Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

A ALMA – A NATUREZA IMATERIAL DO SER HUMANO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – A ALMA – A NATUREZA IMATERIAL DO SER HUMANO

Conforme a Verdade Prática da lição:

Cuidar da alma é uma atitude fundamental para uma vida cristã estável e uma vida eternidade de alegria e paz.

Da verdade prática compreende-se que:

O cuidado para com a alma corresponde em atitude fundamental para uma vida cristã estável;

Cuidar da alma corresponde em garantir uma vida eterna com alegria e paz.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Fazer os alunos compreenderem que a alma é a sede das emoções, da razão e da vontade;

Demonstrar aos alunos, com base bíblica, que a alma é uma parte imaterial e imoral do ser humano, capacitando-os a refutar visões materialistas;

Conscientizar os alunos da necessidade de cultivar uma alma saudável por meio da oração, da mediação na Palavra de Deus e de hábitos santos.

Alma é a palavra-chave da presente lição. A alma é a parte imaterial, assim como o espírito, porém a alma difere do espírito. Distintos, porém inseparáveis. [...] Teologicamente falando, podemos estabelecer o seguinte: O homem é composto por uma parte matéria e outra imaterial. Quando esta encontra-se em relação com Deus, recebe a designação de espírito; e, quando em relação com o mundo físico, de alma (Andrade, 1997, p. 23).

I – ATRIBUTOS DA ALMA

Três são os atributos que define a praticidade da alma, sendo as emoções, o intelecto e a manifestação da vontade. Tendo como base Gênesis no capítulo 2 é perceptível que o primeiro homem possuía vontade, emoções e conhecimentos (Gn 2.15, 16, 17 e 19).

Entende-se então que o distintivo do ser humano é a alma. A alma define o ser humano, possibilitando e de certa maneira proporcionando que o indivíduo desenvolva com o corpo, parte material, as ações definidas pela personalidade, isto é, que o corpo obedeça às outorgas da alma.

Na alma se encontra problemas que tem atingido a sociedade na modernidade, fato que para o salmista foi descrito como: por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim?

II – A NATUREZA DA ALMA: IMATERIALIDADE E IMORTALIDADE

O presente tópico outorga a oportunidade de compreender de forma didática o seguinte texto:

E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo (Mt 10.28).

Da primeira parte do versículo há duas aprendizagens importantes “e não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma”, isto é, o corpo é mortal e a alma é imortal.

Já da segunda parte “temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”, entende-se que tanto a alma e o corpo hão de perecer no inferno. O corpo ressuscitará para condenação, isto, daqueles que morrerem em seus delitos e pecados.

Temei [...] aquele não se refere a Satanás, mas a Deus. Perecer não significa aniquilação, mas a ruína. O mesmo verbo no original é usado em Mateus 9.17 para se referir ao odre que se estragou (Radmacher; Allen; House, 2013, p. 38).

III – ALMA RENOVADA E SUBIMISSA A DEUS

A saúde humana está diretamente associada com a saúde da alma. Logo, os cuidados que realizamos em aproximar de Deus, permite que a alma tenha saúde e que a vida saudável desfrutada por uma alma que busca a Deus abranja uma vida saudável fisicamente.

Ação necessária para está com a alma saudável corresponde em manter uma vida de oração, pois:

 A oração é, primeiramente, uma forma de relacionamento. Quem ora quer se relacionar, conversar, ser respondido, abrir o coração e levar suas percepções e anseios a Deus. Oração é diálogo e troca; é uma ação que implica liberdade e aconchego com aquele a quem nos dirigimos (Tedesco, 2020, p. 9).

Dentre as finalidades da oração pode ser citado:

Proporciona melhor relacionamento com Deus.

Outorga segurança em meio aos desafios.

Possibilita melhor visão diante das questões espirituais e até matérias.

Vivifica a esperança em meio a qualquer situação da vida.

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

O CORPO COMO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CORPO COMO TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

Conforme a Verdade Prática da lição:

Ter consciência de que nosso corpo é habitação do Espírito Santo faz toda a diferença na maneira como possuímos.

