Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 26 de junho de 2012

Período da Monarquia.

Texto: E, depois, pediram um rei, e Deus lhes deu, por quarenta anos, a Saul, filho de Quis, varão da tribo de Benjamim. E, quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade. Da descendência deste, conforme a promessa levantou Deus a Jesus para Salvador de Israel. Atos 13.21-23.
O sexto período da época de Israel é conhecido como o período da Monarquia. Este período vai de 1095 a.C até 975 a.C com a duração de 120 anos, abrangendo os reinados de Saul, Davi e Salomão. Os escritos Bíblicos deste momento histórico encontram se nos livros de 1º Samuel ao livro de 1º Reis.
Com os reinados de Davi e Salomão este período passa a ser considerado como o período da Idade de Ouro da história de Israel. A conquista de Jerusalém e a construção do Templo faz deste período o auge da história do povo israelita.
I – A Idade de Ouro.
Os 120 anos de duração deste período é marcado por uma conquista que ocasionou na fundação da capital política de Israel e na construção do Templo que fez dela além da capital política também a capital religiosa.
1- A conquista de Jerusalém. A cidade de Jerusalém também é conhecida como: Jebus (Jz 19.10), Sião (Sl 87.2), Ariel (Is 29.1), Cidade de Justiça (Is 1.26), Santa Cidade (Is 48.2), a cidade do grande Rei (Mt 5.35), a cidade de Davi (2 Sm 5.7). Conforme as narrativas dos livros históricos do velho testamento Davi expulsou os jebuseus de Jerusalém (2 Sm 5.7), porém a conquista da cidade foi liderada por Joabe e seus soldados que subiram pelo canal subterrâneo e tomaram a cidade (2 Sm 5.8). Os 33 últimos anos do governo de Davi sobre Israel teve como sede administrativa a cidade de Jerusalém (2 Sm 5.5).
Por não ser uma cidade localizada em área marítima indica que Jerusalém não possuía portos. Todavia, para o seu período a cidade já era dotada de grandeza, o que explica esta grandeza?
Lembremos que o salmista cantava da seguinte maneira: como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu povo, desde agora e para sempre (Sl 125.2). Logo a grandeza da cidade estava relacionada à sua localização e por passar os anos tornou – se mais importante ainda com a construção do templo.
2- O templo de Salomão. Conforme o subponto anterior Jerusalém tornou se mais grandiosa com a construção do templo. Logo a cidade em que o templo foi construído é Jerusalém basicamente no monte Moriá (1 Cr 21.28- 2 Cr 22.1). O templo para o povo de Israel era o símbolo da presença de Deus e na sua inauguração a glória de Deus se manifestou de tal maneira (2 Cr 5.13,14). Lembrando que o templo foi construído em sete anos (1 Re 6.37,38).
II – Saul o primeiro rei de Israel.
Anterior ao governo unificado de Israel o regime administrativo da nação israelita era teocrático com a liderança exercida por juízes e o último juiz da história de Israel foi Samuel, homem que exerceu três funções a de profeta, sacerdote e juiz. A última ação de Samuel como Juiz foi a de alertar o povo israelita a respeito do preço em ter um rei (1 Sm 8.11-18), porém o povo permaneceu firme no propósito em ter um rei como as demais nações (1 Sm 8.19).
Com tal decisão o povo israelita teve o seu primeiro rei, Saul, filho de Quis que foi enviado a procurar jumentas de seu pai (1 Sm 9. 1-3) na viagem encontrou com Samuel e foi ungido rei de Israel (1Sm 10.1).
Nos 40 anos de governo duas ações marcam a administração de Saul. A primeira ação marcante de Saul foi quando o mesmo por falta de equilibro e por uma atitude repleta de desespero realizou o holocausto (1 Sm 13.10), missão não cabível ao monarca. A segunda ação realizada por Saul que também desagradou a Deus foi quando o monarca israelita não obedeceu à ordem de eliminar os amalequitas (1 Sm 15.22).
III- Davi, homem segundo o coração de Deus.
1- Davi o homem. Deus falou a Saul por intermédio de Samuel que já tem buscado um homem segundo o seu coração (1 Sm 13.14). A primeira análise que devemos fazer de Davi na Bíblia Sagrada é Davi como um homem. Deus não falou que estava à procura de um semideus, mas sim de um homem. Assim como todos os homens Davi também cometeu agravos como: adultério (2 Sm 11.4), assassinato (2 Sm 11.14,15) dentre outros.
2- Davi o guerreiro. Como guerreiro Davi venceu Golias (1 Sm 17. 32-58), liderou os exércitos de Israel em frente aos conflitos outorgando várias vitórias o que levou as mulheres a cantarem “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1 Sm 18.7).
3- Davi o poeta. Dos cento e cinquenta salmos na Bíblia, setenta e três são atribuídos a Davi. Dentre tantos salmos pertence a Davi podemos citar os de número, 1 e 23. Como poeta Davi foi inspirado por Deus a escrever os salmos (2 Sm 23.2).
4- Davi o rei. Quando Jacó abençoou os seus filhos reservou a Judá a seguinte bênção: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.10). Como rei Davi já se encontrava nos planos de Deus. Segundo a narrativa bíblica Davi foi tirado do curral de ovelhas para ser chefe de Israel (1 Cr 17.7).
5- Davi o servo. Assim Paulo citou em seu sermão na sinagoga “Porque, na verdade, tendo Davi, no seu tempo, servido conforme a vontade de Deus, dormiu, e foi posto junto de seus pais, e viu a corrupção” (At 13.36). O segredo do sucesso de Davi encontra se no seu ato de ser servo. No ministério particular de Jesus, aonde as necessidades dos discípulos são supridas notamos que Jesus sendo Mestre e Senhor lava os pés dos discípulos (Jo 13). O segredo para sermos abençoados é servir.
IV- O governo de Salomão.
Salomão cujo nome significa pacifico (1 Cr 22.9), filho de Davi com Bete-Seba (2 Sm 12.24) reinou sobre Israel quarenta anos (1 Re 11.42). Foi destacável ao construir o templo, tornou se notável por escrever três livros e alcançou fama e riqueza mediante a escolha perfeita (1 Re 3.9).
Ampliou o seu reino através de casamentos políticos, por isso encontramos a citação de que Salomão teve 700 mulheres e 300 concubinas e suas mulheres lhe perverteram o coração (1 Re 11.3).
Sobre Salomão podemos ainda citar que a ele pertencia três mil provérbios e mil e cinco cânticos (1 Re 4.32). E dos cento e cinquenta salmos o mesmo escreveu dois: 72 e 127.
Portanto, o período da monarquia revela que por mais que homens sejam ungidos os mesmo são falhos. O povo falhou ao escolher o regime monárquico. Saul falhou no momento que não guardou e nem obedeceu às ordens de Deus. Davi falhou quando não foi à batalha. E Salomão falhou ao deixar o que tinha aprendido e ensinado. Em meio aos limites humanos devemos permanecer firmes e cuidarmos de nós mesmos para mantermos de pé (1 Co 10.12).  

Nenhum comentário:

Postar um comentário