O Agir de Deus na vida de Daniel, Hananias, Misael e Azarias
Texto: Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e lançaram-no
na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu
continuamente serves, ele te livrará (Dn 6.16).
A vida de Daniel e de
seus três amigos servem para os cristãos dos dias atuais compreenderem a
grandeza de Deus e a importância do crente permanecer íntegro ao Senhor em meio
a qualquer circunstância.
A principal
compreensão a respeito do histórico desses quatro jovens encontra-se na
narrativa do livro escrito por Daniel que é dividido em duas partes: a
narrativa e a apocalíptica. Na primeira parte, a narrativa (Daniel 1-6),
encontram-se os relatos da obra correspondem com a vida de Daniel e com relatos
de pessoas próximas do profeta, isto é, Hananias, Misael e Azarias. Já na
segunda parte, a apocalíptica (Daniel 7-12), trata-se de temas como, por
exemplo: setenta semanas, o anticristo e o prenúncio do tempo do fim.
Contexto
histórico
A trajetória da vida
de Daniel perpassa por um período de cativeiro Babilônico e pós-cativeiro,
governo persa. Sobre a condução do povo Judeu para a Babilônia há rês
acontecimentos importantes: o motivo do cativeiro, as etapas do cativeiro e a
duração do cativeiro.
1- O motivo do cativeiro. Perca do temor ao Senhor e o abandono da palavra de
Deus levou o povo à destruição.
2- Etapas do cativeiro. Em 606 a.C, Nabucodonosor invadiu o território
dos judeus. Iniciando nesta data o cativeiro de Judá. Para melhor compreensão
histórica nota-se que o cativeiro dos judeus ocorreu em três etapas.
a) a
primeira etapa; no ano de 606 a.C., período em que os tesouros do templo foram
levados (2 Cr 36.7) e também a elite de Judá: o rei Joaquim, os oficiais da
corte e entre eles Daniel e seus três amigos (Dn 1.1-7).
b)
segunda etapa; no ano de 597 a.C, Jerusalém foi pela segunda vez invadida pelos
babilônicos e desta vez foram conduzidos 10.000 homens para Babilônia entre
eles Ezequiel (2 Re 24.14).
c)
terceira etapa; no ano 586 a.C, pela terceira vez Jerusalém é invadida e desta
vez o templo e a cidade são destruídos ficando na cidade apenas os pobres (2 Re
25.12) (Revista Manancial, Ano 9, Edição 28, p. 41).
3- Duração do cativeiro. A duração do cativeiro babilônico foi de 70 anos,
conforme profetizou Jeremias (Jr 25.12).
A
ação de Deus na vida de Hananias, Misael e Azaria
Por decreto do rei
Nabucodonosor todos deveriam adorar e prostrar diante da estátua de ouro. Em meio
ao povo os três amigos de Daniel não prostraram diante da imagem e por isso,
tiveram como castigo, foram lançados no forno de fogo ardente. Atados (Dn 3.21)
os três jovens foram lançados no forno fervente, os homens responsáveis por lança-los
morreram no momento em que lançaram os jovens, porém, Hananias, Misael e
Azarias estavam andando e passeando dentro do fogo (Dn 3.25), e aqui surge o que mais intriga o rei, três foram lançados no forno, porém agora havia
quatro homens (Dn 3.25).
Por ocasião do feito,
o rei Nabucodonosor falou aos jovens para saírem do forno, pois os mesmos eram
servos do Deus Altíssimo, assim novo decreto foi estabelecido que ninguém expressasse blasfêmia contra o Deus de Hananias, Misael e Azarias (Dn 3.29).
Portanto com Hananias
aprende que Deus é gracioso, Deus outorgou graça em meio ao caos. Com Misael
entende-se que quem é como Deus, o poder e a glória de Nabucodonosor não
poderia e nem pode comparar com o poder de Deus. E por fim, com Azarias Deus
ajuda os que confiam nEle, em meio ao fogo a ajuda veio de Deus.
Ação
de Deus na vida de Daniel
Já no capítulo seis
do livro a história a ser relatada corresponde com o lançamento de Daniel na
cova dos leões, o motivo era claro, Daniel distinguia de todos por ter um
espírito excelente (v.3). O meio encontrado foi lança-lo na cova por meio de um
decreto em que a ninguém durante o prazo de 30 dias poderia ser encaminhada uma
petição (v. 7). Por ser fiel a Deus, o profeta continuou em seu propósito
particular, por três vezes direcionava a Deus em oração (v. 10).
A condenação veio a
Daniel por desobediência, e assim foi ele lançado na cova dos leões, porém com
o nome de Daniel compreende que Deus é meu juiz, a última palavra vem do Senhor
para condenar ou justificar aquele que nEle confia.
No entanto, Deus
muitas das vezes não livra os teus servos da fornalha de fogo e nem da cova dos
leões, porém do fogo e dos leões Deus outorga a vitória necessária.
Referência:
SILVA,Andreson Corte Ferreira da. Cronologia Bíblica. Revista Manancial, Ano 9, Edição 28.
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