Deus é Fiel

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domingo, 28 de dezembro de 2014

Subsídio E.B.D - Deus dá a sua Lei ao Povo de Israel


Subsídio E.B.D - Deus dá a sua Lei ao Povo de Israel

Duas palavras são imprescindíveis para a compreensão da presente lição: lei e decálogo.
Lei
Sobre a Lei cabe ao professor saber que a o significado da palavra indica seta. E seta serve para mostrar o caminho, portanto, a Lei mosaica tinha como objetivo mostrar Jesus Cristo à nação de Israel e esta por sua vez propagar às nações a santidade de Deus. A missão da nação israelita era centrípeta, isto é, as nações iriam a Israel, enquanto a missão da igreja é centrífuga, isto é, a igreja vai ao encontro das nações.
Razão da existência da lei.
1- Por causa da transgressão. Paulo demonstra aos gálatas que a existência da Lei está associada com a presença da transgressão. Logo, a transgressão é tudo aquilo que impede o ser humano de se chegar a Deus.
Até existe um provérbio que enfatiza que “boas leis são provenientes de más condutas”. Por isso, as Leis foram mediadas para que os hábitos maus fossem refreados. Para Paulo a existência da Lei era disciplinar e educativa, pois pelo meio educativo os israelitas conheceriam as suas culpas.
A morte, a culpa e a corrupção foram às consequências do pecado cometido por Adão. A Lei foi promulgada não por causa da obediência de alguns, mas por causa da desobediência de muitos. Porque a Lei na sua instrução se aplica à corrupção humana.
A tutoria da Lei.
1- A Lei revela a justiça de Deus. Logo que a lei revela a justiça divina também demonstra a injustiça por parte dos homens. “Estávamos sobre a custódia da lei,” isto indica que a lei aprisionava os homens por serem os mesmos injustos.
A injustiça humana era notável até mesmo na vida de personagens que viviam em conformidade com Deus. Por exemplo: Noé após o dilúvio ao se embriagar (Gn 9.21), Abraão ao mentir (Gn 12.11-13; 20.2), Davi ao transgredir cinco dos dez mandamentos (2Sm 11.4,14,24,27), Uzias ao agir como sacerdote (2Cr 26.16), dentre outros casos.
Em suma, a lei indicava que os homens eram injustos em suas obras e incapazes de se salvarem, sendo que a justiça de Deus se manifesta na pessoa e na obra de Jesus Cristo.
2- A lei é responsável pelo ensino até a manifestação de Cristo. Anterior ao ministério do Senhor Jesus a lei definia a educação dos judeus o que Calvino vai considerar com a infância.
Calvino ainda dizia que a lei era a gramática da teologia que ao conduzir a criança até certo ponto os entregavam a fé que completava a graduação das pessoas. Para ele o apóstolo “Paulo associou os judeus a crianças por viverem conforme os ensinos da lei, e nós os da graça com a fase adulta”.
3- A lei gerou discípulos. Dentre os discípulos gerados no período da lei podem ser citado os profetas e sacerdotes. Um dos oficiais de Deus no Antigo Testamento foram os sacerdotes. A missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte, Jesus foi o próprio sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos que creem.
No Antigo Testamento o homem deveria aproximar se de Deus através de um sacrifício e manter-se junto de Deus por meio da intercessão. O sacerdote era responsável pelo sacrifico e também pela intercessão. Logo, o sacerdote era o elo entre o homem e Deus. Ao contrário do profeta que era o elo entre Deus e o homem.
O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1Sm 15.10-23), a líder religioso (1Sm 2.27-36) e a profeta (1Re 13.20-22) por meio do ministério profético.
Decálogo
O relacionamento entre Deus e Israel teve seu auge no momento em que Deus outorgou o decálogo a Moisés (Êx 20.1-17), ensinando aos israelitas que na vida há deveres e direitos.
Segundo os versículos um ao sete é dever de todo o povo israelita adorar e respeitar o nome de Deus. Já nos versículos seguinte percebem-se os direitos, que são; direito ao descanso (v.7), direito ao respeito na própria casa (v.12), direito a vida (v.13), direito a fidelidade conjugal (v.14), direito a segurança (v.15) e direito ao respeito na sociedade (vv.16,17).
O decálogo é um resumo da lei moral de Deus. Dez mandamentos em duas tábuas. Do primeiro ao quarto mandamento na primeira tábua. Do quinto ao décimo na segunda tábua. Na primeira tábua encontrava os mandamentos que estavam diretamente relacionados com a vida do indivíduo para com Deus com direção vertical. Já a segunda tábua com sentido horizontal trata dos mandamentos que outorgam ligação entre o indivíduo e o seu próximo. O decálogo corresponde com a ética cristã: amar a Deus acima de todas as coisas (sentido vertical) e amar o próximo como a si mesmo (sentido horizontal).
Os motivos do decálogo são tríplices:
Prover um padrão de justiça, pois os dez mandamentos proporcionam a formação do caráter e da conduta do ser humano. O caráter corresponde com o modo de ser de cada indivíduo. E a conduta corresponde com o modo de agir. Ambas se definem no Ser e no Fazer.
Identificar e expor a malignidade do pecado, pois os dez mandamentos expõe os seguintes tipos de pecado: idolatria, desrespeito, desonra, assassinato, traição, roubo, concupiscência...
Pecado é tudo aquilo que separa o servo do seu Senhor. Logo, os dez mandamentos tem como propósito identificar o pecado, por isso, Paulo escreveu “pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 5.20).
Revelar a santidade de Deus, Deus é Santo e isto se torna evidente com os dez mandamentos. Pois, se a lei revela o pecado e requer que aquele que aproxima de Deus não peque, logo se conclui que Deus é Santo.
O primeiro mandamento indica que Deus é único. O segundo mandamento indica que não há por parte humana um meio para descrever em fórmula a pessoa de Deus. O terceiro mandamento indica que o nome de Deus representa a pessoa dEle mesmo, por isso, é necessário respeito ao usar o nome do Senhor.
Já o quarto mandamento guardar sábado é o único não citado no Novo Testamento. Isto por que este mandamento era um sinal para os israelitas. A lição que se pode tirar deste mandamento para os dias atuais está no significado da palavra sábado que quer dizer cessar ou interromper, isto é, o ser humano não poderá ser escravo do trabalho.
Porém, no que corresponde ao guardar o sábado como meio de salvação há um equivoco, pois a salvação só é possível pelo sacrifício de Cristo na cruz. Na Nova Aliança o guardar o sábado não é uma obrigação.
A perfeita relação entre pais e filhos está inserida nos dez mandamentos. A ética cristã está associada a duas dimensões: divina e humana. A ética na sua dimensão humana inicia-se com o relacionamento entre filhos e pais.
Sexto mandamento corresponde com o direito à vida. Por isso, o cristianismo tem assumido um compromisso em favor da vida e é totalmente contra o aborto e a eutanásia.
Sétimo mandamento corresponde com o direito à fidelidade do cônjuge. Porém, torna se fundamental entender que às traições ocorrem mais por dois motivos básicos: concupiscência e carência.
Oitavo mandamento corresponde com o direito de possui o que lhe pertence e não ser obstruído por outros.
Nono mandamento com o direito a não difamação.
Décimo mandamento com o respeito ético a tudo que pertence ao próximo.

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