Justificação pela Fé em Cristo
Texto: 16- Portanto, é pela fé, para que seja
segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não
somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de
todos nós.
21- E estando certíssimo de que o
que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.
22- Pelo que isso lhe foi também
imputado como justiça.
25- O qual por nossos pecados foi
entregue e ressuscitou para nossa justificação. (Rm 4.16, 21,
22 e 25).
Na
segunda parte da Epístola o apóstolo Paulo trata-se basicamente das doutrinas
bíblicas. Sendo que a doutrina da salvação é analisada de maneira sistemática,
a citar os elos: fé, justificação, santificação e a glorificação. No presente
texto a fé é analisada e é exemplificada no modelo de vida de Abraão, que é o
pai de todos. Portanto, a justificação para se concretizar teve como ponto
fundamental, a morte e a ressurreição de Jesus, pois sem a ressurreição de
Jesus Cristo não haveria a justificação. A ressurreição aprovou as palavras de
Jesus, a vida de Jesus e as obras de Jesus. Logo, sem ressurreição não haveria
a salvação.
Abraão e a promessa
Abraão
é um dos maiores vultos da história. Dele descendem os judeus e os árabes.
Estes últimos por parte de Ismael. De Abrão, pai da altura passou a ser chamado
de Abraão que tem por significado pai de uma multidão de nações (Gn 17.5). Foi chamado
aos 75 anos de idade (Gn 12.4), teve o nome mudado aos 99 anos de idade (Gn
17.1) e teve o seu filho aos 100 anos de idade (Gn 21.5).
Dentre
as características de Abraão três em especial chamam atenção: primeira, foi
chamado de amigo de Deus (Is 41.8); segunda característica, é chamado de o fiel
Abraão (Gl 3.9) e por fim, como terceira característica, é considerado como o
pai de todos nós (Rm 4.16).
1- Característica do chamado
de Abraão. O chamado de Abraão teve características que
o diferencia de outros personagens bíblicos.
1.1- Em primeiro o chamado
de Abraão foi pela fé (Hb 11.8). Isto indica que o patriarca
não andava por vista (2 Cor 5.7), mas por ser justo viveu pela fé, pois o justo
viverá pela fé (Rm 1.17) e o mesmo sabia que sem fé é impossível agradar a Deus
(Hb 11.6).
1.2- Segundo, o chamado de
Abraão exigiu a mudança de localidade. A mudança foi de Ur dos
caldeus para ir a Canaã (Gn 11.31). A primeira mudança que Deus requer do ser
humano ao chamá-lo é que o mesmo mude de atitudes. Atitude é a tendência de uma
pessoa em julgar tais objetos como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis.
Portanto, há atitudes que menosprezam o próprio ser das pessoas, tais como
atitudes egoístas, que não visualizam a vontade de Deus para si.
1.3- E em terceiro o chamado
de Abraão teve um preço a ser pago. A renúncia da terra, da
parentela e da casa são demonstrações do preço elevado pago por Abraão (Gn 12.
1). Abraão renunciou a terra natal, o conforto do lar, os amigos, o tradicional
estilo de vida, o direito de habitar entre os teus, o direito de ter uma
velhice tranquila e o direito de dirigir a sua própria vida. Renunciar é abrir
mão de bens pessoais para servir a outros conforme a vontade de Deus.
2- Os ganhos de Abraão. Deus
supre a caminhada. Tal afirmativa é notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos
setenta e cinco anos era incompleto em se tratando da ausência de um filho.
Deus chama o patriarca. O patriarca obedece, logo vem o primeiro resultado o
nascimento do filho da promessa.
Porém,
antes que a promessa do filho se concretizasse Deus mudou o nome de Abrão para
Abraão. Quando o ser humano obedece ao chamado primeiramente Deus muda o nome
do mesmo, retirando todo o significado de dor, sofrimento, angústia e de
exaltação para um nome que indique bênção.
Abraão
não ficou preso em um passado esquecido por seus sucessores. Todavia, a
experiência de vida de Abraão em conhecer e obedecer ao chamado de Deus para a
sua vida fez do mesmo um dos personagens mais ilustre da história da
humanidade. A importância do patriarca não estar limita na escrita bíblica
ganhou campo e dimensão gigantesca. Tal dimensão foi conquistada pela
obediência ao chamado.
Justificados em Cristo
A
justificação é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado. A justificação
pode ser entendida em ser:
Salvação
dos pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do
pecado. Um ato da graça. Momentânea. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no
mundo.
Entretanto,
sem a ressurreição de Jesus não haveria a justificação. A ressurreição foi à
confirmação das palavras de Jesus:
Quem come a minha carne e
bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último Dia (Jo
6.54).
A
ressurreição de Jesus foi à confirmação de suas obras:
Mas eu tenho maior
testemunho do que o de João, porque as obras que o Pai me deu para realizar, as
mesmas obras que eu faço testificam de mim, de que o Pai me enviou (Jo
5.36).
A
ressurreição de Jesus foi à confirmação de sua vida:
Porque o Filho do Homem
também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
de muitos (Mc 10.45).
Jesus
ressuscitou ao terceiro dia e por quarenta dias apareceu aos seus discípulos,
após subiu ao céu. Jesus é o centro da história do mundo, e sem Ele indivíduo nenhum
alcançará a salvação, porque Ele foi entregue
por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25).
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