,Andreson Corte Ferreira da. Cronologia Bíblica. Revista Manancial, Ano 9, Edição 28.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Subsídio – Lições Bíblicas Jovens – CONSERVANDO OS VALORES E GUARDANDO A IDENTIDADE

CONSERVANDO OS VALORES E GUARDANDO A IDENTIDADE

Conforme o Resumo da Lição:

Manter a identidade cristã em uma cultura hostil é a principal prova de fidelidade ao Senhor.

Com base na descrição acima, conclui-se que:

Ø    Em meio a hostilidade do mundo o cristão deverá manter-se íntegro ao Senhor.

Ø    Manutenção da identidade, maior prova de fidelidade.

A presente lição tem como objetivos:

Descrever a submissão dos jovens hebreus ao ensino na Babilônia;

Conscientizar sobre os perigos da relativização de valores e da desconstrução de identidades;

E, Propor ensino para hoje, considerando o exemplo de Daniel e seus amigos.

I – HEBREUS NA UNIVERSIDADE DA BABILÔNIA

O cristão não poderá perder a conformidade com Deus por nada desta vida. Ter conformidade com Deus é ser justo, reto e conhecer a Deus. O indivíduo que possui conformidade com Deus não se deixa levar por cultura que contraria a Palavra. Daniel e seus amigos não usufruíram da comida do rei por que iria de contra partida ao princípio espiritual.

Na Babilônia existia um padrão de ensino, a cultura era sofisticada, válido lembrar que foram os povos da mesopotâmia que desenvolveram a escrita cuneiforme. A respeito dos caldeus foram esses pioneiros nos aspectos de estudos da astronomia e importantes para com propagação da matemática.

Isso mostra que, ao serem introduzidos na educação daquele povo, os jovens hebreus estavam adentrando num mundo totalmente diferente. Eles corriam o risco de aculturação, isto é, a perda da cultura e das crenças hebraicas, por meio da assimilação e acomodação à cultura dos caldeus. Isso fazia parte do plano de Nabucodonsor (Nascimento, 2024, p. 37).

Além de terem conformidade com Deus os jovens demonstraram maturidade. Resultados são provenientes de escolhas. Os jovens souberam escolher, isto é, não aceitaram a alimentação oferecida aos deuses da Babilônia e por isso, Deus retribuiu conforme a fidelidade.

II – DA RELATIVIZAÇÃO DE VALORES À DESCONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES

De forma sigilosa a cultura babilônica procurava relativizar a verdade. O que nos dias atuais é considerada verdade relativa, já era uma semente do inimigo no contexto histórico desestruturar os hebreus no exílio. Portanto, firmes nos princípios, o jovem Daniel e seus amigos não se curvaram a uma modalidade de vida diferente, mas foram eles diferentes por manterem íntegro ao Senhor.

 A sutilidade na Babilônia se manifestava por meio da mudança dos nomes, objetivo, retirar a identidade do indivíduo com os princípios que o regia. Exemplo, os nomes dos jovens do hebraico foram alterados para a língua acadiana.

Nome - Hebraico

Significado - Hebraico

Nome - Acadiana

Significado – Acadiana

Daniel

Deus é meu juiz

Beltessazar

Bel protege o rei

Hananias

Deus é gracioso

Sadraque

Iluminado pelo o sol

Misael

Quem é como Deus

Mesaque

Aquele que pertence a deusa sesaque

Azarias

Deus ajuda

Abede-Nego

Servo do deus Nego

 

Como nunca, a forma de proceder dos jovens hebreus serve como modelo de bravura e resistência aos ímpetos de destruição identitária. Podem até mudar nosso nome, mas não conseguirão mudar quem somos: cristãos. Aqueles que creem e vivem em Cristo (Nascimento, 2024, p. 41).

III – ENSINOS PARA HOJE

O último tópico apresenta o profeta Daniel como modelo para as gerações posteriores, apresentando-o em três poses diferentes: primeira, pose de jovem dedicado, escolheu não contaminar; segunda pose, mesmo sendo jovem tornou-se modelo de excelência; e como terceira pose, foi íntegro a Deus em meio a uma sociedade corrupta.

Com o aumento do pecado o cristão autêntico não poderá se deixar levar pelo ato de contaminação. Para isto o cristão deverá tomar cuidado com a concupiscência dos olhos, da carne e com a soberba da vida.

Muitos são os modelos para uma vida cristã autêntica. No contexto bíblico inúmeros nomes são lembrados como, por exemplo: Abraão, Moisés, Davi, João, Paulo e dentre outros. Daniel é um destes personagens a ser lembrado, porém o que chama atenção é que Daniel já se tornava modelo de excelência nos dias da sua vida.