Da verdade prática compreende-se que:

O corpo do cristão é habitação do Espírito Santo.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Levar os alunos a compreenderem que seus corpos pertencem a Deus e são habitação do Espírito Santo;

Ensinar que o corpo humano, à semelhança do tabernáculo no Antigo Testamento é portador da presença de Deus;

E, Conscientizar os alunos sobra a responsabilidade de manter o corpo em santidade, por meio da fuga do pecado, da praticadas disciplinas espirituais e do cuidado físico.

Templo é a palavra-chave da presente lição.

I – CORPO: PROPRIEDADE E HABITAÇÃO DIVINA

O homem foi comprado pelo precioso sangue do Senhor Jesus e tornou-se morada do Espírito Santo. A salvação corresponde em uma ação direta do Senhor em prol de todos aqueles que creem em sua mensagem. O Pai envia, o Filho consolida a obra salvífica no Calvário e o Espírito Santo efetua, regenerando o indivíduo, fazendo morada nesse.

Ter o selo indica que o cristão foi comprado pelo sangue do Senhor Jesus e atualmente tem a marca que o autentica como propriedade e habitação do Espírito Santo.

O apóstolo Paulo gostava de utilizar de perguntas retóricas para despertar nos cristãos o entendimento e a responsabilidade para a manutenção de uma vida santa. A santidade torna-se uma atitude mediada conforme o propósito divino em que cada indivíduo reconhece como responsável de suas atitudes perante o Senhor. Válido ressaltar que o olhar para o corpo como morada do Espírito Santo estimula o cristão a cuidar das atitudes físicas e espirituais, controlando as ações conforme o controle das emoções, das vontades e até mesmo dos interesses intelectuais.

II – O CORPO COMO TABERNÁCULO

O comparativo presente no tópico entre o ser humano e o tabernáculo é importante para compreender a tricotomia: corpo, alma e espírito.

O pátio compara-se com o corpo – parte externa e visível.

O lugar Santo compara-se com a alma – parte interna, invisível e que está diretamente associada com o espírito.

O lugar Santíssimo compara-se com o espírito – parte interna e invisível.

Compreende que Tabernáculo (gr. Σκηνης) cabana ou tenda. Tenda portátil onde os hebreus, durante a peregrinação pelo deserto, prestavam culto a Deus. Era o símbolo da presença de Deus entre o povo (Andrade, 1997, p. 231).

Silva corrobora em apresentar o significado espiritual do tabernáculo.

O tabernáculo possuía 45,72m de comprimento e 22,86m de largura, e era dividido em três partes: átrio, lugar santo e lugar santíssimo. Porém, a parte interna que abrangia o lugar santo e lugar santíssimo possuía 13,71m de comprimento e 4,57m de largura.

a) O átrio. O acesso para o átrio era conhecido pelos os judeus por caminho. Este era o lugar de sacrifício onde havia dois objetos: o altar do holocausto e a pia.

No altar do holocausto três elementos eram presenciados constantemente: o fogo, a fumaça e o sangue. Fogo e fumaça correspondem com a ira de Deus manifestada pela corrupção humana. Enquanto, o sangue significava vida santificada.

Quando o sacerdote era consagrado lavava o corpo e depois os pés e as mãos, isto é, santificado para andar com Deus (os pés) e santificado para servir a Deus (as mãos).

b) Lugar Santo. A porta de acesso ao Santo era conhecida por verdade e era sustentada por cinco colunas conhecidas como os cincos dedos de Deus. Nesta repartição havia três objetos: o candelabro de ouro, a mesa dos pães e o altar do incenso.

c) Lugar Santíssimo. O véu que separava o lugar santo do santíssimo era chamado de vida. Havia nesta repartição apenas uma peça, a arca da aliança. Lugar que significava a presença de Deus. Sendo que dentro da arca havia três objetos: o maná, a vara de Arão e as tábuas da aliança. 

O maná era o alimento outorgado por Deus (Jeová Jiré, Deus da providência), a vara indicava a soberania de Deus e as tábuas salientavam a justiça de Deus.

