A Evangelização das pessoas com
deficiência
A Verdade Prática assim está definida: a evangelização que não inclui as pessoas com
deficiência é incompleta e não expressa plenamente o amor de Deus.
Quando a
temática a ser estudada corresponde com a deficiência é necessário compreender
a definição de quatro palavras: integração, separação, exclusão e inclusão.
Integração: é
inclusão parcial da pessoa na sociedade. No caso eclesiástico corresponde com a
inclusão parcial do deficiente com a igreja.
Separação: é o isolamento do indivíduo para com as outras pessoas.
Caso da igreja é o isolamento da igreja para com os especiais.
Exclusão: é ação que
não outorga liberdade para aqueles que são deficientes.
Inclusão: é quando a
pessoa é incluída no meio, caso da igreja, quando a pessoa é incluída aos
trabalhos da igreja.
Porém, a
lição trata da importância dos membros da igreja evangelizarem as pessoas que
são deficientes e há inúmeras maneiras para alcançar estas pessoas para Cristo,
abaixo segue alguns meios:
Evangelização dos membros da família.
Evangelização por meio da ação social.
Evangelização por meio da aceitação.
Evangelização por meio de visitas aos departamentos em que estas
pessoas estão inseridas, por exemplo: APAE.
O importante
que a igreja de Jesus Cristo pregue a Palavra em tempo e fora de tempo para
testemunho de todas as pessoas.
I – A SUFICIÊNCIA DE CRISTO PARA COM AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Pessoa com deficiência é a
que se acha privada quer de sues sentidos, quer de seus movimentos, ou do pleno
uso de suas faculdades mentais (ANDRADE, p. 128).
São
incluídos a este grupo: mudos, surdos, paraplégicos e tetraplégicos, os
autistas, e os que têm síndrome de Down.
Autistas são
pessoas que sofrem transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três
primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação
social do indivíduo. As causas do autismo são desconhecidas, porém 50% dos
casos são genéticos e os outros são fatores exógenos, isto é, fatores que correspondem
ao meio ambiente em que a criança se desenvolve. O ambiente estar diretamente
associado com complicações durante o período da gravidez, infecções ocasionadas
por meio de vírus, etc.
No
ministério sacerdotal do AT nenhum oficial poderia ser deficiente:
Fala a Arão, dizendo: Ninguém
da tua descendência, nas suas gerações, em que houver algum defeito, se chegará
a oferecer o pão do seu Deus. Pois nenhum homem em quem houver alguma
deformidade se chegará; como homem cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou de
membros demasiadamente compridos, Ou homem que tiver quebrado o pé, ou a mão
quebrada, Ou corcunda, ou anão, ou que tiver defeito no olho, ou sarna, ou
impigem, ou que tiver testículo mutilado. Nenhum homem da descendência de Arão,
o sacerdote, em quem houver alguma deformidade, se chegará para oferecer as
ofertas queimadas do Senhor; defeito nele há; não se chegará para oferecer o
pão do seu Deus (Lv 21.17-21).
Porém, sobre
Isaías 35.1-10, comenta Andrade:
O profeta, ao realçar o
amor inclusivo de Deus, mostra que nem mesmo as pessoas com deficiência mental
terão dificuldades em atinar com o caminho divino (...)
Ainda que a visão do
profeta seja sobre o Milênio, a cura e o refrigério físico, mental e espiritual
podem ser experimentados, hoje, por todo aquele que vem a Cristo. A profecia
revela o interesse de Deus por todas as pessoas, inclusive pelas que trazem
deficiências e limitações (p.127).
Já no NT
Jesus expressa seu amor para todos.
Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo,
não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem
crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê
no nome do unigênito Filho de Deus (João 3:16-18).
II – O SOM DO EVANGELHO AOS SURDOS
No Brasil há
aproximadamente 10 milhões de surdos, logo estes devem ser alcançados pela
pregação do Evangelho. Para pregar o Evangelho aos surdos é necessário primeiramente
que o evangelista aprenda a comunicar com os surdos e para isto é necessário
que a Língua Brasileira de Sinais seja conhecida.