Referência:

NASCIMENTO, Valmir. Na cova dos leões: o exemplo de fé e coragem de Daniel para o testemunho cristão em nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

segunda-feira, 15 de julho de 2024

RUTE E NOEMI: ENTRELAÇADAS PELO O AMOR

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – RUTE E NOEMI: ENTRELAÇADAS PELO O AMOR

Conforme a Verdade Prática:

Amar uns aos outros sem nada exigir em troca evidencia que Deus está em nós e nos une em relacionamentos fortes e duradouros.

Da verdade prática compreende-se que:

Amar uns aos outros sem nada exigir em troca deverá ser a ação do cristão;

Amar sem querer nada em troca demonstra que Deus está presente no cristão;

Relacionamentos fortes são desenvolvidos mediante a prática do amor e de forma incondicional.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Apresentar a proposta de Noemi;

Abordar a convicção amorosa de Rute em relação a sua sogra;

Refletir a respeito da convicção de Rute “o teu Deus é o meu Deus”.

A palavra-chave para a presente lição é amor. Amor corresponde com ação do doar, ou seja, do ato de se entregar para com a ocorrência do bem para com outra pessoa. A maior prova de amor demonstrada na Bíblia Sagrada é da ação do próprio Deus que entregou o Seu único filho, o Senhor Jesus Cristo, para morrer em prol do resgate de todos aqueles que creem.

I – A PROPOSTA DE NOEMI

O relato inicial do Livro de Rute permite compreender as dificuldades vivenciadas por Noemi, a angústia vivenciada por essa personagem da Bíblia conduz o entendimento de três crises possíveis enfrentados por Noemi:

A falta de pão em Belém, fato que forçou a migração para a região de Moabe.

A morte de Elimeleque, esposo de Noemi.

A morte dos dois filhos de Noemi.

Muitas são as aflições do justo, porem o Senhor livro o justo de todas. A maneira de Deus agir não corresponde com a ótica humana, porém trata-se de uma maneira própria do agir do Deus de Abraão.

Possivelmente os filhos de Noemi era jovens doentes, o que explica a morte prematura de ambos, sobre a causa de provável debilidade física possível explicação encontra-se na crise econômica, pois na cidade de pão, Belém, faltava-se pão.

A lição que tiramos desse exemplo de Noemi é: os problemas da vida não podem nos paralisar (Pv 24.10). Depois da crise, vem a bonança. Noemi experimentou essa verdade, como veremos mais à frente na história. As desistências fazem-nos perder bênçãos extraordinárias. Confiar em Deus e seguir em frente é sempre o caminho certo. Nas atitudes práticas, de nossa responsabilidade, está a parte da terapia que pode ajudar-nos a superar os dramas da vida (Queiroz, 2024, p. 37).

II – A CONVICÇÃO AMOROSA DE RUTE

Noemi propôs que suas noras retornassem e vivessem com seus povos, ambas choram, no entanto, Orfa retorna para a casa de seus parentes, enquanto Rute resolve seguir a Noemi.

As palavras de Rute para Noemi são inspirações para convites de casamentos, assim como também sermões voltadas para com a vida a dois, no entanto, não foram apenas as palavras ditas, foram também as ações de Rute que escolheu seguir Noemi e se entregar por manter uma viúva já em idade que necessitava de cuidados.

Ser amigo nos momentos de bonança é fácil por demais, manter amigos enquanto tem bens para atrai-los é fácil, porém, ser amigo de quem nada tem a oferecer é a mais profunda demonstração de amor filial. Amar não é esperar receber algo em troca, é doar para quem necessita de cuidados e de atenção devida.

[...] O amor de Rute era prático, assim como a sua espiritualidade. Ela confiava no Deus de Noemi, o Deus de Israel, o que demonstrou através de atitudes firmes, séries, responsáveis e puras (Queiroz, 2024, p. p. 42).

III – A CONVICÇÃO DA MULHER: O TEU DEUS É O MEU DEUS

A convicção de Rute demonstra a existência de uma fé fervorosa firmada em Deus, que para os dias atuais trata-se de uma fé que inspira e ensina a respeito de uma vida prática que agrada ao Senhor.

Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam (v.1).

Fundamento significa essência ou realidade. A fé trata as coisas que se esperam como realidade (Radmacher; Allen; House, p. 660).

Por segundo, a fé é a prova das coisas que se não veem (v.1).

Prova significa evidencia ou convicção. A própria fé prova que o que é invisível é real, como serão, por exemplo, as recompensas do crente na volta de Cristo, (2Co 4.18) (Radmacher; Allen; House, p. 660).

Referências:

QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o mundo e cuida da família. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

COMO VIVEREMOS NA BABILÔNIA

Subsídio – Lições Bíblicas Jovens – COMO VIVEREMOS NA BABILÔNIA

Conforme o Resumo da Lição:

O crente fiel pode habitar na Babilônia, mas a cultura da Babilônia não pode ter domínio sobre ele.