Portanto, o átrio é o lugar da reconciliação, o santo é o lugar da santificação, e o santíssimo é o lugar da glorificação com e em Cristo (Ano 15, Edição 52, p. 36, 37).

III – CUIDANDO DO TEMPLO DO ESPÍRITO

Dois meios são trabalhados no presente tópico no que se refere à disciplina do cuidado do corpo: primeiro, fugir da prostituição; e, em segundo, cuidar de forma qualitativa do corpo.

Quando Paulo escreveu a respeito das obras da carne o apóstolo trabalha quatros tipos de pecados que correspondem com atos sexuais e que estão diretamente ligados com a desobediência do sétimo mandamento “não adulterarás” (Êx 20.14). São eles: adultério, fornicação, impureza e lascívia.

1- Adultério. Em algumas versões o termo utilizado é prostituição (pornéia), isto é, imoralidade sexual. Para muitos eruditos a prática do adultério corresponde com a traição entre casais e, de fato adultério tem como significado dormir em cama estranha. Na Escritura Sagrada a infidelidade é apresentada em três níveis. No caso de Davi e Bate-Seba (2 Sm 11), ocorre o encontro de uma única noite. Já no caso de Sansão e Dalila (Jz 16), ocorre o caso confuso. Por fim, os filhos de Eli representam o vício sexual (1 Sm 2.22).

2- Fornicação. A relação sexual entre jovens sem haver a venda do corpo e sem corresponder com a traição de um terceiro se resume em fornicação.

3- Impureza. Correspondem com pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios. Porém, este tipo de pecado é alimentado por pensamentos e desejos da alma (Ef 5.3, Cl 3.5).

4- Lascívia. Corresponde com o pecado da sensualidade. Tal prática conduz as pessoas ao ponto de perderem a vergonha. Por isso, tornou se natural no presente contexto civilizatório a falta de decência e a perca do pudor.

Por fim, a disciplina do corpo deverá ser feita conforme a Palavra do Senhor e em moderação.

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Hebreus. Revista Manancial, Ano 15, Edição 52.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

O CORPO E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CORPO E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

Conforme a Verdade Prática da lição:

O pecado do primeiro Adão afetou o homem no corpo, na alma e no espírito. Mas a redenção em Cristo, o último Adão, tem o poder de restaurá-lo plenamente.

Da verdade prática compreende-se que:

O pecado cometido por Adão afetou toda a humanidade;

O homem foi afetado polo o pecado na dimensão material e imaterial;

E, em Cristo o homem pode ser restaurado.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Analisar como o ser humano foi criado em perfeição, e de que forma o pecado trouxe sofrimento;

Explicar que, apesar das consequências do pecado, o ser humano continua responsável por suas escolhas;

E, Refletir sobre as limitações físicas e as enfermidades como realidade pós-queda, mantendo a esperança na glorificação do corpo.

Pecado é a palavra-chave da presente lição. Para Silva:

Pecado (gr. Hamartía) tem como significado errar o alvo. Sendo que o pecado é toda transgressão à vontade de Deus. O resultado da hamartía é a morte, isto é, a transgressão traz a separação de Deus.

A hamartiologia resume as ações do pecado em três instancias: penalidade, poder e presença. A penalidade do pecado é real na vida daqueles que não foram justificados em Cristo. O poder do pecado é notável na vida daqueles que não se santificam em Jesus Cristo. E a presença do pecado só perpetuará na vida daqueles que não serão glorificados com o Senhor Jesus Cristo (Silva, Ano 15, Edição 49, p. 22).

I – DA PERFEIÇÃO À MORTE

O homem foi criado à imagem e a semelhança de Deus. O que caracteriza o homem ter sido criado em moral e caráter semelhante a Deus. Os termos citados em Gênesis, imagem e semelhança não diferem em significado, pois são palavras com definições similares, conforme o texto.

O homem antes do pecado possuía conformidade com Deus. Possuir conformidade com Deus indica que o homem era justo, reto e conhecia a Deus. A conformidade com Deus indicava que o homem era perfeito, pois o mesmo era justo, nada o condenava, era reto, não praticava o que desagradava a Deus, e por fim, o homem conhecia a Deus e era conhecido por Deus de forma íntima.

