ATITUDES DOS QUE SÃO
GUIADOS PELO ESPÍRITO SANTO
Texto: 13- Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não
useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros
pelo amor.
14- Porque toda a lei se cumpre numa só
palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
15- Se vós, porém, vos mordeis e devorais
uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros.
16- Digo, porém: Andai em Espírito, e não
cumprireis a concupiscência da carne.
16- Porque
a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se
um ao outro, para que não façais o que quereis.
17 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não
estais debaixo da lei. (Gálatas 5.13-18).
INTRODUÇÃO
Na
bíblia três são os tipos de chamados que prevalecem. Chamados à salvação,
chamados para servir e chamados para a glorificação. No presente texto Paulo
continua suas considerações sobre a liberdade definindo que os membros da igreja
na Galácia foram chamados para a liberdade.
Porém,
após o reconhecimento dos gálatas de que foram chamados, o apóstolo enfatiza
que os crentes da igreja em apreço eram guiados pelo Espírito Santo, logo eles
eram movidos a três práticas que os diferenciavam dos demais. A servidão ao
próximo, o amor ao próximo e a não satisfação à concupiscência da carne.
I – SÃO SERVOS UNS DOS OUTROS.
1- Definição. Servo, (grego doulos),
tem como significado subordinação, obrigação e responsabilidade para com o
próximo. Porém, outras palavras são utilizadas para descrever o real significado
do termo servo, são elas: oiketes, equivalente a ao termo doulos; diáconos,
servo analisado conforme o seu trabalho e therapon que tem como significado
aquele que presta serviço voluntário estimulado pelo dever ou pelo o amor.
Portanto,
em Gl 5.13, a palavra utilizada por Paulo é a derivação de doulos, ou seja,
servir o próximo é uma questão de honra e de subordinação a Jesus Cristo.
2- Características do
servo. Nos
escritos paulinos os servos de Jesus são apresentados por três caraterísticas
básicas. Primeira característica, os servos são posses de Cristo, isto é,
pertencem a Jesus.
Segunda
característica, os servos não possuem vontade própria, pois os mesmos são
submissos à vontade de Deus.
Por
fim, a terceira característica se resume na honra em ser servo de Jesus.
Paulo trata da servidão em amor. Isto
corresponde com a não obrigação, mas com a voluntariedade em servir ao próximo.
II – AMAR O PRÓXIMO.
1- Definição. A prática do amor
cristão tem que ser fundamentado, edificado e ter como base o amor a Deus e ao
próximo. O amor possui duas dimensões: vertical, amor a Deus, e horizontal,
amor ao próximo.
Os
tipos de amor conforme a língua grega, são apresentados pelas seguintes
palavras: ágape, amor divino; philis, amor entre amigos; eros, amor entre os
cônjuges, porém há muitos que o define como amor carnal, ou seja, paixão e
storge, amor conjugal em que o respeito e a harmonia são evidenciados.
2- O caminho mais
excelente.
Aos coríntios o apóstolo Paulo enfatiza três elementos fundamentais para o
crescimento da igreja: poder, amor e ordem. Ao concluir sobre a importância do
poder o apóstolo promete mostrar um caminho mais excelente (1 Co 12.31) que é o
amor.
Logo
se percebe que o amor é mais excelente que o poder, porque o amor não se limita
a esfera terrestre, não se acaba, pois é movido com efeitos eternos. Já para a
missão eclesiástica o poder se limita a esfera terrestre.
O
Milagre é uma suspensão temporária das leis da natureza, pois a cura torna – se
temporário, o que se percebe é que em um determinado dia os personagens que
foram curados também faleceram, ou seja, adoeceram e morreram. Isto corresponde
à ação temporária do milagre, por isso, o maior milagre na Bíblia é a salvação
do ser humano. Milagre este concretizado pelo caminho mais excelente o amor.
III – NÃO SATISFAZ À CONCUPISCÊNCIA DA CARNE.
1- Tipos de
concupiscência.
A concupiscência é um apetite carnal exagerado e insaciável que tem como cerne
o orgulho. O apóstolo João (1 Jo 2.16,17), cita dois tipos de concupiscência: a
dos olhos e a da carne. Na dissociação realizada por João nota a origem da
concupiscência, o olhar, e por fim, na concretização do ato.
Porém,
a concupiscência tem um tempo limitado, isto é, ela é passageira. Outra
conclusão presente no texto está no versículo 17, onde se aprende que a concupiscência
é vencível.
2- Soberba da vida, o
que excede a concupiscência. Pós o pecado o indivíduo se prende ao mundo
do “não tem nada”, termo em que as pessoas usam para se auto justificarem. Ou até
mesmo se esconderem.
O
pecado cometido no Jardim do Éden foi originário na concupiscência dos olhos, o
olhar para a fruta, se propagou na carne, o consumir do fruto, e lançou o
primeiro casal ao fracasso da soberba da vida, ser igual a Deus.
Portanto,
todos os que são guiados pelo Espírito Santo possuem como atitudes servir uns
aos outros, amar ao próximo e não satisfazer ao desejo exagerado da carne.
Por
isso, que Paulo escreve sobre a importância de servir, isto é, a de não ser
superior a ninguém. Também trata da harmonia e da aceitação, amar o próximo
como a si mesmo. E ao concluir o apóstolo trata da dependência divina, o não
satisfazer ao desejo da carne.
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