Morte versus a Vida Eterna
Texto: 20- Porque, quando éreis servos do
pecado, estáveis livres da justiça.
21- E que fruto tínheis, então, das
coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.
22- Mas agora, libertados do pecado
e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a
vida eterna.
23- Porque o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso
Senhor. (Rm 6.20 e 23).
Deus
fez uma aliança com Adão, sendo que este pacto possuía promessa, condição e
pena. A promessa era a vida eterna, a condição era a obediência e a pena, caso
a condição não fosse cumprida, seria a morte. O relato Sagrado registra a desobediência
de Adão outorgando aos seus descendentes a herança pecaminosa. A grande prova desta
herança se chama a morte. Morte física é a separação entre o espírito e o
corpo.
Porém,
Deus não abandonou a humanidade. Jesus veio ao mundo, teve um ministério
terreno abrangendo trinta e três anos, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, confirmando
suas palavras, sua vida e sua morte. Pois, pela morte de um, todos têm a
oportunidade se justificarem diante de Deus, porque o dom gratuito de Deus é a
vida eterna.
Morte, o salário do pecado
1- Definição. A
palavra morte tem como significado separação. No sentido físico, é o término das atividades vitais do ser humano
sobre a terra (ANDRADE, p.184). Logo, morte do latim, mortem, tem como
significado experiência física terminal.
2- Tipos de morte. Há
em destaque três tipos de morte descrita na Escritura Sagrada: morte física,
morte espiritual e a segunda morte.
A
morte física que é a experiência física terminal ocorre diariamente, pois no
mundo segundo dados da ONU em média 102 pessoas morrem por minuto. Isto indica
que 3,4 pessoas morrem a cada 2 segundos, e 146.880 pessoas morrem a cada dia.
Isto por causa da desobediência de Adão. Portanto, a morte física é biológica.
Já
a morte espiritual corresponde com a separação do indivíduo para com Deus. Trata-se
de uma morte espiritual. Jesus, porém
disse-lhe: segue-me e deixa aos mortos sepultar os seus mortos (Mt 8.22). Mas era justo alegrarmo-nos e
regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido
e foi achado (Lc 15.32). E vos
vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados (Ef 2.1).
Em
terceiro há também a segunda morte, que está associada com o Juízo Final que de
fato é a eterna separação para com Deus.
3- Origem da morte.
Conforme os seguintes textos da Bíblia Sagrada (Gn 2.17; Rm 5.12; Rm 6.23) a
morte é consequência do pecado. Com outras palavras Champlin expressa que a
morte é a punição contra o pecado
(p.363).
Tiago
em sua epístola corrobora com o enunciado acima: depois havendo a concupiscência concebido, dá a luz o pecado; e o
pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg 1.15). Logo, a morte é consequência
direta do pecado de Adão.
4-Fracasso da morte. A
vitória da morte é temporária, pois a morte dará os mortos (Ap 20.13), isto é,
a morte devolverá mortos na ressurreição dentre os mortos e também na
ressurreição dos mortos. Logo, na entrega dos mortos na ressurreição dentre os
mortos, indica entrega dos que morrerem com a fé viva em Cristo para
participarem do arrebatamento da Igreja, já a ressurreição dos mortos, indica
que todos os mortos de todo o tempo, voltarão à vida para o julgamento do
Grande Trono Branco. Se por meio da ressurreição a morte devolverá os mortos, a
mesma terá cumprido a sua missão e, por isso, será lançada no lago de fogo (Ap
20.14).
Vida eterna
1- É um dom divino. A
vida eterna é um presente de Deus para todos aqueles que receberem a Jesus como
único e suficiente Salvador. Promessa que se cumprirá para todos aqueles que perseverarem
até o fim.
Sendo
um dom, indica que ninguém será salvo por seus próprios méritos. A salvação não
é por méritos e nem por obras próprias do ser humano, mas sim pela obra de
Jesus Cristo no Calvário. Se por Adão o pecado entrou no mundo e deixou como
herança a morte. Por Jesus vem à reafirmação divina da vida eterna para todos
aqueles que crerem.
2- Será marcada pela ausência
do pecado. Se o mundo atual que está afetado pelo pecado
possui maravilhas, o que será dito quando o cristão passar a ter o seu corpo
glorificado e a viver na nova cidade em que nela não haverá maldição (Ap 22.3),
pois, não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as
primeiras coisas são passadas (Ap 21.4).
E
Deus limpará de seus olhos toda lágrima (Ap 21.4). As lágrimas enxugadas pelo
Senhor indicam o fim da dor. Porque já as primeiras coisas são passadas, isto
é, toda tristeza será substituída pela alegria eterna. A alegria eterna será
identificada pelos seguintes indicadores: a glorificação do crente e a
habitação do tabernáculo divino com os vencedores.
A
glorificação do crente indica que o cristão será: salvo de um mundo de pecado,
liberto da presença do pecado, habilitado a desfrutar da graça que se estenderá
por toda a eternidade e, por fim, ocorrerá quando o cristão chegar ao céu.
Em
suma, a morte física não separa o cristão de Deus, pois a morte envolve
vantagens conforme o apóstolo Paulo escreveu o morrer é ganho (Fp 1.21). Logo,
a morte é serva em direcionar o cristão a Deus e em obedecer a Deus, pois a
mesma só age no devido tempo. Cabe ao cristão ser fiel, obedecer a Palavra de
Deus e a se santificar diante do Senhor, para não cair em tentação e perder a
vida eterna, a herança de Deus para os que vencerem.
REFERÊNCIA
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário
Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro:
CPAD, 1997.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia. Volume 4. São Paulo: Hagnos, 2014.
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