Segundo as Escrituras o homem não foi criado com e nem no pecado, mas o pecado entrou no mundo pela desobediência do homem ao quebrar a aliança que tinha feito com Deus. Nesta aliança entre Deus e Adão existia uma promessa, a vida; uma condição, a obediência; e uma pena, a morte. Com a desobediência o homem sofreu a morte. No caso de Adão sofreu a morte moral, espiritual e posteriormente com 930 anos a morte física.

As consequências do pecado não se limitaram ao primeiro casal. Pelo pecado de um só homem todos pecaram e assim as consequências passaram a todos os homens. Ao desobedecerem, tanto Adão como Eva, perceberam que estavam nus (Gn 3.7), tiveram medo de Deus e se esconderam (Gn 3.8-10), e por fim foram expulsos do jardim (Gn 3.23,24).

II – A RESPONSABILIDADE HUMANA

Há dois ensinamentos que têm gerado inúmeros debates teológicos no protestantismo, e são eles: predestinação e livre-arbítrio. A temática a respeito da predestinação pode-se acrescentar que “segundo Calvino, a predestinação resulta da soberania de Deus que, desde a mais remota eternidade, já havia predestinado os que usufruirão da vida eterna. Infere-se, desde princípio, que o mesmo Deus também predestinou os que serão lançados no lago de fogo” (Andrade, 1997, p. 207).

Já o termo livre-arbítrio corresponde com o “instituto que nos faculta escolher entre o bem e o mal. Do uso que fazemos deste instrumento, prestaremos contas ao Supremo Juiz no último dia. Sem o livre-arbítrio, o homem jamais poderia firmar-se como criatura racional e moralmente livre” (Andrade, 1997, p. 174).

O arminianismo é sintetizado no seguinte acrônimo FACTS, que foi criado pelos seguidores de Armínio.

Freed by Grace (to Believe) – Livre pela graça (para crer). A salvação é para aqueles que creem, ou seja, para aqueles que se entregarem a Jesus.

Atonement for All – Expiação para Todos. Jesus ao se entregar na cruz se entregou por todos.

Conditional Election – Eleição Condicional. Ou seja, é válida para aqueles que se entregarem a Cristo.

Total Depravity – Depravação Total. Ensina que o homem é incapaz e limitado de si mesmo alcançar a salvação, logo à iniciativa da salvação é divina.

Security in Christ – Segurança em Cristo. O Espírito Santo capacita e assegura por meio da santificação a salvação aos que se mantiverem firmes na fé.

III – DO ABATIMENTO À GLORIFICAÇÃO

As enfermidades é uma realidade ocasionada pelo o pecado, assim como o cansaço o enfado. Porém, quem aceitar a Jesus tem como promessa a vida eterna, isto é, a eternidade com Cristo com um corpo glorificado.

Se as enfermidades demonstram a existência do pecado original a glorificação é uma promessa divina para aqueles que esperam e os que permanecerem em Cristo.

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Romanos. Revista Manancial, Ano 15, Edição 49.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

O CORPO A MARAVILHOSA OBRA DA CRIAÇÃO DE DEUS

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CORPO A MARAVILHOSA OBRA DA CRIAÇÃO DE DEUS

Conforme a Verdade Prática da lição:

A ciência busca desvendar os mistérios do corpo humano, mas o crente descansa em saber que é obra poderosa e perfeita mão de Deus.

Da verdade prática compreende-se que:

O corpo humano apresenta mistérios;

No entanto, o corpo é obra perfeita da mão de Deus.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Conduzir os alunos a reconhecerem que o corpo humano é uma criação maravilhosa de Deus, formada com propósito sabedoria e amor;

Conscientizar os alunos sobre a importância de glorificar a Deus com o corpo, evitando extremos como o desprezo do corpo e sua idolatria;

E, Incentivar os alunos a compreenderem o papel do corpo nas relações interpessoais, na vida congregacional e no culto a Deus.

Corpo é a palavra-chave da presente lição.