Para uma boa
comunicação com os surdos é necessário:
Que o comunicador fique de frente para com a pessoa surda.
Que o comunicador fale pausadamente.
Que o comunicador utilize a expressão facial.
Que o comunicador utilize gestos e mantenha as mãos livres para
o desenvolvimento necessário dos gestos.
III – A VISÃO DE CRISTO AOS CEGOS
No Brasil há
aproximadamente 6 milhões e meio de pessoas com deficiência visual, logo estes
devem ser alcançados pela pregação do Evangelho. Para pregar o Evangelho aos
cegos é necessário que os evangelistas amem as almas perdidas e dedique o tempo
necessário para alcança-los para Cristo.
Bom método
para alcançar os cegos é o método de leitura. A leitura a ser desenvolvida deve
ser Bíblica. Pois, se o objetivo é ganhar almas para Cristo, a Bíblia é o livro
a ser pregado e ensinado.
A leitura
deverá ser também concentrada em bons livros da literatura cristã. Obras que
tem como objetivo a edificação espiritual.
IV – OS PARALÍTICOS VÃO AO ENCONTRO DE CRISTO
Os
paralíticos necessitam de pessoas que as amem, pois estas os conduzirão à
igreja. Porém, ao chegar à igreja os cadeirantes precisarão de acesso
facilitado e de lugar privilegiado.
O texto sobre
o paralítico em Marcos 2.1-11 apresenta algumas curiosidades Primeiramente o
paralítico era um indivíduo sofredor, em segundo, mesmo sendo sofredor o
paralítico não era um ser desamparado, e em terceiro a entrada na casa para a
obtenção do milagre foi cheia de dificuldade, porém a saída foi triunfante.
Sofredor incapacitado. Paralítico é a pessoa que não possui os
membros em funcionamento eficiente, logo a incapacidade é notória para a
execução das atividades. Se as atividades não poderiam ser realizadas pelo
paralítico isto indica que ele era uma pessoa dependente de outras para ter
suas necessidades supridas. Incapaz e dependente dos outros resulta em
sofrimento. Por ser paralítico o homem era incapaz e também era sofredor.
Sofredor, mas não desamparado pelos amigos. Em tudo
somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;
perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (2 Co 4.8,9).
Paulo escreveu à igreja de Coríntios afirmando a existência da perseguição,
porém deixou registrado que a igreja não estava desamparada.
O paralítico
era sofredor, porém não estava desamparado, pois ele tinha amigos. O cultivo da
amizade segundo Salomão outorga o surgimento de um irmão na angústia (Pv
17.17). O cultivar a amizade se concretiza na doação de atenção e tempo. O
próprio Deus outorga valor à amizade, pois Ele chamou Abraão de amigo (Is
41.8). E com os ensinos do apóstolo Paulo torna-se notório que o amigo não
desampara o companheiro, mas se faz presente no momento da angústia e torna-se
útil para o ministério (2 Tm 4.9-11).
Quatro
pessoas proporcionaram ajuda e foram fundamentais na cura do paralítico.
Entrada dificultosa, saída triunfante. O Senhor
guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre (Sl 121.8).
Entrada abençoada não quer dizer entrada triunfante. Com José torna-se notório
que a entrada poderá ser cheia de dificuldades, por exemplo: ser humilhante,
ser árdua e sem expectativas.
Já com o
paralítico percebe se que não havia possibilidades para o acesso ao recinto,
pois estava ali uma multidão. Sendo a multidão um empecilho o paralítico e seus
amigos não desistiram, mas encontraram o meio certo para chegar-se a Cristo.
Por fim, a entrada foi recheada de dificuldades, mas a saída foi triunfante,
pois o homem que chegou naquela casa, carregado por quatro amigos saiu dali
carregando a sua cama.
A aplicação clara do texto
permite entender que os empecilhos de outrora se tornarão em plateia para a
pessoa triunfante.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. O desafio da Evangelização. Rio de
Janeiro: CPAD, 2016.
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