Deus é Fiel

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terça-feira, 22 de maio de 2012

Período do Dilúvio a Abraão.

Texto: E eu, eis que estabeleço o meu concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós, e com toda alma vivente, que convoco está, de aves, de reses, e de todo animal da terra convosco; desde todos que saíram da arca, até todo animal da terra. E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra. E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas. O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. Gn 9. 9-13.
Conforme o estudo realizado sobre o período Antediluviano, aprendemos que as épocas da Bíblia dividem – se em três. A primeira época está dividida em dois períodos: Antediluviano e do Dilúvio a Abraão. O período do Dilúvio a Abraão abrange 427 anos. Os fatos deste período marcam uma nova etapa na vida organizacional do ser humano. O dilúvio passa a ser importante marcador para a vida humana em organização. Anterior ao dilúvio a vida era marcada por uma cultura, uma língua e passa para o pós-dilúvio com a confusão das línguas, e a fundação das nações, outorgando assim a pluralidade cultural.
Deus é apresentado neste período como Santo e principalmente com seu atributo de transcendência, pois Deus chama para se Abrão e por resultado deste chamado define por nação a Israel, que corresponde à continuação das épocas da Bíblia: época de Israel.
Portanto, a fundação das nações ocasionou o surgimento de um dos pecados de maior difusão no contexto histórico: a idolatria. O período anterior foi definido pelo surgimento do pecado, porém o período do Dilúvio a Abrão corresponde ao surgimento da idolatria, pecado contra a imagem e a pessoa de Deus.
I – Acontecimentos do Período do Dilúvio a Abrão
1-  O dilúvio. Inundação universal segundo os escritos das Escrituras Sagrada e atualmente ratificada por descobrimentos geológicos. O fenômeno ocorreu com o objetivo desfazer toda carne (Gn 6.17). Porem, Deus fez uma aliança com Noé, pois era um varão justo e reto em suas gerações (Gn 6.9) e neste pacto Noé deveria entrar na arca com seus familiares e os animais e a Deus caberia à manutenção da vida e a segurança dos mesmos.
A palavra arca no hebraico significa um objeto flutuante, aqui neste texto. A arca construída por Noé possui a capacidade de carga correspondente a 300 vagões ferroviários. E alguns calculam que a mesma poderia compor cerca de 7.000 tipos de animais. Já outros estudiosos acrescenta a capacidade da arca a dez mil espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, calculando dois de todas as espécies dentro da arca, pois o espaço daria para 35.200 animais, aproximadamente.
O dilúvio foi o castigo divino universal sobre o mundo em que a sociedade era marcada por uma tríplice característica: maldade (Gn 6.5), corrupção (Gn 6.11) e violência (Gn 6.13).
O versículo 11 do capítulo 7 está escrito que as fontes do grande abismo foram rompidas, provavelmente ocorreu naquele instante: vulcões e terremotos na terra, ocasionado à evaporação e o firmamento que compunha a atmosfera foi naquele instante transformada no dilúvio.
A terra enxugou e Noé com seus familiares e os animais saiu da arca com um pouco mais de um ano (Gn 7.11, 8.13,14).
2-  A confusão das línguas. O povo era um, de mesma língua e com um único propósito edificar uma cidade e uma torre cujo cume tocasse nos céus (Gn 11. 4). Já eram decorridos 120 anos do dilúvio. A união não é algo ruim, mas aquela geração tinha como meta opor se a autoridade de Deus. Com propósitos opostos a vontade de Deus, assim sendo Deus confundiu a língua daquela geração para que um não entendesse a linguagem do outro.
O capítulo 10 de gênesis relaciona os descendentes de Noé conforme “sua famílias, segundo suas línguas, suas terras e suas políticas” (Gn 10.5, 20, 31).
a)  Segundo suas famílias; corresponde a questão etnológica, ou seja, a origem antropológica, racial. Assim sendo os três troncos da povoação da terra: Sem, Cam e Jafé.
b)  Segundo suas línguas; corresponde a questão glotológica, ou seja, a origem de cada povo estava inteiramente relacionada à suas origens e formação.
c)    Segundo suas terras; que corresponde a questão geográfica, ou seja, a posse de terras pelos povos pós-dilúvio.
d)  Segundo suas nações; que corresponde a questão política. Administração de um grupo por representação de uma pessoa com caráter governamental.
II – A identificação de Deus no período do Dilúvio a Abrão
1-  Deus é Santo. Assim como no período antediluviano Deus se manifestou como santo, isto é, sem pecado e totalmente oposto a ação do pecado. Ser santo é ser separado é ser consagrado. E é por ser santo que Deus trouxe juízo ao mundo.
2-  Deus é Justo.  Deus é reto e sem pecado na sua maneira de corresponder às necessidades da humanidade. Ao julgar a geração antediluviana do período do dilúvio isto indica a decisão de castigo para a humanidade do período baseada na ordem justa.
3-  Deus trino. No versículo 7 do capítulo 11 está escrito: desçamos e confundamos ali a sua língua. Aparece no plural o desçamos e confundamos. Duas ações descer e confundir ambas no plural. As ações do homem ou outorga lhe benefícios ou prejuízos. O descer de Deus poderá ser em benefício humano em possibilitar segurança, paz e prosperidade ou como no texto em analise outorgando danos sociais. Os termos; desçamos e confundamos assim como no período antediluviano corresponde a Trindade Divina, ou seja, um único Deus (Gn 6.4) em três pessoas: o Pai (Mt 28. 19, Jo 1.1) o Filho (Jo 1.1) e o Espírito Santo (At 5. 3,4).
III – O pecado de Idolatria
No período antediluviano o pecado se manifestou pela maldade, ou seja, por atos perversos e cruéis. Também por atos de corrupção e violência. Já no período pós-dilúvio além destes pecados a narrativa histórica expõe que a construção da torre de babel se formalizaria em culto idólatra.
No primeiro instante o orgulho e a autossuficiência revelaram que a geração do pós-dilúvio tinha esquecido a aliança que Deus havia feito com Noé.
 Mesmo com o dilúvio vindo sobre a terra os homens continuaram com os antigos hábitos que desagradava à pessoa de Deus.  Deus não muda, Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8). Portanto não deixemos que os pecados desta geração cause em nós separação da pessoa de Deus.

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