I – A MARAVILHOSA OBRA DE DEUS

Em seis dias Deus tudo criou e no sétimo dia o Senhor descansou. O processo da criação ensina três pontos essenciais: Deus criou todas as coisas seguindo uma ordem, Deus outorgou vida à criação e Deus descansou a criar todas as coisas.

Deus criou com ordem o que define seriedade, princípios e propósitos. Seriedade proporciona integridade com os princípios preestabelecidos, princípios respeita a ordem definida e os propósitos são finalidades descritivas.

Deus é o único que outorga vida, sem Deus não há vida. A criação recebeu do Senhor a vida.

O descanso do Senhor não indica cansaço, mas define plenitude, isto é, toda a obra tinha sido concluída.

O termo utilizado em hebraico para criar é bará, que significa uma ação divina que produz um resultado novo e imprevisível. Em seis dias tudo foi criado, fato ratificado no primeiro capítulo da Bíblia. Portanto, Deus é o criador de todas as coisas e o ato de criar é pertencente somente Ele.

O homem é considerado a obra prima: o homem foi criado de forma diferente. Os demais seres, tantos os inanimados como os vivos, foram criados pelo poder da Palavra de Deus: haja luz (v.3), haja uma expansão no meio das águas (v.6), produza a terra (v.11), haja luminares (v.14), produza as águas abundantemente... (v.20). Porém, no sexto dia a Palavra divina foi, façamos o homem (v.26) que no capítulo dois de Gênesis estará escrito à forma em que explica o modo da criação do homem, Deus tocou ao criar o homem. Deus mudou o modo no sexto dia da criação, porque ali estava a obra prima da criação.

II – O CORPO E A GLÓRIA DE DEUS

A formação do corpo humano corresponde com uma verdadeira arte pensada, planejada e executada. O ser humano é formado por células, o conjunto de células formam os tecidos, o conjunto de tecidos formam os órgãos, o conjunto de órgãos forma o sistema e o conjunto de sistema permite compreender o ser vivo.

Deus criou todas as coisas de forma pensada e planejada, logo, a criação do ser humano não seria totalmente diferente.

O corpo humano, expressa a glória de Deus e deverá ser usado para glorificar ao Senhor.

No que corresponde à apresentação do corpo como sacrifício vivo e agradável compreende que:

1- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo. Para Paulo deveria existir uma diferença entre a novidade de vida do cristão. Se na Antiga Aliança os animais eram sacrificados, logo, o sacrifício se desenvolvia por meio de um animal morto. Portanto, na Nova Aliança o sacrifício é concretizado em um corpo vivo.

2- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo. Para Paulo o termo santo indica lugar reservado, se na Antiga Aliança o templo era o lugar reservado e santificado, já na Nova Aliança o cristão é o lugar reservado e santificado para Deus e para o uso de Deus.

3- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Na Antiga Aliança o sacerdote entrava no lugar Santo do Santo com uma corda amarrada em seu corpo, caso se o mesmo estivesse em pecado morreria ali e o corpo deveria ser retirado por outros no ato do puxar a corda, pois ninguém poderia entrar no lugar do Santo do Santo sem consagração devida. Quando o sacerdote saia do templo a comunidade entendia que o sacrifício foi agradável a Deus.

Logo, o culto racional tem que ter como referência o que agrada a Deus.

III – O CORPO E A COLETIVIDADE

O indivíduo não surgiu para viver de forma isolada e afastada dos demais, mas criação permite compreender a coletividade no instante em que Deus estabelece o casamento e no momento em que Deus entrega o primeiro mandamento que é o cultural, multiplicai e enchei a Terra.

Ao ler Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia (Hb 10.25), compreenderá que:

O escrito deixa bem claro, três motivos que são identificadores dos que deixam a casa de Deus: primeiro, o coração não purificado (Hb 10.22); segundo, a não retenção da confissão (Hb 10.23), e; por terceiro, a desconsideração para com os outros (Hb 10.24).

Portanto, na congregação cada crente tem por obrigação edificar o seu irmão e nunca transformar a Palavra de Deus em um meio para justificar suas ações e provocar a ira nos demais (Silva, Ano 15, Edição 52, p. 20,21).

