A Sobrevivência em tempos de
crise
Para melhor compreensão a respeito da
prosperidade há três perguntas sobre esta temática que devem ser respondidas:
O que é prosperidade?
Como alcançar a prosperidade?
Qual o objetivo da prosperidade?
Mas, antes é necessário compreender que quando
se trata de dinheiro na igreja os cristãos tornam-se propícios a cometerem dois
erros: erro teológico e erro prático.
O erro teológico corresponde com
justificativa teórica sem fundação Bíblica que conduz o indivíduo a omitir contribuição
à obra de Deus. É necessário compreender que dinheiro no Reino de Deus trata-se
de uma temática essencialmente espiritual. Já o erro prático corresponde com a
concretização da omissão, isto é, o indivíduo deixa de contribuir
financeiramente para com o crescimento da obra de Deus.
O que é prosperidade?
É a ação de Deus em prover na vida do
cristão. Há quatro decretos divinos que descrevem a relação entre Deus e os
homens. Os decretos de Deus são: criação, providência, restauração e
consumação. A providência corresponde com a ação de Deus em cuidar dos seus.
Sobre a providência divina escreve Andrade:
Resolução tomada de antemão por Deus visando a consecução de
seus planos e decretos, a preservação de quanto Ele criou e a salvação do ser
humano. Acha-se a providência divina fundamentada nos atributos metafísicos e
morais de Deus (p. 210).
A providência de Deus é o
cuidado sobre todas as suas obras. É exercida na preservação de suas criaturas,
no prover as necessidades de suas criaturas, na prosperidade dos santos e
dentre tantas na proteção dos santos. A providência divina deve ser reconhecida
na prosperidade, na adversidade, nas calamidades públicas, no sustento diário e
os esforços humanos são vãos sem ela
(Sl 127.1,2; Pv 21.31). Assim
acrescenta Champlin o propósito da
providência de Deus consiste em preservar a vida não somente a duração da vida
terrena, mas também a sua qualidade e suas realizações (p. 487).
Como alcançar a
prosperidade?
A prosperidade pode ser conquistada por meio
do trabalho, da fidelidade, do cuidado para com a obra missionária e por meio do
cuidado para com os líderes espirituais.
Ninguém conquista a prosperidade se não for
dedicado ao trabalho. Muitos cristãos estão desempregados por não serem
dedicados no que fazem ou por falta de princípios éticos. Para o apóstolo Paulo
se alguém não quiser trabalhar, não coma também (2 Ts 3.10).
A prosperidade se concretiza por meio da
fidelidade nos dízimos e nas ofertas (Ml 3.10).
O cuidado para com a obra missionário permite
a igreja local a possibilidade em desfrutar da prosperidade divina, assim como
o cuidado individual do crente para com a obra missionária permite que o mesmo
seja alcançado com o prover divino sobre a sua vida.
E não só o cuidado para com a obra
missionária, mas também o cuidado para com os líderes. Amigos de pastores são
por Deus abençoados. Que a igreja nestes últimos dias venha investir na obra
missionária e amar os vossos pastores.
Qual o objetivo da prosperidade?
A prosperidade de Deus na vida do crente
possui três objetivos centrais.
Primeiro, o próprio cuidado do cristão, isto
no que corresponde o cuidado para com o suprimento das próprias necessidades,
alimentação, vestimentas, remédios, dentre outros.
Segundo, o cuidado para com o próximo. Deus
prospera os teus servos para que estes venham a contribuir para o suprimento
das necessidades das pessoas próximas.
Em terceiro, Deus prospera os teus para que
haja um cuidado destes para com a obra de Deus na terra.
Uma palavra sobre CRISE
Com base nos Escritos Sagrados, sobre a
segunda ocorrência de tempestade envolvendo os discípulos, percebe-se que a
segunda ocorrência não foi tão impetuosa como a primeira, mas nesta torna-se
notório a presença de um fenômeno físico, espiritual, político, econômico e
ministerial, resumidamente descritos pela palavra crise.