Com base na descrição acima, conclui-se que:

Ø    O crente fiel pode habitar na Babilônia;

Ø    A babilônia não pode ter domínio sobre o crente.

A presente lição tem como objetivos:

Apresentar a chegada dos jovens hebreus na Babilônia;

Conhecer as características da imponente cidade;

Identificar a cultura e o espírito da Babilônia;

E, Compreender como viver e testemunhar na Babilônia.

I – A CHEGADA DE DANIEL E SEUS AMIGOS NA BABILÔNIA

No ano 606 a.C. o rei Joaquim, oficiais da corte e dentre outros, Daniel e seus amigos foram conduzidos para a Babilônia. O registo em 2 Reis 24.14 estima em 10 mil pessoas, entre nobres, artífices e ferreiros, transportados de Jerusalém (Nascimento, 2024, p. 23).

Daniel foi um jovem levado cativo para a Babilônia, e no desenrolar histórico o jovem no império no qual foi conduzido se transformou em um grande líder e tornou-se reconhecido como um grande profeta de Deus. O profeta Daniel foi usado por Deus para revelar fatos que o alça ao título de profeta contemporâneo, pois sua mensagem corresponde com fatos que aconteceram, estão acontecendo e hão de acontecer.

O livro de Daniel poderá ser dividia em duas partes: a narrativa e a apocalíptica.

Na narrativa (Daniel 1-6) os relados da obra correspondem com a vida de Daniel e com relatos de pessoas próximas do profeta. Já na segunda parte, a apocalíptica, temas como setentas semanas, o anticristo e o prenúncio do tempo do fim, tornam-se centrais.

II – A IMPONENTE BABILÔNIA

No que tange ao período do cativeiro, era a Babilônia o que mais se aproxima na atualidade de modernismo, é tanto que uma de suas obras tornou-se em uma das sete maravilhas do mundo antigo. Na economia se destacava por ser centro entre o ocidente e o oriente. Geograficamente ao aspecto topográfico se destacava em ser caracterizada por planícies. Localizava na mesopotâmia, isto é, terra entre rios.

A Bíblia apresenta a Babilônia pelas suas características de idolatria e prostituição espiritual 9Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20); por isso, a atmosfera da cidade estava impregnada pelo paganismo e politeísmo (Nascimento, 2024, p. 29).

Portanto, idolatria é tudo aquilo que usurpa o lugar de Deus (Gomes, 2016, p. 112). Na visão divina idolatria é:

Abominável (Dt 7.25).

Odiosa para Deus (Dt 16.22).

Tola e sem sentido (Sl 115.4,8).

Não tem proveito algum (Is 46.7).

É contagiosa (Ez 20.7).

É pedra de tropeço (Ez 14.3).

São impotentes (1 Co 8.4; Hb 10.5) – (Gomes, 2016, p.114).

III – A CULTURA E O ESPÍRITO DA BABILÔNIA

A Babilônia é no contexto bíblico um lugar literal, assim como também é uma representação figurada no que tange aos valores tanto no âmbito espiritual como no contexto moral.

Na tangência espiritual a Babilônia corresponde com o sistema que é contrário a Deus e se levanta conta tudo que pertence a Deus. Tornando, assim, corresponde com a depravação e a degeneração total.

No ato de vivenciar a ideia relativista os babilônicos consideravam que o crer por parte dos outros era relativo aos costumes e crenças, porém no que correspondia ao pensar dos mesmos existia uma verdade que os demais deveriam acatar, por outro lado a cultura da fé dos outros povos era banalizada.

O cristão não poderá perder a conformidade com Deus por nada desta vida. Ter conformidade com Deus é ser justo, reto e conhecer a Deus. O indivíduo que possui conformidade com Deus não se deixa levar por cultura contraria a Palavra. Daniel e seus amigos não usufruíram da comida do rei por que iria de contra partida ao princípio espiritual dos jovens.

Além de terem conformidade com Deus os jovens demonstraram maturidade. Os jovens souberam escolher, isto é, não aceitaram a alimentação oferecida aos deuses da Babilônia e por isso, Deus retribuiu conforme a fidelidade.

IV – VIVENDO E TESTEMUNHANDO NA BABILÔNIA

Daniel e seus amigos estavam na Babilônia, vivendo em um ambiente que apresentava cultura diferente da deles, porém, os mesmos mantiveram a integridade de judeus crentes em Deus que não abandonaram a própria fé e nem abandonaram suas convicções no Senhor. Exemplos para os cristãos na atualidade, que estão no mundo, mas não são do mundo.

Por fim, na Babilônia Daniel e seus amigos desenvolveram testemunho de jovens íntegros com o Senhor, da mesma forma, o crente na atualidade deverá manter íntegro com Deus vivendo nesse mundo.

