Deus é Fiel

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domingo, 10 de julho de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: Igreja, agência evangelizadora

Igreja, agência evangelizadora
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (At 1.8).
O presente versículo didaticamente se divide em duas partes: recebereis a virtude do Espírito Santo e, ser-me-eis testemunhas. Primeiramente os apóstolos receberiam o poder necessário para executarem a tarefa. E em segundo, os apóstolos seriam testemunhas até os confins da terra, ou seja, fica nítida a ordem de Jesus para que o evangelho fosse pregado.
Deus capacitou seus discípulos para serem testemunhas fiéis e fervorosas, ainda que enfrentando a mais veemente oposição. Essa mesma virtude para testemunhar é acessível a nós hoje. Nossa tarefa não é convencer pessoas, mas testemunhar a verdade do evangelho (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 290).
Portanto, a existência da igreja está diretamente associada com a sua missão, pregar o evangelho a toda criatura. Mas, a missão da igreja é abrangente, isto é, fazer discípulos. A igreja é um organismo vivo, fato que explica o motivo de seu forte crescimento, e para que haja crescimento cada crente tem que testemunhar de Jesus Cristo.
Se não evangeliza, deixa de ser um organismo divino para apequenar-se numa organização humana falida e já em vias de apagar-se (ANDRADE, p 29).
I – A FUNDAÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA
O termo igreja (gr. Εκκλησία) significa os que foram tirados para fora, também pode se definir como os que foram vocacionados para obedecerem a Palavra de Deus. No NT o termo igreja pode ser usado de três maneiras diferentes: igreja universal, igreja local e reunião dos crentes em qualquer lugar (1 Co 10.32; 1.2; 11.18).
O homem deve ser membro de uma congregação local, dentro de determinada comunhão; mas se seu pensamento parar aí, está muito longe do verdadeiro conceito da Igreja.
A Igreja é o todo universal da qual sua pequena congregação faz parte, e o que importa não é ser membro de determinada congregação, nem sequer de determinada comunhão, mas ser membro da Igreja de Deus (BARCLAY, p. 46).
Os fatos que antecedem a fundação da igreja no NT estão relacionados ao ministério de Jesus Cristo. O ministério abrangeu três anos e seis meses, período em que os doze apóstolos foram separados. O evangelista João em seus escritos relata de maneira bem clara a dedicação de Jesus ao preparar os doze apóstolos. Torna-se notório que este evangelista achou por bem relatar os discursos e os sinais realizados por Jesus com o objetivo preparar os discípulos para darem continuidade da obra do Pai.
Mateus 16.18 assim está escrito: pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E em Atos dos Apóstolos o evangelista Lucas relata como ocorreu a inauguração da Igreja, havia 120 crentes que se reuniam em um salão superior para orar, como Ele lhes havia ordenado. No décimo dia os crentes ali presentes vivenciaram o cumprimento da profecia de Joel, sobre o derramamento do Espírito Santo. Com este acontecimento a igreja surgia com toda força no contexto histórico para o cumprimento das profecias presentes na Antiga Aliança.
II – A MISSÃO PRIORITÁRIA DA IGREJA
No subtópico: evangelização, o comentarista escreve as seguintes palavras que merecem atenção:
Quanto mais evangelizava, mais o Senhor operava sinais, prodígios e maravilhas. Portanto, a ação da igreja primitiva estava voltada para o cumprimento da pregação do Evangelho.
A oração daqueles crentes pela evangelização do mundo era tão poderosa, que, certa vez, fez tremer o lugar onde estavam reunidos. A oração é também um dos meios pela qual os crentes tem a oportunidade de pregar o Evangelho. Em suma, há três meios em que a evangelização poderá ser desenvolvida pelos crentes: pregando pessoalmente, contribuindo financeiramente para a pregação de outros e por terceiro, por meio da evangelização. 
A igreja precisa manter o pentecostes genuíno: sem misticismos, sincretismos e sem alvos mercadológicos.
Misticismo é o conjunto de normas e práticas que tem por objetivo alcançar uma comunhão direta com Deus. Nesta busca, não raro, os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia para ficar apenas com as suas experiências (ANDRADE, p. 182).
Já o sincretismo se define em ser a junção de doutrinas diferentes, enquanto os alvos mercadológicos correspondem com ações comerciais desenvolvidas por algumas denominações para atraírem novos adeptos.
Nenhum evento eclesiástico é tão importante quanto a evangelização. Não há proibição no que correspondem as ações sociais da igreja, porém, esta não deverá ser o motivo da existência da igreja como agência de Deus na terra, pois o maior evento eclesiástico deverá ser a propagação do Evangelho.
III – ANTIOQUIA, IGREJA MISSIONÁRIA
A igreja em Antioquia era uma igreja completa, pois havia ali profetas e doutores, se destaca também em ser uma igreja missionária. Os cristãos em Antioquia tinham como prioridade a obra missionária. Sendo este o impulso que permitiu que o Evangelho chegasse até os confins da terra.
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado (At 13.2).
Barnabé e Paulo foram vocacionados por Deus para uma grande obra. No versículo três os membros daquela comunidade impuseram as mãos sobre eles, pois na imposição de mãos era a forma pela qual a Igreja primitiva reconhecia e confirmava a missão de alguém chamada por Deus (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 327).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. O desafio da Evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

BARCLAY. William. Palavras Chaves do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2010.

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