Deus é Fiel

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terça-feira, 8 de março de 2016

Carta aos Romanos – Justificação pela Fé em Cristo


Justificação pela Fé em Cristo
Texto: 16- Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós.
21- E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.
22- Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça.
25- O qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.  (Rm 4.16, 21, 22 e 25).
Na segunda parte da Epístola o apóstolo Paulo trata-se basicamente das doutrinas bíblicas. Sendo que a doutrina da salvação é analisada de maneira sistemática, a citar os elos: fé, justificação, santificação e a glorificação. No presente texto a fé é analisada e é exemplificada no modelo de vida de Abraão, que é o pai de todos. Portanto, a justificação para se concretizar teve como ponto fundamental, a morte e a ressurreição de Jesus, pois sem a ressurreição de Jesus Cristo não haveria a justificação. A ressurreição aprovou as palavras de Jesus, a vida de Jesus e as obras de Jesus. Logo, sem ressurreição não haveria a salvação.
Abraão e a promessa
Abraão é um dos maiores vultos da história. Dele descendem os judeus e os árabes. Estes últimos por parte de Ismael. De Abrão, pai da altura passou a ser chamado de Abraão que tem por significado pai de uma multidão de nações (Gn 17.5). Foi chamado aos 75 anos de idade (Gn 12.4), teve o nome mudado aos 99 anos de idade (Gn 17.1) e teve o seu filho aos 100 anos de idade (Gn 21.5).
Dentre as características de Abraão três em especial chamam atenção: primeira, foi chamado de amigo de Deus (Is 41.8); segunda característica, é chamado de o fiel Abraão (Gl 3.9) e por fim, como terceira característica, é considerado como o pai de todos nós (Rm 4.16).
1- Característica do chamado de Abraão. O chamado de Abraão teve características que o diferencia de outros personagens bíblicos.
1.1- Em primeiro o chamado de Abraão foi pela fé (Hb 11.8). Isto indica que o patriarca não andava por vista (2 Cor 5.7), mas por ser justo viveu pela fé, pois o justo viverá pela fé (Rm 1.17) e o mesmo sabia que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
1.2- Segundo, o chamado de Abraão exigiu a mudança de localidade. A mudança foi de Ur dos caldeus para ir a Canaã (Gn 11.31). A primeira mudança que Deus requer do ser humano ao chamá-lo é que o mesmo mude de atitudes. Atitude é a tendência de uma pessoa em julgar tais objetos como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis. Portanto, há atitudes que menosprezam o próprio ser das pessoas, tais como atitudes egoístas, que não visualizam a vontade de Deus para si.
1.3- E em terceiro o chamado de Abraão teve um preço a ser pago. A renúncia da terra, da parentela e da casa são demonstrações do preço elevado pago por Abraão (Gn 12. 1). Abraão renunciou a terra natal, o conforto do lar, os amigos, o tradicional estilo de vida, o direito de habitar entre os teus, o direito de ter uma velhice tranquila e o direito de dirigir a sua própria vida. Renunciar é abrir mão de bens pessoais para servir a outros conforme a vontade de Deus.
2- Os ganhos de Abraão. Deus supre a caminhada. Tal afirmativa é notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos setenta e cinco anos era incompleto em se tratando da ausência de um filho. Deus chama o patriarca. O patriarca obedece, logo vem o primeiro resultado o nascimento do filho da promessa.
Porém, antes que a promessa do filho se concretizasse Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Quando o ser humano obedece ao chamado primeiramente Deus muda o nome do mesmo, retirando todo o significado de dor, sofrimento, angústia e de exaltação para um nome que indique bênção.
Abraão não ficou preso em um passado esquecido por seus sucessores. Todavia, a experiência de vida de Abraão em conhecer e obedecer ao chamado de Deus para a sua vida fez do mesmo um dos personagens mais ilustre da história da humanidade. A importância do patriarca não estar limita na escrita bíblica ganhou campo e dimensão gigantesca. Tal dimensão foi conquistada pela obediência ao chamado.
Justificados em Cristo
A justificação é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado. A justificação pode ser entendida em ser:
Salvação dos pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. Momentânea. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo.
Entretanto, sem a ressurreição de Jesus não haveria a justificação. A ressurreição foi à confirmação das palavras de Jesus:
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último Dia (Jo 6.54).
A ressurreição de Jesus foi à confirmação de suas obras:
Mas eu tenho maior testemunho do que o de João, porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço testificam de mim, de que o Pai me enviou (Jo 5.36).
A ressurreição de Jesus foi à confirmação de sua vida:
Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mc 10.45).
Jesus ressuscitou ao terceiro dia e por quarenta dias apareceu aos seus discípulos, após subiu ao céu. Jesus é o centro da história do mundo, e sem Ele indivíduo nenhum alcançará a salvação, porque Ele foi entregue por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25).

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