FRUTOS DO ESPÍRITO
Texto: 22- Mas o fruto do
Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança.
23- Contra estas coisas não há lei.
24- E os que são de Cristo crucificaram a
carne com as suas paixões e concupiscências.
25- Se vivemos em Espírito, andemos também em
Espírito.
26- Não sejamos cobiçosos de vanglórias,
irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros. (Gálatas 5.22-26).
INTRODUÇÃO
O
evangelista João registra as seguintes descrições do fruto: produtividade (dá
fruto – Jo 15.2), abundância (mais fruto ou muito fruto – Jo 15.2,5,8) e a permanência
do fruto (Jo 15.16).
No
presente capítulo Jesus é apresentado como videira verdadeira, o Pai é
apresentado como lavrador e os cristãos como varas (Jo 15.1,2). As varas
frutíferas são limpas pela palavra para darem mais frutos (Jo 15.3), logo se
percebe o poder da palavra para santificar e moldar o estilo de vida dos
cristãos; tanto para com Deus, como para com o próximo e também para consigo
mesmo.
I – FRUTOS INTERLIGADOS AO RELACIONAMENTO COM DEUS.
O
homem foi criado para manter ralação direta com Deus, porém, com o surgimento
do pecado este relacionamento foi alterado. Mas, com a obra realizada por Jesus
na cruz foi proporcionado à abertura de um novo relacionamento sendo este agora
debaixo da graça.
1- Amor. O termo utilizado
indica amor divino (ágape) que é imutável, sacrificial e espontâneo. Por amou
Jesus foi entregue para salvar a humanidade (Jo 3.16). Quando este amor é
operante na vida do indivíduo o mesmo passa a amar até mesmo os inimigos (Mt
5.44).
Este
amor não corresponde com sentimentos e nem com ações que esperam recompensas,
porém trata-se de um dom divino.
2- Alegria. O relacionamento com
Deus quando é espontâneo produz júbilo. Sendo que a alegria como fruto do
Espírito corresponde com o amor exultante e se manifesta na tribulação (2 Co
7.4).
A
alegria está relacionada com uma vida de comunhão com Deus.
3- Paz. Como fruto do
Espírito a paz corresponde com o amor em repouso, isto é, ação divina que
tranquiliza o cristão.
O
desfrutar da paz ocorre em três dimensões: paz com Deus, paz com o próximo e
paz consigo (Rm 5.1;12.18).
II – FRUTOS INTERLIGADOS AO RELACIONAMENTO COM OS OUTROS.
Assim
como o pecado afetou o relacionamento do homem para com Deus, também afetou o
relacionamento do homem para com o seu próximo. Basta acompanhar o noticiário
para perceber que o relacionamento entre os seres humanos tem sido afetado pelo
pecado e como tal afetação tem proporcionado catástrofes enormes, porém, quando
o ser humano faz aliança com Deus o relacionamento com próximo também é
restaurado.
1- Longanimidade. Corresponde com a
paciência contínua, isto é, a paciência que leva o indivíduo a suportar a falta
de amabilidade dos outros para consigo. É o saber esperar a vontade de Deus no
tempo de Deus (Ec 3.1).
2- Benignidade. É o amor em ação
para com o próximo, pois é a condição que o cristão desenvolve em expressar
ternura e gentileza para todos que estão a sua volta. Logo, é a atitude de
fazer o bem.
3- Bondade. O fruto da bondade
indica que houve capacitação divina em transformar o indivíduo em bom cidadão. Deus não transforma o homem para ser
bom para com uns e mal para com outros. Quando o indivíduo é transformado pelo
sangue carmesim o Espírito de Deus produz transformação, ou seja, desenvolve um
novo ser.
III – FRUTOS INTERLIGADOS AO RELACIONAMENTO PESSOAL.
Para
alcançar um relacionamento satisfatório com Deus e com o próximo o indivíduo
deverá está bem consigo mesmo, pois não há possibilidade de desenvolver um
relacionamento agradável com Deus e não amar a si mesmo, isto é uma impossibilidade.
1- Fé. A fé como fruto do Espírito
está relacionada com a fidelidade. Ser fiel a alguém corresponde a estar bem
consigo e a entender o valor e os efeitos da fidelidade. A ausência da
fidelidade no mundo estar associada com a multiplicação da iniquidade, porém,
quando a fidelidade se manifesta não há lugar para insegurança.
2- Mansidão. O fruto conhecido com
mansidão dá sabedoria à pessoa que passa a agir com autoridade e também sabe
submeter de forma humilde. Mansidão é a prática correta da humildade.
3- Temperança. É capacidade de
controlar a si mesmo. Três são os pontos fundamentais para serem controlados: a
língua, as paixões e os desejos que são contrários à vontade de Deus.
E os que são de
Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. O versículo indica
a vitória sobre a carne, logo os frutos do Espírito são desenvolvidos para esta
finalidade de vencer os desejos exagerados da carne e os mesmos são identificadores
da real transformação ocorrida na vida do cristão.