Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 5 de junho de 2012

Período de Israel no Deserto.

Texto: Dize-lhes: Assim como eu vivo, diz o Senhor, que, como falaste aos meus ouvidos, assim farei a vós outros. Neste deserto cairá o vosso cadáver como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; não entrareis na terra, pelo qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué de Num... E vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que o vosso cadáver se consuma neste deserto. Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos e conhecereis o meu afastamento. Números 14. 28-30, 33,34.
O terceiro período da época de Israel é o de Israel no deserto que corresponde à saída dos israelitas do Egito até ao episódio da entrada em Canaã. A nação de Israel é querida por Deus, pois são os israelitas filhos da eleição (Dt 7. 6).
Neste período é notável a ação de Deus em proteger, guardar e prosperar ao seu povo como evidência da sua sublime presença. A presença de Deus foi primordial na organização de um remanescente que confiou na promessa de entrar em Canaã e aos que não confiaram morreram no deserto.
O deserto é lugar de manifestação e de revelação. No deserto as pessoas serão manifestadas, não a quem elas aparentam ser, mas quem de fato elas são. Logo, isto é uma revelação direta. Nos dias atuais com o avanço tecnológico e com os efeitos da globalização a sociedade não busca entender e aceitar o ser humano, mas querem conhecer o que as pessoas possuem. Não o que tem, mas quem são as pessoas deverá ser a nossa preocupação.
I – Os limites humanos revelados no deserto
1-  Limite em confiar. Logo após a travessia do mar vermelho que foi precedido pelo cântico de Moisés e pela dança de Miriam com as mulheres israelitas é revelado o primeiro limite de uma pessoa que estar no deserto o de confiar. Pela primeira vez é citado o que tornou presente na palmilhação dos israelitas no deserto (Ex 15.24), a murmuração, que neste caso foi com a seguinte pergunta: o que havemos de beber? Demonstração direta que o povo não confiava em Deus que os tirou do Egito.
2- Limite em participar. Já nos capítulos dezenove e vinte de Êxodo o povo israelita tem a oportunidade de ouvir a voz de Deus, porém os mesmos disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos (Ex 20.19). O povo não conseguiu se relacionar com Deus que os tinha tirado do Egito. Logo o que impede o indivíduo relacionar com Deus é o pecado.
3- Limite em conquistar. De doze homens que foram enviados para espiar a terra de Canaã apenas dois continuaram crendo que a conquista seria real, pois quem tinha prometido era o criador dos céus e da terra. Mas os outros tiveram medo dos habitantes da terra que eram poderosos e gigantes, e cujas cidades eram fortes e grandes (Nm 13.28,33). O terceiro limite do povo israelita no deserto é o medo. Se Deus é por nós o que temeremos?
4- Limite em socializar. Corá, Datã e Abirão são exemplos de pessoas que não possuí habilidades para o relacionamento. Estes levantaram contra a liderança de Moisés, porém ao mesmo tempo estava levantado contra a direção de Deus (Nm 16.1-3). Pois, quem tinha escolhido e enviado a pessoa de Moisés para guiar o povo no deserto foi o Deus de Abraão, Isaque e de Jacó.
5- Limite em Ouvir. Os israelitas poderiam ouvir as palavras de Calebe “Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela” Nm 13. 30). Deste episódio suje a seguinte pergunta: a quem estamos escutando? Os que creem na promessa? Ou os que têm medo dos gigantes?
II – Evidências da presença de Deus
1- A travessia do Mar Vermelho. No livro do Êxodo há explicações da saída dos israelitas do Egito para a cidade que mana leite e mana mel, sob a liderança de Moisés, autor do Pentateuco. Segundo esta narrativa a travessia ocorreu da seguinte maneira: primeiro, não foram pelo caminho da terra dos filisteus (Ex 13.17); segundo, fez caminhar o povo pelo caminho do deserto perto do mar vermelho (Ex 13.18); terceiro, partiram de Sucote e acompanharam em Etã (Ex 13.20), quarto, acamparam diante de Pi – Hairote (Ex 14.2); quinto, região de Pi – Hairote, próxima do mar (Ex 14.9) e sexto acontece o milagre do mar (Ex 14.21).
O milagre do mar vermelho não é limitado no episódio da travessia, mas também na derrota do exército inimigo. O povo de Israel estava armado (Ex 13.18), mas não preparado, ou seja, estava vazio espiritualmente, então o milagre aconteceu para que o povo se alimentasse e entendesse o querer do Todo Poderoso.
 2- Em quarenta anos. Durante os primeiros 14 meses e 20 dias o povo palmilhou no deserto com os seguintes propósitos da parte de Deus: primeiro, Deus queria libertar o povo do espírito da escravidão; segundo, levar o povo  a dependência de Deus e terceiro, Deus queria trenar o povo para ser uma nação. Mesmo assim, com o propósito final de libertar o povo do medo os israelitas temeram os habitantes da terra de Canaã. Porém, nos quarenta anos Deus com a sua glória manifestou ao povo de Israel outorgando – lhes proteção, segurança e prosperidade.
3- O decálogo. O relacionamento entre Deus e Israel teve seu auge no momento em que Deus outorgou o decálogo a Moisés (Ex 20.1-17), ensinado aos israelitas que na vida há deveres e direitos.
Segundo os versículos um ao sete é dever de todo o povo israelita adorar e respeitar o nome de Deus. Já nos versículos seguinte encontramos os direitos que são; direito ao descanso (v.7), direito ao respeito na própria casa (v.12), direito a vida (v.13), direito a fidelidade conjugal (v.14), direito a segurança (v.15) e direito ao respeito na sociedade (vv.16,17).
Conforme Êxodo capítulo treze versículo dezoito Deus guiou o povo de Israel pelo caminho do deserto para fazer desta uma grande e extraordinária nação. Com tantos milagres surge a grande interrogação por que os israelitas continuavam a murmurar? Outra pergunta é o porquê Deus escolheu a Israel? Sobre esta última pergunta, teremos como resposta.  
Deus escolheu a Israel para mostrar a sua glória ao mundo. O Egito era a grande potência da época enquanto Israel era um povo escravo. Segundo, Deus escolheu a Israel para outorgar ao mundo as Escrituras Sagradas. E por terceiro, Deus escolheu Israel para entregar o Salvador ao mundo. Por fim, no deserto é lugar de aprender a depender de Deus e reconhecer os nossos limites.



Nenhum comentário:

Postar um comentário