Deus é Fiel

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terça-feira, 1 de março de 2016

Carta aos Romanos – Conhecendo o pecado


Conhecendo o pecado
Texto: 19- Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus 20- Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. (Rm 3.19,20).
Pecado (gr. Hamartía) tem como significado errar o alvo. Sendo que o pecado é toda transgressão à vontade de Deus. O resultado da hamartía é a morte, isto é, a transgressão traz a separação de Deus.
A hamartiologia resume as ações do pecado em três instancias: penalidade, poder e presença. A penalidade do pecado é real na vida daqueles que não foram justificados em Cristo. O poder do pecado é notável na vida daqueles que não se santificam em Jesus Cristo. E a presença do pecado só perpetuará na vida daqueles que não serão glorificados com o Senhor Jesus Cristo.
A penalidade do pecado
Paulo expressa que tanto judeus como os gregos, estão debaixo do pecado, isto é, estão sobre os efeitos do pecado (Rm 3.9). A penalidade do pecado permite a seguinte conclusão: não há um justo (Rm 3.10). Logo, se não há um justo debaixo da lei a depravação da humanidade se torna visível em:
1- Não há um justo, nem um sequer (Rm 3.10). Em outra versão não há uma só pessoa que faça o que é certo.
2- Não há ninguém que entenda (Rm 3.11). Ou seja, não há ninguém que tenha juízo. Os que estão debaixo da penalidade do pecado são indivíduos que não conhecem a Deus ou indivíduos que abandonaram a Deus. Fato associado ao homem natural, que não conhece, e ao carnal que abandonou a Deus. Portanto, o presente texto se associa com o homem natural que não conhece a Deus.
3- Não há ninguém que busque a Deus (Rm 3.11). Isto é, não há ninguém que adore a Deus. Quando associado ao homem carnal o não adorar a Deus presente no versículo se refere a ações religiosas, onde não há verdadeira adoração, mas pura apresentação.
4- Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis (Rm 3.12). Logo, todos se perderam e se tornaram inúteis. Desviaram e se fizeram inúteis, isto é, se tornaram em pessoas sem utilidade para Deus e para os propósitos de Deus.
5- Não há quem faça o bem, não há nem um só (Rm 3.12). Quem sabe fazer o bem e não faz comete pecado (Tg 4.17). O texto não se refere em não saber fazer o bem, mas ao fato de não querer fazer o bem.
6- Todos mentem e enganam (Rm 3.13). Os lábios dos que estão sobre o domínio do pecado são fontes de mentira e de morte.
7- Se apressam para matar (Rm 3.15). Pessoas distanciadas de Deus são propensas à violência. Eles cometem crimes e matam porque não têm nenhum respeito pela vida de seu semelhante (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.369).
8- Não há temor de Deus diante de seus olhos (Rm 3.18). Isto é, não há reverência divida a Deus. Para Salomão o temor do Senhor é o princípio de toda sabedoria (Pv 1.7).
A penalidade do pecado sobre o indivíduo indica que este se encontra no estado de escravidão. Portanto, o elo da salvação que retira a penalidade do pecado do indivíduo é a justificação.
O poder do pecado
O poder do pecado na vida do indivíduo é definido em duas situações: no aprisionar e no condenar.
O pecado aprisiona o indivíduo, isto é, faz do indivíduo escravo do mesmo. Sendo que o prisioneiro não tem liberdade em realizar sua própria vontade. Apenas o conhecimento da verdade liberta o homem do poder do pecado (Jo 8.32).
A segunda situação se relaciona com a condenação, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Em alguns casos esta dominação leva a morte física, porém, antes que esta se concretize a morte espiritual torna se uma realidade e se define na perca da comunhão com Deus.
Os males existenciais na atualidade estão todos associados com o poder do pecado, pois este aprisiona e condena, mas graças a Deus que outorga vitória por intermédio de Jesus Cristo. Por fim, a santificação liberta o indivíduo do poder do pecado.
A presença do pecado
Conforme Ap 21.2, do céu descerá a nova Jerusalém. A primeira palavra, nova, corresponde a uma das características desta cidade que será uma cidade “Santa” (Ap 21.10). Nova, cidade desconhecida, guardada para os salvos de todas as épocas (Jo 14. 1-3).  Já a segunda palavra Jerusalém, tem por significado, habitação de paz.
Portanto, a glorificação do crente ao ser arrebatado e passar a viver na Nova Jerusalém indica que o pecado não estará mais presente.
A palavra chave para compreender este momento é Nikon. Ou seja, aquele que permanece em constante vitória. Na Bíblia de Estudo Pentecostal a explanação a respeito da palavra Nikon se define da seguinte maneira:
É aquele que, mediante a graça de Deus recebida através da fé em Cristo, experimentou o novo nascimento e permanece constante na vitória sobre o pecado, o mundo e satanás (p.1985).
 Em suma, a lei não foi dada para justificar, mas para expor os pecados. Já a graça revelada em Jesus Cristo justifica o indivíduo, levando-o à categoria de justo, Logo, perante Deus mediante a graça o ser humano é declarado íntegro. A lei condena o melhor dos homens, já a graça justifica o pior dos homens.
REFERÊNCIA
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Edição Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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