Referência:

GOMES, Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito, como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

NASCIMENTO, Valmir. Na cova dos leões: o exemplo de fé e coragem de Daniel para o testemunho cristão em nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

O LIVRO DE RUTE

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O LIVRO DE RUTE

Conforme a Verdade Prática:

Servir a Deus não nos isenta de crises. Em qualquer circunstância, o segrego é permanecer fiel, confiando na providência divina.

Da verdade prática compreende-se que:

Servir ao Senhor não isenta o cristão de passar por crises.

Mesmo em período de crises o cristão deverá manter-se fiel a Deus.

Em meio a crise o cristão deverá confiar na providência do Senhor.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Fazer a análise da organização do Livro de Rute;

Remontar o contexto histórico do Livro de Rute;

E, Apresentar o propósito e a mensagem do Livro de Rute.

O livro com quatro capítulos apresenta uma história marcada por amizade, amor, redenção, renúncia, escolha e resultados.

I – A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO

O Livro de Rute era lido na festa de pentecoste pelos os judeus, fazia parte dos cinco rolos, ou seja, cinco livros curtos que eram lidos nas festas judaicas. Enquanto que na divisão da Bíblia cristã o livro de Rute se encontra na parte chamada de livros históricos e narra a história de duas mulheres, Noemi e Rute, no período conhecido como período dos juízes. Silva sobre o período dos juízes relata as seguintes afirmações:

O quinto período da época de Israel é conhecido como o período dos juízes. Tal momento histórico tem como marco inicial a morte de Josué e abrange cerca de 300 anos encerrando no fim do governo de Samuel, que outorga início ao período da monarquia. A narrativa do período dos juízes encontra se no sexto livro da Bíblia o de Juízes e também nas narrativas iniciais de 1º Samuel.

No período anterior vitória e sucesso foram marcantes no cotidiano do povo israelita, enquanto que no período em estudo o destaque ficou para as palavras derrota e fracasso. Portanto, a derrota e fracasso vivenciado pelo povo foram motivados por escolhas e falta de conhecimento de Deus e da obra de Deus para com o povo de Israel (Jz 2.10) (Revista Manancial, Ano 9, Edição 28, p. 29).

Sobre a autoria existem discussões no que tange os seguintes nomes: Esdras, Ezequiel e Samuel, porém pelas descrições de aproximação da escrita para com os fatos como o autor estivesse vivenciando aquele momento, entende-se que Samuel tenha sido o autor, fator corroborado pela tradição judaica.

II – O CONTEXTO HISTÓRICO

O livro foi escrito no período da monarquia, fato que se percebe no momento em que o escritor enfatiza a pessoa de Davi. Sobre os dias em que viveu Rute imagina-se que foi nos dias do líder Samuel por se tratar-se de três gerações anteriores ao monarca Davi.

Ainda sobre o período dos juízes percebem-se quatro momentos que se repetem, sendo eles: o povo serve a outros deuses, Deus entrega o povo a outros povos, o povo volta para Deus e Deus suscita um juiz. Sobre o povo voltar para Deus conclui-se que:

A prática do pecado de idolatria conduzia os israelitas à opressão seguida de tristeza e dor. Em tal situação a nação israelita gemia (Jz 2.18). O povo de Israel voltava para Deus por vivenciar o caos de ser submetidos por nações vizinhas. Em meio a suas aflições os israelitas clamavam a Deus e se arrependiam da apostasia (Jz 2. 15,18) (Revista Manancial, Ano 9, Edição 28, p. 30).

E como resultado do arrependimento e do clamor a Deus um líder era suscitado no meio do povo para outorgar livramento a Israel.

O juiz era um homem ou uma mulher escolhido por Deus, qualificado por meio da vocação mediante o poder da presença de Deus em seu ministério (Jz 2.18, 6.16), possuía autoridade em sua missão (Jz 6.14), e além de tudo era sobrenaturalmente revestido de poder do Espírito Santo de Deus (Jz 3.10) (Revista Manancial, Ano 9, Edição 28, p. 30).

III – O PROPÓSITO E MENSAGEM

Há mais de um propósito descritivo no livro de Rute, no presente tópico três são trabalhados: o cetro de Judá; amor e redenção; e, fidelidade e altruísmo.

A confirmação do cetro, ou seja, do trono como promessa para com os descentes de Judá.

A expressão de amor de Rute para com Noemi, assim como a redenção preestabelecida por intermédio de Boaz.

E por fim, existia um remanescente fiel a Deus em um período de desobediência, assim como o altruísmo, o amor para com o próximo é enfatizado no livro.

Referências:

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Cronologia Bíblica. Revista Manancial, Ano 9, Edição 28.