Para Bruce:
O capítulo 6 do Evangelho de João está repleto de
acontecimentos. Ele nos fala de um grande milagre, de um grande entusiasmo, de
uma grande tempestade, de um grande sermão, de um uma grande apostasia e de uma
grande provação de fé e fidelidade sofrida pelos doze discípulos (p.141).
Crise
Física: Uma multidão seguiu a Jesus por causa dos milagres que
por Ele foram operados (Jo 6.2). A enfermidade corresponde com a crise física,
pois é manifestada pela incapacidade do ser humano obter a cura por si mesmo e
também pelo fato de passar por uma doença.
A crise física é ratificada pela herança de
Adão deixada à humanidade, isto é, a morte, a culpa e a corrupção.
A morte é o castigo que se define na
experiência física terminal, e as doenças são definidas pela ação, em que há um
enfraquecimento da matéria, sendo, portanto uma herança da desobediência
adâmica.
Portanto, a igreja tem desenvolvido com
majestade o seu ministério real. O ministério real da igreja corresponde com a
autoridade outorgada por Jesus à mesma para no nome dEle proporcionar cura e
liberação para as vidas que estão enfermas e oprimidas.
Crise
Política: A multidão queria arrebatar e fazer de Jesus rei (Jo
6.15). Nesta informação percebe-se que a crise política era existencial no meio
dos israelitas. Não havia uma liderança eficiente e eficaz, por isso, conforme
os seus interesses os israelitas queriam Jesus como rei.
A crise política na atualidade é notável pelo
significado da palavra dos que são agentes da mesma, pois o termo político
(πολιτικός, grego), significa aquele que olha para os outros, e isto não é
real.
Crise
Econômica: Com cinco pães e dois peixinhos Jesus
alimentou uma multidão de quase cinco mil homens (Jo 6.9,10). A falta de
alimentação permite inserir como análise a crise econômica que corresponde com
a ausência de recursos para o suprimento das necessidades.
No mundo a cada seis segundo uma pessoa morre
desnutrida. O dado indica que a desigualdade é grande, enquanto alguns têm
outros nada possuem. Mas, nos últimos anos no Brasil a ação poderosa de Deus em
prosperar os fiéis tem sido nítida.
Crise
Espiritual: A mensagem de Jesus para os discípulos não
foi agradável fazendo com que muitos dos seus discípulos tornassem para trás,
porém, o apóstolo Pedro deixa a solução para a crise espiritual “para quem
iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. (Jo 6.68).
Os indicadores da crise espiritual são:
Indisponibilidade para
ouvir a Palavra, para orar, para ir à igreja, em suma, fazer aquilo que Deus o
nomeou para fazer.
A crise espiritual conforme a citação do
pastor Shedd pode ser comparada à necessidade do avivamento: pois, quando escutamos a palavra e não sentimos nada,
quando a oração não passa de reza, quando ganhar dinheiro empolga mais que
ganhar almas, quando o entretenimento empolga mais que a palavra, quando pecado
consumado não cria nenhuma preocupação na consciência e quando há divisão.
Crise
Ministerial: Jesus ao retornar para os discípulos andando
sobre as águas despertou o medo por parte dos apóstolos, porém ao se revelar,
Pedro pediu autorização para ir ao encontro do Mestre. Ao aproximar de Jesus o
apóstolo sentido o vento, temeu e começou a ir para o fundo (Mt 14.29,30).
Neste momento percebe-se a existência da crise ministerial.
O principal indicador da crise ministerial é
ausência de visão no que corresponde ao Reino de Deus. Logo, o ministério não
será frutífero, e faltará eficiência e eficácia.
Para vencer as crises é necessário que três
âncoras sejam lançadas sobre as diversidades.
A primeira âncora corresponde com a
determinação em conhecer as palavras de vida eterna.
Já a segunda âncora indica a percepção muito
clara nas alternativas.
E a terceira, descreve a capacidade de
sobreviver à tempestade.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro:
CPAD, 1997.
BRUCE, A.B. O Treinamento dos Doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
CHAMPLIN.
R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.
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