Referência

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Hebreus. Revista Manancial, Ano 15, Edição 52.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

O HOMEM – CORPO, ALMA E ESPÍRITO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O HOMEM – CORPO, ALMA E ESPÍRITO

Conforme a Verdade Prática da lição:

Deus nos fez corpo, alma e espírito para glorifica-lo eternamente com todo o nosso ser.

Da verdade prática compreende-se que:

O homem foi criado a imagem de Deus;

O homem foi criado em corpo, alma e espírito;

O objetivo da criação do ser humano está diretamente associada com a glorificação ao Senhor.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Levar os alunos a entenderem que o ser humano é formado por corpo, alma e espírito;

Ensinar a diferença entre alma e espírito com base nos termos originais, mostrando que ambos compõem a parte imaterial do homem;

E, Conscientizar sobre a importância da harmonia entre corpo, alma e espírito, destacando como que os desequilíbrios em algumas dessas áreas podem afetar as demais.

Tricotomia é a palavra-chave da presente lição.

I – A TRICOTOMIA HUMANA

O homem foi criado à imagem e a semelhança de Deus, fato que ocorreu no sexto dia da criação. As ciências humanas proporcionam inúmeras definições a respeito do homem. Por exemplo, a filosofia e em especial o filósofo Aristóteles afirmava que o homem é um ser pensante, político e social. Porém, a Bíblia é a única fonte segura para a compreensão exata do ser humano.

A antropologia é a ciência que estuda o homem e suas relações sociais. Analisando questões políticas, sociais, religiosas dentre outras. Sendo assim, na ótica bíblica o estudo do homem é auxiliado por outras doutrinas, por exemplo: eclesiologia, que enquadra o relacionamento do ser humano com o meio religioso e com as convicções sagradas, da mesma forma a doutrina do pecado, hamartiologia, em que a analise descrita se resume na culpa, na pena e na condenação do ser humano e por outro lado a soteriologia, doutrina da salvação, em que a salvação para a humanidade é apresenta na pessoa de Jesus Cristo (At 4.12).

A tricotomia ensina que o ser humano possui duas divisões: a imaterial e a material. A imaterial subdivide em espírito e alma, enquanto que a parte material é composta pelo o corpo.

O corpo se limita com as faculdades sensoriais: audição, paladar, tato, olfato e visão.

Já a alma é compreendida pela vontade, pela emoção e pelo o intelecto.

Por fim, o espírito se manifesta por meio da consciência e pela manifestação de fé.

II – A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO

A alma tem como significado, ser vivente ou diretamente significa vida. Os significados para alma definidos anteriormente estão interligados com o significado para os animais, isto é, alma vivente.

A diferença da alma quando empregada para o homem é que a mesma dará ênfase aos sentidos intelectuais, ou seja, a razão, assim como enfatizará as emoções e as vontades.

Já o espírito corresponde com a parte do ser humano que o liga com Deus. É a divisão que busca diretamente com a comunhão com o Senhor.

A alma é a parte imaterial, porém entende-se que por meio dos sentimentos alimentados pela a alma dará ao indivíduo tendências para com as ações carnais ou para atitudes espirituais.

III – A INTERAÇÃO DAS TRÊS DIMENSÕES

O indivíduo poderá ter uma vida espiritual agradável, isso se o mesmo usar o corpo para aquilo que agrada ao Senhor. Da mesma forma o indivíduo poderá ter uma vida saudável em seu físico, no que tange bem-estar, se o mesmo ter pleno cuidado da vida espiritual.

Para que o ser humano se agrupe a classe dos espirituais é necessário que o indivíduo passe pelo nascimento espiritual, ou seja, pelo processo da regeneração que é uma das doutrinas fundamentais da fé cristã. A regeneração trata-se do novo nascimento, que na narrativa do evangelista João no capítulo três, se refere ao nascer da água e do Espírito. Ao passar pelo novo nascimento a vida da pessoa é mudada e tudo se torna novo (2Co 5.17).

O homem espiritual desenvolve os frutos do Espírito que são: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança e contra essas coisas não há lei. E o apóstolo Paulo ainda aconselha se vivemos no Espírito, andemos no Espírito (Gl 5.22,23,25).